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VACINAS Prof. Dra. Fernanda Marques Carvalho Mecanismos de Agressão e Defesa Duas intervenções em saúde que apresentaram o maior impacto na saúde mundial foram a água potável e as vacinas. (WHO, 2002a) Imunização ‒ IMUNIZAÇÃO: É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando protegido temporária e permanentemente. ‒ Imunização Ativa ‒ Imunização Passiva Tipos de imunidade conferidas • Imunização ativa artificialmente adquirida: induzir a formação de anticorpos através da introdução artificial do antígeno (de natureza humana ou animal) – VACINA. • Imunização ativa naturalmente adquirida: introdução acidental do antígeno (ferimento cutâneo, via oral*, respiratória) com formação de quantidade suficiente de anticorpos para evitar a instalação da doença. Tipos de imunidade conferidas • Imunização passiva naturalmente adquirida: transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto. • Imunização passiva artificialmente adquirida: anticorpos produzidos por um indivíduo injetados em outro indivíduo – SORO. Imunização ‒ IMUNIZAÇÃO ATIVA ‒ Natural: Doença ‒ Artificial: Vacina ‒ IMUNIZAÇÃO PASSIVA ‒ Natural: Leite materno ‒ Artificial: Soro SORO x VACINA Imunobiológicos SORO VACINA Tipo de imunização Passiva Ativa Via Artificial Artificial Constituição Anticorpos Antígenos Resposta Imediata Posterior Tempo de ação Temporária Duradoura Proteção contra Intoxicações (venenos, toxinas) prevenir rejeição Vírus / Bactérias PRODUÇÃO DO SORO Imunização ‒ VACINA: Preparação contendo microorganismos vivos ou mortos ou frações destes, possuidora de propriedades antigênicas. As vacinas são empregadas para produzir em um indivíduo atividade específica contra um microorganismo Pré-requisitos da vacina • Efetiva ( proteger) • Segura (não causar doença) • Indução da R.I. de longa duração • Acessível (baixo custo) • Sem efeitos colaterais • Manipulação e armazenamento (estabilidade) Imunização Pequeníssimas quantidades de 3 tipos de substâncias podem ser adicionadas as vacinas: • Preservativos inibem o crescimento. • Estabilizantes ajudam a vacina a manter sua composição química (ex. mudança de temperatura) • Adjuvantes aumenta a habilidade da vacina de induzir uma resposta imune. Adjuvantes Tipos de vacinas 1. Microrganismos mortos / inativado; 2. Microrganismos atenuado; 3. Macromoléculas purificadas; 4. Antígenos recombinantes Imunização – Vacina Ativa e Inativa • Vacinas de vírus vivo atenuado (enfraquecido) São lábeis, perdem a capacidade de provocar a doença mas ao mesmo tempo tem a capacidade de evitar a doença. São passíveis de dar eventos adversos. Os vírus replicam no organismo e devem ser mantidos em bom estado de conservação (+2°C a +8ºC). Apresentam na forma atenuada do vírus selvagem ou bactéria. Imunização – Vacina Ativa e Inativa • Vacinas inativadas (mortas): Vírus, bactérias Ex: Tríplice bacteriana (contém macerado de bactéria de Bordetella pertussis); Tríplice acelular (contém fragmentos da bactéria morta); Fragmentos de microorganismos que podem ser PROTEÍNAS ou POLISSACARÍDEOS. Recombinantes. As vacinas são produzidas por recombinação genética, através da engenharia genética e técnicas de biologia molecular. Exemplo: hepatite B. Imunização – Vacina Ativa e Inativa Inativação → calor ou meios químicos Ponto crítico → Manutenção estrutura epítopos desnaturação das proteínas CUIDADO !!!!!!! Exemplo: Cólera, febre tifóide, raiva. 1. Microrganismos inativados / mortos •Vantagem segurança •Desvantagens necessidade reforços resposta predominantete humoral falhas inativação 1955 - 1a vacina vírus inteiro inativado licenciada Salk- poliovírus inativado por formaldeído •Perda patogenicidade •Manutenção capacidade de multiplicação Como ? • Multiplicação prolongada • Condições anormais de cultivo • Seleção de mutantes 02. Microrganismo atenuado Vantagens exposição prolongada ao SI = imunogenicidade ( células de memória, não necessitam reforços) Resposta imune celular IgA secretora Desvantagens reversão para forma virulenta contaminantes complicações associadas à doença natural Ex: BCG, Pólio (vacina Sabin), Rubeóla, Caxumba) SOLUÇÃO → Engenharia Genética ( atenuação irreversível por remoção de genes) 03.VACINAS DE SUBUNIDADES/ macromoléculas purificadas 1. Frações acelulares purificadas do patógeno Proteínas (toxinas detoxificadas quimicamente) Polissacarídeos (cápsula de Neisseria meningitides) • Sem riscos de patogenicidade • Custo mais elevado → Resposta imune humoral Vantagens Eliminação de riscos dos microrganismos intactos Macromoléculas específicas purificadas Desvantagens Grandes quantidades R.I. Humoral Solução →Clonagem do gene que expressam a proteína imunogênica ▪ Vacina plasma-derivada para hepatite B - 1981 - Antígenos superfície no sangue . Segura, altos níveis proteção . Sistema expressão Ags. Hepatite B em leveduras Obtenção em 1986 da 1a vacina 04. Antígenos recombinantes Hepatite B • Antígeno HBs purificado a partir de plasma humano ; • Gene clonado em plasmídeo e expresso em levedura (Saccharomyces cerevisae) • Sem riscos e eficiente - Importância: Primeira vacina de subunidade (1981) • Primeira vacina recombinante (1986) • Primeira vacina de prevenção ao câncer (carcinoma hepatocelular) Histórico • 1796: Vacina da varíola • 1885: Vacina anti-rábica • 1921: BCG • 1926: Vacina coqueluche • 1955: Vacina Salk • 1960: Vacina Sabin • 1981: Hepatite B (proteína recombinante) Vacinas em fase experimental • 1993: Vacina de DNA • 2000: Vacina comestível Agente Tipo Via de administração Eficácia Tuberculose/BCG Viva, atenuada ID 50-80% Vibrio cholerae Inativada IM ou SC 50-70% Salmonella tiphi Inativada Viva, atenuada (ty21a) IM 50-80% Bordetella pertussis Inativada Acelular IM 80-90% Clostridium tetani (tétano) Subunidades (toxóide) IM 90% Corynebacterium diphteriae (difteria) Subunidades (toxóide) IM 90% Streptococcus pneumoniae (pneumococos) Subunidades (cápsula) IM/SC 70% Haemophilus influenzae Subunidades (cápsula) Complexo/carreador protéico IM/SC 40% (tipo B) 95% Neisseria meningitidis (sorotipos A,C) Subunidades (cápsula) SC VACINAS DE ÁCIDOS NUCLEICOS Vantagens Estabilidade Resposta imune humoral e celular Resposta imune de longa duração. Memória. Possibilidade de utilização de vários genes simultaneamente Busca de candidatos a vacinas (rapidez) Efeito adjuvante (motivos CpG) Sem risco infeccioso Fácil preparo, menor custo Vacinas de DNA Desvantagens 1. Farmacodinâmicas • Balanço entre as respostas de Th1 e Th2 • Disfunções devido à concentração de citocinas e moléculas co-estimulatórias 2. Imunotoxicologia • Doença autoimune (Anticorpos anti-DNA e anti-núcleo) • Tolerância Estratégia de sensibilização e reforço Cuidados com Imunobiológicos • Prazo de validade; • Conservação (Temperatura); • Transporte; • Armazenamento; • Dose; • Coloração da Vacina; • Diluição; • Tempo de Validade após diluição. Contra-indicações gerais • Às pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida; • Às pessoas acometidas de neoplasia maligna; • As pessoas em tratamento com corticoides em dose imunossupressora, ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras; • Grávidas. * Peso inferior à 2,0 kg para BCG Falsas Contra-indicações • Tosse e/ou coriza; • diarréia leve ou moderada; • doenças de pele; • desnutrição; • doença neurológica estável; • tratamento sistêmico com corticoide em dose baixa; • alergias; • prematuridade ou baixo peso ao nascer. Rede de Frios - REDE DE FRIO: Sistema de conservação (armazenamento, transporte e manipulação) dos Imunobiológicos desde a produção até administração. - CONSERVAÇÃO: Nível Nacional, Central e Estadual: Câmaras frias a - 20º C; nívelRegional e Municipal: Freezer a – 20º C; Nível Local: geladeiras entre +2º C a +8º C. Rede de Frios - OBJETIVOS DA REDE DE FRIO: Manter as condições adequadas de refrigeração dos imunobiológicos em toda rede; Manter as características dos imunobiológicos desde o início até o seu destino final; Manter a temperatura ideal dos imunobiológicos, uma vez que são produtos termolábeis. 6. Descarte na sala de vacina Seringas e Agulhas: após o uso, não devem ser entortadas ou reinseridas nos protetores, procedimentos que propiciam com mais frequência a ocorrência de acidentes. Elas devem ser descartadas em local apropriado Quando o recipiente estiver cheio, deve ser lacrado e encaminhado para o local de coleta.
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