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Processo de psicodiagnóstico

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Processo de
psicodiagnóstico
 Referências: Ancona Lopez. Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Cap 02. 
 Durante muito tempo o psicodiagnóstico foi entendido
como um processo que se desenvolvia a partir de um
levantamento de dados do cliente, cabendo ao psicólogo
analisar esses dados com base na nosologia
psicopatológica e dar o encaminhamento possível para o
caso. Evitavam-se, nesse processo, estabelecer vínculo
com o paciente e fazer intervenção.
 Fischer, nos Estados Unidos, nos anos 70, e M. Ancona-
Lopez, no Brasil, na década de 80, foram as precursoras
na introdução do psicodiagnóstico interventivo, o qual,
rompe com o modelo anterior, fazendo do atendimento
um processo ativo e cooperativo. 
 Não se trata de um processo investigativo; ao
contrário, o que fundamentalmente o caracteriza é a
possibilidade de intervenção. No psicodiagnóstico
interventivo, as questões trazidas pelos clientes são ao
mesmo tempo investigadas e trabalhadas, a fim de que
se possam construir, em conjunto, possíveis modos de
compreendê-las. 
 As intervenções se caracterizam por propostas
devolutivas ao longo do processo, acerca do mundo
interno do cliente. São assinalamentos, que permitem ao
cliente buscar novos significados para suas
experiências, apropriar-se de algo sobre si mesmo e
ressignificar suas experiências anteriores. 
 No caso do psicodiagnóstico infantil, esse processo
pressupõe a implicação da família na problemática,
atribuída à criança. Parte da ideia de que, se a criança
apresenta um comportamento que atinge os pais,
mobilizando-os a procurar por um psicólogo, a família
está envolvida no problema. 
 Esse modo de compreensão decorre da concepção de
homem e de mundo postulada pela fenomenologia
existencial, isto é, considera o ser humano como um ser
sempre em relação, cuja subjetividade se constitui pelas
relações que o indivíduo estabelece no decorrer de sua
existência. 
Entrevista inicial;
Anamnese; 
Contato com a criança;
Devolutiva com os pais;
Uso de testes;
Visita escolar e domiciliar; 
última sessão com os pais; 
Relatório final; 
Devolutiva com a criança. 
 O psicodiagnóstico é visto como uma prática
conjuntamente realizada pelo psicólogo, pelos pais e
pela criança. Os pais e a criança têm uma participação
ativa nesse tipo de diagnóstico; atribui-se grande valor
às informações trazidas pelos pais. Nessa medida, não
há uma relação verticalizada, pois o psicólogo não se
põe no lugar de quem “detém o saber”; ao contrário,
dialoga com os clientes no sentido de construírem
possíveis modos de compreensão acerca do que está
acontecendo com a criança. 
 Em tal modalidade de atendimento, o psicólogo
compartilha com os clientes suas impressões,
permitindo que estas as legitimem ou ainda as
transformem. Entende-se que é no compartilhar de
experiências que pode emergir uma nova compreensão,
que possibilite diminuir ou eliminar o sofrimento psíquico.
 A identificação da experiência do outro é uma tarefa
que exige que o psicólogo se reconheça nesse outro.
Portanto, é preciso que haja um envolvimento
existencial; é preciso mergulhar no mundo do cliente,
compartilhar seus códigos, deixar-se enredar por sua
trama de sentidos e, ao mesmo tempo, conseguir uma
distância suficiente que permita refletir sobre a
situação.
 Fases do psicodiagnóstico interventivo:

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