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Apostila do curso - SII e FODMAPs

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A Síndrome do Intestino Irritável (SII), também conhecida como seu termo inglês 
Irritable bowel syndrome (IBS), é o distúrbio gastrointestinal funcional mais comum, 
afetando de 760 milhões a 1,9 bilhões de pessoa em todo o mundo. Essa síndrome 
acomete todo o intestino delgado e o intestino grosso (cólon) com alterações na 
função motora (motilidade) e o aumento na sensibilidade. É um distúrbio funcional, 
pois altera a conexão cérebro e intestino, ou seja, ele causa a perturbação na forma 
como o intestino, cérebro e sistema nervoso interagem 1,2. 
 
Mapa mundial da prevalência da SII (2000-2004) baseado nos critérios de Roma II e III, com cifras para 
os critérios de Manning em parênteses onde estiverem disponíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
Afeta até 10-25% dos adultos 
(maioria com menos de 50 
anos), sendo mais mulheres do 
que homens. 
Provável essa estimativa esteja 
subestimada. 
Não está associado 
DIRETAMENTE a um risco 
aumentado de doenças graves, 
MAS há um risco indireto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas existe algumas associações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
 
 
 
 
 
 Está associado a um 
comprometimento da qualidade de 
vida das pessoas2. 
 Não tem controle ou fica 
constipada demais 
CAUSA DESCONHECIDA 
Genética 
O gene que está mais provavelmente associado à 
IBS e, em particular, à IBS-C, é o que codifica a 
superfamília dos fatores de necrose tumoral 15 
(TNFSF15)8. 
 
Traumas na infância 
Não há um exame diagnóstico 
específico para síndrome. 
Novos critérios para o diagnóstico de distúrbios 
funcionais gastrointestinais (GI) foram divulgados em 
junho de 2016, houve contribuições de 117 
especialistas que representaram 23 países 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Fundação Roma, é um órgão independente 
dedicado a auxiliar no diagnóstico e tratamento das 
Doenças Inflamatórias Intestinais, publicou o “Critério 
Roma IV” para o diagnóstico de SII em maio de 2016. 1 
 
Baseado nos Critérios de Roma IV: 
1 ou mais dos seguintes sintomas: 
A dor abdominal recorrente, pelo menos 1 dia por semana, 
durante os últimos 3 meses 
1 
Relacionado com a evacuação, ou seja, a dor 
abdominal com alívio ao evacuar. 
2 
Associado com uma mudança na 
frequência das fezes 
3 
Associado com uma mudança na 
forma (aparência) das fezes 
4 
Inchaço e distensão abdominal 
 
 
 
 
 
 
 “Sem dor é impossível realizar o diagnóstico” 
 
 
Outras doenças ou situações que podem confundir o diagnóstico: 
 Intolerância à lactose; 
 Sensibilidade ao glúten não celíaco; 
 Doença Celíaca; 
 Doença Inflamatória Intestinal (Doença de Crohn ou a Retocolite Ulcerativa); 
 Endometriose; 
 Doença inflamatória pélvica; 
 Disbiose; 
 SIBO; 
 Constipação; 
 Câncer de Cólon ou Ovário. 
 
Início do sintoma deve ter ocorrido pelo menos 
6 meses antes do diagnóstico 
Sintomas devem estar presentes nos últimos 
3 meses 
 
 
 
Por isso, normalmente os médicos solicitam: 
 Colonoscopia com biópsias e testes sorológicos para descartar a doença 
celíaca; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na prática clínica médica, se o paciente atender aos critérios de ROMA IV para 
SII e a colonoscopia e os testes sorológicos derem negativo para doença 
celíaca, está feito o diagnóstico. 3 
Outros exames podem ser solicitados dependendo da conduta individual do médico: 
Teste de hidrogênio expirado 
 (SIBO, frutose e lactose) 
Sangue nas fezes 
Curva de tolerância 
à lactose 
Hemograma para 
avaliar anemia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação da Síndrome do Intestino Irritável 5 
 
SII – padrão diarreia SII – padrão 
constipação 
SII – padrão misto SII - não 
classificado 
Prevalência em 
homens; 
 
Até 1/3 dos casos; 
 
Fezes amolecidas em 
>25% de seus 
movimentos 
intestinais e Fezes 
endurecidas <25% 
das vezes; 
Prevalência em 
mulheres; 
 
Até 1/3 dos casos; 
 
Fezes endurecidas 
>25% de seus 
movimentos 
intestinais e Fezes 
amolecidas <25% 
das vezes; 
Até 1/3 dos casos; 
 
Fezes endurecidas 
>25% de seus 
movimentos 
intestinais e Fezes 
amolecidas >25% 
das vezes; 
 
Pessoas cujos 
sintomas não se 
encaixam em 
nenhuma 
categoria. 
 
 
Teste de hidrogênio expirado 
SAIBA MAIS 
O teste de respiração do Hidrogênio fornece informações 
sobre a digestão de determinados açúcares ou hidratos de 
carbono, tais como o açúcar do leite (lactose) ou açúcar de 
frutas (frutose). Isto ajudará a determinar se o paciente é 
intolerante a alguns açúcares. O teste também é utilizado 
após a ingestão de lactulose para detectar um crescimento 
anormal de bactérias dentro do intestino. O 
supercrescimento bacteriano pode causar uma variedade de 
sintomas, incluindo diarreia, flatulência, gases e cólicas 
abdominais. 
O gás hidrogênio do corpo é produzido a partir das bactérias 
intestinais. Estes micro-organismos, normalmente no 
intestino grosso, produzem hidrogênio através de 
fermentação de carboidratos – como lactulose, lactose e 
frutose que são substratos para o teste do hidrogênio 
expirado. Moléculas de Hidrogênio produzidas pelas 
bactérias são absorvidas pela mucosa intestinal, através dos 
vasos sanguíneos e são transportadas para os pulmões. O 
hidrogênio é então exalado pelos pulmões pela respiração 
normal e é coletado para análise pelo aparelho. As 
pequenas bactérias intestinais metabolizam a lactulose 
oferecida e ingerida e produzem um aumento inicial do 
hidrogênio na respiração. 
 
 
 
 
Vale lembrar que: 
 
 Os pacientes frequentemente passam de um subgrupo para outro; 
 Os pacientes com IBS frequentemente erram a interpretação dos sintomas de 
diarreia e constipação. Ou seja, muitos pacientes que se queixam de “diarreia” 
se referem à eliminação frequente de fezes formadas, e ainda pacientes que se 
queixam da “constipação” podem se referir a queixas relacionadas à tentativa 
de defecar e não simplesmente a movimentos intestinais infrequentes; 
 Os hábitos intestinais devem ser avaliados sem usar antiarreicos ou laxantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O paciente pode usar um aplicativo disponível 
que auxilia na criação de gráficos baseado na 
classificação de Bristol. 
Para uma melhor análise das fezes, os pacientes podem utilizar a 
escala de Fezes de Bristol ou o aplicativo Bristol Stool Chart® 
disponível para Android e IOS. 
 
 
Escala de fezes de Bristol 
Sinais e Sintomas: 
Ao avaliar o paciente com IBS, deve-se levar em consideração a 
dor abdominal ou desconforto, isso porque, mais de 80% dos pacientes 
apresentam esse sintoma4. Portanto, deve-se avaliar a duração, o tipo 
(intermitente ou contínua), os episódios e a localização da dor. Outros 
sintomas, como a distensão abdominal, o inchaço, sensibilidade visceral 
e a flatulência também são relevantes e devem ser levados em 
consideração 5. 
 
Pacientes com fibromialgia apresentam sinais de IBS 
A Fibromialgia (FM) é uma das doenças reumatologias mais 
frequentes, cuja característica principal é a dor musculoesquelética difusa e 
crônica6. Aproximadamente 60% das pessoas que sofrem de IBS têm 
fibromialgia e 70% dos pacientes com fibromialgia também exibem sinais de 
IBS7. 
 
 
 
Embora a IBS seja uma condição crônica de dor gastrointestinal e a fibromialgia 
(FM) seja um distúrbio de dor muscular crônica, elas possuem características clínicas 
comuns7: 
 Ambos são distúrbios funcionais da dor que não podem ser explicados por 
anormalidades estruturais ou bioquímicas; 
 Ocorrem predominantemente em mulheres; 
 A maioria dos pacientes associa eventos de vida estressantes com o início ou 
exacerbação dos sintomas; 
 A maioria dos pacientes queixa-se de distúrbios do sono e fadiga; 
 Psicoterapia e terapias comportamentais são eficazes no tratamento dos 
sintomas; 
 Certos medicamentos podem tratar os sintomas de ambas às condições. 
 
Intestino sensível
Depressão 
Isolamento social 
Humor deprimido 
Ansiedade 
Fadiga e cansaço 
Estresse 
Flatulência 
Desconforto pós-prandial 
Período pré-menstrual 
e menstrual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conexão Cérebro Intestino 
 Terminações nervosas na parede intestinal; 
 Função muscular; 
 Afetam a sensação do intestino; 
 Sensíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
A dor é muitas vezes aliviada 
pela evacuação e pode às vezes 
piorar após comer. 
Urgência 
Muco nas fezes e a sensação de 
evacuação incompleta. 
Paciente IBS 
Distensão do cólon 
descendente 
Ativa porções do cérebro que estão altamente 
relacionadas ao reconhecimento da dor e à 
emoção que são maiores em pacientes com IBS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alteração na Microbiota Intestinal 
A composição microbiana gastrintestinal é determinada por fatores genéticos 
do hospedeiro e fatores ambientais. E desempenha um papel na motilidade 
gastrointestinal, na defesa imunológica do intestino, na digestão e metabolismo, na 
inflamação e na proliferação celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente IBS Paciente saudável 
Na ativação das regiões cerebrais em 
resposta a um estímulo no cólon9. 
Estudos demonstram que na IBS há 
DISBIOSE, alteração na diversidade e na 
composição bacteriana intestinal e 
aumento da permeabilidade intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E a gravidade da IBS está associada com as 
alterações na microbiota. 
Quais seriam essas alterações? 
1 
Excesso de bacteriodetes, 
principalmente na IBS-D. 
 
2 
Autores constataram diferenças 
na riqueza microbiana 
3 
Presença de bactérias metonogênicas e 
espécies patogênicas como Clostridios ou 
Prevotella 
4 
Diminuição da diversidade e da 
abundância 
Aumento das espécies de 
Gammaproteobacterium 
 
 Gastroenterology, v. 152, n. 1, p.111-123, jan. 2017; Science 2016, 352, 565–569; Gastroenterology 2011, 141, 1782–1791; 
 
Uma classe que contem 
predominantemente bactérias 
patogênicas. 
As pessoas com IBS16 
Mais de cinco vezes menos 
bifidobacteria em comparação com 
aqueles sem dor 
Hipersensibilidade 
visceral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Pessoas IBS 
Bactérias redutoras de 
sulfato em comparação aos 
controles16 
Produzem compostos 
sulfídricos tóxicos - enxofre 
Alteração na motilidade 
do cólon 
Geram nocicepção 
visceral 
6 
↑ dos níveis de bactérias anaeróbias, como 
Estreptococos e Escherichia coli8 
7 
Uma maior abundância de bactérias 
gram-negativas em pacientes com IBS. 
Gut 2007, 56, 802–808 
Pacientes com IBS têm 
frequentemente disbiose intestinal. 
Composição microbiana anormal 
Ativa as respostas imunes inatas da mucosa 
↑ a permeabilidade epitelial, ativam as vias 
sensoriais nociceptivas, da dor e desregulam o 
sistema nervoso entérico15. 
 
 
 
 
 
 
 
Disbiose intestinal 
 
Trata-se de um desequilíbrio entre as bactérias da microbiota intestinal, 
favorecendo o aumento de bactérias patógenas17. Pacientes com Disbiose, tendem a 
ter um aumento na permeabilidade intestinal e permeabilidade intestinal é 
frequentemente encontrado em pacientes com IBS. 
Diversos fatores afetam favorecem a disbiose intestinal, como é o caso da 
adoção de péssimos hábitos alimentares, com aumento do consumo de 
industrializados, uso de medicamentos, estresse e uso de drogas (álcool e cigarro). 
 
 
 A microbiota intestinal alterada pode produzir quantidades excessivas de gases 
pela fermentação de carboidratos mal absorvidos, como os FODMAPs, que podem 
aumentar a produção de ácidos graxos de cadeia curta e liberar serotonina (5-HT) na 
mucosa intestinal. Um número maior de bactérias produtoras de ácido acético e 
propiônico foram relatados em pacientes com IBS, demonstrando que a liberação de 
5-HT aumenta as contrações do cólon, o trânsito intestinal e a motilidade gástrica, 
contribuindo para os sintomas da IBS. 14 
Nocicepcção visceral é a dor visceral que está associada aos distúrbios 
gastrintestinais e é causada por disfunções de vísceras abdominais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A composição alterada e a atividade metabólica da microbiota intestinal 
encontrada na IBS podem estar associadas à ativação da imunidade e da 
inflamação da mucosa. 
 
No estudo de Zheng et al.21, a mucosa intestinal de pacientes com IBS 
apresentavam menor Zona de Oclusão -1 (ZO-1) e Ocludina, as principais proteínas de 
junção dos enterócitos. 
 
 
Permeabilidade intestinal 
SAIBA MAIS 
A mucosa intestinal é a maior superfície de interação entre o meio interno e o ambiente externo. Tem um papel duplo, 
porque deve regular a absorção de água, eletrólitos e nutrientes do lúmen para a circulação, evitando a penetração de 
patógenos nocivos e substâncias luminais nocivas, incluindo antígenos alimentares. 
Existem duas vias principais que medeiam a permeabilidade 
intestinal: a via transcelular e paracelular. A via transcelular 
medeia o transporte de antígenos de alto peso molecular via 
endocitose. A via paracelular está envolvida no transporte de 
pequenas moléculas, íons e solutos entre as células epiteliais. 
As células epiteliais são interconectadas por complexos de 
junções apicais, que são constituídos por Tight junctions (TJs), 
junções aderentes e desmossomos. 
 
As TJs e suas interações regulam fortemente a 
permeabilidade paracelular, facilitando o movimento 
de água e solutos entre células, enquanto bloqueiam a 
translocação de antígenos maiores. A estrutura e 
estabilidade da junção estreita podem ser reguladas 
por vários fatores intrínsecos e extrínsecos, incluindo 
citocinas e fatores de crescimento, estresse celular, 
patógenos, probióticos e peptídeos da dieta. O 
aumento da permeabilidade paracelular e do dano 
epitelial pode levar à entrada excessiva de antígenos 
alimentares ou microbianos, o que pode ser um fator 
contribuinte para doenças inflamatórias. 
 
 
 
 
Inflamação de Baixo Grau 
 A presença de inflamação de baixo grau na mucosa do cólon desempenha um 
papel na fisiologia da IBS. Em portadores da IBS foi encontrado um aumento no 
número de linfócitos intraepiteliais, uma densidade elevada de mastócitos e citocinas 
inflamatórias. 
 
A microbiota intestinal desempenha um papel essencial no desenvolvimento, 
funcionamento e regulação das imunidades intestinais e sistêmicas. Ao interagir com a 
microbiota, o sistema imune intestinal (ou entérico), composto pela imunidade inata e 
adaptativa, ajuda a manter a função gastrintestinal normal19. Em pacientes com IBS, no 
entanto, as interações entre imunidade entérica e bactérias comensais e/ou 
patogênicos apresentam-se desreguladas14. Os pacientes possuem uma resposta 
imune celular aumentada com maior produção de citocinas pró-inflamatórias, 
especialmente mastócitos e células TCD3+. 
 
 
 
 
Os níveis de interleucina (IL) ‐10 são menores e os de IL ‐ 6, IL ‐ 8, fator de 
necrose tumoral ‐ α e IL ‐ 1β pró-inflamatórios são elevados na circulação sistêmica, 
enquanto que na mucosa a IL ‐ 10 também é reduzida e IL-8, mastócitos, células 
enterocromafins e linfócitos T CD3 + estavam elevados. 24-25 
 
A ativação da imunidade da mucosa e a inflamação causada pela 
microbiota intestinal alterada podem aumentar a permeabilidade da 
mucosa e prejudicar a função da barreira epitelial. 
 
O epitélio intestinal funciona não somente como um trocador, absorvendo 
fluídos e nutrientes, mas também como uma barreira protetora contra patógenos. 
 
 
 
 Alterações na barreira epitelial observada na IBS incluem o aumento da 
permeabilidade da mucosa, aumento da expressão de proteínas específicas, eg. 
MUC20 (gene envolvido na produção de mucina) e aumento da excreção fecal da 
proteína antibacteriana β-defendina-2. 20 
 
 
 
É coberta com uma espessa camada de muco, 
composta de uma mistura complexa
de 
glicoproteínas, mucinas, enzimas bactericidas e 
imunoglobulina A secretora (IgA). 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A microbiota intestinal pode afetar diretamente as funções sensório-
motoras intestinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo... 
 
 
 
 
 
 
 
Além da inflamação da mucosa 
do intestino que pode afetar as funções 
sensório-motoras e secretoras, a 
estrutura neuronal e a liberação de 
neurotransmissores no intestino, a 
microbiota intestinal pode afetar 
diretamente as funções sensório-
motoras intestinais. 22-23 
 
 
 
 
 
Estado psicossocial e neurotransmissores 
 
 Avaliação psicológica 5 
Não foi demonstrada a existência de fatores psicológicos que provoquem a IBS 
ou que influenciem sua instalação. A IBS não é um transtorno psiquiátrico ou 
psicológico. No entanto, os fatores psicológicos podem incidir na persistência e 
percepção da severidade dos sintomas abdominais. 
Por estas razões, é comum que a IBS coexista com afecções psicológicas, como: 
Ansiedade 
 
Depressão Medo 
vinculado aos 
sintomas 
Hipocondria Somatização 
 
 Os portadores de IBS apresentam alterações no metabolismo serotoninérgico, 
isso porque, dois genes significativamente envolvidos no metabolismo da serotonina 
apresentam diminuição dos níveis de expressão do transportador de serotonina e da 
enzima chave para a produção do triptofano hidroxilase 1 (TPH1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa enzima converte o triptofano em 5-hidroxitriptofano, essencial para síntese de 
serotonina. 
90% da serotonina é produzida pelas enterocromafinas, 
células enteroendócrinas intestinais. 
Enterocromafinas 
 
 
 
 
Hiper ativação no eixo Hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Explicação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiper ativação no eixo HHA de forma crônica 
• Excesso de cortisol; 
• ↑ estresse oxidativo; 
• ↑ gordura visceral; 
• ↑ fadiga adrenal; 
• ↑ risco para depressão. 
Maiores níveis de cortisol basal e após um 
estímulo estressor 
Cortisol elevado 
Estressor visceral 
Maior nível de 
ansiedade no paciente 
Presença de citocinas inflamatórias em nível 
sistêmico 
Ativar o eixo HHA 
IBS ESTRESSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deficiência de Vitamina D 
 
 
 
 
Vitamina D 
 
 Embora comumente associada ao seu papel na homeostase Ca2+/PO43-, a 
vitamina D é crucial na modulação de uma variedade de outras vias, incluindo aquelas 
envolvidas na atividade anti-inflamatória e imunomoduladora. Assim, a vitamina D tem 
sido proposta como um tratamento potencial para a IBS26. 
Quando relacionada a um desequilíbrio na produção de serotonina, a vitamina 
D pode beneficiar no tratamento da IBS, por estimular a produção da enzima 
triptofano hidroxilase em neurônios serotoninérgicos27. 
 
 
A liberação de serotonina pelas células de 
enterocromafina incorporadas na mucosa 
gastrintestinal é usada para modular a força da 
contração da musculatura lisa e, por sua vez, a 
motilidade gastrointestinal28. 
Prática clínica: suplementação 
de micronutrientes há melhora 
importante da IBS – humor. 
Deficiência em 49 pacientes do 
estudo (82%) com IBS 
Concentrações séricas de 25(OH)D. 
Tendência para níveis mais baixos 
de vitamina D no grupo IBS. 
 
 
 
 
 Além disso, os receptores de vitamina D (VDR) regulam a expressão das 
proteínas de junção estreita zonulina ocludeno-1 e zonulina ocludeno-2 através da 
regulação positiva de claudina 2 e 12 no intestino. Todas essas proteínas são essenciais 
para manter a função da barreira intestinal. 29 
 
Prescrição de Vitamina D 
Vitamina D ---------- 2000 UI 
 
Aviar 90 doses em cápsulas oleosas 
 
Posologia: 
Consumir 1 dose ao dia, preferencialmente junto com as refeições. 
 
SIBO – Small Intestinal Bacterial Overgrowth 
 
 
O SIBO refere-se a um aumento anormal do número de bactérias na microbiota 
do intestino delgado30. Isto é, um aumento de >105 unidades formadoras de 
colônias/ml de bactérias endógenas que se assemelham àquelas encontradas 
normalmente no cólon31. É acompanhado pelo aparecimento de sintomas 
gastrointestinais, alterações no pH intestinal e nos movimentos intestinais. Além de 
pode levar a esteatorreia, ao comprometimento da absorção de vitamina B12, a lesões 
nas microvilosidades intestinais e pode ser uma das causas ou consequência da 
síndrome do intestino irritável30. 
 
 
 
84% dos pacientes com diagnóstico de SII apresentam SIBO. 
 
 
 
As principais causas da SIBO na IBS são: 
 
 
 
 
 
 
Dismotilidade intestinal 
Dismotilidade intestinal associada ou desencadeada por diversos fatores é a 
base para várias manifestações clínicas em pacientes pediátricos como cólicas do 
lactente jovem, diarreia crônica inespecífica, dor abdominal recorrente, constipação 
funcional, regurgitação, ruminação, vômitos cíclicos e pseudo-obstrução intestinal12. 
 
Teste do hidrogênio expirado 
Como os testes respiratórios medem indiretamente as bactérias e estão 
associados a uma sensibilidade e especificidade relativamente baixas, muitos 
consideram a avaliação bacteriana direta das culturas do ar aspirado intestinal um 
método melhor para detectar SIBO32. 
O teste de respiração do hidrogênio fornece informações sobre a digestão de 
determinados açúcares ou hidratos de carbono. O teste é utilizado após a ingestão de 
lactulose para detectar um crescimento anormal de bactérias dentro do intestino33. O 
teste demonstrou ser confiável para avaliação de intolerância aos FODMAPs frutose e 
lactose. 
 
 
 
1 
2 
Dismotilidade intestinal 
Secreção reduzida de HCL no estômago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso de Inibidores da Bomba de Prótons (IBP) 
 
 
Princípios do teste hidrogênio expirado: 
O gás hidrogênio do corpo é produzido a partir das 
bactérias intestinais através da fermentação de 
carboidratos, como a lactulose (substrato para o exame). 
As pequenas bactérias intestinais metabolizam a lactulose 
oferecida e ingerida e produzem um aumento inicial do 
Hidrogênio na respiração33. 
A utilização a longo prazo de IBP está teoricamente ligada ao 
desenvolvimento de SIBO. 34 Pacientes com SII são mais 
propensos a receber terapia com IBP e a desenvolverem SIBO 
devido à redução da barreira ácida gástrica que previne o 
supercrescimento bacteriano no intestino delgado. 35 
 
 
Pacientes com SIBO tem refluxo 
Medicamentos inibidores da bomba de prótons 
Em longo prazo está relacionada a hipocloridria e 
desenvolvimento de SIBO 
 
 
ALTERAÇÕES NO APETITE E SACIEDADE 
 
 
Células enteroendócrinas 
 São células endócrinas intestinais, responsáveis por produzir peptídeos e 
hormônios que controlam a saciedade e a sensibilidade a insulina. Quando 
encontradas em números reduzidos são responsáveis pela hipersensibilidade visceral, 
motilidade gastrointestinal perturbada e secreção intestinal anormal, sintomas esses 
observados em pacientes com IBS. 
A densidade de células endócrinas intestinais é reduzida em pacientes com IBS, 
possivelmente como resultado de fatores genéticos, dieta, microbiota intestinal e 
inflamação de baixo grau interferindo nos sinais reguladores que controlam as 
atividades clonogênicas e de diferenciação de células-tronco intestinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inflamação de baixo 
grau 
Interferem nos sinais reguladores que controlam as 
atividades de formação e diferenciação dessas 
células. 
 
O apetite é regulado por um grande número de peptídeos, homônios e 
neurotransmissores, incluindo aqueles secretados pelas células endócrinas 
gastrointestinais. 
 
 
Alterações no apetite 
 No início dos sintomas pode ocorrer uma alteração na ingestão de alimentos 
pelos pacientes com IBS, especialmente, por alterações na regulação do apetite por 
hormônios, incluindo aqueles secretados pelas células enteroendócrinas. 
 A secreção de grelina, conhecida
como o “hormônio da fome”, encontra-se 
aumentada nesses pacientes e estimula a maior ingestão de alimentos. Além disso, as 
densidades de células endócrinas que secretam os outros quatro hormônios, com ação 
anorexígena, são reduzidas em pacientes com IBS, favorecendo o ganho de peso e a 
obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intolerância à Lactose 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 a 25% dos pacientes com SII são intolerantes à lactose36. 
Apetite aumentado 
Dificuldade para alcançar plenitude e saciedade 
com porções pequenas de alimentos8. 
 
 
Intolerância à Frutose 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casos de disbiose: 
 
 
 
 
 
 
43% dos pacientes com IBS apresentam má-
absorção de frutose e 70% má-absorção de 
frutose-sorbitol37. 
Esses efeitos foram observados após o consumo 
de uma quantidade superior a 50g de frutose por 
dia36. 
Pacientes israelenses com 
sintomas de IBS 
A Má absorção de lactose em 82%; 
A má absorção de frutose foi observada em 43%; 
A má absorção de frutose-sorbitol em 70%; 
 
 
 
Efeitos são observados quando uma quantidade superior a 50g de frutose ao 
dia é consumida37. 
Sugere-se consumo máximo de 
até 25g de frutose por dia37. 
 
 
 
Teor de Frutose das Frutas 38 
Fruta (100g) Frutose (g) 
Abacate 0,12 
Abacaxi 2,1 
Ameixa 3,1 
Amora 2,4 
Banana 5,0 
Caqui 5,5 
Cereja fresca 5,4 
Damasco seco 12,5 
Framboesa 2,3 
Kiwi 4,3 
Laranja 2,2 
Maçã Fuji 6,5 
Mamão papaia 4,0 
Manga 5,0 
Melão 3,0 
Melancia 3,4 
Mirtilo 5,0 
Morango 2,4 
Nectarina 1,4 
Pera 6,4 
Pêssego 1,5 
Tangerina 2,4 
Uva 2,0 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 Tratamento medicamentoso; 
 Estratégias nutricionais; 
 Exercício físico, meditação, yoga; 
 Terapias alternativas. 
 
 
 
 
 
Medicamentos que podem agravar a Síndrome do Intestino Irritável 
Sem prescrição médica Com prescrição médica 
Anti-histamínico Antibióticos 
Cálcio Antidepressivos 
Ferro Antiparkinsoniano 
Magnésio Antipsicótico 
Anti-inflamatórios não esteroides Bloqueadores dos canais de cálcio 
Farelo de trigo Diuréticos 
- Metformina 
- Opioides 
- Simpatomiméticos 
Fonte: CHEY et al. 39 
 
 
 
 
 
Conduta Dietoterápica 
 
Uso de Antibióticos 
Alguns pacientes começam a relatar sintomas de IBS, 
após episódio de gastroenterite infecciosa com subsequente 
uso de antibióticos. 18 
Frequentemente os pacientes associam suas 
refeições com o aparecimento dos sintomas da IBS, e 
até 90% desses pacientes restringem sua alimentação 
para prevenir ou melhorar os seus sintomas 
gastrointestinais39. 
 
 
 
Fibras dietéticas 
 Diversas pesquisas investigaram o consumo de fibras dietéticas no tratamento 
da IBS, especialmente, por estimularem a produção de Ácidos Graxos de Cadeia Curta, 
acelerarem o trânsito intestinal e melhorarem a microbiota intestinal. 
 
Psyllium 
 
 
A mucilagem dessa planta resulta em um aumento nos movimentos 
peristálticos do intestino e da umidade fecal, o que afeta na frequência e no volume da 
defecação. Normalmente recomenda-se 5g de Psyllium para tratamento da 
constipação, e do padrão IBS-C43. 
 
 
 
 
O psyllium é extraído da casca da semente de 
Plantago ovata, e é uma fibra não fermentável 
muito estudada na constipação e na IBS. 
 
Sempre aumentar a ingestão hídrica após o consumo de 
fibras dietéticas, especialmente, o Psyllium. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E COM RELAÇÃO À 
EXCLUSÃO DO GLÚTEN? 
60% dos pacientes com IBS relatam 
início/piora da dor após as refeições. 
3 horas após as refeições é o pico de dor. 
 
 
 
Dieta isenta de Glúten 
A exclusão do glúten gera melhora do desconforto em muitos pacientes com 
IBS. Em um ensaio randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, foi avaliada a 
sensibilidade ao glúten em 34 pacientes com IBS. Durante 6 semanas, o grupo que 
recebeu glúten relatou piora da dor, da distensão abdominal e da consistência das 
fezes, além de cansaço físico e mental40. Além disso, pacientes com IBS-D relatam 
aumento da frequência de diarreia, aumento da permeabilidade intestinal e ativação 
imune, na presença de glúten41. 
 
Apesar da melhora do desconforto com a exclusão do glúten... 
São necessários mais estudos que comprovem a relação do glúten com os 
sintomas gastrointestinais, isso porque os alimentos com glúten possuem 
componentes que podem ser desfavoráveis aos pacientes com IBS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hum. Nutr. Diet. 2014, 
27, 263–275; Am J 
Gastroenterol. 
2005;100:1550–7; 
International journal of colorectal disease, v. 32, n. 1, p. 29-39, 2017; 
Gastroenterology. 2013;144(5):903-911.e3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HLA-DQ2 OU DQ8 
Respondem negativamente ao glúten 
Mesmo com sorologia negativa para 
doença celíaca 
O que se observa nos estudos e na prática clínica é que 
muitos pacientes com IBS possuem sensibilidade ao glúten ou 
intolerância (que é diferente de alergia) ao trigo por IgG4, o 
que nós chamamos de sensibilidade ao trigo não celíaca. 
 
 
 
 
 
 
Alimentary pharmacology & therapeutics, v. 39, n. 10, p. 1104-1112, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Triptofano cerebral 
Em pacientes com IBS-C, com 
sorologia e teste negativo para doença 
celíaca, se exclui o glúten? 
Verificar os sintomas clínicos 
Os sintomas são causados pelo 
frutano do trigo ou pelo glúten? 
TESTES! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gliadina Avenina 
Alto teor de 
glutamina e prolina 
Resistentes pela digestão 
completa pelas enzimas 
digestivas humanas 
A digestão resulta na 
produção de grandes 
peptídeos 10 - ≥30 
aminoácidos 
Atravessam a barreira intestinal 
(quando há permeabilidade) 
provocando inflamação 
Auxilia na digestão do glúten – possuem 
enzimas para digerir o glúten (glutenases) 
Inibidores α-amilase-tripsina = proteicos não 
glúten do trigo e podem hipersensibilizar o TGI 
Atuar diretamente ao direcionar 
receptores pró-inflamatórios 
específicos 
Prejudicar a atividade 
digestiva do glúten 
Acúmulo de peptídeos não digeridos que ativam vias imunogênicas. 
 
 
 
 Produtos Gluten-Free 
Os produtos glúten-free parecem surtir mais benefícios para 
aqueles com sensibilidade ao FODMAPs. Testes da Universidade de Monash mostram 
que os produtos sem glúten quase sempre têm quantidades reduzidas de frutanos e 
oligossacarídeos42. 
 
Cafeína 
 A cafeína aumenta a atividade motora do colón e pode levar um efeito laxativo em 
pessoas suscetíveis, principalmente as que possuem IBS-D. 
 Fontes incluem: café, chás, bebidas energéticas, refrigerantes, chocolates e alguns 
analgésicos de venda livre. 
 
 
 
 
Pimenta 
A pimenta possui capsaicina, ela pode acelerar o transito intestinal através de 
receptores TRPV1, onde pacientes com IBS têm um número maior desses receptores. Vários 
estudos mostram que a suplementação de capsaicina pode aumentar a dor abdominal e a 
queimação em pacientes com IBS, mas isso em altas doses. 
 
 
 
 
Avaliação individual! Recomendação: 
400mg de cafeína 
Avaliação individual! 
 
 
 
Leite e derivados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode ser por conta de 
outros componentes do 
leite! 
 
Necessário mais estudos! 
 
 
 
Ingestão de líquidos 
 
 
 
Cuidado com os chás ricos em FODMAPS: Kombucha, chá de camomila, chá 
de Oolong e Chá de erva-doce. 
 Microbiota equilibrada 
 
Fatores desfavoráveis: 
 
 
 
 
 
 
 
1,5-3 L/ d de fluidos 
(Cerca de 35 ml/ kg) 
OU outras bebidas não carbonatadas 
(sem gás) e sem álcool 
(ex: chás sem cafeína) 
Antibióticos e IBP Infecção Genética do 
hospedeiro 
Estado 
nutricional 
Alteração do 
ritmo circadiano Estresse 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A microbiota é formada até os 3 anos de vida. Então 
todo o alimento
recebido até essa idade, a questão do 
aleitamento materno exclusivo ou o uso de formula, o 
tipo de parto e até mesmo a higiene excessiva podem 
interferir negativamente para a microbiota adulta. 
 
Alimentação desfavorável a microbiota 
 Monótona; 
 Rica em carboidrato industrializados e açúcar refinado; 
 Pobre em fibras; 
 Rica em carne vermelha; 
 Alto consumo de estabilizantes e emulsificantes; 
 Alto consumo de adoçantes artificiais; 
 Pobre em peixes; 
 Pobre em frutas e verduras. 
Nature, 486 (2012), pp. 222-227 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos: 
 
 
 
 
 
 
Physiol Behav (2017) 173:305–17 
Current opinion in gastroenterology, v. 33, n. 6, 
p. 417-421, 2017. 
 
Oxigênio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Excesso de carne vermelha 
 
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73. 
Metabolismo pela 
microbiota do cólon 
 
 
 
 
 
 
 
 
Potencialmente tóxicos: 
 Fenol; 
 Indol; 
 Amônia; 
 Sulfeto de hidrogênio; 
 Ácidos graxos de cadeia ramificada. 
 
 Eur J Nutr (2018) 57(Suppl 1): 1. 
 
O excesso de proteína animal (carne vermelha) contribui para a 
proliferação de bactérias patogênicas, ou seja, para a Disbiose. 
Gorduras 
 
 
 
 
 
Frontiers in Immunology 8 (2017): 1159. PMC. Web. 21 June 2018 
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73 
Proteólise luminal 
Aumento da dor visceral; 
Sensibilidade visceral; 
Fezes e flatulência com odor fétido; 
Aumento do risco para câncer de colo. 
 
↑ Bactérias anaeróbias tolerantes à bile 
 Bacteroides; 
 Alistipes; 
 Bilophila. 
 
 
 
Dietas ricas em ácidos graxos 
saturados 
Alterar a composição dos 
ácidos biliares e promover a 
disbiose 
Aumentar a permeabilidade 
intestinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptado de Desai e cols, 2016. 
Como modular a microbiota 
(eubiose) e a barreira 
intestinal? 
 
 
 
 
 
 
Microbiota intestinal favorável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção de muco e 
bacteriocinas 
Muita produção de 
AGCC 
Barreira intestinal 
inctacta 
Motilidade 
intestinal 
Sem manifestação de 
inflamação 
 
 
 
Estratégia 5 P 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
American Journal of Clinical Nutrition, v.101, n.1, p. 55-64, jan. 
2015 
 
Fibras diárias em quantidades 
superiores a 50 g/dia são 
sugeridas para obter benefícios das 
fibras para a saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibras 
 
 
 
 
Boas fontes: 
 
 
 
 
Journal Of Human Nutrition And Dietetics, [s.l.], v. 29, n. 5, p.549-575, 8 jun. 2016. 
 
Estimulam a produção de 
secreção de muco (mucina) 
Fibras alimentares e AGCCs 
Quando os CHO são fermentados 
pela bactéria do intestino 
produzem butirato 
A beta oxidação do butirato pelos 
colonócitos consome oxigênio 
↑ o consumo de fibras solúveis e diminuir a 
ingestão de fibras insolúveis. 
 
Fermentável 
Flatulento 
Psyllium Linhaça 
Linhaça triturada (6 - 24 g/ d) aliviou a 
constipação, a dor abdominal e o inchaço 
na IBS-C gradualmente ao longo de 3 
meses. 
Recomendação: até 2 colheres de 
sopa por dia, consumida com fluido 
(150 ml/ colher de sopa), por 3 meses. 
 
 
 
 
Classificação das fibras conforme a solubilidade 
 
Aveia 
- Fonte de fibras solúveis: Beta - glucana 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
das fibras 
Características 
 
Insolúveis 
Não são viscosas, são formadoras de volume fecal, fracas e lentamente 
fermentáveis no cólon. Agem principalmente no intestino grosso, 
produzindo fezes macias e acelerando o trânsito colônico. 
 
 
Solúveis 
Têm alta capacidade de retenção de água e possuem a propriedade de 
formar géis em solução aquosa. Uma vez no estômago e no intestino 
delgado, as fibras solúveis aumentam a viscosidade do bolo alimentar, 
diminuindo a atividade de certas enzimas digestivas, influenciando 
diretamente na taxa de digestão e absorção de nutrientes. São mais 
fermentáveis que as fibras insolúveis. 
SAIBA MAIS 
Íntegros 
Flocos de aveia mais grossos é mais 
interessante para a produção de 
Bifidobacterium 
Quando maior o tamanho do grão, 
maior será o teor de fibras 
insolúveis e maior a fermentação 
para os pacientes com IBS 
Farelo de aveia ou flocos 
grossos/finos 
 
 
 
Estudos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 2 4 6 8 10 12 14
Manga
Banana
Mirtilo
Abacaxi
Damasco
Melancia
Pêssego
Mamão papaya
Morango
Framboesa
Abacate
Composição de açúcares nas frutas 
por porcentagem
Galactose
Maltose
Frutose
Sacarose
Glicose
J Nutr Sci. 2014;3:e46 
Fonte: United States Department of Agriculture - Agricultural Research Service - USDA Food Composition Databases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Food & function, v. 8, n. 9, p. 3010-3032, 2017 
 
 
 
Molecular Nutrition and Food Research. 2018; May 7 
HÁ UM LIMITE PARA O CONSUMO 
DIÁRIO DE FRUTOSE? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fruta (100g) Frutose (g/100 de alimento) 
Abacaxi 2,1 
Ameixa 3,1 
Banana 5 
Caqui 5,5 
Maçã Fuji 6,5 
Laranja 2,2 
Menos de 25g por dia 
FRUTOSE até 25g por dia é 
bem tolerada em pacientes IBS 
 
 
 
 
Polifenóis 
 
 MODULA A INFLAMAÇÃO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Journal of Translational Medicine, v. 15, p. 73, 2017 
Behav Brain Res, v. 268, p. 1–7, 2014 
Int Immunopharmacol, v. 8, p. 484–494, 2008 
Behav Brain Res, v. 228, p. 359–366, 2012 
95% dos polifenóis são metabolizados 
pela microbiota tornando-os 
biodisponíveis. 
 
 
PROMOVER A INTEGRIDADE DA MUCOSA E REDUZIR PI 
 Glutamina – energia para os colonócitos; 
 Zinco; 
 Chá verde; 
 Enzimas digestivas; 
 Quercetina – atua nas proteínas de junção; 
 Vitamina D – induz a expressão de vários peptídeos antimicrobianos (defensin e 
catelicidina) e é importante na manutenção da formação de TJ. 
 5htp – ZO-1 e Ocludina. 
Frontiers in cellular neuroscience, v. 9, 2015.; Nutrition (2008) 24:1189–98. 
 
Curcumina 
- Baixa disponibilidade e elevado efeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cúrcuma longa – 95% de curcuminóides 
Piperina – 5mg 
Aviar X doses em base oleosa com as refeições. 
 
 
Atua também: 
 
 
 
 
 
 
 
Prebióticos 
São ingredientes seletivamente fermentados, que resultam em alterações 
específicas na composição e/ou atividade da microbiota gastrointestinal, assim 
proporcionando benefícios para a saúde do 
hospedeiro44. 
Os critérios utilizados para classificação para os 
prebióticos são os seguintes: 45 
 Resistência à digestão; 
 Hidrólise e fermentação pela microbiota 
do cólon; 
 Estimulo ao crescimento de bactérias. 
BDNF favorece microbiota 
intestinal e reduz a permeabilidade 
intestinal 
Kaohsiung journal of medical sciences, v. 34, n. 3, p. 134-141, 2018. 
 
 
 
 
 
Alguns prebióticos como a Inulina, o Fruto-oligossacarídeo e Galacto-
oligossacarídeo podem piorar o quadro da IBS por serem muito 
fermentáveis. 
 
 
Além disso... 
 Os prebióticos podem atuar em bactérias de espécies benéficas e também em 
bactérias oportunistas e patogênicas, piorando o quadro da disbiose intestinal45. 
 
 
 
 
 
Efeito limitado na SII 
Xilo-oligossacarídeos Não tem efeito de alimentar bactérias patogênicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então o que fazer? 
Prebiótico Xilo-oligossacarídeo (XOS) 
 
Metabolizado por Bifidobactérias, produz ácidos graxos de cadeia curta, que 
promovem a colonização de bactérias benéficas e inibição das patogênicas no trato 
gastrointestinal. 46 
 
 
Prescrição de XOS 
XOS ---------- 2g 
 
Aviar 30 doses em sachê 
 
Posologia: 
Diluir o conteúdo do sachê em água; 
Consumir 1 dose ao dia, preferencialmente junto com as refeições. 
500mg a 4,2g de XOS/dia 
SAIBA MAIS 
FIBRA SOLÚVEL - 
XOS 
A fibra solúvel XOS (Xilo-oligossacarídeos) apresenta um perfil bastante interessante como 
prebiótico, visto que sua metabolização ocorre somente por bactérias benéficas
presentes no TGI como 
as do gênero Bifidobacterium. 
Como resultado dessa metabolização gera-se ácido graxo de cadeia curta, responsável por 
reduzir a produção de citocinas inflamatórias. Por outro lado, bactérias como Staphylococcus, E. coli e 
Clostridium ssp não são capazes de metabolizar a XOS, reduzindo sua incidência no TGI e 
consequentemente melhorando patologias associadas ao desequilíbrio da flora intestinal. 
FONTE:http://essentia.com.br/artigo/artigos/artigoxiloologossacarideo.pdf?utm_campaign=email_cla__xos&utm_medium=email&utm_source=
RD+Station 
 
 
 
Encontrada comercialmente como: 
 
 
 
 
 
 
 
Prebióticos do tipo não fermentável: 
 
 
 
 
Probióticos 
Dentre uma série de definições, a mais usada e aceita é a proposta pela 
FAO/OMS, 2001: 
“Micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades 
adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro”. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os probióticos têm sido propostos para exercer efeitos benéficos, melhorando 
a função da barreira intestinal, mantendo um ambiente intestinal normal, sintetizando 
substâncias antibacterianas e estimulando a imunidade local. Atualmente os 
probióticos mais comumente estudados são as bactérias do ácido láctico, incluindo 
espécies de Bifidobacterium e Lactobacillus, que demonstraram aliviar os sintomas e 
melhorar a qualidade de vida dos pacientes com IBS48. 
 
Psicobióticos 
 
 São definidos como probióticos que produzem benefícios para a saúde em 
pacientes que sofrem de doenças psiquiátricas, ou prebióticos com uma interveção 
terapêutica adequada para a depressão e os transtornos relacionados. 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercem: 53-54 
 
Efeitos psicológicos nos processos emocionais e cognitivos; 
Efeito sistêmico no eixo Hipotálamo Adrenal e resposta ao estresse (cortisol); 
Redução de citocinas inflamatórias e estresse oxidativo; 
Redução da Permeabilidade Intestinal; 
Aumento da Glutationa (depressivos são infamados e oxidados) 
Previne anormalidades intestinais e translocação bacteriana causadas por 
estresse oxidativo; 
Aumento do 5-HTP no hipocampo; 
Ativação do nervo vago; 
Manutenção do BDNF; 
Aumento do triptofano plasmático; 
Síntese de cofatores (B6, B12, Ácido fólico) 
Redução da permeabilidade intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluoxetina Paroxetina Sertralina Venlafaxina Citalopram 
 
Quanto maior o estresse oxidativo e a inflamação 
Menor é a resposta aos antidepressivos 
inibidores seletivos da receptação de 
serotonina 55 
 
 
 
 
 
 
Bifidobacterium e Lactobacillus são os principais gêneros que 
apresentam efeitos benéficos sobre a ansiedade e a depressão. 56 
 
 
 
 
Estudo em humanos, grupo paralelo duplamente cego e randomizado; 
Durante 30 dias; 
 
 
 
Lactobacillus helveticus e Bifidobacterium longum 
3 x 109 
 
 
O sofrimento psicológico e reduziu os níveis de cortisol. 
 
 
 
 
E quais poderiam ser consideradas as 
melhores cepas? 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo; 
 44 adultos com SII-D com ansiedade e/ou depressão de leve a moderada 
 Durante 6 semanas. 
 
 
 
Bifidobacterium longum NCC3001 
 
 
 
 Escores de Depressão 
 Atividade cerebral em áreas envolvidas no processamento de 
Emoções Negativas 
 
 
 
Melhorou os sintomas gerais da Síndrome do Intestino Irritável (SII) e a 
qualidade de vida. 
 
Os probióticos exercem efeitos benéficos na IBS estabilizando a 
microbiota intestinal e normalizando a taxa anormal de interleucina (IL)-
10/IL-12. 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento com probióticos diminuiu significativamente a 
permeabilidade intestinal no intestino delgado e a média dos escores 
globais da IBS comparados aos escores antes do tratamento. 
Estudo randomizado, controlado, placebo, cego simples. 
 
30 pacientes 
Consumiram leite probiótico fermentado 
com 4 espécies produtoras de ácido lático: 
Streptococcus thermophilus; 
Lactobacillus bulgaricus; 
Lactobacillus acidophillus; 
 
48 
 
 
 
 
 
A permeabilidade foi avaliada pelo teste lactulose-manitol. 
 
 
 
 
 
Os pacientes com SII tinham uma relação pró-inflamatória anormal (IL-
10/IL-12) 
Essa alteração foi normalizada após o consumo do probiótico Bifidobacterium 
infantis 35624 
 
 
49 
O objetivo deste estudo foi comparar a resposta dos sintomas e as proporções de 
citocinas na IBS com a ingestão de bebida de leite maltada contendo cepas de 
Lactobacillus salivarius UCC4331 ou Bifidobacterium infantis 35624 numa dose de 1 x 
1010 UFC (10 bilhões) após 8 semanas. 
Essas espécies exercem efeitos imunológicos potentes, 
incluindo a promoção de citocinas anti-inflamatórias e a 
inibição de citocinas pró-inflamatórias. 
 
 
 
 
 
 
Além disso... 
 Diminuiu a hipersensibilidade visceral; 
 Apresentou efeitos sobre a motilidade; 
 Redução da distensão abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
Redução da percepção de dor 
A administração oral de cepas específicas de Lactobacillus 
acidophilus NCFM (1 x 109 UFC) induziu a expressão de 
receptores mu-opióides e canabinóides em células 
epiteliais intestinais, e mediou as funções analgésicas no 
intestino, semelhantes aos efeitos da morfina. 
 
 
 
Quantas cepas de probióticos prescrever e por quanto tempo? 
 
 
10 bilhões UFC 4 a 8 semanas 
 
2 
 
 
 
 
 
 
Limitação dos estudos 
É difícil para os pesquisadores identificarem a eficácia dos probióticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho do 
estudo 
Populações 
de 
pacientes 
Cepas de 
probióticos 
Dosagens utilizadas 
em estudos clínicos 
anteriores 
Há evidências emergentes de que os 
probióticos ajudam a melhorar a resposta 
global aos sintomas e a qualidade de vida em 
comparação com o uso de um placebo durante 
um período de 8 a 10 semanas. 
Parecem ser menos eficazes 
Dor 
abdominal 
Gases 
excessivos 
Distensão 
Abdominal 
 
 
 
 
 
 
No workshop da Universidade de Yale de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
Nem sempre é possível aplicar na prática o que observamos nos estudos 
 
 
E quais poderiam ser consideradas as 
melhores cepas? 
Bifidobacterium infantis mais 
especificamente a cepa 35624. 
VSL # 3: uma mistura probiótica de 8 
cepas. 
51 
 
 
 
 
 
Ainda... 
 As cepas Lactobacillus plantarum e Bifidobacterium animalis (conhecidas como 
Bifidobacterium lactis) também foram consideradas eficazes, porém menos 
significantes que as anteriores. 
 
 
 
 
 
Formulação 1 Formulação 2 
Lactobacilus acidophilus – 5 bilhões 
Lactobacillus reuteri – 5 bilhões 
Lactobacillus plantarum – 5 bilhões 
Lactobacillus rhamnosus – 5 bilhões 
Bifidobacterium animalis subsp. Lactis – 5 bilhões 
 
 
 
Os pesquisadores verificaram que entre 66-90% dos que tomaram a 
mistura probiótica responderam muito favoravelmente aos efeitos de 
distensão e dor abdominal, cólicas, flatulência e constipação. 
O VSL # 3 tem um custo médio de R$ 500,00 no Brasil e 
manipulado pode chegar a R$ 1200,00. Tornando-se 
inviável para alguns pacientes. 
Ensaio Clínico com duração de 90 dias e participação de 122 
pacientes com IBS-C, avaliou a eficácia de 2 formulações de 
probióticos sobre a microbiota intestinal. 
 
Melhor resultado 
52 
 
 
Lactobacillus reuteri 
Estudos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gastroenterology, v. 154, n. 6, p.134-135, maio 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lactobacillus reuteri 100 milhões 2 
vezes ao dia, mas não verificaram 
efeito. 
Usaram só uma cepa 
Dose baixa 
Distensão e, 
portanto, dor 
abdominal 
Lactobacillus Reuteri atenua a 
hipersensibilidade visceral associada à 
distensão do lúmen
por induzir a 
expressão de receptores μ-opióides 
periféricos 
 
Não tinham IBS e sim 
obstrução intestinal 
Eficaz no tratamento da 
constipação funcional 
↓ gás metano e melhora da 
motilidade mioelétrica do 
cólon 
Pacientes com o padrão 
constipação utilizea cepa 
probiótica Bifidobacterium 
lactis porque acelera o trânsito 
gastrointestinal e aumenta a 
frequência das evacuações 
nesses pacientes. 
 
 
Óleo de Hortelã-Pimenta (Mentha piperita) 
 
Seus benefícios são atribuídos por sua propriedade antiespasmódica 
 
Além disso... 
 O L-mentol pode inibir os receptores de serotonina (5-HT3), associado ao 
aumento da motilidade intestinal. 
 
5-HT3 é geralmente localizado nos sistemas nervosos central e periférico, 
e está envolvido nos processos de emoção, cognição, memória, percepção da dor e 
funções gastrintestinais, incluindo secreção e motilidade. Além de melhorar a 
inflamação intestinal. 59 
 
 
Ingrediente ativo: 
L-mentol (terpeno) 
 
O que pode explicar a diminuição na frequência e 
amplitude das contrações intestinais, 
principalmente na SII-D. 
 
 
 
 
 
 
 
O L-mentol ajuda a relaxar os músculos do trato digestório acelerando o 
esvaziamento gástrico e melhorando os sintomas de náuseas, má-digestão e dor 
abdominal. Pode retardar a motilidade do intestino grosso, reduzindo espasmos 
intestinais, flatulência e distensão abdominal. 61 
 
Dose diária recomendada: 
 400 a 750mg; 
 Óleo de hortelã-pimenta em cápsulas com revestimento entérico (33 a 50% de 
metanol) em doses fracionadas e entre as refeições. 
 
 
 
 
 
 Contraindicações: 
 SII-D, anemia, hipocloridria, gestantes e lactantes. 
 
 
O óleo de hortelã-pimenta exerce um alívio dos 
sintomas da IBS e da dor abdominal. 60 
 
 
 
 
Combinação da Curcumina com o Óleo essencial de Funcho 
 
 
 
 
 
 
Duas cápsulas de óleo de curcumina - 42 mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
A combinação desses compostos pode ser benéfica para os pacientes 
portadores de IBS, melhorando significativamente os sintomas e a 
qualidade de vida. 62 
 
 
Propriedade anti-
inflamatória 
Efeito 
antiespasmódico e 
carminativo 
 
Óleo essencial de funcho – 25 mg 
 
 
 
BIOintestil® 
 
Óleo essencial extraído da Cymbopogon martinii (Roxb) Wats, padronizado em 
geraniol e fibra do gengibre. Os componentes do BIOintestil® agem através de uma 
ação anti-inflamatória, antimicrobiana seletiva, carminativa e antiemética. 
BIOintestil® demonstrou uma notável atividade benéfica na modulação da 
microbiota intestinal, regularizando o canal intestinal tanto em pacientes com 
Síndrome do Intestino Irritável do tipo diarreico, quanto em pacientes com Síndrome 
do Intestino Irritável do tipo mista e constipativa. 
 
 
 
 
Dose: 
 600mg/dia para uso contínuo; 
 600mg, 3 vezes ao dia, durante 4-6 semanas para tratamento. Pode-se repetir 
esse ciclo até 4 vezes no intervalo, com intervalo mínimo de 4 semanas entre 
um ciclo e outro. 
 
 
Aplicações: 
Aumento da motilidade intestinal; 
Estimula a digestão; 
Equilíbrio da microbiota intestinal; 
Alivio de sintomas como gases, náuseas e vômitos; 
Eliminação do inchaço e dores abdominais; 
Tratamento da síndrome do intestino irritável. 
 
 
 
Enzimas Digestivas 
 Muitos pacientes com IBS usam suplementos a base das enzimas digestivas, e 
apesar de não ter comprovação científica, na prática clínica muitos pacientes relatam 
melhora da digestão. 63 
 
Sugestão de formulação: 
 
Protease – 100mg 
Papaína – 100mg 
Bromelina – 100mg 
Amilase – 50mg 
Fitase – 10.000UI 
Lipase – 100mg 
Lactase – 200mg 
Gengibre ES – 150mg 
Cúrcuma 95% - 150mg 
 
Aviar X doses em cápsulas transparentes 
 
Posologia: consumir 1 dose antes das refeições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfa-galactosidase 
Utilizada para digerir galacto-oligossacarídeos (GOS), comum nas leguminosas, 
a Alfa-galactosidase (α-GAL) é derivada do fungo Aspergillus niger. 
 
Veja abaixo os principais alimentos: 
Castanha de caju Derivados da soja 
(tofu, leite, etc) 
Ervilha Feijão azuki 
Grão de Bico Grão de soja Grão de trigo Pistaches 
Pasta de gergelim 
(Homus) 
Leite de soja Leite de aveia Feijão preto 
Feijão branco Feijão carioca Feijão vermelho Broto de feijão 
Proteína texturizada 
de soja 
Tofu 
 
Paciente com IBS são frequentemente mais sensíveis aos efeitos dos 
GOS 
 
 
No Brasil algumas farmácias manipulam essa enzima e há 
também um suplemento comercial encontrado em 
farmácias comerciais chamado de Digeliv®. 
Essa enzima possuiu meia-vida de 120 minutos e resistência a temperaturas 
elevadas (até 55ºC), por isso, precisa ser colocada sobre o alimento quente no 
momento do consumo. 
 
 
 
 
 
E deixar os grãos de molho funciona? 
 
Preparando o Feijão: 
Deixar o feijão de molho por no mínimo 16 horas em água, com gotas de limão e ervas 
carminativas (erva-doce, camomila, funcho, gengibre, erva-cidreira, manjericão). 
Trocar a água 2 vezes durante o processo e não utilizar essa água para o cozimento. 
 
 
 
Deixar o feijão de molho por 16 a 
24 horas reduz os GOS, mas não 
elimina completamente. 
Um estudo mostrou que deixar o feijão de molho por 16 horas em 
temperatura ambiente e descartar a água para a cocção reduziu os 
teores de rafinose, estaquiose e verbascose. 64 
 
 
 
Diminuir a quantidade dos principais alimentos causadores de flatulência: 
 Leguminosas – feijão, lentilha, ervilha, grão de bico e soja; 
 Vegetais sulforados – repolho, couve-flor e brócolis; 
 Carne Vermelha; 
 Farinha de Amaranto (altos níveis de oligossacarídeos); 
 Cebola (possui altos níveis de frutanos – como inulina e fruto-oligossacarídeos); 
 Aspargos e Cogumelos (possui altos níveis de frutanos e rafinose); 
 Ovo cozido. 
 
Dieta Low FODMAP 
Vários ensaios clínicos randomizados exploraram a eficácia de uma dieta pobre 
em FODMAP, sugerindo que até 70-80% dos pacientes com IBS apresentaram redução 
na gravidade dos sintomas, incluindo redução da dor abdominal e flatulência - dois 
sintomas centrais da doença. Atualmente a estratégia LOW FODMAP é eficaz no 
tratamento da IBS. 65-67 
 
É uma dieta de eliminação muito restrita que nem todos os pacientes 
conseguem aderir! 
 
 
 
Dieta de exclusão por 2 a 8 semanas; 
Reintrodução gradativa. 
 
 
 
Mas o que são FODMAPs? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fermentáveis: processo pelo qual a microbiota intestinal degrada os 
carboidratos não digeridos, resultando na produção de gases (hidrogênio, 
metano e dióxido de carbono). 
Oligossacarídeos: Frutanos e Galactanos; 
Monossacarídeos: Frutose; 
Dissacarídeos: Lactose; 
F 
O 
D 
M 
A 
P 
And 
Polióis: Sorbitol e Manitol; 
 
 
 
Alimentos fonte de FODMAPs: 
 
Tipos de FODMAP Onde encontrar? 
Monossacarídeos 
(frutose) 
Xarope de milho, mel, néctar de agave, maçã, pera, 
manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha. 
Dissacarídeos 
(lactose) 
Leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte, 
iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage. 
Oligossacarídeos Cebola, alho, alho-poro, trigo, centeio, caqui, melancia, 
chicória, dente-de-leão, alcachofra, beterraba, aspargos, 
cenoura, quiabo, chicória, couve manteiga e leguminosas. 
Polióis Xilitol, manitol, sorbitol, glicerina, maçã, damasco, 
pêssego, nectarina, pêra, ameixa, cereja, abacate, amora, 
lichia, couve-flor, cogumelos. 
Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia, 2017. 
 
Principais dúvidas sobre a Dieta low FODMAP 
Não é uma dieta para Alergia Alimentar; 
Pode haver presença de traços dos alimentos; 
Não é uma dieta glúten-free, por isso, aveia é permitido; 
Não é uma dieta isenta da proteína do leite, leite e derivados sem lactose são 
permitidos; 
 
O que os FODMAPs causam nos pacientes com IBS? 
 
 
Diarreia ou Constipação Dor abdominal Distensão Abdominal 
 
 
 
 
A sensibilidade
pelos FODMAPs varia entre os indivíduos e pode ser 
potencializada pela disbiose intestinal e pelo excesso do consumo desses 
alimentos. 
Além disso... 
 
Uma dieta rica em FODMAP em pacientes com IBS aumentou o LPS fecal, 
induziu a inflamação da mucosa, aumentou a permeabilidade intestinal e a 
sensibilidade visceral. 69-71 Além de diminuir as citocinas inflamatórias IL-6 e IL-8. 72 
Por quê? 
As bactérias (tanto benéficas quanto patogênicas) fermentam os carboidratos 
de cadeia curta e este processo de fermentação extrai água e produz dióxido de 
carbono, hidrogênio e/ou gás metano, e isso faz com que o intestino se expanda. No 
intestino delgado pode gerar diarreia pelo aumento do volume de água e no Intestino 
grosso, dor e flatulência. 
 
Pacientes com IBS apresentam maior hipersensibilidade visceral aos 
gases e a retenção de água.73 
 
 
 
Carboidratos da dieta mal absorvidos 
 
Adaptado de: CHUMPITAZI et al. 74 
 
Pacientes com IBS apresentam ausência ou menor concentração das 
enzimas que hidrolisam os carboidratos de cadeia curta como a lactase e 
a galactosidade.73 
 
Estudos: 
 
 
 
 
 
J Clin. Investig. 2018, 128, 267–280 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurogastroenterol Motil. 2017;29(4):e12969. 
Nat. Rev. Gastroenterol. Hepatol. 2014, 11, 256–266; 
Gut 2017, 66, 1517–1527. 
 
World Journal Of Gastroenterology, [s.l.], v. 21, n. 25, 
p.7621-7636, 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dieta low FODMAP não é dieta para alergia 
alimentar. 
 
 Não é uma dieta glúten-free. 
 Farinha de aveia é permitida; 
 Farinha de amaranto é proibido 
(alto em oligossacarídeo). 
 Não é uma dieta isenta de proteína do leite. 
 Leite e derivados sem lactose são permitidos. 
 Bebida de soja depende do ingrediente (grão de soja ou proteína da soja). 
 
 
 
 
 
 
DÚVIDAS FREQUENTES 
 
 
Questionário de Triagem 68 
 
1. Você tem sintomas digestivos, como excesso de gases, inchaço, dor abdominal, 
diarreia e/ou constipação? 
2. Você foi diagnosticado com SII ou outra condição que pode se beneficiar de 
uma dieta pobre em FODMAPs? 
3. A doença celíaca foi descartada? 
4. Você tem sido incapaz de gerenciar seus sintomas com bons hábitos de saúde, 
como refeições regulares, gerenciamento do estresse e obtenção de 
quantidades adequadas de fibras, líquidos e exercícios? 
5. Você está fisicamente, mentalmente e emocionalmente capaz de limitar sua 
dieta por um período de tempo sem pôr em risco sua saúde? 
6. Você está disposto e apto a fazer uma experiência dietética? 
 
Se a maioria for sim pensar em iniciar o protocolo FODMAP 
 
Antes de realizar o protocolo low FODMAP 
 
 
Realizar teste de intolerância à frutose, sorologia para glúten e 
Teste de lactose; 
Avaliar o relato de sensibilidade para algum alimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motivo da utilização do protocolo: 
 
 
Em longo prazo uma dieta 
pobre em FODMAP altera a 
microbiota intestinal 
negativamente; podendo ter 
reduzido o consumo de fibras, 
cálcio e ferro75. 
 
 
 
 
Lista de alimentos ricos em FODMAPs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legumes, verduras e tubérculos 
Abóbora manteiga 
Alcachofra 
Alho 
Alho poró 
Aspargo 
Batata Yacon 
Beterraba 
Broto de feijão 
Brócolis 
Cebola 
Cebolinha (bulbo) 
Chicória 
Chuchu 
Cogumelos 
Couve de Bruxelas 
Picles 
Salsão 
Vagem 
Bebidas 
Bebida de aveia 
Bebida de soja 
Bebida de soja (extraída do grão) 
Chá de camomila 
Chá de dente de leão 
Chá Oolong 
Chá de funcho 
Sucos de frutas 
Água de coco fresca 
Rum 
Groselha 
Ervas e especiarias 
Dente de leão 
Geleia de mirtilo 
Kombucha 
Frutas 
Abacate 
Abacaxi seco 
Ameixa 
Ameixa seca 
Amora 
Banana madura 
Caqui 
Cereja 
Damasco 
Damasco seco 
Figo 
Figo seco 
Fruta do conde 
Goiaba imatura 
Leguminosas 
Ervilha 
Ervilha torta 
Feijão azuki 
Feijão branco 
Feijão carioca 
Feijão preto 
Feijão vermelho 
Grão-de-bico 
 
 
 
Aplicativo para controle de dieta livre de FODMAPs: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leitura dos rótulos alimentares 
 
 
Produtos industrializados doces - geralmente 
apresentam sucos de maçã e pera, frutose, xarope de 
milho e adoçantes artificiais para adoçar e dar sabor. 
Produtos industrializados salgados – geralmente 
apresentam alho e cebola. 
 
 
 
Técnica dietética 
 
 
 
Utilizar óleos aromáticos 
Azeite anti-inflamatório 
Ingredientes: 
 100 ml de Azeite de oliva extra virgem; 
 100 ml de Óleo de linhaça dourada prensado a frio; 
 4 colheres de sopa de Açafrão da terra em pó; 
 1 colher de sopa de Pimenta do reino moída na hora; 
 ½ xícara de chá de folhas de Alecrim fresco. 
 
Modo de preparo: higienize as folhas e em seguida seque com papel toalha. Misture todos os 
ingredientes não oleosos com um pilão e vá acrescentando os óleos aos poucos, macerando 
suavemente. Adicione o alecrim com o total do azeite e leve para um vidro escuro com tampa. 
Deixe em infusão fechado por 2 semanas. Passado esse período, coe as especiarias e utilize o 
azeite aromatizado por até 30 dias. 
Substituições para o alho e cebola: 
 Pimenta; 
 Gengibre; 
 Ervas frescas naturais: salsinha, coentro, 
tomilho, manjericão e alecrim; 
 Limão; 
 Cebolinha (parte verde). 
 
Maior concentração de 
fruto-oligossacarídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lição mais importante na fase de desafio da baixa dieta do FODMAP é 
identificar os próprios gatilhos individuais. 
 
 
E se não houver melhora com o protocolo? 
 Avaliar a adesão da dieta; 
 Presença de outros fatores desencadeantes dos sintomas; 
 20 a 25% dos pacientes podem não responder ao protocolo. 76 
 
 
 
 
 
Existem 9 tipos de FODMAPs: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo de reavaliação para cada grupo 
FODMAP ocorre durante: 
3 dias, com 3 dias de intervalo 
entre os grupos 
 
 
Protocolo de Reintrodução dos FODMAPs – Fase Desafio 
Note que o sinal '+' significa que você precisa reintroduzir ambos os alimentos, mas faça-os separadamente 
(NÃO ao mesmo tempo). Durante a reintrodução, os alimentos podem ser cozidos ou crus. 
 
Reintrodução # 1 
LACTOSE 
Dia 1: 125 ml de leite 
(1/2 xícara) 
OU Dia 1: 60g de iogurte (1/4 xícara) 
Dia 2: 250 ml de leite 
(1 xícara) 
Dia 2: 120g de iogurte (1/2 xícara) 
Dia 3: 375 ml de leite Dia 3: 250g de iogurte 
Intervalo de 3 dias 
Reintrodução # 2 
FRUTOSE 
Dia 1: 1 colher de chá 
de mel 
OU Dia 1: ¼ de manga de tamanho 
médio 
Dia 2: 1 colher de sopa 
de mel 
Dia 2: ½ manga de tamanho 
médio 
Dia 3: 2 colheres de 
sopa de mel 
Dia 3: 1 manga tamanha média 
Intervalo de 3 dias 
Reintrodução # 3-4 
FRUTANOS 
Pães, cereais e grãos 
Dia 1: 1 fatia de pão 
branco 
+ 
(Consuma 
separado) 
Dia 1: 1/2 xícara de flocos de 
milho 
Dia 2: 2 fatias de pão 
branco 
Dia 2: 1 xícara de flocos de milho 
Dia 3: 3 fatias de pão 
branco 
Dia 3: 1 e ½ xícara de flocos de 
milho 
Reintrodução # 5 
FRUTANOS 
Frutas 
Dia 1: 100 g de 
melancia 
OU Dia 1: 1 e ½ colheres de sopa 
cranberries desidratados 
Dia 2: 200 g de 
melancia 
Dia 2: 2 colheres de sopa de 
cranberries desidratados 
Dia 3: 300 g de 
melancia 
Dia 3: 3 colheres de sopa de 
cranberries desidratados 
Reintrodução # 6-7 
FRUTANOS 
Vegetais 
Dia 1: ¼ de dente de 
alho 
+ 
(Consuma 
separado) 
Dia 1: ¼ de cebola 
Dia 2: ½ dente de alho Dia 2: ½ cebola 
Dia 3: 1 dente de alho Dia 3: ¾ de cebola 
Intervalo de 3 dias 
REINTRODUÇÃO # 8 
GALACTO-
OLIGOSSACARÍDEO 
OU GALACTANOS 
(GOS) 
Dia 1: 10 castanhas de 
caju 
OU Dia 1: ½ xícara de grão de bico ou 
grão de feijão 
Dia 2: 20 castanhas de 
caju 
Dia 2: 1 xícara de grão de bico ou 
grão de feijão 
Dia 3: 30 castanhas de 
caju 
Dia 3: 1,5 xícaras de grão-de-bico 
ou grão de feijão 
Intervalo de 3 dias 
REINTRODUÇÃO # 9 
POLIOIS 
Dia 1: 2 colheres
(sopa) 
de abacate 
OU Dia 1: 1 ameixa OU ½ maçã 
Dia 2: 4 colheres (sopa) 
de abacate 
Dia 2: 2 ameixas OU 1 maçã 
Dia 3: 6 colheres (sopa) 
de abacate 
Dia 3: 3 ameixas OU 1 e ½ maçã 
 
 
 
Quando o paciente não apresenta sintomas no primeiro dia do desafio 1: 
 Aumentar a quantidade das porções, conforme dia 2 e 3, até que tenha 
cumprido os 3 dias; 
 Fazer um intervalo de 3 dias; 
 Iniciar o próximo desafio. 
Atenção! 
Não manter os alimentos testados durante o restante do período de 
reintrodução dos outros alimentos. 
 
Quando o paciente apresenta sintomas no primeiro dia do desafio 1: 
 Espere até que ele esteja livre de sintomas, reduza o tamanho da porção para 
metade e reaja novamente; 
 Tente outro alimento de dentro do mesmo grupo FODMAP para confirmar os 
resultados do primeiro desafio; 
 Ou você pode assumir que o FODMAP é definitivamente um gatilho para o 
paciente e passar para o próximo grupo FODMAP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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