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Direito nas sociedades Arcaicas

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Direito nas sociedades Arcaicas
Cumpre observar, desde logo, que nas sociedades arcaicas as estruturas sociais não se especificavam claramente, estando os membros da comunidade (“indivíduos”) ligados por laços de parentesco, isto é, dentro da comunidade todos são parentes. Ademais, as próprias relações políticas, econômicas, culturais não são especificamente definidas, deixando-se penetrar por este princípio.
Recebemos a herança romana e a herança grega, sendo que o direito romano foi “redescober to” e verdadeiramente “reinventado” duas vezes na Europa
ocidental (nos séculos XII a XV pelos juristas da
universidade medieval, glosadores e comentadores e
no século XIX pelos professores alemães)
a herança g reg a,
Com efeito, o “indivíduo” alheio aos processos de socialização e educação da comunidade não existe, ou melhor, este signo “indivíduo”, “eu”, não existe. O que existe é o membro da comunidade, e, deste modo, a pessoa se reconhece. Então, estas comunidades que se organizavam em famílias, depois: clãs, tribos, aldeias até se chegar às cidades no período antigo, tinha seu modo de agir fundado nas ações inconscientes de manutenção do próprio grupo, cujo equilíbrio era dado pelo “Direito”, informado pelo princípio de parentesco.
Assim, é que o “Direito” nas sociedades arcaicas está intimamente ligado à comunidade como forma de manutenção, proteção, preservação da mesma. Neste sentido, o “Direito” representa o poder de estabelecer o “equilíbrio” (símbolo) social, ou seja, trata-se do elemento organizador fundado no princípio de parentesco.
Cumpre observar, ainda, que o “indivíduo”, dentro da comunidade, só é alguém por sua pertinência parental. Logo, o estabelecimento do que é cada um está conforme a posição de cada um nas relações de parentesco, ou seja, o que é de cada um depende de sua posição na ordem social, representando o direito uma forma rígida de distribuição social. Neste passo, o contraventor é aquele que não está na sociedade, por isso deve ser expulso. Tal comportamento é percebido quando alguém desilude a expectativa consagrada pelas regras.
Como característica do “Direito” deste período é que só existia uma única ordem, a ordem existente querida pela Divindade, portanto, sagrada. Assim, o ilícito se confundia com a quebra de tradição e com o que a Divindade havia proclamado. Ora, o Direito não era escrito, confundindo-se com as maneiras características de agir do povo, manifestado na forma de regras gerais ou Costumes.
Características do Direito Arcaico
• Não era legislado;
• Cada organização possuía um direito único – cada comunidade com suas regras;
• Diversidade de direitos não escritos;
• Preceito sobrenatural – a punição era divina (extinção da vida da família, banimento);
• Mistura de religião, regras sociais e normas jurídicas;
• Direito de nascimento – não há uma distinção entre o jurídico e o não jurídico.
• Sanção legal x Sanção religiosa (ritualística)
•Formação do direito nas sociedades primitivas (fato social–fenômeno jurídico).
•Necessidade de se regularas práticas de convívio social, notadamente sucessões e direitos de propriedade;
•Derivavam de crenças religiosas;
•Transmitidas oralmente;
•Provinham dos reis e sacerdotes “legisladores”, que interpretavam e executavam as leis, as quais eram recebidas diretamente dos Deuses;
•Receio de vingança divina em caso de descumprimento;
•Ritualismo;
•Pena de Talião
• Consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes.
•Evolução do Direito..
Fontes do Direito Arcaico
A religião exerceu um relevante papel na criação e 
manutenção do direito arcaico, posto que, ante o 
t e m o r d a i r a d i v i n a , é q u e s e g a r a n t i a o 
cumprimento dos costumes.
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cumprimento dos costume
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cumprimento dos costume
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manutenção do direito arcaico, posto que, ante o 
t e m o r d a i r a d i v i n a , é q u e s e g a r a n t i a o 
cumprimento dos costumes
· O direito estava totalmente subordinado à imposição de crenças dos antepassados, ao ritualismo simbólico e à força das divindades; mesclava-se e integrava-se, no religioso, as regras de cunho social, moral e jurídico.

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