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PROCESSAMENTO ANTIGÊNICO Breno Fernando Martins de Almeida macrófago antígeno RECONHECIMENTO ANTIGÊNICO FAGOCITOSE FAGOSSOMA FAGOLISOSSOMA QUEBRA DO ANTÍGENO EM EPÍTOPOS RECONHECIMENTO DO LT PELO RECEPTOR (TCR) Proteína/Molécula do MHC Processamento antigênico ■ Antígenos exógenos – Ex.: bactérias invasoras – MHC II: células processadoras de Ag especializadas ■ Antígenos endógenos – Ex.: vírus, células neoplásicas (proteínas anormais e estranhas) – MHC I: todas as células nucleadas APCs: MHC classe I e II Processamento antigênico ■ Antígenos exógenos – Ex.: bactérias invasoras – MHC II: células processadoras de Ag especializadas ■ Antígenos endógenos – Ex.: vírus com multiplicação interna – MHC I: todas as células nucleadas MHC II naïve Micrografia eletrônica de varredura de uma célula dendrítica do linfonodo de uma cobaia. Observe o corpo celular relativamente pequeno e os numerosos e longos dendritos. Aumento original de 4.000x. Processamento antigênico ■ Funções das células dendríticas – Células sentinelas ■ Ativação da imunidade inata; – Processam antígenos exógenos ■ Captura, processamento e apresentação de Ag ■ Ativação da imunidade adaptativa; – Regulam a imunidade adaptativa (MHC II) ■ Th1: imunidade celular (patógenos intracelulares); ■ Th2: imunidade humoral (patógenos extracelulares); Duas populações de células dendríticas parecem favorecer diferentes subpopulações de linfócitos T. Os linfócitos Th1 promovem a imunidade mediada por células, enquanto os linfócitos Th2 promovem a formação de anticorpos (imunidade humoral). A população de célula auxiliar empregada depende das citocinas produzidas por essas subpopulações de células dendríticas. Essas células têm origens diferentes e secretam citocinas coestimuladoras diferentes. IL-1 IL-6 Captura de antígeno Processamento do antígeno Processamento antigênico via MHC II Processamento antigênico via MHC II O processamento do antígeno exógeno envolve múltiplas etapas: 1- Fagocitose: Ag (patógeno) nos fagossomos. 2- Fusão fagossomos e lisossomos (liberação de proteases); 3- As proteínas do Ag são quebradas em fragmentos peptídicos de tamanhos variáveis; 4- Os fagossomos que contêm esses fragmentos peptídicos fundem-se a outros endossomos que carreiam moléculas do MHC de classe II recém- sintetizadas dentro da célula; 5- Quando os fagossomos que contêm o antígeno fundem-se ao endossomo contendo o MHC, e o peptídeo antigênico se liga à molécula do MHC, as vesículas se movem em direção à superfície celular. Quando atingem a superfície, a vesícula funde-se à membrana celular e o complexo MHC- peptídeo é exposto e disponível para inspeção por qualquer célula T circulante. Processamento antigênico via MHC I 1- Ubiquitinização 2- Quebra pelo proteassoma 3- Transporte ao RE 4- Inserção no MHC I 5- Expressão MHC I+Ag na superfície celular 6- Ativação dos Ly citotóxicos (LyTCD8+) Processamento antigênico via MHC I O processamento do antígeno endógeno envolve múltiplas etapas, o qual é muito diferente do processamento dos peptídeos exógenos: 1- A ubiquitina, um polipeptídio encontrado em todas as células eucariontes, liga-se à proteína-alvo, fazendo com que outras moléculas de ubiquitina também se liguem, de modo que várias moléculas de ubiquitinas são adicionadas à proteína-alvo, como contas em um colar. 2- Estas proteínas poliubiquitinadas estão marcadas para destruição, uma vez que são reconhecidas por complexos enzimáticos denominados proteassomas. Os proteassomas têm atividade de protease para quebrar proteínas normais para serem reutilizadas pelo organismo. 3- Proteínas estranhas ou anormais ligam-se a proteínas transportadoras que as transportam até os endossomos. 4- Nos endossomos, as proteínas estranhas se ligam ao MHC de classe I vazio. 5- O complexo MHC-peptídeo é transportado para a superfície celular, onde fica disponível por muitas horas. Na via do MHC de classe II (painel superior), antígenos proteicos extracelulares são endocitados para vesículas, onde os antígenos são processados e os peptídeos se ligam a moléculas de MHC classe II. Na via do MHC de classe I (painel inferior), os antígenos proteicos do citoplasma são processados por proteassomo, e os peptídeos são transportados ao retículo endoplasmático (RE), onde se ligam a moléculas do MHC de classe I. Processamento antigênico Apresentação cruzada: Não se deve assumir que as duas vias de processamento de antígeno funcionem isoladamente. Antígenos exógenos podem ser endocitados e apresentados via MHC I, especialmente importante em infecções virais. Processamento antigênico Os quatro receptores principais de antígeno do sistema imunológico – TCR, MHC de classe I, MHC de classe II e BCR – são construídos usando-se domínios de imunoglobulinas como blocos de construção. Cada um liga-se a antígenos por meio de domínios variáveis. Todos são membros da superfamília das imunoglobulinas. Processamento antigênico ■ MHC – Receptores celulares de antígenos → específicos – Presentes em todos os vertebrados – Constituídos ~ 200 genes – Controlam a apresentação antigênica – Determinam: ■ Susceptibilidade a doenças infecciosas ou autoimunes MHC Receptores de antígenos endógenos, encontrados na maior parte das células nucleadas. Receptores para antígenos exógenos, encontrados predominantemente em células apresentadoras de antígenos. Sintetiza um grupo misto de proteínas, incluindo alguns componentes do sistema complemento e citocinas. MHC Loci: A, B e C Loci: DP, DQ e DR Loci: C4, B2, BR Moléculas codificadas pelos genes: HLA (antígeno leucocitário humano); DLA (cão); BoLA (bovinos), ELA (equinos), FeLA (felinos)... MHC Genes do MHC regulam a resposta imunológica. A molécula antigênica que não se liga de forma adequada ao MHC não estimulará a imunidade adaptativa (GENE B), o que determina a susceptibilidade a doenças. Quanto mais polimorfismo, maior a chance de sucesso. MHC Vantagem heterozigótica. Animais heterozigóticos (B) (um alelo do pai e outro alelo da mãe, diferentes) com dois alelos em cada locus expressam seis diferentes moléculas apresentadoras de antígenos sobre a superfície celular. Logo, geram uma resposta imune mais diversificada e eficiente que os animais homozigotos (A) com apenas uma molécula de MHC codificada por um locus. Um exemplo de vantagem heterozigótica. A B MHC A expressão de seis moléculas de MHC por indivíduo é um equilíbrio perfeito entre a diversidade para responder aos mais diversos patógenos e o risco de desenvolvimento de doença autoimunes (aumento do risco de apresentação de antígenos próprios, o que exigiria maior deleção de linfócitos que reconhecem autoantígenos). MHC e transplantes Doador Receptor Graft = enxerto MHC e transplantes Um exemplo de como o polimorfismo do MHC pode gerar um grande número de diferentes haplótipos. Os números acima de cada locus são a quantidade de alelos identificados no MHC humano até janeiro de 2007. O número de diferentes combinações pode ser determinado pela multiplicação de todos eles juntos. Logo, há 13 × 109 combinações para a classe II, 12 × 107 para a classe I e 1,7 × 1018 combinações totais possíveis, mais do que o suficiente para dar a cada humano um haplótipo único. MHC ■ Vantagens da variação do MHC – Um micro-organismo sempre conseguirá variar seu antígeno, portanto, numa população, existirão indivíduos capazes de responder a esse patógeno de forma eficaz, os demais poderão morrer. – Animais adaptáveis socialmente ou que vivem em grandes populações (humanos, camundongos...) apresentam extenso polimorfismo de MHC; MHC ■ Vantagens da variação do MHC – Espécies solitárias ou de baixa densidade (mamíferos aquáticos, leões asiáticos, diabos-da-tasmânia) apresentam menos polimorfismo. Guepardos: gargalo populacional com diversidade mínima de MHC.- Aceitam alotransplantes de animais não relacionados sem rejeição; - PIF causa mortalidade de 60% nessa espécie, contra 1-2% nos gatos domésticos. Patógenos intracitoplasmático s Citoplasma MHC I Ly T CD8+ Morte celular Patógenos intracelulares Endossomos MHC II Ly T CD4+ (Th1) Ativação dos mecanismos microbicidas Patógenos extracelulares e toxinas Endossomos MHC II Ly T CD4+ (Th2) Ativação dos Ly B a secretar Ig para eliminar o Ag Local de degradação Ligação do peptídeo Apresentado a Efeito na célula apresentadora Pergunta 1- Tem sido demonstrado que as moléculas de MHC estariam envolvidas no reconhecimento de odores entre indivíduos, de forma que peptídeos na urina de um indivíduo seriam reconhecidos por receptores olfatórios de outro indivíduo. Qual a relação entre o MHC e a escolha do indivíduo para cópula? E o que isso influenciaria na sobrevivência da espécie frente às infecções?
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