Buscar

Terapia Nutricional Enteral e Parenteral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Terapia	Nutricional	Enteral	e	Parenteral		
	
	
	
	
																									
	
																													Laricia	Silva		20924916	
	
	
	
	
	
	
																						
	
	
	
	
																																				São	Paulo,	SP	
																																											2020																							 	
 Terapia Nutricional Enteral precoce 
 
 O suporte nutricional tem por objetivo de preservar a massa magra 
corporal, manter a função imune e evitar complicações metabólicas. Para atingir 
tal objetivo, a precocidade de iniciar a terapia nutricional é uma das alternativas. 
 
 A Terapia Nutricional Enteral precoce é definida como o início do suporte 
nutricional em até 48 horas após a internação , ou ocorrência de trauma ou 
cirurgia, nas primeiras 24 horas. É indicada para pacientes hemodinamicamente 
estável e com TGI funcionante . Em instabilidade hemodinâmica o suporte 
nutricional enteral não deve ser iniciado em vigência de hipofluxo sistêmico e/ou 
do uso de drogas vasopressoras em doses elevadas , sob o risco de 
desenvolvimento da síndrome isquêmica intestinal, que ocorre em menos de 1% 
dos casos, mas pode ter evolução clínica. 
 
 Então a TNEP pode ser indicada em algumas situações como, pacientes 
com traumatismo cranioencefálico, pois pacientes que recebem nutrição enteral 
precoce demonstram ter uma taxa maior de sobrevivência e melhor pontuação 
na escala Glasgow na UTI e um melhor resultado no primeiro mês pós-lesão. 
Também é recomendada nas cirurgias gastrintestinais, sendo que, ocorre 
somente após a resolução do íleo no pós- operatório e a terapia nutricional tem 
demonstrado vantagens, como recuperação mais rápida da motilidade 
gastrointestinal, menor tempo de permanência hospitalar e melhor balanço 
nitrogenado. 
 
 Essa terapia tem intuito de fornecer as quantidades adequadas de 
macronutrientes e micronutrientes que estejam de acordo com as necessidades 
do paciente. Durante a primeira semana de hospitalização deve-se ter empenho 
para fornecer acima de 50 a 65% do valor calórico total determinado para 
alcançar os benefícios clínicos da NE. Mas, se houver impossibilidade de 
alcançar os requerimentos energéticos (100% do alvo) após 7 a 10 dias de NE 
isolada, considerar início de NP complementar.A TNEP é uma das estratégia 
que é vista pró-ativa terapêutica no sentido de reduzir a gravidade da doença, 
diminuir as complicações clínicas, diminuir o tempo de permanência na UTI, 
melhora balanço calórico, acelera transição para dieta oral e reduz morbidade 
infecciosa e, assim, obter impacto favorável nos resultados dos pacientes. 
 
 A desnutrição é frequentemente encontrada no ambiente hospitalar , 
apresenta como as principais complicações : prolonga o tempo de internação, 
retarda a cicatrização, aumenta a ocorrência de complicações e infecções, 
aumenta a morbidade e mortalidade, tudo isto levando ao aumento dos custos 
das despesas hospitalares .Lembrando que a albumina sérica é indicador do 
estado nutricional, cujos déficits se manifestam comumente no estresse 
catabólico, associado ao consumo deficiente de proteínas e energia. Então um 
suporte nutricional adequado, focado no risco nutricional do paciente, visa 
melhorar a resistência às infecções, promover a cicatrização das feridas e 
diminuir a morbimortalidade de pacientes críticos desnutridos, evitando a perda 
de proteína muscular. 
 
 Utilizando o conceito de Medicina Baseada em Evidências , a TNE precoce 
é considerada recomendação nível 1. No entanto, há dificuldades para a 
administração da TNE em pacientes críticos , principalmente no período inicial 
da internação . Nesse caso, deve-se avaliar a possibilidade de introdução da 
dieta enteral mínima (nutrição enteral trófica), utilizando o método de infusão 
contínua (bomba de infusão) de 10 a 30ml/h ou o método intermitente 
(gravitacional) com o volume de 50ml em cada etapa da dieta. O uso de bomba 
de infusão no suporte nutricional enteral de forma intermitente ou contínua 
garante a precisão e a segurança na administração dos volumes prescritos, 
previne intolerâncias gastrointestinais (diarreia e vômitos recorrentes) e risco 
de broncoaspiração secundária ao refluxo gástrico residual e/ou distúrbios do 
esfíncter esofágico inferior. 
 
 
 Alguns casos que são identificados a diarreia nos pacientes e por ser de 
etiologia multifatorial, a redução pode ser feita pelas fórmulas com fibras 
solúveis e pequenos peptídeos , na qual fibra solúvel pode ser benéfica para 
pacientes críticos ressuscitados, hemodinamicamente estáveis e recebendo NE, 
que desenvolvem diarreia. Também pode oferecer o uso de pré e probióticos, 
na qual deve ser enfatizado na prevenção da diarreia relacionada à 
administração de antibióticos, e o outro componente que também tem sido 
relatado como fator protetor para o controle de diarreia é a Glutamina. 
 
 Diante dos estudos apresentados, é possível concluir que a NEP deve ser 
instituída assim que as condições clínicas permitam. Cuidados com adequação 
da oferta calórico-proteica, evitando-se a hiperalimentação, são fundamentais 
para o sucesso da terapia nutricional. 
 
 
 
 
Referência: 
 
BARRICELLI , Michelle Nogimi Barricelli; SILVA, Juliana Bernardo da Silva. 
Saúde alimentar: Terapia nutricional enteral precoce no paciente crítico. 
Terapia Nutricional Enteral precoce 
 
CABRAL , Poliana Coelho Cabral; BEZERRA, Gleyce Kelly de Araújo. Nutrição 
enteral precoce em pacientes críticos: Nutrição enteral precoce em pacientes 
críticos e sua associação com variáveis demográficas, antropométricas e 
clínicas. Terapia nutricional precoce , [S. l.], p. 1-5, 17 set. 2018. 
 
NUNES , ALB; ALVES, VGF. Projeto diretrizes: Terapia Nutricional no Paciente 
Grave. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, [S. l.], p. 1-16, 2 
ago. 2011. Artigo. 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Artigo	:	Terapia	Nutricional	em	Unidade	de	Terapia	intensiva		
	
						No artigo é abordado os principais aspectos necessários para realização da 
terapia Nutricional segura e eficaz em pacientes críticos , na qual a terapia 
nutricional é parte integrante dos cuidados do paciente em Unidade de terapia 
intensiva . 
 
 Um dos aspectos é a avaliação nutricional que incluem avaliação clínica, 
antropométrica, bioquímica e imunológica . A história clínica deve abordar 
alterações da ingestão alimentar (inapetência, disfagia, jejum para 
procedimentos) e perdas excessivas (vômitos, fístulas, diarreia, má absorção) , 
a avaliação física inclui o aspecto geral do paciente, observando se ele 
apresentava edema , ascite, caquexia, obesidade, alterações cutâneas, 
alterações mucosas, petéquias ou equimose, glossite, estomatite ou queilose, e 
os dados antropométricos incluem medidas de dobras cutâneas, circunferências 
e divisão dos compartimentos corporais. Contudo, a utilização em pacientes 
internados em UTI tem valor limitado, devido a possíveis alterações na 
interpretação dos resultados , então o peso seco e a altura são utilizados para 
calcular o peso ideal, o percentual de perda de peso e o índice de massa corporal 
(IMC), que é o peso dividido pela altura elevada ao quadrado. A avaliação da 
imunidade celular e testes de sensibilidade cutânea têm boa correlação com o 
estado nutricional, contudo, podem ser afetados por variáveis clínicas presentes 
no paciente crítico, limitando o seu uso 
UTI . E assim como os parâmetros antropométricos, os testes bioquímicos 
também sofrem alterações no paciente crítico. 
 
 A terapia nutricional enteral é uma opção para pacientes em tratamento 
intensivo e impossibilitado de utilizar a via oral para alimentação que possam 
utilizar o trato gastrintestinal (TGI). O uso da nutrição enteral (NE) está associado 
a redução no número de complicações infecciosas, manutenção da integridade 
da barreira mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana. 
 
			O uso de NE precoce, isto é, com início em 24-48 horas após a admissão emUTI está relacionada a melhora do balanço nitrogenado, manutenção da função 
intestinal, melhora da imunidade, melhor capacidade antioxidante celular e 
diminuição da resposta hipermetabólica. Embora seja recomendada para 
manter a perfusão e a integridade da mucosa intestinal e seja bem tolerada na 
maioria dos pacientes, a NE precoce pode causar isquemia e necrose, 
principalmente em paciente pós-choque. Esta necrose isquêmica não envolve 
oclusão de vasos, e tem sido chamada de necrose intestinal não-oclusiva. Os 
mecanismos de ação propostos incluem o aumento da demanda metabólica da 
mucosa intestinal pela presença de nutrientes no lúmen, com diminuição da 
perfusão mucosa. 
Recomenda-se iniciar a terapia nutricional com fórmulas com proteína intacta 
(polimérica), fórmulas à base de peptídeos podem beneficiar pacientes com 
complicações gastrintestinais (síndrome do intestino curto, pancreatite, etc.), 
sendo necessários mais estudos para definir a sua recomendação 
 
	
 A terapia Nutricional parenteral é indicada a pacientes impossibilita-dos de 
utilizar o trato gastrintestinal durante 7 a 10 dias, que apresentem perda de peso 
superior a 10% do usual , incapazes de tolerar a NE ou quando contra- indicado 
o seu uso e que não apresentem doença terminal. O uso de NP está relacionado 
com maior número de complicações, inclusive na via de acesso e ao custo 
elevado. As formulações parenterais não são tão completas quanto as enterais, 
porém a meta nutricional é atingida com maior facilidade por via parenteral.A 
administração de NP é contra-indicada em pacientes hemodinamicamente 
instáveis (choque séptico, cardiogênico, hipovolemia), edema agudo de pulmão, 
anúricos sem diálise e na presença de distúrbios eletrolítico e metabólicos 
graves. 
	
 A associação da NE e NP , na qual a necessidade nutricional não é atingida 
com o uso de nutrição enteral (NE) e a suplementação com nutrição parenteral 
(NP) é uma possibilidade, têm sido analisadas em duas vertentes, quando a 
NE e NP são iniciadas simultaneamente, a NP é interrompida e o paciente 
tolera totalmente a NE ou quando a NP é introduzida apenas após alguns dias 
de NE e obtém a intolerância à NE .A análise de estudos comparando a 
introdução simultânea de NE e NP demonstrou aumento na mortalidade 
quando comparado ao uso de NE isolada. Deve-se ter cuidado, contudo, para 
que a NP não exceda à necessidade energética do paciente, causando 
hiperalimentação , devendo haver controle metabólico rigoroso 
	
	
	
Referência:		
FERREIRA	,	Iara	kallyanna.	Terapia	nutricional	em	unidade	de	terapia	intensiva:	Revista	
brasileira	terapia	intensiva.	Nutritional	Therapy	in	intensive	care	unit,	Terapia	Nutricional	em	
Unidade	de	Terapia	Intensiva,	ano	2017,	v.	19,	n.	1,	p.	Artigo

Outros materiais