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Artigo sobre alface

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UniAGES
Centro Universitário Colegiado de Engenharia Agronômica
Gustavo emanuel
Hugo de souza menezes
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
CULTIVO DO ALFACE CRESPA EM FUNÇÃO DE VARIADORS TIPOS DE ADUBAÇÕES.
Paripiranga, BA Agosto 2019
UniAGES
Centro Universitário Colegiado de Engenharia Agronômica
Gustavo Emanuel
Hugo de Souza Menezes
Projeto de Estágio Supervisionado III, desenvolvido no Curso de Engenharia Agronômica da Faculdade AGES, período X, como parte dos requisitos da disciplina.
Orientador: Me. Carlos Allan Pereira dos Santos
Paripiranga, BA Agosto 2019
1 INTRODUÇÃO
A alface (Lactuca sativa) é pertencente à família Asteraceae, sendo uma das hortaliças folhosa amplamente cultivada em diversos países, se não uma da mais consumidas. É considerada a hortaliça folhosa mais importante na alimentação do brasileiro, o que assegura essa hortaliça expressiva importância econômica e social na agricultura familiar (SILVA et al., 2013)
Segundo Filgueira (2008) a alface é originária da Europa e da Ásia Ocidental, sendo uma planta de caule pequeno no qual se prendem as folhas lisas ou crespas, podendo ou não formar cabeça, apresentando vários tons de verde. A raiz é superficial explorando apenas os primeiros 25 cm do solo. É uma planta anual, florescendo sob dias longos com altas temperaturas e vegetando preferencialmente em condições de dia curto e temperaturas amenas.
A produção de hortaliças tem gerado renda aos produtores rurais que na sua maioria são de agricultura familiar. Sendo assim a produção de hortaliças possibilita a geração de grande número de empregos, sobretudo no setor primário, devido à elevada exigência de mão-de-obra desde a semeadura até a sua comercialização (Silva e Costa, 2010).
No entanto devido a grande demanda por esta hortaliça tem levado os produtores a aplicar técnicas de cultivo, visando o aumento da produtividade e redução no custo de produção, bem como produto de maior qualidade e menor preço. Logo o emprego de novas técnicas de cultivo além de tornar os produtores mais competitivos promove geração de renda e lucro.
De acordo com Santos et al., (2010) a alta temperatura é um dos fatores que mais limita o desenvolvimento dessa hortaliça, principalmente o aumento da temperatura do solo que causa estresse à planta, acelera o metabolismo, dificulta a absorção de nutrientes e retarda o desenvolvimento radicular.
Vale frisar que, o manejo de adubação é um componente importante para o desenvolvimento da planta, ou seja, levando nutrientes necessários para planta. Ziech et al., (2014) a utilização de adubação orgânica oriunda de estercos de animais e compostos orgânicos, de diferentes origens, tem sido utilizada no cultivo de
hortaliças em muitas propriedades agrícolas. A pratica da adubação orgânica, tem sido bastante utilizada afim de diminuir a utilização de adubos quimicos, esse que tem causados vários danos ao meio ambiente, devido a forma errada de aplicação. 
Finatto et al., (2013) relatam que por meio da adubação orgânica, pode-se aumentara fertilidade, a biodiversidade do solo e a produtividade das hortaliças nele cultivadas, além de melhorar as características sensoriais em relação àquelas cultivada em solos adubados exclusivamente com fertilizantes minerais. O fertilizante orgânico, além de fornecer nutrientes ao solo, influenciando atributos físicos, químicos e biológicos do solo, com reflexo na estabilidade e na produtividade da cultura.
Portanto, o presente objetiva, estudar diferentes tipos de adubação orgânica nos parâmetros agronômicos da cultura da alface, bem como, avaliar a produtividade e qualidade de alface, tipo crespa.
2 OBJETIVO GERAL
Avaliar produção da alface em função aos variados tipos de adubações
2.1 Os objetivos específicos
· Identificar quais das diferentes adubações contribuiu para o melhor pegamento das mudas.
· Observar qual tratamento se mantem resistente a doenças fitossanitárias.
· Quantificar qual dos tratamentos contribuiu para maior quantidade de folhas.
· Medir o diâmetro da cabeça em relação as diferentes adubações.
3 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho, justifica-se pela necessidade que há diante da importância da nutrição e um bom manejo da alface crespa, pois a deficiência nutricional na cultura traz problemas, isso devido a falta de conhecimento dos produtores e falta de um professional que assistencie sobre as formas de condução da olerícola.
Sendo asim, surge a necessidade no manejo adequado de nutrientes no qual está relacionado com a questão dose, época de aplicação. Logo, o trabalho consiste-se em utilizar adubos orgânicos e quimica conforme a necessidade da cultura, tendo como objetivo a questão da adubação adequada que é um fator importante para ajudar a cultura se desenvolver bem.
Referente a isso, percebe-se a importância da prática de utilizar diferentes adubações sejam elas orgânica e química de forma correta, uma vez que a deficiência pode trazer problemas durante o ciclo de produção da cultura. Acresce ainda que a alface é um dos vegetais que está mais presente alimentação humana, pois além de ser uma folhosa que tem nutrientes essenciais para o ser humano, tem um valor de consumo bem mais em conta. Portanto, a produção doalface crespa, contribui para geração de empregos e renda as famílias produtoras.
4 REVISÃO TEÓRICA
4.1 : Caracteristicas morfológica e edafoclimáticas do Alface crespa.
A alface (Lactuca Sativa L.), é uma olerícola que pertence a família Asteraceae, caracteriza-se por ser uma folhosa delicada necessitando de cuidados diários, devido sua suscetibilidade a pragas e doenças que podem acarretar a perda de produtividade e consequentemente a lucratividade. Por isso, faz necessário escolher uma cultivar que seja adaptada a região, atendendo suas exigências climáticas, deve-se levar em consideração a resistência da alface para obter resultados satisfatórios (SILVA, et al. 2013).
Conforme Feltrim et al., (2009) o alface crepa é uma planta que possui característica de clima temperado, porém existem no mercado de venda de hortaliças, variedades que foram passadas pelo melhoramento genético podendo atingir seu ápice produtivo, devido possibilitar seu cultivo o ano todo. A alface exige uma temperatura noturna de 18°C a 25°C, devido as variações agronômicas de cada cultivar, é importante a escolha ideal da variedade a ser implantada no campo, diante do exposto compreende-se que é essencial o entendimento da interação da mesma no ambiente. Já em relação as exigências hídricas, a umidade no solo é um fator preponderante para o desenvolvimento da alface, uma vez que é uma cultura de semente fotoblástica positiva, ou seja, necessita-se de luz para seu processo germinativo, bem como umidade porém está relação luz/umidade não pode ser em excesso.
4.2. Manejo e condução do Alface.
Para realizar um ótimo manejo de qualquer cultura, em especial da alface crespa, se faz necessário ter o conhecimento do mesmo em relação ao intempereis que podem ocorrer, por isso é importante compreender suas características peculiares como morfologia, estágio fenológico, interação planta-solo-ambiente. Pois segundo Filgueria (2007) para o semiárido, a escolha da cultivar a ser
trabalhada e um fator primordial no qual apresente resistência, precocidade e melhoramento genético
Filgueira (2007) ainda acresce em relação as mudas que são feitas em bandejas de poliestireno ou de isopor com o substrato comercial, devem ser transplantadas aos canteiros com vinte dias após a semeadura, quando as mudas estiverem de quatro a cinco folhas definitivas, realizar o transplantio nas horas mais frescas do dia com o solo úmido . Para a preparação das mudas é imprescindível o manejo diário com relação a luminosidade e umidade, o manejo na produção de alface começa desde a fase de campo com a escolha do local, escolha da cultivar, fator clima, solo, água. Já em relação as fases précampo são: escolher mudas sadias e selecionar as que apresentam maior vigor de germinação para serem transplantadasa campo, o manejo da adubação, rega ou irrigação, monitoramento diário da área para verificar índice de pragas e provável surgimento de doenças, para assim adotar medida de controle ideal.
4.3 Adubação orgânica e quimica
Segundo Camargo Filho et al., (2007) relatam que a relação à produção orgânica de alface no Brasil, que os produtores estão divididos basicamente em dois grupos: pequenos agricultores familiares ligados a associações, e grupos de movimentos sociais que representam 90% do total de agricultores, os quais respondem por cerca de 70% da produção orgânica brasileira, e por último grandes produtores empresariais (10%) ligados a empresas privadas.
 Já com relação a adubação mineral Ziech et al.,(2014) diz que para fósforo e potássio dependerá do nível de fertilidade do solo: o fósforo pode variar 50 até 350 kg/ha de P2 05 ; o potássio de 50 até 100 kg./ha. , de K2 0. Com relação ao Nitrogênio, de modo geral recomenda-se 50 kg./ha. , de N. Os micronutrientes, principalmente o boro e o zinco, ficam na dependência do histórico da área e da exigência da planta.
No entanto, Filgueira (2007) diz que a adubação em sistemas orgânicos apresentam bons resultados no que condiz a produtividade das hortaliças e na melhoria das propriedades físico-químico do solo, a adubação orgânica vem sendo cada vez mais utilizada na produção de olerícolas, no entanto é essencial que o olericultor tenham cuidados no manuseio dos estercos no qual deve está bem curtido, para evitar contaminação .
Dentre os adubos orgânicos que são utilizados o esterco bovino é o mais usado no cultivo do alface, o esterco bovino apresenta nutrientes essenciais para o desenvolvimento da plântula como o fósforo e o potássio. Compreende-se que o esterco de bovinos tem a capacidade de aumentar a CTC- capacidade de troca catiônica com isso favorece a eficiência da produtividade, proporcionado um sistema de interação harmônica no solo, o esterco bovino quando incorporado ao solo proporciona benefícios que promove equilíbrio para o solo e disponibilidade de nutrientes para a plântula (LIMA, et al. 2015).
Logo Alves, Pinheiro (2007) diz que, quanto ao esterco de caprino, nota-se como o sendo mais ativos e mais concentrados, apresentando uma maior quantidade de relação nitrogênio, fósforo e potássio com isso tem melhores resultados na produção quando comparado ao esterco bovino. O esterco caprino é considerado de grande valia na agricultura devido seu potencial de composição nutricional, facilitando assim em melhores resultados na produção agrícola, principalmente no que refere-se a aplicação em solos duros, argilosos, fazendo com que tenha uma melhor absorção no solo.
Vale frisar também, sobre o esterco de aves é bastante utilizando na agricultura sendo mais rico em nitrogênio quando comparado aos outros tipos de esterco, o esterco de aves deve ser bem manejado devido seu alto valor em amônia, sendo assim o esterco de aves destaca devido sua resposta com bom desempenho agronômico em hortaliças que tem uma grande necessidade de nitrogênio em seu ciclo (LIMA, et al. 2015).
Resultados Esperados.
Diante do estudo experimental, fica-se a expectativa de obter resultados na produção da alface com a adubação orgânica e química com aplicação de foliar, tendo um maior número de folhas, maior diâmetro, coloração chamativa, produtividade e aceitabilidade pelo mercador consumidor. Além da questão da racionalidade dos usos dos produtos e obter os melhores índices de produtividade com relação ao custo e benefício, identificar o melhor tratamento para a produção da alface.
5 METODOLOGIA
A pesquisa será realizada por um estudo de campo, a partir de um experimento que será no Campus II da UniAGES na divisa Bahia-Sergipe. A área a ser trabalhada é equivalente a 100 m² (10 m x 10 m), onde a medição será feita com trena métrica, e a divisão dos tratamentos por estacas e barbantes.
O plantio será realizado em canteiros com largura de 1,5 m, com espaçamento de 30cm entre as plantas, sendo um total de 200 mudas. Serão realizados 5tratamentos com 5 repetições cada. O plantio será feito com total de mudas de 1 por parcela. Realizar irrigações periódicas, para manter as plantas vivas, exceto em dias de chuvas.
Tratamento 01- testemunha;
Tratamento 02 – adubação com 300 kg/ha de esterco de bovino curtido;
Tratamento 03 – adubação com cobertura 200 kg/ha de cama de frango;
Tratamento 04- adubação com cobertura 50kg\ha 10:30 e aplicação foliar aos 20 após o transplantio;
 Tratamento 05: adubação de fundação com 60 kg\ha de MAP e aplicação de foliar aos 15 dias.
As avaliações serão realizadas com 45 dias após o transplantio, no estudo experimental será utilizado as plantas centrais para avaliar as características sendo descartadas as plantas das bordas. As características a serem avaliadas são: diâmetro da alface com utilização de fita métrica, quantidade do número de folhas nos tratamentos em função da adubação química e orgânica, altura da planta com uso de paquímetro, diante do teste de regressão determinar a dose ideal para produção da alface destacando a racionalidade.
Após essas etapas, será analisado o porte da planta e tamanho das folhas utilizando o método de TEIXEIRA et Al. (2011): Avaliação de qual adubação orgânica aliada a aplicação de foliar teve mais efeito na produção do alface crespa; verificar se houve alguma significância no tratamento com os adubos orgânicos.
6 CRONOGRAMA
	
ETAPAS
	ENCONTRO
	
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	3
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	6
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	8
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	10
	11
	12
	13
	14
	15
	16
	17
	18
	19
	20
	Escolha do tema
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico
	X
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	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do projeto
Manejo e tratos culturais
	
	
	
	
	
	
	X
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X
	
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	Coleta de dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Análise dos dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
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	Organização do roteiro/partes
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Redação do trabalho
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
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	Entrega do Trabalho
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa do relatório
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
7 BIBLIOGRAFIA
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LIMA, Bruna Viana et al. A adubação orgânica e a sua relação com a agricultura e o meio ambiente. Unisalesiano lins –SP. 2015.
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Silva, D. S. O.; Costa, C. C. Caracterização dos vendedores de hortaliças da Feira de Pombal-PB. Revista Verde, v.5, p.191-196, 2010.
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