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10
COMO PRIORIZAR A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO COTIDIANO ESCOLAR
Camila Cordeiro Cabral
Janaína Flausino Luiz
Jéssica Oenning
Ruth Fernandes Aniceto Muniz
Professora Tutora: Graziela Vita Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Pedagogia (1594) – Seminário Interdisciplinar III
02/10/2017
RESUMO
A educação inclusiva é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino. Em se tratando da busca de uma sociedade inclusiva, abordaremos sobre a luta pelo preconceito, como conscientizar, respeitar e priorizar a inclusão nas escolas. Pretendendo assim, refletir sobre as dificuldades encontradas no ambiente escolar para a educação inclusiva e os problemas enfrentados neste ambiente, diferenciando integração e inclusão. A pesquisa foi elaborada através da prática documental.
Palavras-chave: Educação Inclusiva.Preconceito.Respeito. 
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordaremos como priorizar a educação inclusiva no cotidiano escolar, pretendendo assim, mostrar que a informação é fundamental para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, promovendo o respeito à diversidade humana e fazendo desta forma que a inclusão aconteça. Enfatizando que a principal barreira, muitas vezes é a atitude em relação as pessoas com deficiência. Hoje no Brasil, há um grande índice de pessoas com algum tipo de deficiência, portanto nossa sociedade, as escolas e a família têm um papel muito importante na inclusão de todos os cidadãos. Deste modo este trabalho tem a intencionalidade de informar a sociedade que a educação inclusiva sugere mudanças no ensino e das práticas pedagógicas realizadas na escola, visando beneficiar e incluir a todos os alunos, reconhecendo suas características e dificuldades individuais para então determinar o tipo de adaptação curricular que é necessário para que o aluno aprenda. Detalharemos sobre a educação inclusiva, preconceito, a integração e inclusão, conscientização escolar e relataremos entrevistas realizadas com professores do atendimento educacional especializado. 
2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva foi vista, em primeiro momento, como uma inovação da Educação Especial, depois expandiu em todo contexto educativo como uma tentativa de uma educação de qualidade que alcançasse a todos. Esta enfatiza a diversidade, mais que a semelhança. Segundo Skrastic (1999), o movimento a favor da Educação Inclusiva pode oferecer a visão estrutural e cultural necessária para começar a construir a educação pública rumo às condições históricas do século XXI. A educação escolar não era considerada necessária, ou mesmo possível, para aqueles com deficiência cognitiva ou em sensoriais severas, o trabalho educacional em relação à alfabetização não tinha muitas expectativas quanto a capacidade desses indivíduos desenvolver e ingressar na cultura formal. 
O avanço do paradigma da educação inclusiva tem trazido grandes desafios à educação. A própria Educação Especial vem tentando mudar seu papel, ou seja, a Educação Especial é hoje concebida como um conjunto de recursos que a escola regular deve ter à sua disposição para atender todos os alunos (GLAT & PLETSCH, 2004).
A educação inclusiva não se refere apenas às pessoas consideradas deficientes; segue o princípio da “educação para todos”. Mas será que só o fato de elas estarem dentro da escola, por exemplo, significa que elas estão incluídas?
Buscando o exemplo de uma criança cega, inserida na escola regular, junto com outras crianças todas videntes faz com que ela esteja incluída? Você poderia dizer que sim, que ela está aprendendo com outras crianças, está se socializando. Você tem certeza que só esse fato garante a inclusão? A pergunta que deveríamos fazer: é como essa criança aprende? Está sendo respeitada sua forma de aprendizagem e o convívio com seus pares que favorece a construção de sua identidade?
A inclusão de fato é muito mais que estar no mesmo espaço, trocar experiências, socializar-se. É ser respeitado nas suas diferenças e não ter de se submeter a uma cultura, a uma forma de aprender, a uma língua que não é sua. É também se sentir parte do grupo, identificar-se com ele.
Incluir é romper com os binômios normal/anormal,superior/inferior,eficiente/deficiente, com preconceitos, com cristalizações, com relações de poder e dominação. Para entendermos a inclusão escolar, é preciso compreender a inclusão social. Segundo Veríssimo(s.d.,p.3), a Inclusão Social é o
[...] processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Trata-se de um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
Garantir à inclusão social é um dos meios, a escola pode contribuir para isso, promovendo a apreensão dos conhecimentos historicamente construídos e a participação de todos nessa mesma construção, possibilitando às pessoas deficientes tornarem-se sujeitos ativos e reflexivos-críticos.
Segundo O’Brien (1992, 1993, 1994, apud STAIMBACK; STAIMBACK, 1999, p. 53):
Entre os benefícios que os alunos das escolas inclusivas, desde a educação infantil até o ensino médio, comumente relatam estão a descoberta de pontos em comum com pessoas que superficialmente parecem e agem de maneira muito diferente; ter orgulho em ajudar alguém a conseguir ganhos importantes, aparentemente impossíveis; ter oportunidade de cuidar de outras pessoas; agir consistentemente baseados em valores importantes, como a promoção da igualdade, a superação da segregação ou a defesa de alguém que é tratado injustamente; desenvolver habilidades cooperativas na resolução dos problemas, na comunicação, na instrução e na prestação de ajuda pessoal; aprender diretamente sobre coisas difíceis, incluindo a superação do medo das diferenças; resolver problemas de relacionamento ocorridos em aula; lidar com comportamento difícil, violento ou auto destruidor; lidar com os efeitos de questões familiares no coleguismo; enfrentar e apoiar um no outro durante enfermidades graves ou morte de alguém de sua própria idade.
2.1 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO
O conceito de educação para todos traz à tona a polêmica da inclusão, mas o que é esta inclusão?
Segundo Elizabet Dias de Sá, a inclusão é “perceber que todos somos diferentes e muito mais que respeito às diferenças é uma questão de cidadania, é buscar um mundo social inspirado na diversidade, porque o mundo humano é assim”.
Inclusão é se adequar para atender a todos os alunos com deficiência revendo suas práticas, conteúdos e material específico para que o aluno participe da aula dentro de suas limitações e potencialidades. A integração é distinta da inclusão.
Integração (1960-1980): Provisão de programas e serviços de reabilitação e educação especial. As atitudes da família mostravam que o portador de deficiência deve enfrentar os desafios da vida e integrar-se na sociedade. A imagem da pessoa com deficiência passou a ser ou de um “coitadinho” (vítima do destino ou da sociedade) ou de um “vilão” (figurinhas simbólicas como Capitão Gancho ou mafioso cego, por exemplo) ou de um “super-herói” (muito esforçado, supera todos os obstáculos).
Da integração à inclusão 1980 até hoje: Surge a ideia que a família e a sociedade devem adaptar-se às necessidades de todas as pessoas, tenham deficiência ou não. A imagem da imagem da pessoa com deficiência é aquela de alguém que toma decisões e tem maior autonomia nos ambientes físico e social.
Integrar é quando o aluno com deficiência se adapte a tudo que já existe na escola, que tenha condições de frequentar a escola como ela é.
Incluir é quando nos adequamos ao aluno com deficiência e a escola faz adequações conforme a necessidade do aluno, exemplo: construções de rampas e banheiros especiais. Pois é a escola que precisa se adequar na construção predial, no material adequado,a fim de atender as necessidades deste aluno, para que o aluno possa acompanhar as aulas e assim, estar incluso na escola.
A escola é o melhor local para este aluno sentir-se parte da sociedade que a rodeia e perceber-se capaz de viver entre outros “diferentes e iguais” da forma que ele é, e sem precisar seguir um modelo de perfeição.
“Os alunos com necessidades especiais não requerem integração. Requerem educação.” (Heyarty & Pocklington 1981, p. 23).
2.2 CONSCIENTIZAÇÃO ESCOLAR
Trabalhando a Inclusão na sala de aula.
Durante o mês de setembro, aconteceu no CEI Arco-Íris, bairro de Morrinhos, na cidade de Bombinhas – S.C., o projeto Diversidade e Inclusão. Este projeto tem por objetivo a sensibilização da comunidade escolar, enquanto espaço inclusivo, para reconhecer o direito das crianças à diversidade e a igualdade de oportunidade para todos.
Os alunos participaram de atividades temáticas, tais como: Contação de histórias: Cabelo de Lelê (Edt. Ibep Nacional) e Menino de todas as cores (Edt. Folia de Letras), desafio no parque utilizando vendas, pintura utilizando diferentes partes do corpo, desafio de reconhecimento dos colegas utilizando o tato e confecções de painéis e folhetos sobre o tema. “O intuito da escola é promover uma conscientização desses alunos, afim de poderem conhecer e vivenciar os diferentes tipos de deficiência”, salienta a coordenadora pedagógica e autora do projeto, Jéssica Bertaluci Serpa.
Vivenciar a realidade e as dificuldades de acesso das Pessoas com necessidades físicas, utilizando cadeiras de rodas, foi uma das temáticas mais desafiadoras para os alunos, além de terem que enfrentar os obstáculos dos corredores estreitos das unidades escolares, eles tiveram que contar com a ajuda dos coleguinhas para poder transitar dentro da sala de aula.
Para uma Escola tornar-se inclusiva, ou seja, uma instituição que, além de aberta para trabalhar com todos os alunos, incentiva a aprendizagem e a participação ativa de todos, faz-se necessário um investimento sistemático, efetivo, envolvendo a comunidade Escolar como um todo. Para isso efetuar-se de maneira satisfatória, é ainda necessário que a Escola tenha estímulo e autonomia na elaboração de seu projeto pedagógico, que possa elaborar um currículo Escolar que reflita o meio social e cultural onde os alunos estão inseridos; que tenha a aprendizagem como eixo central em suas atividades Escolares e que reconheça o enriquecimento advindo da diversidade.
A escola entendeu que para as crianças compreenderem o portador de deficiência, elas teriam que viver suas experiências como deficientes também. O projeto foi encerrado com uma “blitz” de parar o trânsito para distribuir aos motoristas um folheto com a frase: “Você é especial não existe outro igual”.
A escola direcionou-se para um ensino que, além de reforçar os mecanismos de interação solidária e os procedimentos cooperativos, auxiliou as crianças a se verem e se perceberem como parte de um todo que independe de suas características físicas.
A inclusão diz respeito a todos os alunos, e não somente a alguns. Ela envolve uma mudança de cultura e de organização da escola para assegurar acesso e participação para todos os alunos que a freqüentam regularmente e para aqueles que agora estão em serviço segregado, mas que podem retornar à escola em algum momento no futuro. A inclusão não é a colocação de cada criança individual nas escolas, mas é criar um ambiente onde todos possam desfrutar o acesso e o sucesso no currículo e tornarem-se membros totais da comunidade escolar e local, sendo, desse modo, valorizados. (MITTLER, 2003, p. 236)
2.3 PRECONCEITO
Esse tema não é desconhecido por você. Quem nunca ouviu falar ou pensou algumas expressões de caráter pejorativo como: “ele é negro mais é limpinho”; “tal mãe, tal filho”; “pau que nasce torto, morre torto”.
Mas o que é preconceito? O preconceito constitui-se quando um juízo provisório, mesmo sem respaldo na realidade concreta, é cristalizado, tem como categoria a fé, tornando-se verdade irrefutável para a pessoa que o emitiu. Sobre esse aspecto, Collares e Moisés (1996,p. 25) afirmam: Quando um juízo provisório é refutado no confronto com a realidade concreta, seja por meio da ciência ou mesmo por não encontrar confirmação nas experiências da vida do indivíduo, e mesmo assim se mantém inabalável, imutável e cristalizado contra todos os argumentos da razão; não é mais um juízo provisório, mas um preconceito.
Então não temos nada que comprove que o negro, o gordo, ou o aluno que possui alguma deficiência seja inferior aos outros, a pessoa que é preconceituosa agregando a ele adjetivos depreciativos como: “sujo”, “feio”, “malandro” entre outras.
O preconceito está presente no cotidiano das pessoas, nos diversos espaços vivenciados por elas, e a escola é um desses espaços em que o preconceito está presente nas relações entre as pessoas. A discriminação é o ato ou efeito de discriminar.
Você já presenciou algum comportamento preconceituoso, que presenciou na escola ou com seu filho? Quantas vezes você já ouviu um professor falar: “ele não aprende porque é pobre, porque é deficiente, é incapaz ou os orientais são muito inteligentes”. Isso são formas preconceituosas de ver os sujeitos. O preconceito, infelizmente, é comum no cotidiano escolar, não só por parte dos professores, mas dos profissionais em geral, dos próprios alunos e pais. Pois, a sociedade em geral já traz uma imagem negativa de si, construída nos espaços de sua vivência. É na vivência de situações nas quais são tratados de forma preconceituosa que as pessoas vão se sentindo cada vez menor sua possibilidade de sucesso e se vendo como incapazes. Portanto se quisermos mudar essa realidade, precisamos ter um novo olhar para todos os alunos, incluir e não integrar, buscar o novo, inovar, adaptar, respeitar para que todos sejam capazes de aprender. Teremos que refletir sobre nossas ações dentro na escola e na sociedade.
2.4 ENTREVISTA COM A PROFESSORA DO ATENDIMENTO EDUCACIOLNAL ESPECIALIZADO – MARIA IARA
Conforme a entrevista realizada concluímos que a pessoa com deficiência pode ter uma vida normal, partindo-se do princípio que as necessidades básicas são: autonomia e dependência, se a pessoa tiver estes dois quesitos poderá viver uma vida normal, sim. Claro que tomará remédios e estará sempre sob vigia da família.
Os direitos humanos das crianças com deficiências, quando menores e por apresentarem algum tipo de deficiência, os pais ou responsáveis defenderão seus direitos com base na constituição federal de 1988, para terem acesso à saúde, a inclusão, o respeito e dignidade. A sociedade pode ajudar essas pessoas a desenvolver suas potencialidades, então em primeiro lugar, ajuda muito aceitando-a como ela é e vendo-a como um ser humano e digno de direitos e oportunidades. Não dificultar o trabalho da família, levando-os preconceitos e rejeições.
As pessoas com deficiência têm muitas experiências de aceitação, pois o ser humano por si só já se retrai caso enfrente qualquer problema de aceitação. Mas os deficientes não sentem e nem preveem a maldade e ignorância humana. Não são eles que se isolam e, sim, os vazios e tolos que os isolam com sua prepotência e preconceitos. Para mudar essa situação das pessoas com deficiência, é preciso orientar os parentes e responsáveis a procurar os direitos e recursos para proporcionarem mais conforto a esta pessoa e olhá-los com sentimentos de humanidade, solidariedade e amizade. Em relação a aceitar as pessoas com deficiência, respeitá-las e incluí-las, é se colocar em seu lugar e sentir o que esperamos do outro, ou então o ver como ser humano com direitos e deveres pertencendo a sociedade mesmo com as suas limitações. Para respeitá-la é simples, é um ser humano que merece todo o nosso respeito. E para incluí-las, a inclusão se dá de certa forma em nosso país, com a insistência de expô-las num meio público, como cinemas, clubes, restaurantes, escolas, dentre outras. Até que o mais resistente dos mortais perceba que existem pessoas diferentese que precisam serem aceitas no meio, como todas as outras. Mas por enquanto se tem falado muito é na inclusão escolar, e até certo ponto, creio que é o lugar menos nocivo, para o início da exposição sem constrange-los demais. Nosso relacionamento com elas devem ser o mais natural possível, com afeto, amor e admiração, como faríamos com alguém de grandes dotes. Em relação a esse assunto, na escola os deficientes estão amparados pela lei que os incluem e os obriga a serem aceitos, o bom é respeitar a todos. Na cidade, como o contexto já é maior e a locomoção é dificultada pela falta de disponibilidades e acessos, é mais difícil, falando também da intolerância humana que não quer dividir nenhum espaço com outros, alegando pressa ou propriedade da prioridade no espaço social. Nosso dever é sempre facilitar o que pudermos para permitir que esta pessoa esteja bem e confortável.
As pessoas com deficiência hoje em dia, no sentido de serem adequadamente cuidadas, vejo que depende da cultura de cada família, o básico deveria ter: comida, cuidados com a higiene, um lugar para dormir, alguém disponível caso seja completamente dependente. Alguns são bem cuidados, outros mais ou menos e outros estão em estado de precariedade total.
O poder público não tem se preocupado com as pessoas com deficiência, pois o poder público é 100% político. Quando qualquer problema envolve dinheiro o poder público é muito moroso. A demora ou a não realização das reivindicações são quase sempre presentes e certas, visto os doentes em nosso país que estão a mercê da sorte. Esse assunto é tratado em outros países, especificamente em cada um não podemos dizer, por falta de acesso a uma estatística, mas podemos afirmar que campanhas e trabalhos internacionais ocorrem frequentemente, embora ainda em caráter de conscientização das massas.
O ser humano somente se preocupa, reconhece ou tem familiaridade com o assunto, quem convive com um deficiente entre seus próximos. Porque a maioria não parou para pensar ou ter uma opinião formada a respeito. Só sabemos o que é da nossa realidade, a menos que tenhamos contatos com esta realidade.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das pesquisas e entrevistas realizadas, podemos concluir, analisar que o processo de inclusão apresenta, em alguns casos, barreiras de ordem administrativas e pedagógicas e o enfrentamento do preconceito de país, professores e alunos diante dessa nova realidade dificultando a realização de um trabalho eficaz.
Basta conhecer escolas regulares para saber que existem muitos alunos portadores de necessidades especiais incluídos no ensino regular. A luta diária desses alunos ultrapassa as barreiras arquitetônicas e dos conteúdos, pois muitos professores não aceitam trabalhar com alunos especiais.
A aceitação deve partir primeiramente do professor, pois é ele quem vai conversar com os alunos e os preparar para a sociedade. Se este professor não aceita este aluno em sua sala de aula como vai aceitar que o mesmo possa viver na mesma cidade que ele? Se um professor não se acha capaz de ensinar um aluno com necessidades especiais, ele também não é capaz de ensinar os outros alunos.
Hoje a inclusão é uma realidade do ponto de vista legal, mas ainda está sendo conquistada aos poucos pela sociedade efetivamente.
Em uma escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. A inclusão é a melhor solução para vencer o preconceito. Esse é o primeiro passo para construirmos uma sociedade mais justa. Essa é a forma de cortarmos o mal do preconceito pela raiz.   Todos devem ter acesso às escolas comuns e essas escolas devem buscar uma pedagogia centralizada para a diferença se tornar acessível. Para que cada sujeito consiga se sentir capaz perante suas necessidades. A pedagogia deve caminhar junta a estes preceitos e dessa forma tornar a escola uma facilitadora das possibilidades às pessoas com necessidades especiais. Essa escola deve facilitar a independência e autonomia, possibilitando aos discriminados a ocupação do seu espaço na sociedade. A escola deve valorizar o que eles são e o que eles podem ser.
Percebeu-se também, diante das entrevistas feitas com professores que a sociedade é muito parada para a mobilização da inclusão e que mesmo sendo crime qualquer forma de racismo e preconceito, os órgãos responsáveis pela educação/escola no país, não têm realizado nenhum trabalho de impacto que venha erradicar de nosso meio este “mal”, que há tanto tempo está enraizado na sociedade mundial. Infelizmente, os órgãos competentes para solucionar estes problemas, têm camuflado estas ações. Mesmo assim, a maioria dos entrevistados desta pesquisa, manifestou vontade de encontrar soluções para tais problemas e sugeriram ideias. Entre outras, deram as seguintes sugestões: trabalhar o respeito pelo outro desde a pré- escola, pois não é a cor da pele ou uma deficiência que faz a diferença, mas sim o que você é capaz de produzir, pelo que não deveria haver desigualdade e sim promover o respeito mútuo; esforçar-se por compreender e saber conviver de forma mais harmoniosa com as diferenças; desencadear projetos no interior da escola que tratem destas questões; promover palestras e debates sobre o assunto; procurar manter sempre grupos de trabalho heterogêneos e, por último, a necessidade de capacitação regular dos educadores sobre esta problemática. Assim, foi possível perceber que começa a clarear a visão quanto ao valor das diferenças, e que estas não são algo “ruim”, mas sim, algo que enriquece o valor sócio cultural de uma sociedade. 
A realização desta pesquisa veio propiciar uma interação entre a realidade da discriminação no contexto escolar e os estudos realizados sobre o tema central. Através de entrevistas, foi possível observar que as escolas não estão preparadas ainda.
A inclusão, vivida pelas crianças desde cedo, das novas gerações, será a esperança de um Brasil de real igualdade de direitos, sem preconceitos. Sabemos que a inclusão é um direito de todos, mas será que todos estão conscientes das possibilidades que levam a inclusão. Saber o que é e trabalhar a inclusão é viver a experiência da diferença e vencer os preconceitos, valorizando assim o que é e o que cada um pode ser. A inclusão deve proporcionar possibilidades sem ter preconceito, discriminação, rotulações, segregações e estigmas.
REFERÊNCIAS
IARA, Maria. Entrevista concedida nas dependências da APAE pela professora do atendimento educacional especializado. Ilhota, 20 set. 2017.
MIRANDA, de Silva Camila; GAIA, Mello de Carla Marilia. Educação Inclusiva. Belo Horizonte: Fundação zoobotânica, 2013. Disponível em:<http://www3.izabelahendrix.edu.br/ojs/index.php/aic/article/view/504>. Acesso em: 23 set. 2017.
NASCIMENTO, do M.Márcia; RAFFA, Ivete. Inclusão Social. São Paulo: Giracor, 2009.
RICC, Tatiane. Inclusão Guarulhos. Guarulhos: 2013. Disponível em:<http://inclusaoguarulhos.blogspot.combr>. Acesso em: 24 set. 2017.
RISCHBIETER, Luca. Inclusão. 2007. Disponível em:<.http://www.aprendebrasil.com.br/glossariopedagogico/verbete.asp?idPubWiki=9629>. Acesso em: 22 set. 2017.
VARGAS, Gárdia; BECHE, Estivalete Clér Rose; SILVA, da Cristina Solange. Educação Especial e Aprendizagem. 2004, 82 f. Caderno Pedagógico – Udesc, Florianópolis, 2004.

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