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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
DIREITO CIVIL
LINDB - Parte I
Livro Eletrônico
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Dicler Ferreira
LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Apresentação ................................................................................................................................... 3
LINDB - Parte I ................................................................................................................................. 6
1. Considerações Iniciais ................................................................................................................ 6
2. Vigência e Eficácia da Norma ................................................................................................... 9
3. Revogação da Norma ................................................................................................................15
4. Conflito de Normas no Tempo ............................................................................................... 18
5. Preenchimento da Lacuna Jurídica ....................................................................................... 22
6. Princípio da Obrigatoriedade ................................................................................................. 25
7. Conflito de Normas no Espaço ............................................................................................... 26
8. Critérios de Hermenêutica Jurídica ....................................................................................... 27
9. Estatuto de Direito Internacional Privado .......................................................................... 29
Questões de Concurso ................................................................................................................. 36
Gabarito ...........................................................................................................................................49
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 50
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Dicler Ferreira
LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
ApresentAção
Querido(a) aluno(a), eu me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente ministro aulas 
presenciais e a distância de Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária Municipal em 
diversos cursos do Brasil.
Ocupei, por mais de nove anos, o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Município de São 
Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP no concurso de 2006 e entrei em exercício no ano 2007. 
Antes deste concurso também exerci o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado da Pa-
raíba (ICMS-PB – concurso em 2006) e fui oficial da Marinha do Brasil durante doze anos e 
meio; além de ter sido aprovado em 6º lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos do 
Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS - 2006).
Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e recentemente fui aprovado 
em 16º lugar no TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) e em 2º lugar no TCM-
-RJ (Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro) em 2015/2016 (Conselheiro-Substi-
tuto), cargo que ocupo atualmente.
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de lhe dizer 
qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias é feita a vida 
de um “concurseiro”, pois também fiquei reprovado em outros treze concursos. Ou seja, creio 
que também sei o que não deve ser feito para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de questões 
comentadas de Direito Civil, um da banca CESPE/UnB e outro da Fundação Carlos Chagas.
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Dicler Ferreira
LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Com isso, espero poder ajudá-lo nessa árdua caminhada que é a preparação para con-
cursos públicos. A respeito do concurso para o TJ-SC (Técnico Judiciário Auxiliar), seguem 
as minhas observações.
Conteúdo Programático – TJ SC – Direito Civil:
Lei, espécies, eficácia no tempo e no espaço, retroatividade e irretroatividade das leis, 
interpretação, efeitos, solução de conflitos intertemporais e espaciais de normas jurídicas. 
Das pessoas: conceito, espécies, capacidade, domicílio. Fatos jurídicos. Ato jurídico: noção, 
modalidades, formas extrínsecas, pressupostos da validade, defeitos, vícios, nulidades. Ato 
ilícito. Negócio jurídico. Prescrição e decadência. Bens: das diferentes classes de bens. Das 
obrigações: conceito, estrutura, classificação e modalidades. Efeitos, extinção e inexecução 
das obrigações. Dos contratos: disposições gerais. Dos contratos bilaterais, da evicção. Das 
várias espécies de contratos: da compra e venda, da locação, do depósito. Enriquecimento 
sem causa. Da responsabilidade civil do particular.
Divisão das Aulas de acordo com o Conteúdo Programático
O nosso curso será dividido da seguinte forma:
Aula Assunto
1 Lei, espécies, eficácia no tempo e no espaço, retroatividade e irretroatividade das leis, 
interpretação, efeitos, solução de conflitos intertemporais e espaciais de normas jurídi-
cas. (Parte 1)
2 Lei, espécies, eficácia no tempo e no espaço, retroatividade e irretroatividade das leis, 
interpretação, efeitos, solução de conflitos intertemporais e espaciais de normas jurídi-
cas. (Parte 2)
3 Das pessoas: conceito, espécies, capacidade, domicílio. (Parte 1)
4 Das pessoas: conceito, espécies, capacidade, domicílio. (Parte 2)
5 Bens: das diferentes classes de bens.
6 Ato jurídico: noção, modalidades, formas extrínsecas, pressupostos da validade, defeitos, 
vícios, nulidades. Negócio jurídico.
7 Prescrição e decadência.
8 Ato ilícito. Da responsabilidade civil do particular.
9 Das obrigações: conceito, estrutura, classificação e modalidades.
10 Efeitos, extinção e inexecução das obrigações.
11 Dos contratos: disposições gerais. Dos contratos bilaterais, da evicção.
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
12 Das várias espécies de contratos: da compra e venda, da locação, do depósito.
13 Enriquecimento sem causa.
14 Rota Final
Característica das questões que serão utilizadas no curso
A banca FCC é bastante tradicional em se tratando de concursos para tribunais.
É comum a banca mesclar questões que cobram a literalidade da lei com questões que 
apresentam casos práticos para aplicação de conceitos.
Sendo assim, ao longo de nosso curso teremos questões abordando essas duas carac-
terísticas.
Bons estudos!!!
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DEDIREITO CIVIL
LINDB - PARTE I
1. ConsiderAções iniCiAis
Com o advento da Lei n. 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a ementa do Decreto-Lei n. 
4.657, de 04 de setembro de 1942, passou a vigorar com a seguinte redação: LEI DE INTRO-
DUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB, não devendo mais ser utilizada deno-
minação Lei de Introdução ao Código Civil - LICC.
A alteração da ementa do Decreto-Lei n. 4.657/1942 teve a intenção de aperfeiçoar sua 
redação, deixando expresso o entendimento, já consolidado, de que a norma se aplica a todo 
o Direito pátrio, e não apenas ao Código Civil.
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro representa o Decreto-Lei 4.657/1942, 
ou seja, não é parte integrante do Código Civil (CC) (Lei 10.406/2002). O CC cuida de tratar das 
relações de ordem privada, a LINDB não.
As principais características da LINDB são:
• ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina outras normas 
jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo chamada de 
lei das leis (lex legum);
• ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e por ultrapassar 
em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste diploma 
legal contêm normas de sobredireito.
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
LINDB
A LINDB disciplina os seguintes assuntos:
1. vigência e eficácia das normas jurídicas;
2. conflito de leis no tempo;
3. conflito de leis no espaço;
4. critérios de hermenêutica jurídica (interpretação);
5. critérios de integração do ordenamento jurídico; e
6. normas de direito internacional público e privado.
Abordaremos cada um desses assuntos durante esta aula.
Sabendo que a lei é o objeto de estudo da LINDB, vale a pena enumerarmos as suas 
características:
a) generalidade ou impessoalidade: a lei se dirige a todos indistintamente. A exceção é a 
lei formal ou singular, que se aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para dar 
pensão a uma pessoa pública que esteja passando dificuldades. A doutrina afirma que é um 
ato administrativo com forma de lei.
b) obrigatoriedade e imperatividade: o descumprimento da lei autoriza a aplicação de 
uma sanção.
c) permanência ou persistência: a lei não se esgota em uma única aplicação.
d) autorizante: se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indenização por perdas e 
danos caso tenha sofrido um prejuízo em virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das nor-
mas sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e danos.
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:
1- Lei Cogente ou Injuntiva: é a lei de ordem pública. É a que não pode ser modificada pela 
vontade das partes e, nem mesmo, pelo juiz. São imperativas ou proibitivas.
a) lei cogente imperativa: é a que ordena um certo comportamento. Por exemplo, o comer-
ciante não pode escolher para qual cliente vender a mercadoria;
b) lei cogente proibitiva: é a que veda certo comportamento. Por exemplo, o Código Civil 
proíbe a doação universal, isto é, a doação de todos os bens sem que haja reserva do mínimo 
para sobreviver.
2- Leis Supletivas ou Permissivas: são as leis dispositivas, isto é, leis que protegem inte-
resses particulares. Podem ser modificadas pela vontade das partes. É o caso da maioria das 
leis que disciplinam os contratos, em regra.
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Por fim, a Lei de efeito concreto é a que produz efeitos imediatos. Como exemplo temos 
uma lei que proíbe certa atividade. É a lei que por si só já produz o efeito desejado. Tal classifi-
cação é importante principalmente no que tange ao mandado de segurança. Em regra, não se 
pode impetrar mandado de segurança contra lei em tese, porém, se for lei de efeito concreto, 
cabe mandado de segurança. Também cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal admite 
o controle de constitucionalidade quando a lei for de efeitos concretos. Esta lei de efeito con-
creto se assemelha aos atos administrativos, cujos efeitos são imediatos.
2. VigênCiA e efiCáCiA dA normA
O art. 1º, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica:
Art. 1º - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada.
Pelo princípio da vigência sincrônica entende-se que a obrigatoriedade da lei no país é 
simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco 
dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.
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Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é simultânea, pois ela entra 
em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, 
não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.
A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai desde o início da sua obri-
gatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que fazer qualquer relação 
com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de produção concreta de efeitos pela 
norma. Quando classificada (segundo José Afonso da Silva) de acordo com a dependência de 
outras normas, podem ser:
a) Normas de eficácia plena – quando a eficácia é imediatamente concretizada;
b) Normas de eficácia limitada – quando a eficácia depende de uma outra norma; e
c) Normas de eficácia contida – quando a eficácia pode ser restringida por outra norma.
É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência), mas tenha eficácia (produza 
efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o Direito Penal e analisar o art. 3º do 
Código Penal que trata da aplicação da lei penal quando esta for excepcional ou temporária:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
• Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) de vigência 
previsto expressamente em seu corpo.
• Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstân-
cias, como guerra, epidemia, etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por ultrativi-
dade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada (perder a vigência), con-tinuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja, ocorrendo 
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
um crime durante a vigência de uma lei excepcional ou temporária, mesmo após a lei não 
mais estar em vigor (falta de vigência), ela deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia).
Continuando o estudo do art. 1º da LINDB, temos que:
Art. 1º - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três 
meses depois de oficialmente publicada.
§ 2º Revogado
[...].
O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte forma:
1. Edição;
2. Processo Legislativo;
3. Sanção do Presidente da República;
4. Publicação, e;
5. Vigência.
As fases de edição e do processo legislativo são estudadas pelo Direito Constitucional. 
Aqui começaremos o estudo na fase da sanção. Após a lei ser sancionada, deve haver a sua 
publicação para que as pessoas tomem conhecimento do seu conteúdo; e, consequentemen-
te, o diploma legal irá adquirir vigência (validade) estando apto a produzir efeitos. Entretanto, 
o nascimento da lei se dá com a promulgação.
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
PROMULGAÇÃO ≠ PUBLICAÇÃO
Não podemos confundir a promulgação com a publicação, apesar de ambas constituírem 
fases essenciais da eficácia da lei.
A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos básicos:
a) reconhece os fatos e atos geradores da lei;
b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais.
A promulgação das leis compete ao Presidente da República, conforme prevê o art. 66, § 
7º, da Constituição Federal. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas decorrido da san-
ção ou da superação do veto. Neste último caso, se o Presidente não promulgar a lei, competi-
rá a promulgação ao Presidente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas para 
fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do Senado, em prazo idêntico.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da 
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos 
casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, 
caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação da lei aos seus 
destinatários. É condição de vigência e eficácia da lei.
Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre a publicação e a 
entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir 
a lei anterior no sistema.
Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis:
1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de acordo com o 
artigo 8º da Lei Complementar n. 95/98, tem expressa disposição do período de vacatio legis. 
Como exemplo, temos a expressão contida em lei determinando que a lei “entra em vigor um 
ano depois de publicada”.
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Art. 8º da LC 95/98 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo 
razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data 
de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.
2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1º 
da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio da lei, entra em vigor no país 45 dias 
depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a pu-
blicação oficial.
3) Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor 
na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.
Segue esquema gráfico:
Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, ainda não tem 
vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova não entrar em vigor ela não será obrigatória e os 
atos praticados de acordo com a lei antiga serão plenamente válidos.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8º, § 1º da Lei Com-
plementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo.
Art. 8º, § 1º da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam pe-
ríodo de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando 
em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
Se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabelecendo prazo de quinze dias de vacân-
cia, ela entrará em vigor em qual dia?
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
A contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 
de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no dia subsequente (17 de janeiro). Seque quadro:
Contagem do dia do mês 2 3 4 5... 16 è DIA 17 
Contagem do vacatio 1 2 3 4... 15 è vigência no dia seguinte
O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.
Finalizando o estudo do art. 1º da LINDB temos:
Art. 1º [...].
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o 
prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de interpretação, 
então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção de tal erro, dependen-
do de qual fase se encontra o processo de criação da norma:
1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores problemas;
2) correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no entanto, deverá 
contar novo período de vacatio legis apenas para o texto corrigido;
3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida mediante uma nova 
norma de igual conteúdo.
Segue esquema gráfico:
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de vacatio 
legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida;
3. reVogAção dA normA
É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio modificá-
-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de surtir efeitos se a ela 
sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica a perda da vigência da norma, e 
sim, a perda de sua efetividade.
Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:
1. total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
2. parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
Ab-rogação x Derrogação
Toda a lei é revogada Parte da lei é revogada
Através do art. 2º, caput, da LINDB, o legislador expressou o Princípio da Continuidade.
Art. 2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue.
Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por prazo in-
determinado, excetuando-se as leis com vigência temporária, que possuem data certa para 
“morrer” (perder a vigência).
A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma, para que ocorra 
o fim de sua vigência, não é necessária outra lei. Basta que transcorra o lapso temporal de 
um ano.
Tendo como base legal o art. 2º, § 1º, da LINDB, existem duas formas de revogação de uma 
lei antiga por uma lei nova.
Art. 2º § 1º - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Vejamos o dispositivo de forma sistematizada:
1. Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que estão sendo por 
ela revogados.
2. Revogação tácita ou indireta: se subdivide em dois tipos.
• Revogação tácita por incompatibilidade; e
• Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma matéria tratada 
por uma lei anterior).
Sobre a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação à LC 95/98 que 
ficou da seguinte forma:
Art. 9º da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposi-
ções legais revogadas.
Ou seja, através do dispositivo legal acima, o legislador não deve mais se valer daquela 
vaga expressão “revogam-se as disposições em contrário”.
Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. A antinomia pode ser 
de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma antinomia real a solução é a revo-
gação da norma conflitante. Entretanto, quando se tratar de uma antinomia aparente, para a 
verificação de revogação das normas e solução de tais conflitos, três critérios, listados no 
quadro a seguir, devem ser utilizados:
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CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE
1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em verificar qual das normas é superior, inde-
pendentemente da data de vigência das duas normas (exemplo: um regulamento não poderá revogar uma lei 
ainda que entre em vigor após esta);
2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas gerais não podem revogar ou derrogar pre-
ceito ou regra disposta e instituída em norma especial, e;
3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar em vigor posteriormente irá revogar a 
norma anterior que estava em vigor.
Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo diante dos 
demais. O critério da especialidade é o intermediário e o hierárquico é o mais forte de todos.
O art. 2º, § 2º, da LINDB consagra o princípio da conciliação.
Art. 2º, § 2º - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior.
De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem 
coexistir, não havendo a necessidade de revogação.
Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexis-
tir, não havendo a necessidade de revogação.
Já o art. 2º, § 3º, da LINDB dispõe sobre a repristinação.
Art. 2º, § 3º - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência.
Através da sua leitura, concluímos que a regra é a não-restauração da norma, ou seja, a 
impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema jurídico 
pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa não-restauração de nor-
mas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor.
Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma nova que 
faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vigência, desde que em 
sua totalidade.
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A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação:
Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei C, a Lei A 
irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?
Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento” da Lei A, então é 
possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua “morta”.
Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de vacatio legis, 
apenas para a parte da lei que foi corrigida.
4. Conflito de normAs no tempo
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas normas, 
entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns 
fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. 
Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:
• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova 
norma com as relações já definidas pela norma anterior;
• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já con-
sumados sob a lei antiga.
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Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo com a pro-
dução de efeitos, temos que eles podem ser:a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem seus efeitos produ-
zidos na vigência daquela lei.
b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.
c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei anterior e não produ-
ziram todos os seus efeitos nela.
Ex.: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início deste ano entrou em 
vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. Esse contrato 
embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência 
da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a 
lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.
Analisando o art. 6º da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, devendo 
ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer 
excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada.
Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou.
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§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exer-
cer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil de ser estabe-
lecida, mas parte do seguinte conceito básico:
• Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo
• Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular
Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação celebrado durante a 
vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei mudou; ou seja, é neces-
sário que o prazo do contrato termine.
Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta e, posteriormente, a lei 
modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir aquele que já está aposentado.
Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial contra a qual 
não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.
Apesar de não ser cabível recurso. A coisa julgada pode ser questionada por meio de ação 
rescisória (que não é um recurso), conforme prevê o art. 966 do Novo Código de Processo Civil:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de 
simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV – ofender a coisa julgada;
V – violar manifestamente norma jurídica;
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser 
demonstrada na própria ação rescisória;
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou 
de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
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Também é possível vislumbrar o princípio da irretroatividade no art. 5º, XXXVI, da Consti-
tuição Federal.
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Estudamos que, excepcionalmente, é possível uma lei nova retroagir para alcançar atos 
anteriores ou os seus efeitos. Essa retroatividade excepcional varia de intensidade ou grau, 
podendo ser máxima, média e mínima.
Ocorre a retroatividade máxima (também chamada restitutória) quando a lei nova retro-
age para atingir os atos ou fatos já consumados (direito adquirido, ato jurídico perfeito ou 
coisa julgada).
A retroatividade média, por outro lado, se opera quando a nova lei, sem alcançar os atos 
ou fatos anteriores, atinge os seus efeitos ainda não ocorridos (efeitos pendentes). É o que 
ocorre, por exemplo, quando uma nova lei, que dispõe sobre a redução da taxa de juros, apli-
ca-se às prestações vencidas de um contrato, mas ainda não pagas.
Já a retroatividade mínima (também chamada por alguns de temperada ou mitigada) 
se verifica quando a lei nova incide imediatamente sobre os efeitos futuros dos atos ou 
fatos pretéritos, não atingindo, entretanto, nem os atos ou fatos pretéritos nem os seus 
efeitos pendentes.
Como exemplo de retroatividade mínima, imagine uma nova lei que reduziu a taxa de juros 
somente se aplicando às prestações que irão vencer após a sua vigência (prestações vincen-
das). A aplicação imediata de uma lei, que atinge os efeitos futuros de atos ou fatos pretéritos, 
corresponde a uma retroatividade, ainda que mínima ou mitigada, pois essa lei retroage para 
interferir na causa, que é o próprio ato ou fato ocorrido no passado.
As Constituições têm retroatividade mínima, na medida em que se aplicam imediatamente 
e alcançam até os efeitos futuros de atos ou fatos passados.
De forma resumida, temos o seguinte:
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5. preenChimento dA lACunA JurídiCA
Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da jurisdição obrigatória, o juiz é 
obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o caso concreto. Dessa forma, diante 
da ausência de lei regulando uma determinada situação jurídica, faz-se necessário ao magis-
trado valer-se dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4º 
da LINDB.
Art. 4º da LINDB - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os cos-
tumes e os princípios gerais de direito.
MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO
1. a Analogia;
2. os Costumes; e
3. os Princípios Gerais do Direito.
Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da ana-
logia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.
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Se vocêestá se perguntando sobre a equidade, veja a observação a seguir:
Obs.: � OBSERVAÇÃO SOBRE A EQUIDADE!!!!
 � - Apesar do art. 4º da LINDB não mencionar expressamente a equidade, alguns dou-
trinadores entendem que ela pode funcionar como último mecanismo para integração 
do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência de lei, da inviabilidade da analo-
gia, dos costumes e dos princípios gerais de direito, e, prevendo a lei a possibilidade 
do uso da equidade, o magistrado, para fazer valer o princípio da indeclinabilidade de 
jurisdição pode utilizá-la. É o que se depreende do art. 140 do Novo Código de Pro-
cesso Civil (NCPC).
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordena-
mento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Obs.: � - Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a equidade 
uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na LINDB, pois a afirma-
tiva estará errada.
Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da 
lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de 
normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional (a que se 
denomina anomia – falta de norma).
A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris). Vejamos:
a) Analogia legal (legis) – aplica-se ao caso omisso uma lei que regula caso semelhante;
b) Analogia jurídica (júris) – aplica-se ao caso omisso um conjunto de normas para extrair 
elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso concreto.
ANALOGIA LEGAL è UMA NORMA
ANALOGIA JURÍDICA è CONJUNTO DE NORMAS
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O costume é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em razão da con-
vicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei escrita sobre a norma 
consuetudinária.
Os costumes distinguem-se em:
1. Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de certos elemen-
tos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume a solução do caso concreto. É 
amplamente aceito pela doutrina.
Ex.: art. 569, II, do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos 
ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”
2. Costume contra legem ou negativo – é o que contraria a lei. Provoca divergência na 
doutrina e pode ser de dois tipos:
• Consuetudo abrogatória – espécie de costume contra legem que se caracteriza por ser 
uma prática contrária às normas legais.
• Desuetudo – espécie de costume contra legem que consiste na falta de efetividade da 
norma legal não revogada formalmente.
Ex.: Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado de São 
Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-se dentro da 
maior confiança, verbalmente.
Os negócios vultosos de gado no mercado de Barretos representam um costume contra 
legem, pois deveriam ser celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas 
são celebrados verbalmente, contrariando a lei.
3. Costume praeter legem ou integrativo – é o que supre a ausência ou lacuna da lei nos 
casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está citado no art. 4º da LIDB.
Ex.: o costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não possui regulamen-
tação legal.
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São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade e obrigatoriedade.
O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de determinado 
ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições indispensáveis à sua 
vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constância na realização do ato, não im-
plicando sanção), moralidade e obrigatoriedade.
CARACTERÍSTICAS
DOS
COSTUMES
- CONTINUIDADE
- DIUTURNIDADE
- OBRIGATORIEDADE
Princípios Gerais do Direito são postulados que estão implícita ou explicitamente expos-
tos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princípios gerais de Direito são 
a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao 
sistema. De acordo com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores 
de interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais regras, consti-
tuindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica.
6. prinCípio dA obrigAtoriedAde
Ninguém pode deixar de cumprir a lei, conhecendo-a ou não. Esse conceito representa o 
princípio da obrigatoriedade expresso no art. 3º da LINDB.
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
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Há quem diga que não se trata de um princípio absoluto, pois entende ser uma exceção o 
art. 8º da Lei de Contravenções Penais.
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode 
deixar de ser aplicada.
7. Conflito de normAs no espAço
Pela LINDB (arts. 7º a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da aplicação es-
pacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a 
Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do 
Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacio-
nais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro 
do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).
Desta forma, pelo fato de o princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado 
no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangei-
ras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras:
1. não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a so-
berania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
2. não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), ou seja, a 
permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.
Nos quadros a seguir, apresentaremos exemplos de aplicação da territorialidade e da pró-
pria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos da LINDB.
TERRITORIALIDADE
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
Art. 11 As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fun-
dações,obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
Art. 13 A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto 
ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que 
a lei brasileira desconheça.
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Percebemos que nos arts. 8º, 9º, 11 e 13 deve-se utilizar a lei do país em que se originar 
a relação jurídica.
EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da persona-
lidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o 
desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
Art. 12 É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver 
de ser cumprida a obrigação.
Art. 17 As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão efi-
cácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Já nos arts. 7º, 10, 12 e 17, é possível a utilização de uma lei diferente da original. Tendo 
o art. 7º, como exemplo, no que tange à capacidade, mesmo que na Argentina uma pessoa 
adquira capacidade plena aos 16 anos, no Brasil essa pessoa será considerada incapaz, pois 
aqui a capacidade plena só é adquirida aos 18 anos, em regra.
8. Critérios de hermenêutiCA JurídiCA
Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da linguagem jurídica. Serve 
para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do intérprete. A aplicação, a prá-
tica das regras hermenêuticas, é chamada exegese.
Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na primeira a lei não re-
gula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei regula, mas não é cristalina e precisa. 
Quando a lei não permite a exata compreensão da ordem, faz-se necessário o seu exercício 
interpretativo buscando alcançar o seu real sentido.
Veja o esquema gráfico a seguir:
INTEGRAÇÃO INTERPRETAÇÃO
≠ 
NÃO HÁ LEI HÁ UMA LEI DÚBIA
A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu alcance e seu 
sentido é a hermenêutica.
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Com base no art. 5º da LIDB, ao utilizar os mecanismos de integração para o preenchimen-
to da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve buscar a estabilidade social desejada.
Art. 5º da LIDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigên-
cias do bem comum.
Dentre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as seguintes listadas nos 
quadros da página seguinte.
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
À FONTE OU ORIGEM
SIGNIFICADO
Autêntica Emana do próprio legislador que reconhece a ambiguidade da norma e elabora 
uma nova lei destinada a esclarecer a intenção da primeira.
Jurisprudencial Tem como origem as reiteradas decisões judiciais proferidas pelos diversos Tri-
bunais.
Doutrinal Emana dos estudiosos da matéria do direito e das obras científicas.
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AO MEIO OU ELEMENTO 
UTILIZADO
SIGNIFICADO
Gramatical ou Literal Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da dúvida, tal como a aná-
lise da pontuação, da colocação da palavra na frase, a sua origem etimológica 
etc.
Histórica Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, ou seja, consiste na pes-
quisa das circunstâncias que nortearam a sua elaboração, de ordem econômica, 
política e social, bem como do pensamento dominante ao tempo da formação da 
norma.
Lógica ou Racional Atende ao espírito da lei procurando-se apurar o sentido e a finalidade da norma, 
a intenção do legislador, através de raciocínios lógicos, com abandono dos ele-
mentos puramente verbais.
Teleológica ou Sociológica Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas exigências sociais.
Sistemática Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito deve ser visto como um 
todo, como um sistema, comparando a norma com outras espécies legais.
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AOS RESULTADOS
SIGNIFICADO
Declarativa Quando a letra da lei corresponde exatamente ao que o legislador pensa.
Extensiva Quando o legislador expõe na lei menos do que pretendia dizer, sendo necessário 
ampliar a aplicação da lei.
Restritiva Quando o legislador expõe na lei mais do que pretendia dizer, sendo necessário 
restringir a aplicação da lei.
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9. estAtuto de direito internACionAl priVAdo
A partir do art. 7º, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por alguns deno-
minada de Estatuto de Direito Internacional Privado, versa sobre temas como conflitos de 
jurisdição, critérios para solucionar problemas de qualificação, efeitos de atos realizados em 
outros países, condições de estrangeiros e eficácia internacional de posições jurídicas legiti-
mamente adquiridas em certo país com possíveis reconhecimento e exercício em outro.
Tal assunto costuma ser cobrado em provas de concurso pela sua literalidade. Sendo 
assim, iremos reproduzir os artigos em questão e apresentaremos alguns esquemas gráficos 
com breves comentários para facilitar a assimilação.
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre
o começo e o fim da per-
sonalidade
o nome a capacidade os direitos de família
O começo e o fim da personalidade (as presunções de morte, o nome, a capacidade e os 
direitos de família, que constituem o estado civil, ou seja, o conjunto de qualidades que cons-
tituem a individualidade jurídica de uma pessoa, terão suas questões resolvidas através do 
direito domiciliar, de acordo com o que determina o art. 7º da LICC.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos 
dirimentes e às formalidades da celebração.
Independentemente de quem esteja se casando, se a realização do matrimônio ocorrer no 
Brasil, será aplicada a lei brasileira para duas situações:
1. Impedimentos dirimentes: as causas impeditivas do matrimônio estão previstas no art. 
1.521 do CC. Como exemplo, no Brasil o pai não pode se casar com a filha, seja qual for a sua 
nacionalidade.
2. Formalidades da celebração: o Código Civil estipula diversas regras para a celebração, 
como a fase de “habilitação para o casamento”. Tais regras devem ser respeitadas, indepen-
dentemente da nacionalidade de quem esteja se casando.
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LINDB - Parte I
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consu-
lares do país de ambos os nubentes.
O disposto no art. 7º, § 2º, da LICC, permite que os estrangeiros, ao contraírem casamento 
fora de seu país, possam fazê-lo perante o agente consular ou diplomático de seu país, no 
consulado ou fora dele.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do 
primeiro domicílio conjugal.
No caso de os nubentes terem domicílio internacional, a lei do primeiro domicílio conjugal 
estabelecido após o casamento é que prevalecerá para os requisitos intrínsecos do ato nup-
cial e para as causas de sua nulidade, absoluta ou relativas, inclusive no que diz respeito aos 
vícios de consentimento.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
Observar-se-á o direito brasileiro no caso de ter sido aqui estabelecido o primeiro domicí-
lio conjugal, se os nubentes tiverem domicílios internacionais diferentes; ou o direito estran-
geiro, no caso de ambos tiverem, por ocasião do ato nupcial, domicílio comum fora do Brasil.
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§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu 
cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a 
adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta 
adoção ao competente registro.
O § 5º está em consonância com o art. 1.639, § 2º, do CC que admite alteração do regime 
de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a 
procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será 
reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida 
de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obe-
decidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior 
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do inte-
ressado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio 
de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos 
filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
De acordo com o critério da unidade domiciliar, no que diz respeito às relações pessoais 
entre os cônjuges, seus direitos e deveres recíprocos, e aos direitos e obrigações decorrentes 
da filiação, aplicar-se-á a lei do domicílio familiar, que se estende aos cônjuges e aos filhos 
menores não emancipados.
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência 
ou naquele em que se encontre.
Aquele que não tiver domicílio conhecido, considerar-se-á domiciliado no local de sua resi-
dência acidental ou naquele em que se encontrar, impossibilitando a hipótese de dupla residência.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país 
em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que 
ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa 
apenhada.
O art. 8º da LINDB apresenta três situações relacionadas aos bens.
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Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será 
esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos 
do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
O art. 9º da LINDB também apresenta três situações, mas relacionadas às obrigações.
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Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto 
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Com a sucessão também não é diferente. O art. 10 da LINDB apresenta três situações 
relacionadas.
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as funda-
ções, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os 
atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham 
constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens 
imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos 
representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
Art. 12.É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou 
aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados 
no Brasil.
§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabe-
lecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, obser-
vando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
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O art. 12 da LINDB fixa a competênciada autoridade judicial brasileira nos casos em que 
o réu, seja ele brasileiro ou estrangeiro, tenha domicílio no Brasil, podendo aqui ser intentada 
qualquer ação que lhes diga respeito.
O § 1º diz respeito não só às ações reais imobiliárias mas sim a todas as ações que tra-
tem de imóveis situados no Brasil e trata-se de norma compulsória, na medida que impõe 
a competência judiciária brasileira para processar e julgar ações que versem sobre imóveis 
situados no território brasileiro, competindo a nossa justiça fazer a qualificação do bem e a 
natureza da ação intentada.
A previsão do § 2º diz respeito ao cumprimento, pela autoridade judiciária brasileira, das 
cartas e comissões rogatórias com a finalidade de investigação, e das diligências depreca-
das pelas autoridades locais competentes, satisfazendo o que lhes foi requerido pela auto-
ridade estrangeira.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao 
ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira 
desconheça.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e 
da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes 
requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar 
em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal).
Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 12.036, de 2009).
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;
Perceba que o art. 105, I, da CF/88 alterou a competência para homologar sentenças pro-
feridas no estrangeiro do STF para o STJ.
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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-
-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não te-
rão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para 
lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de 
nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e 
o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e obser-
vados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as 
disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao 
acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome ado-
tado quando se deu o casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a 
subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra 
constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da 
escritura pública.
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules 
brasileiros na vigência do Decreto-lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam 
todos os requisitos legais.
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas autoridades 
consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado reno-
var o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.
Os artigos que foram meramente reproduzidos sem comentários possuem uma incidên-
cia menor em provas de concursos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC/TRT 6ª REGIÃO/AJAJ/2018) Ao dizer que, salvo disposição em contrário, 
a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, a Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.
Questão 2 (FCC/SEFAZ-PE/JULGADOR TRIBUTÁRIO/2015) A contagem do prazo de va-
cância para entrada em vigor das leis far-se-á com a
a) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subsequente à sua consumação integral.
b) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subse-
quente à sua consumação integral.
c) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subse-
quente à sua consumação integral.
d) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, neste entrando em vigor.
e) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia anterior.
Questão 3 (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) Considere:
I – As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II – Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se ini-
cia seis meses depois de oficialmente publicada.
III – Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o que se afir-
ma APENAS em:
a) II e III.
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b) I e II.
c) I.
d) I e III.
e) III.
Questão 4 (FCC/TRT 21ª REGIÃO/AJAJ/2018) De acordo com a Lei de Introdução às nor-
mas do Direito Brasileiro, se a lei “A” for revogada pela “B”, e a lei “B” for revogada pela lei “C”, 
a lei “A”
a) voltará a ter vigência somente se a lei “C” prever expressamente esse efeito.
b) voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” não preveja expressamente esse efeito.
c) voltará a ter vigência desde que a lei “C” não vede expressamente esse efeito.
d) não voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” preveja expressamente esse efeito.
e) não voltará a ter vigência somente se a lei “C” disciplinar inteiramente a matéria que era por 
ela regulada.
Questão 5 (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Lei nova que estabelecer disposição geral 
a par de lei já existente,
a) apenas modifica a lei anterior.
b) não revoga, nem modifica a lei anterior.
c) derroga a lei anterior.
d) ab-roga a lei anterior.
e) revoga tacitamente a lei anterior.
Questão 6 (FCC/TRE-AP/AJAA/2015)Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar 
em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a 
lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo
a) começará a correr da nova publicação.
b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que a nova pu-
blicação ocorreu apenas para correção.
c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação.
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d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primeiros dias da 
primeira publicação.
e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos dias da 
primeira publicação.
Questão 7 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) No Direito Civil, a lei nova
a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito 
adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo.
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente.
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que estabeleça prazo 
de vacatio legis.
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual.
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito.
Questão 8 (FCC/TRE-AP/AJAA/2015) Considere:
I – A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei X perder 
a sua vigência, a Lei Y será restaurada.
II – A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, ocorreu 
a revogação da Lei W.
III – A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste caso, a Lei 
H não revogou a lei anterior F.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o que se afir-
ma em
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
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Questão 9 (FCC/TRF 5ª REGIÃO/AJOJ/2018) Suponha que venha a ser editada, sancionada 
e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. Nesse caso, de acordo com a Lei de 
Introdução às normas do Direito Brasileiro, a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo 
disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.
Questão 10 (FCC/TCM-GO/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Em relação à 
lei, é correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após sua publica-
ção oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis meses depois de 
oficialmente publicada.
Questão 11 (FCC/PGE-MT/PROCURADOR/2016) De acordo com a Lei de Introdução às Nor-
mas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito
a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o 
ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico sujeito a termo ou sob 
condição suspensiva.
b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o 
ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equiparam, para fins de direito inter-
temporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou sob condição suspensiva.
c) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o 
ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, para fins de direito intertempo-
ral, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio jurídico sob condição suspensiva.
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d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como coisa jul-
gada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido.
e) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa julgada, o 
ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam as faculdades jurídicas e as 
expectativas de direito.
Questão 12 (FCC/TRE-SP/AJAJ/2017) André adquiriu um terreno onde pretendia construir 
uma fábrica de tintas. Na época da aquisição, não havia lei impedindo esta atividade na re-
gião em que se localizava o terreno. Passado o tempo, porém, antes de André iniciar qualquer 
construção, sobreveio lei impedindo o desenvolvimento de atividades industriais naquela 
área, por razões ambientais. A lei tem efeito
a) imediato e atinge André, que não tem direito adquirido ao regime jurídico anterior a seu 
advento.
b) retroativo e atinge André, por tratar de questão de ordem pública.
c) imediato, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior a 
seu advento.
d) retroativo, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico anterior a 
seu advento.
e) retroativo mas não atinge André, por tratar de direito disponível.
Questão 13 (FCC/TCM-GO/PROCURADOR DE CONTAS/2015) Considere a seguinte afirma-
ção: “a lei que permite o mais, permite o menos; a que proíbe o menos proíbe o mais”. São elas 
exemplos de interpretação legal
a) doutrinária.
b) lógico-sistemática.
c) autêntica ou legislativa.
d) sociológica ou teleológica
e) gramatical ou literal.
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Questão 14 (FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Em caso de conflito 
de leis no tempo, considera-se que o herdeiro, em relação aos bens de propriedade de pes-
soa viva, possui
a) apenas expectativa de direito, que não se equipara a direito adquirido.
b) direito sob condição suspensiva, o qual se equipara a direito adquirido.
c) direito a termo, o qual se equipara a direito adquirido.
d) expectativa de direito qualificada, a qual se equipara a direito adquirido.
e) direito sob condição suspensiva, o qual não se equipara a direito adquirido.
Questão 15 (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJOJ/2016) Janete é filha de Gildete, que possui muitos 
bens. Considerar-se-á, em caso de conflito de leis no tempo, que Janete possui, em relação à 
futura herança de Gildete, que ainda está viva,
a) direito sob condição suspensiva, que se equipara a direito adquirido.

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