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CUIDADOS PALIATIVOS EM UTI Janice Soares Fisioterapeuta HUSM ULBRA “Inevitavelmente, cada vida humana chega ao seu final e deve ser assegurado que isso aconteça de uma forma digna, cuidadosa e a menos dolorosa possível. Esta é uma prioridade não somente para a profissão médica, para o setor saúde ou para os serviços sociais, mas para toda a sociedade”. (OMS, 2007). Acontecimento natural MORTE 1930 Antibióticos “Cura” deixou de ser utopia UTIs contemporâneas Tecnologias Cura e controle das doenças Cuidados e alívio do sofrimento importância menor UTI Manutenção da vida Fármacos, próteses Dispositivos Recursos humanos especializados Monitorização contínua Rapidez na decisão Ambiente pouco acolhedor Ansiedade e insegurança Compartilhamento de espaço Afastamento da família Exposição de corpos Falta de orientação tempo e espaço Falta de comunicação Perda do domínio do corpo Eutanásia Ortotanásia Distanásia “É lícito renunciar a certas intervenções médicas inadequadas às situações reais do doente, porque não proporcionadas aos resultados que se poderiam esperar ou ainda porque demasiado gravosas para ele e sua família. Nessas situações, quando a morte se anuncia iminente e inevitável pode-se em consciência renunciar aos tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida” Papa João Paulo II, 1980 CUIDADOS PALIATIVOS EM UTI Paliar do latim palliare, pallium proteger Proporcionar alívio da dor e outros sintomas angustiantes; Afirmar a vida e aceitar a morte como um processo normal; Integrar os aspectos psicológicos e espirituais da assistência ao paciente; Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença e no período de luto; Usar uma abordagem de equipe para atender as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo aconselhamento de luto, se indicado; Cuidados Paliativos em UTI Cuidados Paliativos Abordagem que deve começar no momento do diagnóstico de uma doença grave e ameaçadora à vida Promover a qualidade de vida e aliviar os sintomas de sofrimento da doença visando não somente o doente, mas também seus familiares. O cuidado Paliativo visa prevenir e aliviar o sofrimento humano em suas muitas dimensões Bem estar amor dignidade QV Pacientes e família Envelhecimento da população Doenças crônicas Morte hospitalar antes domiciliar Necessidade de reconhecimento da finitude do ser humano Manejo incorreto da dor Despreparo da equipe Comunicação deficiente Esquecimento do cuidado essencial Decisões equipe-família Retirada de tratamentos fúteis Controle da dor Perto da família Apoio espiritual paciente-família Fases do Cuidado Paliativo Fase 1 – maior parte dos pacientes recuperação é o mais provável – cura é a prioridade – adequado controle dos sintomas Fase 2- recuperação e controle da doença é improvável priorizar conforto e qualidade de vida Fase 3- Morte iminente ou inevitável – cuidado paliativo exclusivo – todos os cuidados voltados para o conforto do paciente e de seus familiares Fase 4 – óbito suporte aos familiares Estudo que propôs intervenções paliativas como medida de qualidade numa UTI e a percepção familiar Contato com a família é fundamental Decisões médicas tomadas após discussão com familiar relacionadas com redução de permanência Satisfação familiar Curtis JR, Treece PD, Nielsen EL, Downey L, Shannon SE, Braungardt T, Owens D, Steinberg KP, Engelberg RA. Estudo aplicando medidas de Cuidados Paliativos em pacientes com neoplasia terminal em UTI visando a Qualidade de Vida e amenizar o final de vida Melhora atribuída à intervenção psicossocial e emocional Bem estar e bom humor Bakitas M1, Lyons KD, Hegel MT, Balan S, Brokaw FC, Seville J, Hull JG, Li Z, Tosteson TD, Byock IR, Ahles TA. FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS Doenças incuráveis, progressivas , sem qualquer hipótese de recuperação Promoção do conforto Alívio da dor Da dignidade Qualidade de vida FISIOTERAPIA Controlar a sintomatologia Maximizar as capacidades funcionais Educação e orientação aos familiares Manter autonomia Comunicação “A especifidade da avaliação e do diagnóstico determina a escolha das técnicas e a respectiva adequação à resposta do paciente” Júnior e Reis, 2007 Controle dos Sintomas DOR TUBOS E DRENOS MANIPULAÇÃO PROCEDIMENTOS EXAMES ASPIRAÇÃO IDENTIFICAÇÃO AGITAÇÃO FACES DE DOR ASSINCRONIA EXTENSÃO MUSCULAR TAQUICARDIA TAQUIPNEIA HIPERTENSÃO Intubação Sincronia com o ventilador Expressão facial Movimento corporal Dispneia Controle dos fatores exacerbantes VNI e oxigenioterapia Drogas Assincronia Janelas arejadas e vento Roncos terminais Delírios Alterações do sono Boca seca Fraqueza Sintomas de difícil controle Sedação paliativa Facilitar o controle respiratório Posicionamento Alívio dos pontos de pressão Relaxamento Apoiar e tratar a fase terminal O cuidado e a comunicação com a família – perda do ente querido Assimilar as palavras da outra pessoa Saber ler a fala corporal – olhos e ouvidos bem treinados, respaldados nas experiências da vida Comunicação clara e dinâmica Acolhimento familiar MUITO OBRIGADA!!
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