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UNIVERSIDADE FMU COMUNICAÇÃO YASMIN DE OLIVEIRA CARDOSO- RA: 6766981 GÊNEROS DISCURSIVOS SÃO PAULO – SP 2020 YASMIN DE OLIVEIRA CARDOSO- RA: 6766981 GÊNEROS DISCURSIVOS Avaliação A1 de comunicação. SÃO PAULO – SP 2020 SUMÁRIO 1. Introdução.............................................................. 1 2. Linguagem formal e informal.................................. 2 3. Preconceito linguístico no Nordeste....................... 3 4.Conclusão.............................................................. 4 5. Bibliografia............................................................. 5 1. Introdução Gêneros discursivos são reconhecidos tanto pela forma de composição dos textos a que eles pertencem, como pelos temas e funções que viabilizam e o estilo de linguagem que permitem. Os textos pertencentes a um gênero são os que possibilitam os discursos de um campo ou esfera social. Por exemplo, as notícias, os editoriais e comentários fazem circular os discursos e posições das mídias jornalísticas. Considerado um dos maiores intelectuais, no que se refere a gêneros, Bakhtin defende que os gêneros discursivos resultam em formas-padrão “relativamente estáveis” de um determinado enunciado, estas formas seriam determinadas sócio- historicamente. Assim, nossa comunicação, seja ela escrita ou falada, é feita através de gêneros do discurso, os quais cada sujeito teria infindáveis repertórios de gêneros, não sendo, na maioria dos casos, nem mesmo percebidos por seus “usuários”. Vale ressaltar, que os gêneros estão presentes tanto nas conversas formais, quanto nas informais, de acordo com Bakhtin, “quase da mesma forma que nos e nós é dada a língua materna, a qual dominamos livremente até começarmos o estudo da gramática (200:282)”. Os gêneros sofrem modificações de acordo e em consequência do momento histórico no qual estão inseridos, assim pode-se compreender que cada situação social dá origem a um gênero com suas próprias peculiaridades. Se compreendermos que existem infinidades possibilidades de situações comunicativas, entenderemos que existem também inúmeras possibilidades de gêneros. 1 2. Linguagem formal e informal A linguagem formal e informal são duas variantes linguísticas que possuem o intuito de comunicação. No entanto, elas são utilizadas em contextos diferentes. Sendo assim, é muito importante saber diferenciar essas duas variantes para compreender seus usos em determinadas situações. Quando falamos com amigos e familiares utilizamos a linguagem informal, entretanto, se estamos em uma reunião na empresa, em uma entrevista de emprego ou escrevendo um texto, devemos utilizar a linguagem formal. Algumas características da linguagem formal, são: utilização da norma culta, respeitar rigorosamente as normas gramaticais, utilização de um vocabulário extenso e pronúncia correta e clara das palavras. Exemplos de linguagem formal em frases: “Você viu o que está acontecendo?” “Protesto, Meritíssimo!” “Não estamos de acordo, senhor.” Algumas características da linguagem informal, são: despreocupação com o uso de normas gramaticais, utilização de coloquialismo, expressões populares, gírias, palavras inventadas (neologismos), uso de palavras abreviadas, como vc, cê e tô e possuí variações culturais e regionais. Exemplos de linguagem informal em frases: “Nossa, cê viu o que tá acontecendo?” “A gente vai pro cinema hoje?” “Não sei onde eu tava com a cabeça.” 2 3. Preconceito linguístico no Nordeste . O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas às classes sociais menos favorecidas, as quais, via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária. A principal consequência do preconceito linguístico é a acentuação dos demais preconceitos a ele relacionados. Isso significa que o indivíduo excluído em uma entrevista de emprego, por se utilizar de uma variedade informal da língua, não terá condições financeiras de romper a barreira do analfabetismo e, provavelmente, continuará excluído. O cidadão segregado por apresentar sotaque de uma determinada região continuará sendo visto de forma estereotipada, sendo motivo de riso ou de chacota e assim por diante. Visto que, o Nordeste é conhecido como uma das regiões mais pobres do Brasil, é a que mais sofre discriminação linguística. Isso pode ser visto na mídia, em novelas, quando o nordestino é colocado como inculto, grosso e caçoado por causa de seu sotaque e gírias. Essa exposição de que o sotaque do nordeste é algo engraçado, que causa o preconceito entre pessoas, em sua maior parte do sudeste. Por exemplo, quando uma criança, vinda do nordeste para algum estado do sudeste, não consegue se enturmar com outras crianças, pois tem medo de se expressar e caçoarem de sua forma de falar, e com isso, acaba por se excluir, muitas vezes se tornando alvo de bullying e consequência disso tendo seu desempenho escolar prejudicado. 3 4. Conclusão Conclui -se que o Brasil é um país de diversidades, logo é errado diminuir alguém por suas diferenças. Portanto, para um melhor conhecimento da diversidade linguística, as escolas devem estimular as crianças através de leituras regionais, como a de cordel por exemplo, e explicar através de filmes e aulas que há várias formas de expressões verbais, e que não é algo que se deva debochar. A mídia, deve parar de rebaixar pessoas por seu modo de falar em suas novelas, e estimular a diferença através de propagandas que mostre que uma palavra possui diversos significados dependendo da região. E assim informando melhor a sociedade sobre essas variações linguísticas. 4 5. Bibliografia http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/generos-do-discurso https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/portugues/generos-discursivos-importencia-no-ensino-lingua-portuguesa.htm https://www.diferenca.com/linguagem-formal-e-linguagem-informal/ https://redacaonline.com.br/temas-de-redacao/combate-ao-preconceito-linguistico-no-brasil/131361 5
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