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Fisiologia reprodutiva dos machos reprodução 1 aula

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Fisiologia reprodutiva dos machos
1) Escroto: contribui com a termorregulação, armazenamento. É uma prega de pele um pouco diferenciada, tende a ter menos pelo e gordura em subcutâneo, bastante glândulas sudoríparas e sebáceas para não ocorrer o superaquecimento. Tecido fibro elastico túnica dartos, tem entremeado algumas fibras musculares lisas. A pele do escroto tem a capacidade de regular, ajudando na termorregulação. O escroto sai para fora porque a espermatogênese só acontece em uma temperatura mais baixa, por isso ele precisa sair de dentro do abdômen.
· Termorregulação testicular: variável de espécie, mas gira em torno no geral de 3 graus a menos da temperatura corporal do animal. A pele do escroto ajuda mas não consegue fazer toda a termorregulação sozinha. Eu tenho o musculo cremaster que ajuda na termorregulação, que ao contrair aproxima o escroto e os testículos do abdômen do animal, quanto mais próximo do abdômen, mais quente fica. Tenho o plexo pampiniforme também, tenho o testículo, a artéria testicular que desce trazendo sangue oxigenada para nutrir o parênquima do testículo, tenho as veias testiculares que são responsáveis por levar o sangue para cima. O sangue a hora que sai da artéria testicular, ele está em uma certa temperatura por volta de 39 graus, o ideal é que ele chegue aqui embaixo, uns 3 graus a menos chegando por volta de uns 36 graus. Eu faço esse resfriamento por uma troca de calor, Todo calor da artéria passa para veia, conforme o sangue venoso vai subindo, vai recebendo o calor do sangue arterial, quando subir vai estar aquecido plexo pampiniforme é a principal estratégia de termorregulação.
Exame andrológico: região que é o caminho entre os testículos ate chegar o abdômen, chamamos de funículo espermático como um todo. Quando eu palpo, eu sinto todas as estruturas que passam, o ducto deferente, plexo pampiniforme, mas eu não consigo especificar o que eu estou palpando. Não posso sentir nenhum nódulo ou obstrução.
2) Testículos: estão a semelhança dos ovários nas fêmeas, gonada reprodutiva masculina, o testículo tem uma função endócrina e exócrina. A endócrina produz um hormônio e coloca esse hormônio na circulação testosterona e metabolitos. Função exócrina produzir e secretar os espermatozoides. Ela começa lá dentro dos túbulos seminíferos. O testículo é formado por vários lobulos separados por septos de tecidos conjuntivos. Um lóbulo é formado por vários túbulos seminíferos de 2 a 5. Esses túbulos vão todos para a região central testicular rede testis sai os ductos deferentes levando os espermatozoides em direção a cabeça do epidídimo.
Se eu pegar um túbulo seminífero e fizer um corte nele se encontram dentro dos lóbulos, temos uma lâmina basal que é o que separa o lado de dentro e de fora do túbulo. As células que estão do lado de fora, do interstício, o testículo, não conseguem entrar e as que estão dentro, não conseguem sair. Dentro do túbulo seminífero tenho a célula de sertoli, são células bem grandes, além dessas células, temos as células em diferenciação gametas sendo formados, desde as células primitivas(espermatogonias), ate chegarmos no espermatozoide formado. Fora do túbulo seminífero, terei capilares sanguíneos, algumas células musculares que conseguem fazer uma contração desse túbulo, ajudando a carregar os espermatozoides em diante, e temos também as células intersticiais leydig.
· Células de sertoli: elas que dão estrutura para os gametas em diferenciação, ajudando esses gametas a se diferenciarem. Sem essas células, a espermatogonia indiferenciada nunca conseguiria se tornar um espermatozoide, porque são essas células que nutrem a espermatogonia e ajudam no processo de diferenciação. A espermatogonia indiferenciada é uma célula grande e indiferenciada, ao longo do processo de transformação essa célula precisa adquirir as propriedades do espermatozoide muito menor, tem uma estrutura completamente diferente. Para transformar, muitas coisas têm que acontecer, as células de sertoli que ajudam nesse processo. Uma das coisas que mais acontece no processo de transformação, é a remoção do citoplasma. O espermatozoide é uma célula que tem que ser muito rápida, e ele tem que durar horas só para fazer a função dele, por isso ele não necessita de citoplasma, todos esses restos celulares que vão sendo eliminados, vão sendo fagocitados por essas células. Além disso elas produzem ABP proteína que liga andrógenos, significa que ela se liga na testosterona. Todo esse processo de transformação do espermatozoide só ocorre quando eu tenho a ação da testosterona agindo nas células testosterona está sendo produzida pelas células de leydi, esse hormônio tem que ir para dentro do túbulo seminífero para agir na transformação do espermatozoide, só que temos a lamina basal, não deixando as coisas passarem de um lado para o outro A ABP é um transportador de membrana, no final das contas é como se a célula de sertoli usando a proteína carreadora, puxando a testosterona, agindo nas espermatogônias, formando os espermatozoides. 
· Testosterona: o nível de testosterona produzido no parênquima testicular é bem alta, inclusive a maior parte fica no parênquima testicular. A testosterona testicular pode chegar a ser 100 vezes maior do que a testosterona sérica a que entra no organismo e influência em tudo é a menor parte, a maior parte fica no parênquima para ajudar no processo de espermatogênese. 
· Controle endócrino: nos machos as coisas também são reguladas pelo hipotálamo, hipófise e gônadas. Regulação mais constante e homogênea. O hipotálamo começa produzindo GNRH, estimulando a hipófise, produzindo FSH e LH. O LH vai agir nas células de leydi, estimulando a produção da testosterona. O FSH vai estimular as células de sertoli a produzirem ABP, puxa essa testosterona para dentro do túbulo seminífero acontecendo a espermatogênese. A célula de sertoli também produz inibina, faz feedback negativo na hipófise controle hormonal. A outra maneira é pela testosterona que consegue fazer feedback negativo também, em hipófise e em hipotálamo.
Os machos das espécies estacionais, ainda assim, esses machos durante o período de anestro, o eixo deles não é completamente bloqueado. O que acontece é que a produção espermática pode estar um pouco menor.
· Espermatogênese: produção do espermatozóide. Pode ser dividido em 3 fases: fase de espermatogonia tenho as células mais indiferenciadas. Fase de esmatócito célula começa a mudar e ocorre a meiose do gameta. Fase das espermátides espermatozoide vai ser feito e pronto da maneira final.
Por mais que no testículo se forme a espermatozoide, aquele espermatozoide formado no testículo é considerado imaturo se eu tirar e colocar na frente de um oócito, não vai acontecer nada, porque esse espermatozoide não tem motilidade, e ele não tem capacidade de fecundação. Todo o processo de amadurecimento do espermatozoide ocorre mais pra frente quando ele sai do testículo e fica no epidídimo.
Nos machos, toda vez que um macho pega uma espermatogonia, e ele produz um espermatozoide, ele faz uma mitose dessa célula, dessa mitose feita, formam-se duas 1 forma o espermatozoide, a outra ele guarda na forma indiferenciada, fica como uma população reserva. A formação dos gametas só acontece por completo, e só depois que eles entram em puberdade, e eles vão ter células reserva para a produção de espermatozoide para a vida toda.
No processo de envelhecimento o tecido do parênquima vai sendo destruído, e o nível de testosterona vai diminuindo atrapalhando esse processo, mas não acaba o estoque de gameta nos machos.
A lâmina basal, acaba fazendo uma barreira hematotesticular. Essa barreira é muito importante porque não deixa o sangue ter contato com os gametas em transformação são diferentes em termos de estrutura e números de cromossomos. Se esse sangue entra em contato, pode gerar uma resposta imunológica grande por conta dessas diferenças de estruturas e números de cromossomos. Se eu tenho uma lesão que quebra essa barreira, temos respostasinflamatórias bem graves.
Por mais que tenha mitocôndria dos espermatozoides, quando eu tenho a fusão das membranas, só entra o pró núcleo, não entra as mitocôndrias do espermatozoide. Se eu tenho uma lesão na mitocôndria paterna, essa doença não passa para o embrião, mas se for de origem materna passa sim, porque vai junto com o oócito nas fusões.
3) Epidídimos: onde ocorre a maturação dos espermatozoides. Separado em cabeça, corpo e cauda. Os epidídimos são ductos. Os espermatozoides passam pela cabeça, corpo e fica na cauda do ducto. O processo de amadurecimento ocorre na cabeça e no corpo do epidídimo, é aqui que ele ganha motilidade, capacidade de fecundar e fertilizante, e aqui eles recebem o retoque final, no epidídimo tenho a enxugada final tirando os restos do citoplasma gota citoplasmática. Eles chegam maduros na cauda do epidídimo, onde ficaram estocados. Se eu precisar coletar espermatozoides, eu vou coletar na cauda do epidídimo. Demora 60 dias o ciclo espermático, nos suínos demora em torno de 35 dias mas em media 60. 
Se meu animal, garanhão tiver tomado um coice nos testículos, todas essas espermatogonias em diferenciação, elas vão ser lesadas, em consequência é que daqui 2 meses, elas não vão virar um espermatozoide bom. A consequência de um problema testicular pode aparecer meses depois do trauma inicial, isso é importante ter em mente quando vamos fazer um exame andrológico neste animal. 
4) Ducto deferentes: A saída dos espermatozoides seguem pelos ductos deferentes para ejacular. O animal tem dois ductos deferentes, fazem transporte dos espermatozoides, absorção de qualquer fluido que se tenha, e vão desembocar na em cima na parte inicial da uretra peniana.
5) Glândulas sexuais acessórias: as glândulas sexuais, as principais funções são produzir o líquido seminal, esse líquido ele acaba sendo um veículo de transporte dos espermatozoides. Tem substâncias químicas que ajudam na sobrevivência dos espermatozoides, eles têm metabolismo muito alto então precisam de muita energia, então eles precisam de um açúcar simples frutose. Nas glândulas sexuais eu tenho essa frutose para dar energia para o espermatozoide. O líquido seminal é mais neutra também para não prejudicar essas células quanto mais testosterona, mais ativo estará esse líquido seminal. O que determina o volume do líquido seminal, é o tamanho e as atividades das glândulas. O porco, o equino, eles têm um líquido seminal em maior volume por terem as glândulas maiores.
Se o espermatozoide maduro fica armazenado por muito tempo, ele começa a degradar ou perde um pouco da sua qualidade? Se eu tenho um animal que está muito tempo sem coletar, esses espermatozoides podem começar a morrer, perder a motilidade, etc.
6) Pênis: fibro elástico, tem muito mais tecido, menos vasos sanguíneos, não é aquele pênis que vai inchar e aumentar de volume com a excitação. São pênis bem longos, conseguindo chegar na cérvix da fêmea ruminantes e suínos. Pênis musculo cavernoso, bastante vaso sanguíneo e menos musculo, são aqueles que incham bastante no momento da copula equino, cão e gato.
Os pequenos ruminantes têm um prolongamento da uretra que se prolonga pela grande do pênis processo uretral, o ejaculado vai um pouco mais fundo nas fêmeas. Os suínos têm glande do pênis mais enroladinha, no cão tem a bulbo do pênis que fica bem inchada, o que trava na fêmea quando eles estão na hora da cópula.
7) Prepúcio: dobramento de pele, tem bastante glândula sebáceas que ficam secretando e formam um esmegma secreção com aspecto meio purulento que fica na ponta do prepúcio. Se for em pequena quantidade, é completamente fisiológico, não pode aparecer em grande quantidade.

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