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ACIDENTES E COMPLICAÇÕES DE EXODONTIA 1. Alveolite 2. Sangramento 3. Resistência anormal à extração dentária 4. Extração do dente errado 5. Luxação dos dentes vizinhos 6. Fratura de dentes e restaurações 7. Fratura das tábuas ósseas 8. Desaparecimento de dentes 9. Extrusão do corpo adiposo da bochecha 10. Lesão do nervo alveolar inferior e lingual 11. Fratura do instrumental cirúrgico 12. Comunicação bucosinusal 13. Infecção pós-operatória 14. Luxação da ATM 15. Exposição radicular e mobilidade dentária 16. Fratura mandibular ALVEOLITE Sinônimos: osteíte alveolar ou alvéolo seco. É uma inflamação do alvéolo. Um quadro clássico é o paciente voltar ao consultório, de 3 a 4 dias depois da extração, com um alvéolo seco, ou seja, sem coágulo, com resíduos alimentares e, por conta da fibrinólise/quebra do coágulo (atividade fibrinolítica), as paredes ósseas estão expostas e, consequentemente, as terminações nervosas estão aparentes, levando a uma sensação dolorosa intensa que não alivia com medicamentos. Possíveis causas: quebra da cadeia séptica, infecções subclínicas, exodontias longas e traumáticas, excesso de anestésico local com vasoconstritor (osso menos vascularizado), anticoncepcionais (hormônios: ↑ atividade fibrinolítica) e fumo. Pacientes de risco: usuários de contraceptivos orais, pacientes fumantes, sinais de pericoronarite, extrações muito traumáticas e pacientes com história prévia de alveolite. ANTICONCEPCIONAL x ALVEOLITE: FISIOPATOLOGIA O anticoncepcional aumenta a carga hormonal que, indiretamente, ativa o sistema fibrinolítico, fazendo com que possa haver uma desintegração precoce do coágulo e, consequentemente, o desenvolvimento da alveolite. Características clínicas - ocorre após 3 a 4 dias, queixa de dor intensa que irradia para o ouvido e não alivia com medicamentos, é mais comum na região posterior da mandíbula (devido menor vascularização), sem predileção por sexo e mais predominante na faixa dos 40-45 anos, o alvéolo pode apresentar um coágulo cinza e sujo que se perde por conta da fibrinólise, ainda pode apresentar retenção parcial do coágulo, superfícies expostas e o alvéolo vazio (seco) ou parcialmente vazio, tumefação e linfadenopatia (menos comuns). Os sinais e sintomas podem durar de 10 a 14 dias. FIBRINÓLISE No decorrer dos dias, esse coágulo é quebrado para que haja a migração de células e diferenciação celular para que o alvéolo tome suas características normais. No sangue, tem-se o plasminogênio, sintetizado no fígado, que é o percussor da plasmina – enzima que realiza a quebra das moléculas de fibrinogênio e fibrina – causando a destruição do coágulo. Quando a plasmina age em excesso, quebra o coágulo e tem-se o quadro de alveolite. Tratamento - a atuação deve ser imediata e com foco no alivio dos sintomas. Primeiramente, deve-se avaliar e radiografar o sítio cirúrgico, remover restos alimentares e não curetar o coágulo residual (aumenta osso exposto e dor). Irrigar com solução salina (soro) morna diariamente ou com intervalos de dias e aplicar pasta medicamentosa que tem efeito sedativo e analgésico. CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO! ALVEOLEX: pasta medicamentosa De baixo custo, fácil de ser encontrada e muito eficiente. Componentes: própolis – auxilia na regeneração e estimulação cicatricial além de analgesia; iodofórmio – estimulante da proliferação celular e antisséptico; cera de abelha. Prevenção - deve-se minimizar o trauma e contaminação cirúrgica, fazer incisões limpas e manipulação delicada, limpar a ferida e irrigar abundantemente com soro fisiológico, realizar bochechos pré e pós-operatórios com clorexidina. ALVEOLITE GRANULOMATOSA Na alveolite granulomatosa não há uma cicatrização adequada e sim a formação de um tecido mais granulomatoso, fora do padrão de normalidade. A mucosa está mais flácida e perde a forma do alvéolo. O paciente normalmente não sente dor. Procedimento: faz o diagnóstico, radiografa, anestesia e remove o tecido granulomatoso e sutura que haverá a formação de um novo coágulo e uma nova cicatrização. Pedir ao paciente para fazer bochecho com água morna (vasodilatador) e sal (poder antisséptico). EQUIMOSE É um derramamento de sangue pelos planos teciduais, principalmente subcutâneo e submucoso, levando a uma coloração avermelhada que com o decorrer do tempo vai mudando de cor (roxo, verde e amarelo) até sumir. É muito comum em pacientes que apresentam algum nível de fragilidade capilar e em pacientes idosos, pois possuem perda do tônus muscular e adesão diminuída entre as células. A equimose é evitada com o menor trauma cirúrgico possível e, caso ocorra, é tratada com gelo no inicio e calor após 24 a 48 horas. SANGRAMENTO Primeiramente, deve-se saber a CAUSA do sangramento: uso de medicação (como o AAS), lesão anatômica (vaso) ou condição médica (como hemofilia, hepatite – deficiência dos fatores etc). Além disso, deve-se saber de onde vem esse sangramento: se for de origem óssea, faz-se a compressão dessa área com gaze, cera óssea, obstrução com osso utilizando um instrumento rombo etc; caso seja de tecido mole (vaso), pinça a área e sutura ou cauteriza. A coagulação sanguínea ocorre em três fases: vascular, plaquetária e humoral ou cascata de coagulação. Na etapa vascular, ocorre a vasoconstrição; na plaquetária, há uma estimulação e migração plaquetária para que possam formar o tampão para obstruir o vaso lesado; na humoral, há uma coagulação do sangue no local do tampão. A quantidade de plaquetas é entre 140 a 400 mil. A hemofilia A atua no FVIII; a warfarina (marevan) atua nos fatores II, VII, IX e X; a heparina atua no FII (protrombina), inibindo a ativação da protrombina e ação da da trombina no fibrinogênio; o xarelto (rivaroxabana) inibe o fator X. O xarelto não é detectado em nenhum exame. PTTK ou TTP – tempo de tromboplastina parcial Avalia o mecanismo intrínseco! TAP ou TP – tempo de ação da protrombina Avalia o mecanismo extrínseco! O paciente que possui HEMOFILIA ainda faz algum nível de tampão pelas plaquetas, porém esse tampão plaquetário não é muito firme e não obstrui a lesão vascular e é por isso que sangra. Uma obstrução efetiva é feita quando o coágulo final é formado por plaquetas e fatores da coagulação. REGRA DOS 5 As: PACIENTES COM RISCO AUMENTADO DE SANGRAMENTO Aspirinas Anticoagulantes Antibióticos de amplo espectro Antineoplásicos Álcool Previne-se perguntando ao paciente sobre seu histórico, como cirurgias passadas, manifestações hemorrágicas; utilização dos medicamentos citados acima e; se o paciente é hipertenso, doenças hepáticas e coagulopatias. A VITAMINA K serve de substrato para a síntese dos fatores II, VII, IX e X. A deficiência de vitamina K pode levar a deficiência desses fatores da coagulação. Os pacientes que tomam antibiótico de amplo espectro por muito tempo podem ter um episódio de sangramento, pois os antibióticos são absorvidos no intestino e, por isso, acaba atuando também nas bactérias da flora gastrointestinal, alterando-a e, com isso, altera a absorção da vitamina K, levando uma deficiência dos fatores. O nome comercial da vitamina K é o KANAKION e serve para prevenir e tratar hemorragias. É antagonista do marevan (warfarina). A HEPARINA afeta o mecanismo intrínseco e o comum da coagulação, prevenindo a formação do ativador da protrombina, inibe a ação da trombina no fibrinogênio, aumenta o tempo de coagulação normal, tem uma duração de 3 a 4 horas e seu efeito é revertido pelo sulfato de protramina. A WARFARIN/MAREVAN é um anticoagulante sintético que pertence à classe dos antagonistas da vitamina K. Inibe a síntese dos fatores II, VII, IX e X. É monitorado pelo TAP/TP (mecanismo extrínseco), tem duração de 3 a 5 dias e, por isso, deve ser interrompido pelo menos 3 dias antes da cirurgia, sendo que o TP e o INR devem ser realizados para verificação. Seu efeito é revertidopor meio da vitamina K. O XARELTO/RIVAROXABANA age inibindo o fator de coagulação Xa. Os fatores II, V, VII, VIII, IX e X são produzidos no fígado. Indivíduos que apresentam problemas hepáticos ou fazem a ingestão de álcool em excesso possuem uma deficiência no fígado e, consequentemente, há uma deficiência na produção desses fatores, levando a possíveis quadros de sangramento aumentado. Tanto o TAP quanto o TTP são afetados (mecanismos intrínseco e extrínseco). Diáteses hemorrágicas de origem hepática devem ser tratadas com plasma fresco congelado e transfusão de plaquetas. Trombose venosa profunda: ocorre em pessoas que ficam muito tempo deitado ou sentado comprimindo as veias, principalmente da perna. O fluxo sanguíneo diminui o ritmo e começa a acumular células sanguíneas acima das válvulas venosas, podendo formar um trombo que fica depositado ali. Quando o fluxo sanguíneo retorna ele pode ser suficiente para deslocar esse trombo e vai indo pelo sangue até chegar num vaso estreito em que ele não passa e obstrui esse vaso, podendo ser, mais grave, no pulmão (embolia), coração (infarto) ou encéfalo (AVC isquêmico). A contagem normal de plaquetas é 140 a 400.000 mil. Depois de serem ativadas, as plaquetas sofrem reações morfológicas significativas, produzindo pseudópodes alongados e se tornam bastante adesivas. A resposta funcional das plaquetas ativadas envolve quatro processos distintos: adesão (deposição de plaquetas na matriz subendotelial), agregação (coesão plaquetária), secreção (liberação de proteínas) e atividade pró-coagulante (intensificação da geração de trombina). O ASS é utilizado como analgésico e anti-inflamatório. Esse medicamento altera irreversivelmente às plaquetas de forma que o tampão plaquetário não é formado de maneira eficiente, sendo chamados de “afinadores do sangue”. O AAS, bem como outros AINES, afeta a fase plaquetária da coagulação sanguínea. Ao inibir a COX, o AAS impede a formação do tromboxano A2, impedindo a adesão plaquetária. Além disso, o AAS também inibe a prostaglandina que, por sua vez, é um dos mediadores da inflamação. Por isso, O AAS também tem ação anti-inflamatória. O CLOPIDOGREL age inibindo o receptor do ADP da plaqueta. Controle de sangramento: cera óssea, gelfoam/hemospon, surgicel, solução de trombina tópica utilizada em conjunto com o gelfoam no alvéolo, colágeno que promove a agregação plaquetária. SANGRAMENTO SECUNDÁRIO O sangramento secundário ocorre após a cirurgia. Nesse caso, avalia-se o paciente e depois se remove todo o coágulo da boca, deixando-a bem limpa, em seguida se identifica a fonte do sangramento, sendo este último detalhe extremamente importante: saber se o sangramento é de tecido duro (obstruir o orifício com instrumento rombo) ou mole (pinçar e suturar ou cauterizar). TAP ou TP (tempo de protrombina) Mecanismo extrínseco EXAMES LABORATORIAIS TTP ou PTTK (tempo de tromboplastina parcial) Mecanismo intrínseco TS (tempo de sangramento) e PFA (análise da função das plaquetas) Fazem a análise da função plaquetária (qualitativa) O TRANSAMIN (ácido tranexâmico) é uma droga antifibrinolítica que faz a estabilização do coágulo, reduzindo a atividade do plasminogênio e alterando a ação da plasmina que possui atividade fibrinolítica. Normalmente é feita via oral. O sangramento dado por conta da HEMOFILIA A (FVIII), B (FIX) e a DOENÇA DE VON WILLEBRAND (FVW/FVIII) é tratado com transfusão para substituir o fator deficiente e com agente fibrinolítico para estabilizar o coágulo. É necessário entrar em contato com o hematologista. RESISTÊNCIA ANORMAL À EXTRAÇÃO DENTÁRIA A dificuldade pode ser dada pela presença de várias raízes, raízes muito longas e curvas, raízes divergentes, devido espessura do osso alveolar, hipercementose, posição do dente etc. Essas condições devem ser vistas antes da cirurgia pela radiografia pré-operatória. Resolve-se com osteotomia e odontosecção. EXTRAÇÃO DENTÁRIA DO DENTE ERRADO Deve-se confirmar com o paciente e certificar-se da indicação e do elemento correto antes de iniciar a extração. LUXAÇÃO DE DENTES ADJACENTES Deve haver bastante cuidado ao usar alavancas. Pode ocorrer com dentes tratados endodonticamente, pois já apresentam uma estrutura óssea ao redor bastante comprometida. Além disso, dentes com grandes restaurações e com cerâmica podem quebrar e deve-se avisar ao paciente. Pode-se prevenir utilizando o fórceps paralelo ao longo eixo do dente para não quebrar a cúspide. Ao luxar dentes inferiores deve-se tomar bastante cuidado para o fórceps não escorrer e bater nos dentes superiores. FRATURA DA COROA E RAIZ Tomar cuidado com o fórceps para não bater nos dentes antagonistas ou adjacentes durante a luxação ou extração, podendo quebrar a coroa, cúspides e restaurações muito grandes, principalmente coroas de cerâmica. Ficar atento na osteotomia e odontossecção para não encostar a broca nos outros dentes. Em restos radiculares, ápices quebrados, tem que fazer um bom acesso/espaço criado cirurgicamente, fazer canaleta óssea para usar alavancas, pode fazer um acesso pelo ápice através do osso ou usar limas endodônticas para retirar o canal. Sempre criar uma área de acesso para a entrada do instrumental. FRATURA DAS TÁBUAS ÓSSEAS Pode ocorrer com dentes com raízes muito volumosas. Em molares superiores, por exemplo, pode ocorrer a fratura do túber, assoalho do seio e da tábua vestibular. É mais comum nos superiores do que nos inferiores. O tratamento consiste em retirar espiculas ósseas, ou seja, retirar as bordas ósseas cortantes, irrigar bem e fechar; porém, caso tenha sido feito uma comunicação bucosinusal, fecha-se o retalho e prescreve-se um antibiótico. Previne-se fazendo odontosecção e osteotomia. DESAPARECIMENTO DE DENTES OU RAÍZES Tem que colocar a alavanca no espaço entre o dente e o osso, não empurrar o dente o a raiz contra o fundo do alvéolo se não ele pode sair pela cortical óssea para vários espaços, em diferentes níveis de profundidade tecidual ou cavidades. Deve-se realizar uma radiografia para identificar a região em que o dente pode ter ido parar. Pode desaparecer (1) na boca, (2) na ponta de sucção e aparelho suctor, (3) trato alimentar ou pulmão (raio X, verificar se não ficou preso nas alças intestinais ou na rede de brônquios), (4) sob o periósteo lingual, palatino e vestibular, (5) espaços teciduais (espaço submandibular: identificar, impedir que o corpo se desloque, fazer uma ordenha para que o dente suba em um acesso intraoral ou optar por um acesso extraoral; fossa infratemporal na lâmina do pterigoide: mais comuns com 3MS não erupcionados deslocados distalmente; localizar o dente e decidir qual é o melhor acesso para retirar: intra ou extraoral) e (6) cavidades ósseas (seio maxilar – acesso de Caldwell Luck na fossa canina, cavidade nasal, canal do alveolar inferior, cistos ou abscessos). EXTRUSÃO DO CORPO ADIPOSO DA BOCHECHA A ocorrência mais comum é quando é feita incisão vertical (retalho) no vestíbulo na região de molares superiores (principalmente 1MS), podendo expor a bochecha e a bola de Bichat extrui. Tratamento é introduzir de volta e suturar ou retirar o tecido. LESÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR Ocorre mais comumente em extrações de terceiro molar inferior quando a raiz deste está em íntimo contato com o canal. Além disso, também pode ocorrer por meio da broca. Faz uma radiografia para observar o contato e, quanto mais próxima, poderá ocorrer uma neuropraxia, neurotmese ou axonotmese. O prognóstico é tão melhor quanto menos o nervo for lesado. O tratamento pode ser feito com os medicamentos para parestesia ou microcirurgia, mas nada garante a regressão da parestesia. LESÃO DO NERVO LINGUAL O nervo lingual geralmente é lesado quando se afasta o retalho em envelope ou quando a broca na odontossecção ou osteotomia vestibular acaba atingindo a lingual, lembrando que o nervo pode estar em diversas posiçõesdependendo do paciente. O prognóstico é tão melhor quanto menos o nervo for lesado. O tratamento pode ser feito com os medicamentos para parestesia ou microcirurgia, mas nada garante a regressão da parestesia. FRATURA DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Pode acontecer com qualquer instrumento e tomar cuidado com a deglutição e aspiração e, caso aconteça, deve-se fazer uma radiografia para acompanhar diariamente. ENFISEMA Coleção de ar forçada nos tecidos formando um edema que apresenta ruído de quebra (crepitação) quando faz a palpação. Decorrente da abertura com retalho e o ar da caneta de alta rotação ou da seringa tríplice passa por baixo do retalho introduzindo ar nos tecidos. Não apresentam desconforto, não há tratamento, pois o ar é reabsorvido espontaneamente, mas tem risco de infecção (faz antibioticoterapia). EXPOSIÇÃO DA TÁBUA ÓSSEA Bordo cortante que corta a mucosa ou através da deiscência da sutura e o osso fica exposto. Tratamento é desgastar o osso até abaixo da margem da mucosa com a borca, deixando-o liso, não cortante, e suturar. COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL Mais comum com molares superiores, porém também pode ocorrer com os pré-molares superiores. As sequelas mais comuns são sinusite maxilar (flora patogênica da boca vai para o seio: local fechado, fácil de infectar) e fístula oroantral crônica (epitelização do canal da boca ao seio). A prevenção é feita avaliando radiografias pré-operatórias, tendo bastante cuidado com raízes longas e muito próximas do assoalho do seio, raízes muito divergentes e odontosecção em molares que apresentam o assoalho do seio invaginado entre as raízes. Deve-se evitar força excessiva e dar preferência para seccionar as raízes. O diagnóstico pode ser feito visualmente, por meio da manobra de Valsava, pela radiografia (mesmo sendo mais difícil por conta da sobreposição) e pela tomografia computadorizada, apesar de ser mais caro. O tratamento baseia-se na avaliação da comunicação bucosinusal, principalmente em relação ao tamanho dessa comunicação. Quando há apenas uma exposição da mucosa do seio haverá a formação do coágulo e realiza a sutura, sendo que a única preocupação é não curetar para que não remova esse tecido. até 2 mm lavar, assegurar a formação do coágulo, suturar bem e entrar com antibiótico por 7 dias (geralmente azitromicina); pode entrar com analgésico, anti-inflamatório e descongestionante nasal Informações pós-operatórias: - evitar assoar o nariz, beber de canudo, fumar, não soprar bola, tocar instrumentos; se for tossir e espirrar só de boca aberta NÃO SONDAR para não aumentar ainda mais a comunicação TAMANHO DA ABERTURA/COMUNICAÇÃO de 2 a 6 mm lavar, assegurar a formação do coágulo, suturar bem e entrar com antibiótico por 7 dias (geralmente azitromicina); pode entrar com analgésico, anti-inflamatório e descongestionante nasal Informações pós-operatórias: - evitar assoar o nariz, beber de canudo, fumar, não soprar bola, tocar instrumentos; se for tossir e espirrar só de boca aberta NÃO SONDAR para não aumentar ainda mais a comunicação maior que 7 mm fazer um retalho vestibular ou palatino: retalho vestibular – faz duas incisões relaxantes (mesial e distal), faz um alívio do periósteo para que haja um tracionamento passivo do retalho para que possa cobrir todo o alvéolo; retalho palatino – é mais complexo; não tem relaxamento, deve-se retirar uma quantidade suficiente para girar e cobrir todo o alvéolo, sendo que a artéria e a veia devem estar dentro do retalho. O osso do palato fica exposto e deve ser coberto com cimento cirúrgico. As medicações e recomendações pós-operatórias são as mesmas. INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA Causa mais comum de demora na cicatrização de feridas e prevenir mantendo a cadeia séptica e profilaxia antibiótica em pacientes mais propensos. Deve-se identificar a causa, se possível remover a causa, fazer antibioticoterapia e por fim drenagem (com anestesia superficial e pelo ponto mais baixo). A complicação mais grave disso é um abscesso intraoral resultar em uma mediastinite, drenando a infecção par ao tórax (coração e pulmão). PERICORONARITE Dente parcialmente erupcionado onde a mucosa fica recobrindo o dente (gengiva avermelhada, as vezes com pus), infecta a mucosa que recobre parcialmente a coroa mais comum em dentes inferiores. Fazer antibioticoterapia por 7 dias se tiver febre, mal estar geral, linfadenopatia, aumento de volume ou dor. Limpar a região, profilaxia com antisséptico bucal, desgastar o dente antagonista que está traumatizando para alívio da dor. Curar essa fase aguda e então extrair o dente. LUXAÇÃO DA ATM Quando o paciente abre a boca demais (procedimento odontológico, bocejo) e o côndilo passa na eminência articular e a boca não fecha mais. É muito doloroso e pode gerar espasmos musculares intensos, fazer o mais rápido possível e pode fazer anestesia auriculotemporal. Sentar o paciente mais baixo que o operador, estabilizar a cabeça contra a parede, colocar a mandíbula de volta na cavidade articular, pressionando a mandíbula no trígono retromolar empurrando para baixo e para atrás, acomodando o côndilo de novo. Fazer uma bandagem por 48 horas e evitar abrir a boca em excesso (colocar o punho debaixo da mandíbula ao falar ou espirrar etc) porque é fácil luxar de novo já que os músculos estão distendidos. Prescrever anti-inflamatório e analgésico. FRATURA MANDIBULAR Mais comum em extrações de terceiros molares inferiores. Se a fratura não tiver deslocamento, pode fazer tratamento conservador com barras de Erich nas duas arcadas unidas com fios de metal. Duas ou três semanas com a mordida bloqueada em oclusão e cicatriza o osso. Se os fragmentos da fratura estiverem deslocando, o acesso é extraoral e colocar miniplacas e parafusos para colocar os fragmentos em posição com uma fixação rígida. CORONECTOMIA Faz-se quando há uma íntima relação da raiz com o nervo mandibular inferior, seccionando parcialmente a coroa e deixa a raiz dentro do osso. É uma alternativa em dentes muito profundos, evitando a parestesia pela lesão do nervo. Pode haver necessidade de reintervenção e a raiz pode migrar depois de um tempo. LESÃO DE TECIDO MOLE Causada pela força excessiva e descontrolada, principalmente laceração com alavanca e descolador de periósteo. Deve-se reposicionar o tecido e suturar na posição. Ficar atento com as estruturas importantes, contendo hemorragia e prevenindo infecção.
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