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UNIVERSIDADE REGIONAL DA BHAIA - UNIRB FACULDADE JOÃO CALVINO - UNIRB BARREIRAS BACHARELADO EM PSICOLOGIA DISCIPLINA: NEUROCÊNCIAS ATIVIDADE AVALIATIVA Giovanna Amaral Marques BARREIRAS-BA 24 de março de 2020 Sumário 1.1 Doenças neurológicas: ..................................................................................................... 3 1.1.2 Doença de Parkinson: ................................................................................................ 3 1.1.2 Doença de Alzheimer: ................................................................................................ 4 Bibliografia ................................................................................................................................ 5 1.1 Doenças neurológicas: 1.1.2 Doença de Parkinson: A doença de Parkinson (DP), foi descrita pelo médico inglês James Parkinson pela primeira vez em 1817. É uma doença degenerativa e ocorre pela perda contínua das células produtoras de dopamina da parte compacta da substância negra (LEES et al., 2009). O sistema da dopaminérgico juntamente com os neurônios de melanina sofre descoloração, sendo assim considerado que quanto mais claro a substância negra, maior a perda da dopamina (TEIVE, 2005). Segundo Cardoso (2003), a doença de Parkinson é caracterizada por uma degeneração do sistema nervoso central decorrente da morte de células da substância negra compacta. Para Lewis (2007), o Parkinsonismo é determinado como uma ampla categoria de doenças que apontam a diminuição da neurotransmissão dopaminérgica nos gânglios da base, sendo estas classificadas em parkinsonismo primário, parkinsonismo secundário e parkinsonismo plus. Dentro parkinsonismo primário, encontra- se a doença de Parkinson, por ser uma doença idiopática, ou seja, não tem uma causa específica. É uma doença degenerativa do Sistema Nervoso. Autores relatam a existência de uma lesão na substância negra do mesencéfalo o que leva a uma diminuição da dopamina, a qual exerce função inibidora importante no controle central dos movimentos. É uma doença neurodegenerativa comum em todo o mundo, com sintomas motores (tremor, distúrbios posturais e rigidez plástica), sensitivos, mentais e sensoriais que caracterizam esta síndrome. Por se tratar de uma doença crônica e degenerativa com sua patogenia no sistema nervoso central envolvendo os gânglios da base, interfere principalmente no sistema motor. É causado pela deficiência da dopamina na via cortical e nigroestriatal. A dopamina é um neurotransmissor que pertence à família das catecolaminas que age com um propósito terapêutico para certas disfunções do SNC, o que inclui a doença de Parkinson. Este neurotransmissor que transmite mensagens dos neurônios para os órgãos e dos órgãos para os neurônios no cérebro. As moléculas de dopamina ficam em bolsos denominados receptores nas extremidades das células nervosas. Ele controla os movimentos e as respostas emocionais. A dopamina é produzida numa parte do mesencéfalo chamado substância negra. Quando um indivíduo tem a doença de Parkinson, esta parte se torna danificada. Conforme as células vão morrendo, a substância negra vai diminuindo assim a produção de dopamina. Para Limongi (2001), a doença de Parkinson apresenta enquanto principais manifestações clínicas quanto ao sistema motor, à rigidez muscular, alterações posturais, marcha festinada, pouca expressão facial, tremor de repouso, bradicinesia e acinesia. Quanto a manifestações não motoras se têm a distúrbios autônomos, depressão, alterações da voz e cognição. (LIMONGI, 2001). 1.1.2 Doença de Alzheimer: A Doença de Alzheimer foi diagnosticado pela primeira vez pelo neurologista alemão Alois Alzheimer em 1907, quando publicou o caso de um paciente que havia perdido suas faculdades mentais gradualmente em quatro anos, como também foi evidenciado pela autópsia post mortem anomalias no cérebro (placas emaranhadas neurofibrilares dentro de amiloide e os neurônios). Na Décima Revisão da Classificação Internacional das Doenças (CID10) publicada pela Organização Mundial de Saúde, em 1992, define o MA e seus critérios diagnósticos como uma doença degenerativa cerebral primária, de etiologia desconhecida que representa características neuropatológicas e neuroquímicas características. O transtorno se inicia em geral de maneira insidiosa e lenta e evoluciona progressivamente durante um período de anos. A enfermidade se manifesta de forma insidiosa e lentamente progressiva. Os primeiros sintomas são associados a uma diminuição da chamada memória recente ou imediata, ou seja, a que corresponde aos feitos que se desenvolveram recentemente. A esta perda de memória recente, adiciona-se à dificuldade para se orientar no tempo e no espaço, mudanças bruscas de humor, abandono progressivo de hobbies e apatia. A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral. É caracterizada pelo progressivo declínio da função cognitiva, extinguindo características inerentes à natureza humana, privando os indivíduos de capacidades como aquisição e consolidação de memória, raciocínio, abstração e linguagem. A progressão da doença acarreta grave perda de memória, atenção, fala e alterações comportamentais incluindo distúrbios depressivos e psiquiátricos. Por motivos ainda não completamente elucidados, a progressão desta patologia ocorre por um processo de disfunção neuronal seguido de extensa neurodegeneração que se inicia em áreas cerebrais específicas decisivas para as funções da memória, como o hipocampo, córtex frontal e entorrinal. Inicialmente, a memória explícita ou declarativa, que se refere à recordação de fatos ou acontecimentos, em oposição às habilidades motoras, é a mais prejudicada. Após alguns anos, a morte neuronal se estende para praticamente todas as regiões do cérebro. A atrofia cerebral generalizada é evidente em fases terminais da doença, e pode-se visualizar um considerável alargamento dos sulcos e estreitamento dos giros em comparação a um cérebro normal. Além disso, os pacientes acometidos pela Doença de Alzheimer exibem grande diminuição no metabolismo energético no córtex frontal e nos lobos temporais. Bibliografia - CARDOSO, S.; ACIOLY, S. Atuação fisioterapêutica na Doença de Parkinson. 2003. LIMONGI, J. C. P. Conhecendo melhor a Doença de Parkinson: uma abordagem multidisciplinar com orientações práticas para o dia-a-dia. São Paulo: Plexius,2001. TWELVES, Dominique; PERKINS, Kate SM; COUNSELL, Carl. Systematic review of incidence studies of Parkinson's disease. Movement disorders, v. 18, n. 1, p. 19-31, 2003.
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