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1 
 
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
Milena Farias Baeza e Gabriela Rodrigues Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABUSO DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA E 
RESPONSABILIDADE DOS AGENTES DIPLOMÁTICOS E 
CONSULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 2020 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
Introdução ............................................................................................................................................... 3 
Umaru Dikko ............................................................................................................................................ 4 
Conclusão ................................................................................................................................................. 6 
Bibliografia ............................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com base em um caso verídico e de grande destaque nas relações internacionais – caso 
britânico e nigeriano de Umaru Dikko - podemos perceber claramente que há diversos casos de 
abuso da imunidade diplomática. Dikko foi um grande ator na política nigeriana que foi 
sequestrado em território britânico e enviado por um container ao aeroporto de Stansted, sem 
um selo ou rótulo específico, sendo caracterizado então, como um correio ou mala diplomática. 
 A mala diplomática, no entanto, é inviolável, porém, em caso de sequestro, o que 
acontece? Podemos perceber alguns privilégios dos quais agentes diplomatas que possuem 
imunidades têm, e como a Convenção de Viena trata os acontecimentos para a manutenção da 
paz, segurança internacional e o desenvolvimento das relações de amizade entre as nações. 
3 
 
 
4 
 
UMARU DIKKO 
 
 Umaru Dikko foi um político nigeriano que desempenhou um forte papel como ministro 
do transporte e como chefe da força-tarefa presidencial. Porém, após o golpe militar que 
derrubou o governo de Shagari, Dikko acabou fugindo para um exílio em Londres, e foi acusado 
de corrupção em grande escala com o desvio de milhões de dólares das receitas de petróleo no 
país. Essas acusações, por sua vez, foram feitas a partir do novo regime militar estabelecido 
após o golpe do antigo governo. 
 No território britânico, Umaru Dikko foi sequestrado, drogado, colocado em um 
container e enviado ao aeroporto de Stansted, por uma conjunta nigeriana-israelense. Porém, o 
container foi enviado sem qualquer tipo de rótulo ou selo, o que fez a alfândega britânica abrir 
a mala diplomática e recuperar o ex-ministro nigeriano ainda com vida. O fato faz alusão ao 
artigo 27 da Convenção de Viena que prevê que uma mala diplomática e mensagens em códigos 
devem ser visivelmente carimbados como tal, estabelecendo o seu significado e importância. 
 Diante desse fato, a secretaria do Estado de estrangeiros e relações Common Wealth 
fez uma carta dizendo que se os diplomatas nigerianos fossem invioláveis, diante do artigo 27 
da Convenção de Viena - já mencionado -, o governo britânico daria prioridade para vida 
humana, e não para a inviolabilidade da mala diplomática. Contudo, a proteção da vida é algo 
autônomo, mas ainda assim, não pode ser sempre usado como uma justificativa. 
 A imunidade diplomática, por sua vez, pode ser caracterizada no modo em que os 
agentes diplomáticos não estão sujeitos a processos administrativos, civis e penais no país 
hospedeiro, porém, ela não é isenta de um processo no país de origem. São prerrogativas 
especiais que devem ser reconhecidas as missões diplomáticas, às repartições consulares, às 
organizações internacionais, para que esses consigam exercer de maneira plena suas funções no 
país em que cumprem uma missão. 
 Previstas na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e na 
Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, garantindo aos diplomatas a 
inviolabilidade necessária, os preâmbulos têm algumas propostas sobre os privilégios e 
imunidades para a manutenção da paz, segurança internacional e no desenvolvimento das 
relações de amizade entre as nações. 
4 
 
 
5 
 
 Desse modo, a soberania dos Estados representantes em países estrangeiros é garantida, 
desenvolvendo então, relações amistosas. Esses privilégios podem ser vistos como isenção de 
tributos diretos, segurança do corpo diplomático, que são concebidos por meio da 
reciprocidade. As imunidades, incluem, entre outras, a inviolabilidade das missões diplomáticas 
e a imunidade de jurisdição do agente diplomático. 
 Contudo, há grande abuso da imunidade diplomática que pode ser vinculada com a 
violação das leis de trânsito no país receptor – que pode ser caracterizado como um exemplo 
recorrente-, estupros, bolsa diplomática sendo usada para importar ou exportar drogas, conexão 
com terrorismo, entre outros. Outro exemplo breve seria de um diplomata que não paga o 
aluguel do local que está residindo durante a missão diplomática, mas também não é despejado 
por conta disso. 
 Diante de todos esses princípios, pode-se concluir que é necessário a imunidade 
diplomática para a segurança internacional. Porém o abuso desses princípios também é algo 
recorrente no cenário, que poderia ser aniquilado com novos princípios e tratados para a 
garantia das missões diplomáticas de maneira plena e justa. O caso do Dikko é uma grande 
referência aos artigos impostos na Convenção de Viena sobre a imunidade, e assim, o abuso 
desses direitos deveria ser visto como crimes a serem submetidos de graves penas para a melhor 
manutenção desses direitos aos diplomatas e suas famílias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
6 
 
CONCLUSÃO 
 Concluí- se, portanto, que as imunidades e privilégios concebidas aos diplomáticas são 
uma garantia profissional para dar a eles o suporte necessário para o desempenho de suas 
funções. O grande problema é que há muitas controvérsias diante disso, pois casos graves – 
que atentam até a vida de terceiros - podem ser praticados por membros que possuem 
imunidades, fazendo com que eles não sejam punidos. Atualmente, os países podem 
simplesmente encerrarem as relações diplomáticas com outro país caso ocorram muitos 
problemas, mas órgãos competentes deveriam focar mais em como a justiça poderia ser feito 
caso um crime ocorra. 
 O exemplo do Dikko ilustra isso. A importância à vida é muito maior do que a 
inviolabilidade de uma mala diplomática. Como ter certeza de que as malas diplomáticas estão 
transportando coisas lícitas? Os países, portanto, devem ter sua autonomia, junto com a 
competência de órgãos que julgarão cada caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
5 
 
BIBLIOGRAFIA 
ANASTASIOU, Maria. Why and how is diplomatic immunity abused? What factors 
influence the countermeasures the abused might be able to take? Disponível em: 
https://www.academia.edu/5667769/Diplomatic_immunity_final?auto=download. Acesso em: 
18 maio 2020. 
HERDEGEN, Matthias. The Abuse of Diplomatic Privileges and & Countermeasures not 
Covered by the Vienna Convention on Diplomatic Relations, 1986. Disponível em: 
https://www.zaoerv.de/46_1986/46_1986_4_a_734_757.pdf. Acesso em: 17 maio 2020. 
Privilégios e imunidades de Missões Diplomáticas. Disponível em: 
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/representacoes-diplomaticas-estrangeiras-no-
brasil/18169-acordos-internacionais. Acesso em: 17 maio 2020. 
MADRIGAL Alexis. A imunidade diplomática à luz do Direito Internacional, 2015. 
Disponível em: https://jus.com.br/artigos/44832/a-imunidade-diplomatica-a-luz-do-direito-
internacional. Acesso em: 18 maio 2020. 
 
 
 
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/representacoes-diplomaticas-estrangeiras-no-brasil/18169-acordos-internacionais
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/representacoes-diplomaticas-estrangeiras-no-brasil/18169-acordos-internacionaishttps://jus.com.br/artigos/44832/a-imunidade-diplomatica-a-luz-do-direito-internacional
https://jus.com.br/artigos/44832/a-imunidade-diplomatica-a-luz-do-direito-internacional

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