Buscar

Cultura brasileira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cultura brasileira.
Diferenças culturais: Desde a antiguidade foram comuns as tentativas de explicar as diferenças comportamentais da humanidade a partir da associação com os ambientes físicos, clima ou região do planeta.
Etnocentrismo: É uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é toado como o centro de tudo e dado os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é existência. 
*Julgar o outro sempre a partir do nosso olhar*
O julgamento sem defesa: Julga-se de forma moral, religiosa e social, outras comunidades e suas diferenças são consideradas anomalias. 
EVOLUCIONISMO
Charles Darwin (1809-1882)
Em 1859, escreveu o livro A origem das espécies. Início da concepção evolucionista.
Refere-se à teoria que admite a transformação progressiva das espécies. 
TEORIA DA SELEÇÃO NATURAL
A população é a única evolutiva.
Nas populações, os indivíduos apresentam variabilidade nas suas características. 
O ambiente atua sobre as populações exercendo seleção natural, os indivíduos mais aptos têm mais probabilidade de sobreviver.
Os indivíduos mais aptos têm um maior sucesso reprodutor, logo maior numero de descendentes. 
DETERMINISMO
O determinismo foi utilizado como sistema explicativo do universo, a partir da idade moderna em especial para a determinação das leis que governam os fenômenos naturais.
· Biológicos
· Geográficos 
· Determinismo Biológico: É a concepção de que determinação dos atos dos indivíduos pertence à força de certas causas, externas e internas. Afirma a existência de relações fixas de causa e feito. O que acontece não poderia deixar de acontecer por que está ligado a causas anteriores.
· Determinismo Geográfico: As diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. Essas teorias relacionam a latitude com os centros de civilização, considerando o clima como fator importante na dinâmica de progresso.
Qualquer criança humana pode ser educada em qualquer cultura.
O POPULAR, O ERUDITO E O PAPEL INTELECTUAL
Os conceitos de popular e erudito:
· Erudito: O vocabulário erudito vem do latim Eruditos, aquele que obteve instruções, concedor, sábio. 
· Popular: A palavra popular também tem origem do latim Populare, significa “De ou do próprio povo”.
Tradicionalmente, esses termos são carregados de ideologias. 
O popular e o erudito no modernismo brasileiro
Na visão dos modernistas somente a arte integrasse a cultura erudita e a popular poderia representar o Brasil.
O que os modernistas pretendiam com isso? 
Reformular a visão de cultura até então vigente, integrando as duas culturas, para unificá-las em uma só: a cultura brasileira. Essa visão de cultura popular modificou-se nos anos 60 do século XX, durante o regime militar, por aqueles que organizaram o movimento de contestação de caráter social chamado Contracultura.
A contracultura no Brasil entendia-se cultura popular como sendo as representações do povo que deveria ser usada de forma a modificar, ou seja, politizar esse mesmo povo.
O Intelectual
Para tratarmos do intelectual vamos considerar três definições clássicas do termo:
O Intelectual Orgânico
Para Gramsci certo tipo de agente é capaz de fazer a ligação entre a “superestrutura” e a “infraestrutura”, independente de sua escolaridade específica, mas relacionada diretamente com o “lugar” que ocupa nas relações materiais/sociais de uma determinada produção social.
Como alguém sustentado por uma base material econômica e por uma ideologia emanada desta base que procura mantê-la, e aqueles que estão fora do poder, mas produzindo para este poder e afetados por sua ideologia.
O Intelectual Engajado
O intelectual é uma figura que intervém criticamente na esfera pública, transgredindo a ordem e criticando o existente, inclusive, a forma e o conteúdo da própria atividade das artes, ciências, técnicas, filosofia e direito.
Um “personagem” engajado que é contra todas as formas de exploração e dominação vigentes; é a favor da emancipação ou da autonomia em todas as esferas da vida econômica, social, política e cultural, o que o diferencia do ideólogo que fala a favor da ordem vigente, justificando-a e legitimando-a.
O Intelectual Universal
O intelectual apresentado por Michel Foucault pode ser qualquer um, já que segundo ele a estrutura de poder deve funcionar em uma sociedade por meio de um sistema disciplinar disperso, que funciona anonimamente, através de um controle incessante que se faz valer de práticas discursivas para aplicar-se sobre os sujeitos; sujeitos estes que aparecem sujeitando-se, como efeito de operações de poder.
Tal poder disciplinar está intrinsecamente ligado às ciências humanas, enquanto sistemas de conhecimento sobre seres humanos, dentre os quais a psicologia, a psiquiatria e a psicanálise assumem posição privilegiada.
Enquanto mediador simbólico, os intelectuais são os agentes que constroem, por exemplo, a identidade nacional; são os artífices desta identidade e da memória nacionais, desempenhando a tarefa de mediadores simbólicos.
Todos se dedicam a interpretar o país cuja identidade será o resultado do jogo das relações apreendidas por cada autor, podendo ser chamados de mediadores simbólicos.
A construção da identidade nacional necessita desses mediadores, pois são eles que descolam as manifestações culturais de sua esfera particular e as articulam a uma totalidade que as transcendem.
Embora as concepções do intelectual engajado de Sartre e do intelectual orgânico de Gramsci estejam presentes até hoje, sobretudo entre os pensadores ditos de “esquerda”, a urgência hoje, passa por uma reformulação desta moral do engajamento, desta “vontade de servir” (ou dever).
Cultura e identidade: A construção da identidade nacional brasileira foi construída de forma diferente de outras identidades. Stuart hall (2005) 
No caso do Brasil a identidade é diferente porque a nossa cultura se forja na mistura na idéia de junção de grupos diferenciados. Perpassaremos alguns autores, com destaque para Gilberto Freyre, que foram responsáveis pela criação da idéia de um Brasil que se definiria pela harmonia racial pela tropicalidade e afetividade. 
Tais concepções foram criadas em determinado momento histórico, acabando por obscurecer as relações étnico-raciais conflituosas e desiguais que subalternizam povos indígenas e a população negra dentro do território nacional.
SISTEMA DE SIMBOLOS E VISÃO DE MUNDO
Dentro de uma determinada sociedade, ou grupo social, aprendemos a conceber o mudo e a nos compreender no mundo de forma peculiar. É a partir desses significados que podemos dar sentido à nossa existência, a partir deles formamos nosso senso de identidade.
“A CULTURA É A LENTE ATRAVÉS DA QUAL O HOMEM VÊ O MUNDO.”
WEBWE – A cultura e a identidade (marcos weber)
Tese weberiana ilustra como a visão do trabalho e a da vida passa pela cultura
Os preceitos religiosos dispostos aos fieis, que formam um repertório de valores, normas comportamentais e significados culturais que delineiam a forma como compreendiam o mundo e se compreendiam o mundo.
São as fontes culturais responsáveis por transmitir elementos que subsidiam nossas formas de compreender o mundo e construir nossa identidade. 
A partir dessa tese weberiana ele vai dizer que a visão do trabalho e da vida passa pela idéia de cultura. Os preceito religiosos formam o repertórios de valores. 
Stuart Hall e a identidade
A construção da identidade parte tanto de aspectos subjetivo quanto social. Ainda segundo o sociólogo Jamaicano-inglês, as identidades culturais são “aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso “pertencimento” a culturas étnicas, raciais, lingüísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais
A identidade nacional identidade cultural da modernidade.
Identidade nacional: 
A caracterização da identidade nacional consubstancia-se na existência da identidade cultural, a qual é função de fatores históricos, científicos e psicológicos / religiosos. 
 Conjunto de símbolos
DEFINIÇÃO DE IDENTIDADE NACIONAL.
Benedict Anderson (1991): a identidadenacional substitui as identidades religiosas com a constituição das sociedades modernas e formação dos Estados-nacionais. 
As identidades nacionais são criadas em determinado momento histórico, fomentando uma nova forma de solidariedade social distinta das anteriores, definidas como “comunidades imaginadas”
Porque são construções simbólicas poderosas que permitem a identificação de todos os membros de uma nação com os valores. 
Como os valores da identidade nacional se formam?
Contexto de formação dos estados nacionais
Narrativas com ênfase nas origens, na invenção de tradições de passado longínquo e na atemporalidade.
Nas narrativas nacionais, escolhem-se certos traços e se omitem outros, fundando a idéia de um povo, com características por todos os membros territoriais nacional.
Sofremos influência dos portugueses, negros, índios e imigrantes: 
Daí resulta uma série de aspectos positivos tais como: criatividade, capacidade de adaptação, senso estético, inteligência, índole pacifica, alegria e outras, como também algumas características negativas: indolência, tolerância, sensibilidade extrema e influências episódicas, tecido social frágil, oportunismo. 
Identidade nacional brasileira (Lilian)
Origem: Emancipação brasileira de 1822 quando havia a necessidade do corte umbilical com Portugal e criação de um conjunto de medidas estratégicas para formação efetiva de um país. 
Identidade nacional brasileira (Maria Isaura)
Ela acreditava que o termo identidade nacional é o compartilhamento de certos símbolos pela maioria da população e que esses cientistas primórdios acreditavam que no Brasil não era possível construir uma identidade nacional por conta a diversidade étnica racial do país.
A história do Brasil é iniciada à luz da identidade inter-racial. 
A proposta de uma história para o Brasil surge com a inauguração do mito das três raças. “A democracia racial.” 
Teorias defendiam o segregacionismo e branqueamento.
· Teorias naturalistas (martius, 1981) as pesquisas deles tem uma conotação muito racista. 
· Medicas (Nina Rodrigues, 1944) Trabalha com uma pespectiva onde defendia os códigos penais para brancos e negros
· Jurídicas (Romero, 1949) Defendia o branqueamento e dizia que aos poucos a população se tornaria branca. 
Tais teorias pareciam lembrar idéias igualitárias, mas depositavam nos negros/mestiços a culpa pelos males da nação.
A questão Racial e as Ciências Sociais.
A questão de raça com contornos racistas 
Dilemas dos intelectuais brasileiros dos séculos XIX tentavam responder à “inferioridade” do povo brasileiro com relação aos povos europeus: 
Raça X Natureza X Índole 
Elementos tipicamente nacionais 
Criação governamental de 1930 definia que era brasileiro. 
O arroz e o feijão são a simbiose da idéia da mestiçagem e, por isso, em 1930, tornam-se elementos tipicamente nacionais. 
A Identidade nacional publicizada.
A figura mimética e simpática do malandro carioca, na recusa do trabalho e na capacidade que ele tem de forjar relações com as pessoas, criada na década de 30 e 40. De um lado, destacavam-se as virtudes da mestiçagem e, do outro os pontos negativos. Introduz-se em 1950 o ideário do “jeitinho brasileiro”. 
Cultura nas sociedades de classes.
Para relacionar cultura com as sociedades ditas de classes, como são as sociedades modernas, faz-se necessário, primeiramente, algumas reflexões em torno do termo ideologia.
A ideologia consiste na separação entre pensamentos e ação, cultura e materialidade, sujeito e objeto, tanto em sua concepção: 
Ideologia Marxista 
Base da ideologia: 
 
Ideologia segundo os pensadores da Escola de Frankfurt
Base da ideologia:
O objetivo do grupo era romper os grilhões de todos os sistemas fechados de pensamento e combater tradições que haviam bloqueado o desenvolvimento do projeto crítico.
Em suas análises, esses teóricos fazem referência à separação, largamente difundida na Alemanha, entre cultura e civilização.
O conceito marxista de ideologia sofre transformações importantes no século XX, provocadas pelo pensamento dos teóricos da Escola de Frankfurt (Adorno, Horkheimer e Marcuse), na Alemanha dos anos de 1930.
A indústria cultural de massas e a sociedade de consumo
Adorno e Horkheimer elaboraram o termo indústria cultural, com a finalidade de solucionar uma confusão a respeito da diferença entre cultura de massas e cultura popular.
O conceito indústria cultural esclarece que não se trata de uma cultura produzida pela massa, mas uma cultura do capitalismo voltada para o consumo em massa.
Ao ser transformada em bem de consumo que adapta os indivíduos à realidade existente e subjuga-o ao poder do sistema, a cultura resultará na indústria cultural.
A potencialidade da cultura como esfera da formação do indivíduo, a qual pressupunha a autonomia do sujeito e de sua relação crítica e contestadora com a totalidade é transformada pela indústria cultural em esfera de alienação e adaptação acrítica do indivíduo à realidade.
A indústria da cultura no Brasil
A indústria cultural adquire seu pleno desenvolvimento no Brasil e se consolida
em decorrência da articulação de dois fatores que atuam de forma interdependente:
um de natureza política e outro de natureza econômica.
O processo de implantação das indústrias de bens simbólicos,
no entanto, começa antes, nos anos 60, embora só se consolide na década de 70.
Mesmo que nas décadas anteriores aos anos 1960 possam ser
encontrados empreendimentos empresariais no setor da cultura
e da comunicação (jornais, emissoras de rádio, editoras, gravadoras etc.),
assim como um insipiente mercado para esses bens,
não se pode dizer que tivessem as características próprias
daquele tipo de atividade que Adorno e Horkheimer, em 1947,
denominaram de indústria cultural.
Na década de 40, segundo o antropólogo Renato Ortiz,
as empresas culturais existentes procuravam expandir suas bases materiais,
mas encontravam grandes obstáculos que se interpunham ao desenvolvimento
do capitalismo brasileiro, o que colocava limites concretos
para o crescimento de uma cultura popular de massa.
Dessa forma, é possível dizer que os anos 40 e 50 marcam
o momento de incipiência de uma sociedade de consumo
de massa no Brasil, porque a sociedade ainda não estava estruturada de forma
a atribuir significado e amplitude social aos meios culturais que possuía.
Já as décadas de 60 e 70 se definem pela consolidação do mercado de bens culturais.
Gilberto Freyre e o legado da colonização.
Em casa Grande e Senzala, destaca-se a formação da sociedade brasileira, tendo vista a miscigenação. Esses estudos são clássicos sobre cultura brasileira, é uma história antropológica sociológica, por conta de ser um estudo da vida coditiada. 
A Casa Grande e a senzala.
O livro é histórico e enfatiza as características da colonização portuguesa da sociedade agrária, escravidão e misturas de raça. Propõe que a formação estrutural do Brasil não é uma mera reprodução da cultura portuguesa, mas uma junção de elementos específicos. 
A estrutura da casa-grande, segundo Freyre expressava o modo de organização social e político-patriarcalismo. Esta estrutura incorporava os vários elementos que compunham a propriedade do Brasil. O patriarca da terra era considerado o dono de tudo que nela se encontrasse, desde escravos, parentes, ate filhos e esposa. Tal padrão ser expressa na arquitetura da Casa-Grande. Nesse livro ele desmistifica a noção de determinação racial na formação de um povo, dando ênfase não apenas à adaptação da miscigenação à vida nos trópicos, mas também a formação de uma nova civilização original e criativa. Com isso, refuta a idéia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada à miscigenação que aqui se estabeleceu. 
Elementos importantes:
Freyre diferencia a raça de cultura, separa herança cultura e étnica e trabalha a concepção da cultura brasileira como conjunto de costumes, hábito e crenças de um povo. 
Ele muda a concepção das ciências sociais de até então, mostrando que existe um espaço de construção da ordem social com uma dinâmica própria circunscritana casa grande e senzala. 
Sergio Buarque de Holanda e a Cordialidade.
Formado em Ciências jurídicas e sociais. É um importante intelectual brasileiro. 
O livro Raízes do Brasil aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira, destacando o legado cultural da colonização. 
Raízes do Brasil apresenta alguns dos obstáculos da modernização política e econômica brasileira sobre uma ótica madura e aprofundada as raízes sociais e políticas. Neste livro, Holanda não reconstrói a identidade nacional visto que para ele é algo em construção e repleto de contradições. 
Contribuições: 
Desvela as forças que atuaram na formação de cada região do país e identifica a lenta adaptação ao meio do legado cultural dos colonos portugueses. 
Analisa a idéia de cordialidade que sintetiza o encadeamento de uma série de fatores típicos da colonização portuguesa. 
Para Holanda o homem cordial nada tem haver com a gentileza. Ao contrário o homem cordial tem algumas características típicas que podem ser caracterizadas em 3 tópicos.
· Culto à personalidade: Valorização do individuo e ausência de qualquer tipo dependência
· Tibieza das estruturas hierárquicas (uma dificuldade em respeitar as hierarquias)
· Adaptabilidade, plasticidade e privatismo.
Sergio Buarque fala que: Teoria do homem cordial, a idéia como o homem que reage de acordo com seu coração. Mostra a resistência ao impessoal, seguir regras. 
Contribuições do Sergio, Holanda nos oferece elementos para verificar que nossa história é marcada pelo predomínio das vontades individuais e pessoalidade, invadindo espaços que deveriam ser impessoais e públicos.
Pra este pensador, nossa aptidão para o social, marcada pela cordialidade, não se apresenta como tendência útil para a construção da vida pública já que esta relação impede abstrair-se como peça critica e viva ao conjunto social. 
Contraposição
Gilberto Freyre.
· Sociedade brasileira se faz por antagonismo.
· Não há ruptura entre público e privado.
· Harmonia entre os tipos sociais em um todo homogêneo de diversidade étnica e cultural.
Sergio Buarque
· Sociedade brasileira pode ser explicada pelo homem cordial- síntese do culto a personalidade.
· A sociedade brasileira se caracteriza pela convivência entre caudilhismo e liberalismo enquanto dialéticos.
O mito da democracia racial.
Na obra de Gilberto Freyre, o Brasil passou a ser pensado pelo brasileiro como um país fundado pelo encontro harmônico entre indígenas, africanos e portugueses. Mesmo com a escravidão e a dizimação de povos indígenas, passou-se a estabelecer uma identidade na qual a harmonia e a mistura se sobrepunham aos conflitos.
Idéia que passou a ser criticada por pesquisas que buscavam evidenciar as relações conflituosas entre branco, indígenas e negros.
Que relação há entre as fotos e a concepção de homem cordial em Holanda?
· Homem cordial sintetiza a idéia que há uma invasão do privado ao publico. Os carros parados na calçada onde seria lugar para o pedestre é algo cotidiano. Vem a idéia do “jeitinho brasileiro”. 
· O interessa particular passa sobre o espaço publico. 
Formação étnica do povo brasileiro.
Para se falar de formação étnica de um povo é necessário que comecemos por diferenciar o conceito de “etnia” e o conceito de “raça”
Raça:
O conceito de raça é uma construção social forjada nas tensas relações entre brancos, negros e indígenas, não tinha relação com o conceito biológico de raça cunhado nos séculos xix e que hoje está superado.
Tem uma conotação política é utilizada com freqüência nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas, como cor da pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeito no interior da sociedade brasileira.
Etnia:
Quanto à etnia, o termo marca as relações tensas por causa das diferenças na cor da pelo e nos traços fisionômicos que caracterizam a raiz cultura plantada na ancestralidade dos mais diversos grupos, que difere em visão de mundo, valores e princípios de origem indígena, européia ou asiática. 
O termo étnico é fundamental para demarcar que o individuo pode ter a mesma cor da pele que o outro, o mesmo tipo de cabelo e traços culturais e sociais que o distingue, caracterizando assim as etnias diferentes. 
Miscigenação e sincretismo
Esta visão da formação do povo brasileiro começa com a explicação biologizante da mescla de três raças: a branca, a indígena e a africana.
Foi a chagada de imigrantes europeus que instigou a busca por uma visão biológica salientando nossa capacidade singular de absorção do “outro”.
· A fábula de três raças surgiu ainda no Brasil império, entre os pesquisadores naturalistas e ganhou a adesão de cronistas e escritores, em meio às teorias da época que relacionavam os saberes biológicos com os sociais.
Os autores que formularam as impressões do que viam se consolidar por aqui se inclinava por caminhos divergentes, mantendo, põem, uma matriz comum: a constatação da mestiçagem racial. Esta foi vista ou como uma elaboração biocultural inusitada e sublime ou como algo perigoso e lamentável. 
O mito da Democracia Racial. 
A sociedade brasileira se identifica com os traços multietnico e cultural que lhe é constuitivo, mas vive este de forma tensa.
Na prática, o Brasil branco europeizado, mas tarde branco e americanizado, não soube como fazer com a diversidade cultural que nossa formação configurou; não a integrou de fato, quando muito de direito. 
O conceito de “nação” pode ser utilizado como um dispositivo discursivo que apazigua elementos diversos em uma aparente unidade. Dessa forma, os vários grupos étnicos, classe social e gêneros que constituem a sociedade são representados comi pertencentes à mesma identidade nacional, suprindo as múltiplas identidades culturais que perpassam os membros de uma nação.
A construção da identidade cultura.
Se o imaginário nacional instaura uma suposta igualdade entre esses membros, isso não se confirma no espaço real, onde a desigualdade entre as classes sociais não permitem que todos usufruam dos mesmos recursos; assim, esse conceito é constituído ao longo do tempo de acordo com as representações, nessa cultura nacional, de sua nacionalidade. 
Uma nação constitui-se não apenas de uma organização política, mas, principalmente de um sistema de significação cultura. 
Nesse sistema, os discursos que narram a nação serão ambivalentes ideologicamente por serem o produto de um processo histórico contínuo. A identidade cultural é algo que se constrói ao longo do tempo e se manifesta de muitas maneiras. 
Não há nação sem identidade nacional, porém tais identidades são construídas permanentemente e nunca completadas, e nesta construção estão envolvidos intelectuais, artistas, povo e estado.
Euclides da Cunha (1866 – 1909) E o Brasil de canudos.
O autor de Os sertões, de 1902, obra em que apresenta a realidade social do interior do país, em grande parte desconhecida pela consciência intelectual brasileira, republicana, racista e positivista.
Ao relatar a guerra de canudos no sertão da Bahia em 1897, apresenta o sertanejo como homem antes de tudo forte no contexto de um meio ambiente natural e político-social gravemente hostil, quando está era uma surpreendente novidade para uma intelectualidade que a época justificava o atraso cultural do país pelos maus costumes coloniais da mestiçagem. 
Os interpretes do Brasil no século XX
· Gilberto Freyre (1900 – 1987) 
Em 1933, Gilberto Freyre publica A casa Grande e a Senzala, obra de referência no que tange à nossa identidade cultural, onde examina as relações de convivência e influência que sobredeterminam as relações de dominação dos senhores de engenho sobre os negros. 
· Sergio Buarque de Holanda (1902 – 1982)
Autor do livro Raízes do Brasil, de 1936, investigou de forma definitiva os diferentes tipos de colonização espanhola e portuguesa nos países da America do Sul, Central e Caribe. 
· Caio Prado Júnior (1907 – 1990) 
Através da sua obra Formação do Brasil Contemporâneo, de 1942, de orientaçãomarxista denuncia a dependência econômica, política e cultural da colônia brasileira em face de sua metrópole portuguesa.
· A teoria do lusotopicalismo formulada pelo sociólogo Gilberto Freyre, durante a primeira metade do século XX, supõe a existência de uma civilização original que se ergueu sobre os alicerces decorrentes da expansão portuguesa por zonas tropicais do mundo e do modo particular dos portugueses de se relacionar com as populações indígenas. Através desta interação, que contempla a mútua influencia em várias dimensões da vida cotidiana, nomeadamente no estilo de se vestir, na culinária, no comportamento social, nos rios religiosos, assim como, na expressão idiomática de dois ou, no caso do Brasil, de três elementos, que se criaram sociedades híbridas na sua composição etnocultural.

Continue navegando