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DOENÇA DE MAREK Introdução: • É uma enfermidade oncogenica. • Doença linfoproliferativa de galinhas, altamente contagiosa. • Ela também tem característica imunossupressora. • Apresentava morbidade e mortalidade que eram altas antes da existência da vacina. • Mas atualmente ainda tem impacto econômico tanto direto pela alta mortalidade, condenação de carcaças de frango ao abate e de queda de produção de ovos. • Adicionalmente existem os impactos indiretos com relação ao custo de prevenção na utilização generalizada de vacinas e de medidas de controle. • Quando ocorrem surtos esporádicos, eles são repetidos, principalmente em lotes de poedeiras comerciais e matrizes pesadas, vacinadas em diferentes países e em diferentes continentes. Distribuição geográfica: Ocorre em quase todos os países. • Essa doença infectocontagiosa possui significativa importância econômica para a industria avícola e tem ocorrência em quase todos os países do mundo. • Ela afeta galinhas adultas e também outras aves durante a fase de produção. Etiologia: • Vírus da Doença de Marek (VDM) • Família Herpesviridae • Gênero Mardivirus Herpes vírus • DNA virus de fita simples • Muito resistente no ambiente e permanece estável em descamação de pele e poeira. • Na forma extracelular ele é mais sensível a detergentes e desinfetantes. • A sigla GaHV-2 são patogênicos e apresentam diferentes graus de virulência, dependendo da cepa. • Baixa (mild, m MDV; cepa CU-2) • Alta (virulent, v MDV; cepas HPRS-16, JM), • Muito alta (very virulent, vv MDV; cepas RB-1B, Md5, Md11) • Altíssima virulência (very virulent +, vv+ MDV; cepas RK-1, 584A, 648A) Epidemiologia: Espécies susceptíveis: • Galinhas (hospedeiro natural). • Faisão, peru, codorna – espécies menos comumente acometidas. Transmissão: • Ocorre de forma horizontal – tanto por contato direto e indireto – como por exemplo a via aerógena. • Casca do ovo – infecção de pintos na eclosão. • O folículo da pena – é o 1° local de replicação viral → por isto a descamação de céls epiteliais infectadas pode ser uma forma do vírus permanecer no ambiente. Patogenia: 4 fases de Infecção, podendo ser listadas como fase: • Produtiva restritiva: onde há alterações degenerativas primárias • Latente • Citolítica com imunossupressão permanente • Proliferativa: tumoração Patologia: Patogenia: • A infecção ocorrerá pelo vírus que penetra no Sistema Respiratório → é capturado por macrófagos pulmonares e levado para órgãos linfoides (e será feita a apresentação para os Linfócitos B) → haverá a 1a fase de replicação ativa do vírus → que é a fase citolítica (gerando focos de necrose linfoide) → e consequentemente imunossupressão. • Neste momento será observado esplenomegalia, bolsa cloacal atrofiada, timo sofre necrose. • Na 2a fase →ocorre uma fase de infecção latente – levando aproximadamente de 5/7 dias após infecção → Linfocitos T são ativados e tanto CD4 e depois CD8 → e assim haverá tanto alterações nos tecidos epiteliais e como em vísceras (fígado, rins, pâncreas, proventrículo…) Alterações Clínicas: • Vão depender da idade dos animais, o grau de imunocompetência, e também da resistência genética destas aves. • O vírus afeta aves a partir da sexta semana de idade, sendo + comum ocorrer alterações clinicas entre as semanas 12 e 24 • Periodo de Incubação: 3-4 semanas Exitem 3 formas de apresentação clinica da doença de Marek: 1a. Forma clássica (neurológica): • Ocorre em animais com 18 semanas de idade aproximadamente • Poide ser observado paresia assimétrica progressiva das patas ou asas → paralisia completa de uma ou + extremidades • Asas caídas, incoordenação ou dificuldade locomotora • Abertura das pernas (uma pra frente ou pra trás) • E pode acabar tendo envolvimento vagal: paralisia e dilatação do papo (inglúvio). 2a. Forma aguda: • Pode surgir precoce ( em animais com 7-8 semanas de idade) • Haverá formação de tumores múltiplos nas vísceras. • Em alguns animais em situação de infecção com amostras + virulentas do vírus vão apresentar alta mortalidade • Observa-se também palidez de crista e patas – de modo geral é as áreas que vão ser vistas pela ausência de penas e o produtor vai ter mais acesso visual. • E de modo geral no plantel observa-se letargia, perda de peso, queda na postura. • Também vão ser observadas algumas lesões na íris (devido a invasão leucocitária tem deformação na Iris)→ cegueira. 3a. Paralisia temporária: • É caracterizada por uma encefalite em aves jovens – sendo mais raro ocorrer isoladamente. • Pode ser uma paralisia súbita de pernas e pescoço (opistotono ou torcicolo) por 3 dias, seguida de recuperação e morte após algumas semanas. Patologia: Macro: • Na necropsia pode ser observado o plexo braquial e nervos ciático, celíaco aumentados de volume, sem estrias transversais, acinzentados ou amarelados, por vezes edemaciados. • Lesões unilaterais • Tumores viscerais – nos pulmões, coração e esplenomegalia. Tumores em fígado, alças intestinais, proventriculo, bursa, ovário e também testículo. • Pode ter infiltração linfocitária na Iris causando deformação da Iris. E dependendo do grau de deformidade pode se observar miose. • São bastante evidentes tumores nodulares nos músculos peitorais e das asas. • E também em pele com nódulos esbranquiçados. Lesões micro: pode ter caráter neoplásico como inflamatório. Então observa-se: • População celular pleomórfica – variação tanto de forma e tamanho das células e dos núcleos. • Células maduras e imaturas • Células blásticas degeneradas (células com característica da Doença de Marek) • Lesão tipo A – neoplásica – são observados linfomas – linfoblastos em proliferação nos nervos e desmielinização. • Lesão tipo B – inflamatória – observado nos nervos – infiltração de pequenos linfócitos e plasmócitos (linfócitos B quando estão no tecido), edema. E também pode ser observados infitração mononuclear em nervos periféricos e menos frequentemente pode ser observado em gônadas, Iris, vísceras, músculos e pele. Diagnóstico: vai ser realizado com associação das informações. Sinais clínicos- relacionados com alta freqüência de aves com: • Neuropatias – paralisia de perna das aves e asas, podia ser por exemplo, uma polineurite ou ainda ... • Lesões tumorais – como linfoma visceral, uma neurolinfomatose. — Necropsia: • Pode ser observado lesões tumorais em nervos periféricos e vísceras. Histopatologia destes tumores: • Infiltração de linfócitos nos nervos periféricos. • Imunohistoquímica • PCR • Isolamento • Pode ser feito para estudo o uso de aves sentinelas não vacinadas onde se efetua o isolamento do virus em lesões ou leucócitos do sangue. Diagnóstico Diferencial – deve ter levantamento das doenças que causam lesões tumorais, pensar em: • Leucose Linfóide aviária • Reticuloendoteliose • Tuberculose Ou pensar nas doenças que causam lesões neurológicas, pensar em: • Encefalomielite aviária • Doença de Newcastle • Deficiência de Riboflavina Controle • Medidas de bioseguridade: • Limpeza e desinfecção de galpões e equipamentos • Vacinas: • Via SC no incubatório no dia do nascimento do pinto • Administração in ovo (17-18 dias de incubação)
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