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Fundação Getúlio Vargas MBA Executivo em Administração: Saúde, Feira de Santana – Turma 2 IMPACTOS E LIMITES DO MARKETING DIGITAL NA ÁREA DE SAÚDE PRIVADA Aluno (a): MARCELO COSTA MURITIBA Turma: 2 Conveniado FGV: FLUXO FEIRA DE SANTANA Local: Feira de Santana Abril/2019 Fundação Getúlio Vargas IMPACTOS E LIMITES DO MARKETING DIGITAL NA ÁREA DE SAÚDE PRIVADA Trabalho de Conclusão de Curso para atender à exigência curricular do MBA Executivo em Administração: Gestão em Saúde, da Fundação Getúlio Vargas. Local: Feira de Santana Abril/2019 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT CURSO MBA EM EXECUTIVO EM SAÚDE O Trabalho de Conclusão de Curso: IMPACTOS E LIMITES DO MARKETING DIGITAL NA ÁREA DE SAÚDE PRIVADA, elaborado por Marcelo Costa Muritiba e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso MBA Executivo em Administração: Gestão em Saúde, foi aceito como requisito parcial para obtenção do certificado do curso de Pós Graduação, nível de especialização, do Programa FGV Management. Data: 20 de abril de 2019 _______________________________________ Jamil Moysés Filho Coordenador Acadêmico AGRADECIMENTOS A meus ícones de respeito, amor e dedicação: minha família. Antes e durante esse percurso, agradeço também a meus colegas e amigos que me incentivaram a torná-lo possível. Ao orientador deste trabalho, Pr. Jamil Moysés Filho, pela atenção, paciência e por sua colaboração neste trabalho. RESUMO Debater o tema Marketing Digital em plena era da informação é de total importância para a atualização do Planejamento de Marketing das empresas alinhando com a nova dinâmica de consumo do mundo atual. O Marketing Digital aplicado a Saúde se torna ainda mais relevante, diante dos limites impostos pelos conselhos de classe que dificultam a aplicação dos métodos usados nas demais categorias. O objetivo é apresentar de forma clara e objetiva sugestões de uso dos recursos de marketing digital em unidade privadas de saúde sem ferir as regras dos órgãos reguladores da categoria. Palavras-chave: Marketing, Marketing Digital, Gestão Hospitalar, Redes Sociais, Saúde. ABSTRACT Discussing the theme of the Digital Marketing in the information age is the most important thing for updating the Marketing Planning of companies aligning with the new consumption dynamics of the world today. Digital Marketing applied to Health becomes even more relevant, given the limits imposed by the class councils that make it difficult to apply the methods used in other categories. The objective is to present in a clear and objective way suggestions for using the digital marketing resources in private health units without infringing the rules of the regulatory agencies um the field. Key words: Marketing, Digital Marketing, Hospital Management, Social Media, Health. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CFM – CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CRM – CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA CODAME – COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO DE ASSUNTOS MÉDICOS SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 01 1.1 Contextualização e Relevância do Tema.........................................................01 1.2 Problema da Pesquisa ..................................................................................... 02 1.3 Objetivo Final do TCC ..................................................................................... 02 1.4 Delimitação do Estudo ..................................................................................... 03 1.5 Metodologia da Pesquisa ................................................................................ 03 1.5.1 Quanto à Natureza da Pesquisa ................................................................... 03 1.5.2 Quanto à Forma de abordagem do Problema .............................................. 03 1.5.3 Quanto aos Fins ........................................................................................... 03 1.5.4 Quanto aos Meios ......................................................................................... 03 1.5.5 Organização do Estudo ................................................................................ 03 2 MARKETING: DO TRADICIONAL AO DIGITAL .................................................... 04 2.1 Marketing ......................................................................................................... 04 2.2 Marketing de Serviço ....................................................................................... 05 2.3 Marketing Digital .............................................................................................. 06 2.3.1 Internet .......................................................................................................... 09 2.3.2 Mídias Sociais ............................................................................................... 10 2.3.3 Redes Sociais ............................................................................................... 11 3 MARKETING NA ÁREA DE SAUDE ...................................................................... 12 3.1 Mercado de Saúde no Brasil ......................................................................... 12 3.2 Marketing em Serviço de Saúde ...................................................................... 14 3.3 Marketing Digital em Serviço de Saúde ........................................................... 15 4 OS LIMITES DO MARKETING DIGITAL NA ÁREA DE SAÚDE ........................... 16 4.1 Lei 4.113/42 e Lei 3.268/57..............................................................................17 4.2 O Código de Ética Médica ............................................................................... 17 4.3 Resolução n° 1.974/11 e n° 2.126/15...............................................................18 4.4 Manual de Publicidade Médica ........................................................................ 20 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 23 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 26 1 1. INTRODUÇÃO Debater o tema Marketing Digital em plena era da informação é de total importância para a atualização do Planejamento de Marketing das empresas alinhando com a nova dinâmica de consumo do mundo atual. O Marketing Digital aplicado a Saúde se torna ainda mais relevante, diante dos limites impostos pelos conselhos de classe que dificultam a aplicação dos métodos usados nas demais categorias. O objetivo é apresentar de forma clara e objetiva sugestões de uso dos recursos de marketing digital em unidade privadas de saúde sem ferir as regras dos órgãos reguladores da categoria. 1.1 Contextualização e Relevância do Tema O Marketing Digital é resumidamente promover produtos e serviços através das mídias digitais. Ele possui as próprias técnicas e aplicações, mas deve-se ter em mente que os fundamentos básicos do Marketing clássico ainda são a base do Marketing Digital. Esse estudo aborda um tema que além de extrema importância é tido como tabu no mercado brasileiro que é a aplicação do marketing digital ao negócio de saúde. Tanto é que há pouquíssimo material bibliográfico e trabalhos científicos na área. O marketingdigital tem sido percebido de forma equivocada, tanto pelo público em geral, como por profissionais da área de saúde. Normalmente é confundido com propaganda, sendo esta apenas um dos inúmeros elementos usados pelo marketing. O marketing precisa estar inserido nas principais decisões empresarias. Nos novos modelos de gestão o marketing deve ser difundido para todos os setores da empresa, tornando a busca constante de satisfação do cliente o objetivo a ser perseguido por todos. Desta forma, o setor de saúde, que representa uma transformação no qual cada vez mais insere modelos profissionais de gestão em busca de mais resultados, deve transcender os equívocos e preconceitos existentes e dentro de uma discussão ética 2 e sustentável usar os recursos de marketing para encontrar novas formas de satisfazer a necessidade de seus clientes. Os clientes hoje são mais sofisticados, exigentes, conectados, informados e sensíveis a preço. Nesse contexto estes se sentem com mais direitos, dispõem de menos tempo e querem mais conveniência. Marcas tradicionais não é mais uma garantia de manutenção de uma fatia de mercado e novos entrantes com idéias disruptivas podem comprometer grandes empresas que não se adaptarem aos novos tempos. O tema se torna relevante pela simples conclusão que não há organização de saúde que consiga sobreviver hoje adotando práticas do passado. A concorrência crescente exige que se gerencie uma unidade de saúde como profissionalismo e modelos adequados a seu tempo. O objetivo do trabalho é demonstrar que apesar dos limites e seus impactos no uso do marketing em saúde, o uso de suas ferramentas é perfeitamente aplicável á área da saúde, sem conflitar com princípios éticos e códigos de conduta profissional. 1.2 Problema da Pesquisa Como usar as ferramentas de Marketing Digital na área da Saúde sem ferir os limites impostos por lei, pelos conselhos de classe e pelo código de ética médica? 1.3 Objetivos O presente trabalho tem por objetivo final apresentar de forma clara e objetiva como usar ferramentas de Marketing Digital na área de saúde alinhado com a dinâmica de consumo do mundo atual sem ferir as limitações legais, dos conselhos de classe e do código de ética médica. 3 1.4 Delimitação do Estudo O estudo é delimitado da seguinte forma: ü Tema: Impactos e limites do Marketing Digital na área de saúde privada. ü Delimitação Organizacional: Setor de saúde privado. ü Delimitação Geográfica: Brasil. ü Delimitação por Categoria(s) de Profissionais: Médicos, profissionais de saúde e unidades de saúde. 1.5 Metodologia da Pesquisa Este trabalho de conclusão de curso fará uma pesquisa exploratória abordando o tema através do estudo dos conceitos do Marketing clássico e contemporâneo, das leis que limitam certas ações de marketing na área de saúde e das resoluções e manuais dos conselhos de classe da categoria médica. A pesquisa quanti- qualitativa irá abordar textos de vários autores sobre o assunto com a finalidade de descrever os conceitos básicos do Marketing e sua mudança no tempo até o momento atual, assim como descrever a importância do setor de saúde e os impactos das limitações de marketing no setor. A pesquisa bibliográfica será realizada através de livros, manuais e sites que tratem do referido tema. 1.6 Organização do Estudo Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está organizado da seguinte forma: ü Parte 1 – Marketing do clássico ao Digital. ü Parte 2 – Importância do Setor de Saúde. 4 ü Parte 3 – Marketing na área de saúde e suas limitações ü Análise/Discussão e/ou Apuração de Resultados. ü Conclusão. 2. MARKETING: DO TRADICIONAL AO DIGITAL 2.1. Marketing Kotler (1996), definiu marketing como uma atividade humana dirigida para a satisfação de desejos, através do processo de troca. E acrescentou “um processo social por meio do qual pessoas e grupos obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros” (1996, p.27). Baseado nesses conceitos, a essência do marketing é o processo de troca onde os envolvidos permutam algo de valor com o objetivo de satisfazer suas necessidades. É uma área de conhecimento gerencial, que tem como base o cliente e a sustentabilidade das organizações. Marketing é conhecer o mercado de atuação de uma organização, para posteriormente oferecer, de forma inovadora e criativa, os produtos e serviços que este mercado deseja, ou, segundo Drucker (2001), marketing é o negócio visto pelo ponto de vista dos consumidores. Marketing comumente é confundido com propaganda e publicidade, sendo estas apenas ferramentas disponíveis entre outros inúmeros elementos utilizadas pelos profissionais de marketing para se comunicar com o mercado. Desta forma, o conceito tem sido percebido de forma equivocada e superficial. Para Caproni (2002), marketing não é propaganda, se o marketing fosse uma árvore a propaganda seria uma folha desta árvore. Outra visão comum vincula o profissional de marketing ao termo “marqueteiro”, termo usado de forma depreciativa, negativa e antiética. A atividade mercadológica em 5 nenhum momento se propõe a realizar algo que contrarie os princípios éticos, e não há duvida que essa imagem esta totalmente equivocada. Marketing é o planejamento que busca o diferencial competitivo da organização para torná-la atrativa para os clientes. Não existe uma formula mágica, um modelo aplicável a qualquer instituição que basta implantá-lo e tudo se resolve. É muito mais que isso, o gestor deve estar capacitado, deve-se analisar a organização, o mercado a qual esta inserido, os limites impostos por órgãos reguladores, as necessidades de seus clientes, o que seus concorrentes oferecem, etc. Se o gestor não dominar essas variáveis, deverá contratar uma empresa especializada ou se capacitar. 2.2. Marketing de Serviço Loverlock e Wright (2006, p.5) definem serviço como “um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra.” Já Kotler (1998, p.412) definiu serviço como “qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada”. O autor complementa a definição de serviço através de quatro características: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. Serviços são intangíveis, no sentido de que ao contrário de um produto, que pode ser tocado e manuseado, um serviço é bem mais abstrato. Uma consulta médica, por exemplo, há um serviço prestado, mas o valor gerado ali é intangível e não pode ser percebido da mesma forma como quando compramos um bem comum. A inseparabilidade é uma das características mais curiosas de um serviço, ela tem uma certa conexão com a pessoas que prestam o serviço, quem o recebe e os outros clientes que também compartilham deste serviço. A inseparabilidade se dá pela conexão física entre o prestador de serviço com o serviço que é prestado, o envolvimento direto do cliente no processo de produção do serviço e o envolvimento de outros clientes no processo. Ao contrário da pessoa que fabrica e vende um bem, o cliente raramente está presente durante o processo de fabricação do mesmo, já o prestador de serviço quase todas às vezes esta em contato direto com o cliente. No caso da área de saúde, o paciente 6 sempre estará presente no momento da prestação do serviço, as vezes ainda haverá outros clientes em potencial como acompanhantes. A variabilidade refere-se a despadronização do serviço. Por melhor que seja o profissional, um serviço nunca vai sair exatamente igual a outro. E não é complicado entender o motivo: as variáveis se alteram a cada vez. Por mais que na área de saúde, use manuais de procedimento padrão, padronização de medicamentos, ou outrasforma de padronização, o cliente sempre será diferente, o local pode mudar, o clima, a concentração do profissional, as exigências do serviço e uma série de outros aspectos fazem com que os resultados sejam diferentes. Isso torna o marketing de serviços mais desafiador porque é complicado prever a reação do cliente, impedir problemas com materiais etc. A perecibilidade dos serviços significa que eles não podem ser armazenados para venda ou uso posterior. A perecibilidade dos serviços não é um problema quando a demanda é estável, contudo, quando há flutuação de demanda as empresas prestadoras de serviços frequentemente se vêem diante de difíceis problemas, sendo assim planejam estratégias para conseguir um ajuste melhor entre demanda e oferta. A perecibilidade retrata a característica que os serviços não são estocáveis. Pode-se concluir então, que os serviços comparados com os produtos, variam muito mais em termos de qualidade e eficiência. O marketing de serviços pode ser definido com o conjunto de atividades que objetivam a análise, o planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a obter e servir a demanda por produtos e serviços, de forma adequada, atendendo desejos e necessidades dos consumidores ou usuários com satisfação, qualidade e lucratividade. O setor de saúde é um exemplo clássico de unidade no qual os conceitos de marketing em serviço se aplicam. 2.3. Marketing Digital Marketing digital são ações de comunicação que as empresas podem utilizar por meio da internet, da telefonia celular e outros meios digitais, para divulgar e comercializar 7 seus produtos, conquistando novos clientes e melhorando a sua rede de relacionamentos. Ele engloba a prática de promover produtos ou serviços pela utilização de canais de distribuição eletrônicos, para então chegar aos consumidores rapidamente de forma relevante, personalizada e com mais eficiência. Esse tipo de marketing está relacionado a ações adaptadas aos meios digitais, de forma a obter, nestes canais, a mesma eficiência e eficácia do marketing direto e, simultaneamente, potencializar os efeitos do marketing tradicional. Oliveira (2000, p.4) afirma que “Web marketing ou Marketing Digital, corresponde a toda concentração de esforço no sentido de adaptar e desenvolver estratégias de marketing na ambiente web”. A internet é utilizada como um mecanismo que permite às organizações e consumidores manter seus relacionamentos, possibilitando uma troca de informações mais rápida, dinâmica e personalizada quando comparada àquelas geradas pelo marketing tradicional. É a estratégia através da internet onde as organizações e consumidores buscam interatividade nos seus relacionamentos, obtendo uma troca de informações mais rápida, dinâmica e personalizada do que o marketing tradicional. Vivemos num mundo totalmente novo, as mudanças trazidas pela internet, pela globalização, pela conectividade e pelas medias sociais, tem sido responsável por uma nova forma de comportamento global. Como o Marketing consiste em lidar com o mercado em constante mudança, o profissional da área de saúde deve entender como o mercado vem evoluindo nos últimos anos. As pistas e tendências estão disponíveis para interpretação. Uma nova espécie de consumidor, aquele que será maioria no futuro, está surgindo e crescendo. São considerados nativos digitais, urbanos, como forte tendência a mobilidade e conectividade. São consumidores que geralmente trabalham longe de casa, vivem em ritmo acelerado e demandam serviços instantâneos e que poupem tempo. Hoje enfrentamos um desafio que é adaptarmos conceitos clássicos de gestão com a mutação do comportamento do consumidor na economia digital. A conectividade alterou de forma radical as vidas humanas, trazendo novas variáveis ao estudo do marketing e consequentemente a necessidade de um novo conjunto de técnicas para entender toda a jornada do cliente nesse novo contexto. 8 As tecnologias que estamos vendo agora não são novas, mas vêm convergindo nos últimos anos, e o impacto coletivo dessa convergência tem afetado as práticas de marketing ao redor do mundo. Segundo Kotler (2017, p.12) A convergência tecnológica acabará levando a convergência entre o marketing digital e o marketing tradicional. Em um mundo altamente tecnológico, as pessoas anseiam por um envolvimento profundo. Quanto mais sociais somos, mais queremos coisas feitas sob medidas para nós. A conectividade é uma das mudanças mais significativas na historia do marketing. Apesar de não ser recente, sua velocidade de crescimento e impacto na sociedade moderna é altíssima e não dá sinais que irá desacelerar. “A conectividade nos fez questionar muitas teorias dominantes e grandes pressupostos que havíamos aprendido sobre consumidor, produto e gestão da marca. Ela diminui de forma significativa os custos de interação entre empresas, funcionários, parceiros de canal, clientes e outras partes envolvidas. Isso, por sua vez, reduz as barreiras de entrada em novos mercados, permite o desenvolvimento simultâneo de produtos e abrevia o tempo necessário para a construção da marca.” (KOTLER, 2017, p. 34) Porém, mesmo sendo óbvia a influência da conectividade nos tempos atuais, a mesma ainda é vista como apenas uma aplicação da tecnologia, desta forma subestimando sua real natureza e potencialidade. Mesmo que a conectividade tenha sido criada pela tecnologia, sua importância transcende e é bem mais estratégica. “Uma pesquisa do Google revela que 90% de nossas interações com a mídia passaram a ser facilitadas por telas: de smartphone, tablet, laptop e televisão. As telas estão se tornando tão importantes em nossas vidas que passamos mais de quatro horas de nosso tempo diário de lazer usando várias telas de modo sequencial e simultâneo. E a internet tem sido a espinha dorsal dessas interações baseadas em telas. O tráfego total na internet cresceu 30 vezes de 2000 a 2014, conectando 4 entre cada 10 pessoas no mundo. De acordo com uma previsão da Cisco, veremos outro salto de 10 vezes do tráfego global da internet até 2019, acionado por mais de 11 bilhões de dispositivos móveis conectados.” (KOTLER. 2017. Pag. 36) Isso demonstra a amplitude do alcance da maciço da conectividade e como isso modifica a forma como os consumidores se comportam atualmente. 9 Outro erro comum é associar a conectividade apenas ao público jovem, desta forma as empresas implementam ações de marketing como uma estratégia apenas para esse público. Deve-se ter em mente, o poder de influência que essa geração tem nos mais velhos e quando um comportamento se torna massificado, mesmo a população mais velha tende a fazer uso do mesmo. E é inegável que com o passar do tempo a população mundial envelhece, e os nativos digitais irão se tornando maioria no mercado, desta forma em breve a conectividade irá obter status de normalidade e naturalidade. Desta forma o uso da conectividade deve ser ampliada e vista de forma mais sistêmica. A conectividade móvel, por meio de dispositivos moveis como smartphones, tablets, e demais dispositivos moveis, é o nível mais básico nível de conectividade no qual a internet serve apenas como infraestrutura de comunicação. Outros tipos de experiências de conectividade irão surgir, com o desenvolvimento da inteligência artificial, da realidade virtual, da biotecnologia e da nanotecnologia. Segundo (KOTLER, 2017, p. 34), “A importância da conectividade transcenderá a tecnologia e o segmento demográfico porque ela muda o fundamento-chave do marketing: o próprio mercado.” Dito isso, deve-se ter em mente que o marketing deve se adaptar a natureza mutável dos caminhos do consumidor na economia digital. O Marketing digital apresenta um novo conjunto de métricas e uma nova maneira de praticar o marketing moldado ao nosso tempo.2.3.1. Internet Entre as diversas mudanças que a sociedade vem sofrendo, a que mais impulsionou a mudança do nosso cotidiano é a internet, que nos possibilita diversas formas de comunicação a custos muito baixos, além da interação e instantaneidade. A internet nos deu uma nova noção de fronteira, de formas de trabalho e de consumir. Passamos a viver em uma sociedade denominada Sociedade da Informação. A sociedade de informação é empregada para representar a “nova era em que a informação flui a velocidades e em quantidades há apenas poucos anos inimagináveis, assumindo valores sociais e econômicos fundamentais. (TAKAHASHI, 2000, p.3) 10 “Produtos derivados da internet também permitem a transparência. Mídias sociais como Twitter e Instagram facultam aos usuários mostrar e compartilhar suas experiências como clientes, inspirando outros consumidores da mesma classe, ou de uma classe inferior, a buscar uma experiência semelhante. Sites com sistemas de avaliação, como TripAdvisor e Yelp, empoderam os consumidores para fazerem escolhas baseadas na sabedoria das multidões.” (KOTLER, 2017, p.38) Devido a mudanças no comportamento de compra do consumidor na internet, pelo seu poder de escolha aumentado e pela dificuldade de manter a fidelidade do cliente nesse canal, o marketing vê-se movido a descobrir novas formas de atrair e reter seus clientes através da internet, ou seja, busca formas de comunicação com o consumidor nos canais digitais. 2.3.2. Mídias Sociais As mídias sociais são canais nos quais os usuários conversam e trocam sugestões. Todos os membros, a qualquer momento, podem contribuir com publicações, sejam elas positivas ou negativas. Segundo KOTLER (2017, p. 24), “No mundo on-line, as mídias sócias redefiniram o modo como as pessoas interagem entre si, permitindo que desenvolvam relacionamentos sem barreiras geográficas e demográficas” O conteúdo de uma mídia social é muito variado e imprevisível, mas é uma excelente oportunidade para disseminar uma marca, opiniões, novidades e atributos de seus produtos/serviços. Podemos citar como exemplos de mídias sociais: fóruns de debates; aplicativos de mensagens instantâneas; grupos de emails; blogs; microblogs (como o Twitter); redes sociais (como o Facebook) e sites que compartilham informações sobre multimídia (como Vimeo, Flickr, Youtube e Slide Share). As redes sociais são uma categoria das mídias sociais, e com o objetivo de estabelecer relacionamentos com interesses em comum, como o Facebook, por exemplo. Já as mídias sociais são as que têm como principal atividade o compartilhamento de conteúdos de qualidade. Por exemplo, podemos mencionar o Youtube, Wikipedia, Twitter, etc. Podemos dizer que a mídia social abrange a rede social, para ficar de mais fácil entendimento. As mídias sociais são ferramentas na 11 internet que permitem a criação e o compartilhamento de informações, onde o usuário é ao mesmo tempo produtor e consumidor do conteúdo. Elas se referem aos meios de interação entre pessoas pelos quais elas criam, compartilham, trocam e comentam conteúdos em comunidades e redes virtuais. De acordo com Recuero (2011), as mídias sociais provocaram grande transformação na forma de distribuir informação: A mudança está na horizontalização do processo de constituição das mídias que, ao contrário da chamada mídia de massa, distribuiu o poder de distribuição da mensagem. Essa revolução, que ensaia os passos mais significativos com o surgimento de blogs (e a consequente popularização da produção e publicação de conteúdo na web, instituindo o que O’Relly vai chamar de Web 2.0), vai atingir mais gente de forma mais rápida com sites de rede social (que vão publicizar as redes sociais e manter conexões que funcionam como canais de informação entre os atores) e com apropriações destes sites. (RECUERO, 2011, p.15) A grande diferença então das mídias sociais para as mídias tradicionais é permitir que o usuário dialogue com o emissor da mensagem, seja fortalecendo-a, discordando ou compartilhando. Além disso, uma característica importante dentro das mídias sociais, é que os papéis de emissor e receptor das mensagens estão em constante troca, nada é permanente e imutável, e novos pontos de vista e opiniões nascem a todo momento. 2.3.3 Redes sociais As redes sociais são o agrupamento de pessoas que tem interesses semelhantes. Antigamente foram chamadas de “relationship site” (ou sites de relacionamento), mas agora rede social foi o nome que se consolidou. Como exemplos de redes sociais online, podemos mencionar o Facebook e o Instagram, onde as pessoas mantêm relações com quem tem alguma ligação em comum. São plataformas digitais de comunicação colaborativas, onde os usuários podem criar perfis e postar fotos, música, vídeo e textos, trocar informações, fazer amizades, entre outras possibilidades. É um fenômeno que alinha tecnologia com liberdade de expressão, por isso faz com que diversas pessoas de várias nacionalidades, religiões, classes sociais e opiniões 12 diversas integrem o mesmo espaço. Enquanto ser social, o homem sempre viveu em um ambiente de comunicação e colaboração, utilizando as tecnologias disponíveis em cada fase histórica para esse contato. As redes sociais precedem a existência da internet. Estar em rede significa poder fazer uso da capacidade de ser sujeito (ativo e responsável), sugerir mudanças, administrar complexidades e incentivar a articulação, o fortalecimento e, se necessário, a (re)construção contínua das redes. (ROCHA, 2005, p. 3). Através delas, informações circulam de forma desterritorializada e atemporal devido a interação livre de pessoas que a formam. Raquel Recuero (2009) destaca que as pessoas interagem tanto pelo aspecto social, quanto pelo lazer. Portanto, as ferramentas de comunicação mediadas pelo computador não criam redes sociais desconectadas, distantes do mundo concreto de um determinado indivíduo. Ao contrário, expressam e complexificam as relações sociais já existentes, a partir do momento em que parte dos espaços sociais vai desaparecendo do mundo contemporâneo. 3. MARKETING NA ÁREA DE SAÚDE 3.1. Mercado de Saúde no Brasil O mercado de saúde no Brasil é marcado por um grande número de particularidades e por ser muito complexo, assimétrico, fragmentado e com forte envolvimento governamental. Uma das características marcantes é que o Brasil é o único pais no mundo a ter um sistema público de saúde universal e gratuito. Os impostos pagos pelos brasileiros cobrem todos os tipos de consulta e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem nenhuma cobrança adicional ao usuário. O SUS é uma estrutura fundamental para a saúde no Brasil, já que grande parte da população não tem condições de acesso ao sistema privado. Entretanto, com o aumento da renda e expansão do mercado de trabalho, mais e mais pessoas tem optado por planos privados por entenderem que os serviços oferecidos têm melhor qualidade. O setor de saúde privada já gasta mais que o governo. Por exemplo, em 2009, a União, 13 os estados e os municípios destinaram cerca de R$ 79 Bilhoes aos SUS, enquanto o setor privado contribuiu com aproximadamente R$ 91 bilhões. Segundo MOYSÉS FILHO (2016, p.23), considerando o ano de 2015, e baseado na Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ver www.ans.gov.br), na Federação Brasileira de Estabelecimentos de Hospitais (ver www.fbh.com.br) e no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (www.cnes.org.br) , o pais possui mais de 283 mil serviços de saúde cadastrados (sendo cerca de 78 mil públicos e 205 mil privados), aproximadamente 6.400 hospitais, entre públicos e privados, abrangendo mais de 440 mil leitos hospitalares e 1.100 operadoras de saúde. O setor representa 10% do PIB e movimenta, em toda sua cadeia produtiva, mais de R$ 500bilhões por ano. O mercado brasileiro de saúde passa por um momento de profundas transformações. As duas últimas décadas foram marcadas por intensas mudanças no sistema de saúde brasileiro, intimamente relacionadas com as mudanças ocorridas no âmbito político-institucional. Vale destacar que comparado com outros segmentos do mercado, do ponto de vista de gestão, o setor de saúde pode ser considerado como “atrasado”, já que muitos recursos e técnicas de gestão testadas e já em uso a décadas em indústrias, comercio e outros segmentos começam a ser usados e praticados na área de saúde nos últimos anos. Sendo assim, fica claro a necessidade de reinventar o modelo existente para permitir a sua sustentabilidade, já que no passado existia uma preocupação focada apenas na assistência médico-hospitalar. Outros fatores indicam o início de um ciclo disruptivo no setor como o fim da proibição de investimento estrangeiro em empresas de assistência à saúde no Brasil e o amadurecimento da discussão da telemedicina como necessidade de se adequar a mutação do comportamento do consumidor na economia digital. O fim da proibição de investimentos estrangeiros em empresas de assistência de saúde no Brasil, só passou a ocorrer de maneira clara e estruturada em 2015, após a sanção da Lei 13.097/2015, que altera a Lei 8.080/1990 e “permite a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde”. Assim, empresas como United Health, Bain Capital, Grupo Sanitas Internacional, dentre outras, já se posicionaram como importantes players no mercado brasileiro. Essas empresas em pouco tempo já são responsáveis por 14 mudanças consideráveis no mercado de saúde brasileiro, já que trazem em sua bagagem, uma série de ferramentas gerencias já testadas em mercados mais maduros e globalizados. Desta forma, fica notório que o surgimento de oportunidades de investimento para o capital internacional trouxe a rebote um movimento de consolidação e profissionalização do segmento brasileiro de saúde. 3.2. Marketing em Serviços de Saúde O Marketing em Serviços de Saúde tem sido percebido de forma equivocada tanto pelo público em geral, quanto por profissionais da área de saúde. Existe uma leitura superficial, preconceituosa e ultrapassada. Primeiramente por confundir com propaganda, um entre inúmeros elementos do marketing. Também por uma vinculação ao termo “marqueteiro”, sob uma leitura depreciativa que remete a um uso de recursos fantasiosos para enganar a clientela e vender algo através da má fé. E por último, por natural condicionamento as resoluções, leis e orientações de seus profissionais desde seu período acadêmico. Porém essa visão equivocada está em transformação e cada vez mais vemos evoluir a discussão do assunto num cenário onde há uma necessidade cada vez maior das organizações na área da saúde investir nas ferramentas mercadológicas para poderem atrair e manter clientes, através da diferenciação perante seus concorrentes. Através de Italiani (2006) é possível confirmar que o marketing na área da saúde ainda é provido de lacunas, pois são poucos os estudos direcionados especificamente a este setor. Independente das características desta empresa, toda organização, mesmo as sem fins lucrativos comentadas por Kotler (2002), podem usufruir positivamente das ferramentas mercadológicas. Baseado no composto de marketing citado por Las Casas (2006), as estratégias de preço, ponto, promoção e produto são e devem ser aplicadas com o intuito de oferecer valor agregado aos seus consumidores através da identificação destas necessidades. Churchil e Peter (2003) reforçam essa idéia, lembrando que as empresas podem oferecer valor superior fornecendo melhores serviços, estabelecendo marcas significativas ou estratégias de preço com objetivo de superar seus concorrentes. Os profissionais da área de saúde, entre eles os farmacêuticos, médicos, fisioterapeutas há muito tempo se caracterizam 15 pelo isolacionismo administrativo como afirma Minadeo e Selles (2006), movidos pela crença que o sucesso profissional e empresarial estaria assegurado unicamente, pela competência no exercício profissional. Cabe finalmente ressaltar que empresas relacionadas à saúde estão inseridas em um mercado local e globalizadas, caracterizado inclusive pelo aparecimento cada vez maior de franquias e a surgimentos de novas tecnologias cientificas aplicadas a esse tipo de organização, sendo que vencerão aqueles que apresentarem diferenças de qualidade e eficiência. Sensibilidade e ética podem e devem ser aprimoradas através do uso das mais diversas ferramentas do marketing. Com a aplicação do marketing nas empresas relacionada à saúde o cliente irá se beneficiar através de produtos mais aperfeiçoados, melhores atendimentos, facilidade na hora da compra, proporcionando assim uma visão mais positiva da farmácia, clínicas, hospitais enquanto que para as empresas resultará em melhorias de serviços, visando o crescimento, a lucratividade e conquista de mais clientes na empresa. 3.3. Marketing Digital em Serviços de Saúde O mundo digital tornou-se cotidiano, isso inclui a área de saúde. Nele é possível estar virtualmente em qualquer lugar do planeta em tempo real. O uso de aplicativos de mensagem instantâneas como Whatsapp para grupos de trabalho na área de saúde é hoje uma prática comum, mais rápida, colaborativa e eficiente. O uso das mesmas como meio de divulgação é natural e se amplia em ritmo exponencial. A relação de conexão com demais membros do seu convívio social hoje é feito através de postagens em redes sociais (Instagram, Facebook, YouTube e Twitter) e é comum hoje a criação de perfis profissionais para uso desse recurso como publicidade médica e as vezes associados ao perfil social, propagando estilo de vida saudável e aproximando o médico ou profissional de saúde a sua clientela de forma nunca antes vista. A taxa de retorno desses meios é muito maior e mais baratas que os meios tradicionais como outdoor, rádio e revistas. Também permitem a criação de conteúdo de forma simples e barata com o uso de apenas um smartphone, assim o que era antes caro e 16 demandava uma equipe de profissionais habilitados para construir o conteúdo, hoje se tonar prático, barato e natural. Essa realidade se estende por todos os outros campos de atuação e diante do consumo excessivo da sociedade atual por conteúdo digital, torna-se impossível para os novos profissionais da área não quererem replicar tais elementos de marketing em sua área. As relações entre profissionais de saúde e pacientes poderão ser implementadas pela internet. A individualidade e a privacidade estarão cada vez mais limitadas pala exposição constante à tecnologia. Assim essa realidade traz inúmeros riscos que devem ser monitorados. Além dos excessos que ferem a boa fé, a ética profissional e ao bom senso, podemos também enfrentar situações mais extremas que incorrem em crimes com consequências gravíssimas. Na internet assim como ações positivas, as ações negativas dos clientes podem tomar proporções incontroláveis e inadmissíveis. 4. OS LIMITES DO MARKETING DIGITAL EM SERVIÇOS DE SAÚDE O Marketing em Saúde é limitado por restrições de cunho legal (leis) e de regras estabelecidas pelo seu conselho de classe, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e por sociedades das especialidades médicas. Essas regras são compostas por seu código de ética médica, resoluções, manuais e guias que demonstram quais os limites na publicidade médica, a forma adequada e possíveis punições. O CFM tem o papel de cumprir seu papel normatizador com base em direitos previstos na Constituição de 1988, como a inviolabilidade da vida privada e o respeito e a honra à imagem pessoal, sempre oferecendo parâmetros seguros aos médicossobre a postura ética e legal adequada em sua relação com os pacientes e com a sociedade. “O competente e ético exercício da medicina exige conhecimento técnico e científico, domínio de protocolos, cultivo de uma boa relação médico-paciente e respeito aos limites da propaganda e da publicidade médica. Muitos profissionais ignoram este último ponto e, por vezes, se colocam em situações delicadas de afronta aos critérios 17 estabelecidos em resoluções emanadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).” (OLIVEIRA, 2019, online) As principais normas do CFM nesse aspecto são: o Código de Ética Médica, as resoluções CFM nº 1.974/11 e CFM nº 2.126/15 e o Manual de Publicidade Médica que demonstram claramente o que pode e o que não pode ser feito nessa área, estabelecendo a zona proibida do sensacionalismo, da autopromoção e da concorrência desleal. 4.1. Lei 4.113/42 e 3.268/57 Temos no campo legal a Lei 4.113/42 que regula a propaganda de médicos, cirurgiões, dentistas, parteiras, massagistas, enfermeiros, de casas de saúde e de estabelecimentos de saúde, que foi publicada em 18/02/1942 pelo presidente Getúlio Vargas. É uma das primeiras leis no sentido de regular a publicidade médica e base para todos os outros materiais posteriores. E também existe a Lei 3.268/57 que dispõe sobre os Conselhos de Medicina e que introduz obrigatoriedade do registro dos certificados de atualização quando o médico pretender anunciar sua especialidade ou área de atuação. Mesmo considerando não ser obrigatório que os médicos se submetam a qualquer curso ou capacitação, aqueles que o fizerem devem, sim, por força do estabelecido em nossos preceitos legais, informar ao CRM esta atualização para poder divulga-lo. 4.2. O Código de ética médica Segundo o Conselho Federal de Medicina, o Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração de serviços de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em que se utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina. 18 Nele existe um capitulo inteiro só para tratar da publicidade médica, no qual deixa claro que a publicidade médica deve obedecer exclusivamente a princípios éticos de orientação educativa, não sendo comparável à publicidade de produtos e práticas meramente comerciais. “É vedado ao médico: Art. 111. Permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. Art. 112. Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. Art. 113. Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente. Art. 114. Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. Art. 115. Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina. Art. 116. Participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja sua natureza, valendo-se de sua profissão. Art. 117. Apresentar como originais quaisquer idéias, descobertas ou ilustrações que na realidade não o sejam. Art. 118. Deixar de incluir, em anúncios profissionais de qualquer ordem, o seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. Parágrafo único. Nos anúncios de estabelecimentos de saúde devem constar o nome e o número de registro, no Conselho Regional de Medicina, do diretor técnico.” (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2019) Desta forma, no Código de ética médica, enormes poderes limitadores da ação mercadológica da medicina são impostos pelo objetivo exclusivo de cunho educativo, desprezando outras premissas do marketing abordados nos capítulos iniciais. 4.3. Resoluções nº 1.974/11 e nº 2.126/15 A Resolução nº 1.974/11 foi a primeira regra ampla do Conselho Federal de Medicina que estabeleceu os critérios norteadores da propaganda em medicina, conceituando 19 os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. Já a Resolução nº 2.126/15 foi uma atualização no qual altera as alíneas “c” e “f” do art. 3º, o art. 13 e o anexo II da Resolução CFM nº 1.974/11. A Resolução nº 2.126 trata da ética médica nas redes sociais e na internet. Temas como distribuição de selfies (autorretratos), anúncio de técnicas não validadas cientificamente e a forma adequada de interação dos profissionais em mídias sociais foram tratados nesse documento. Segundo (OLIVEIRA, 2019, online), em momento algum se procurou censurar ou cercear o direito do médico, mas sim estabelecer parâmetros que, se observados, inserem a prática profissional num terreno saudável, onde predomina o respeito ao outro, evitando-se os abusos materializados na promessa de resultados, na exposição desnecessária do ato médico e na quebra do sigilo no tratamento de pacientes, um dos princípios fundamentais da medicina. Entre outros pontos, essa norma explica que os selfies não podem ser feitos em situações de trabalho e atendimento. Na visão do CFM, essa limitação protege a privacidade e o anonimato inerentes ao ato médico e estimula o profissional a fazer uma permanente reflexão sobre seu papel na assistência aos pacientes. Da mesma forma, a Resolução nº 2.126 orienta que, nas mídias sociais (sites, blogs, Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, WhatsApp e similares), como já havia sido determinado, continua vedado ao médico anunciar especialidade/área de atuação não reconhecida ou para a qual não esteja qualificado e registrado junto aos Conselhos de Medicina. Esse texto complementa a Resolução nº 1.974/11, que desaconselha expressamente a publicação de imagens do tipo “antes” e “depois”, de compromissos com êxito em um procedimento e a adjetivação excessiva (“o melhor”, “o mais completo”, “o único”, “o mais moderno”), tão naturais em ambiente de competição puramente comercial. A regra em questão também veda ao médico consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância, assim como expor a figura de paciente em divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento. Além disso, orienta que nas peças publicitárias sempre constem dados como o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Registro de Qualificação de Especialista 20 (RQE). No caso de estabelecimentos de saúde, deve ser indicado o nome do diretor- técnico-clínico (com suas informações cadastrais visíveis). Ao observar os critérios definidos pelo CFM, o médico e as unidades de saúde podem mitigar eventuais processos movidos por terceiros em busca de indenizações por danos materiais ou morais decorrentes de abusos. Vale destacar que essas resoluções foram elaboradas em 2011 e atualizadas em 2015, o que do ponto de vista da dinâmica que envolve essa temática, é muito tempo e carece de aperfeiçoamentos e adequações. O CFM determinou que a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) permaneça atenta para propor novas propostas de resolução se for necessário. Porém, até o presente momento não há atualizações disponíveis e o ambiente de Marketing Digital muda constantemente exigindo uma interação mais rápida desse órgão. 4.4. Manual de Publicidade Médica O Manual de Publicidade Médica foi criado pela Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) que durante reunião ordinária do Conselho Federal de Medicina realizada em Santa Catarina, em 21 de julho de 2010, recebeu autorização para propor alterações na Resolução CFM 1.701/03, quetratava sobre regras de publicidade médica. O Codame é uma comissão que tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento tecnológico e compreender a necessidade do médico levar a sua clientela e a população em geral conhecimentos científicos, bem como divulgar os meios e equipamentos utilizados para diagnóstico e tratamento em suas unidades de saúde. O que motivou a criação do Manual de Publicidade Médica foi a existência de lacunas no controle da divulgação de assuntos médicos, objetivando, principalmente, ajustar alguns itens à contemporaneidade. Outra expressa preocupação foi a de tornar clara a forma de como aplicar os fundamentos da norma, retirando o caráter subjetivo da norma simplesmente escrita. Sob tais premissas e com o apoio de todos os membros da Codame e técnicos do CFM, apresentaram as razões das modificações e do 21 desenvolvimento do manual para aplicação e controle da propaganda e publicidade médica. A publicação reúne a Resolução CFM 1.974/11 e seus anexos e um capítulo com perguntas e respostas sobre o tema. Os anexos apresentam detalhes e exemplos de aplicação das novas regras de publicidade em medicina, aprovadas pelo CFM em agosto de 2011. O mesmo teve uma segunda edição reformulada na qual foi adicionada as especialidades médicas e suas áreas de atuação, conforme Resolução CFM nº 1785/06. O objetivo do documento foi que o mesmo seja amplamente conhecido. A forma de manual com exemplos por tipos de mídia. Mostra de forma clara como deve ser um anuncio para revista, jornal, busdoor, outdoor, banner para web, receituário, guia de encaminhamento, Também são apresentados parâmetros éticos que os médicos devem seguir quando colaboram com veículos de imprensa e abordam assuntos sobre medicina na Internet. Os profissionais médicos e instituições de saúde devem resguardar o sigilo médico, um dos pilares da atividade, fugir do sensacionalismo e divulgar a verdade. Por exemplo, qualquer exposição de qualquer dado pessoal, imagem, dado clínico, ou resultado de exame referentes a um paciente, deve ser precedido da autorização do mesmo ou do seu responsável legal, através da assinatura do Termo de Consentimento livre e esclarecido, que deve conter os reais objetivos e a identificação do responsável pela divulgação dos dados. Segundo o manual, na divulgação de imagens de pacientes pela internet, o médico expõe fotos dos seus pacientes, com termos como “antes” e “depois”, incorrem tanto na quebra de sigilo médico, como no sensacionalismo. Sendo assim, postagem de fotos em redes sociais como Instagram, Facebook e semelhantes, devem se ater as regras acima. Ainda visando a preservação do sigilo médico, o manual declara que a transmissão “on-line” de procedimentos médicos, consultas e cirurgias é considerada infração ética. 22 Consultas através de qualquer meio de comunicação, por exemplo Whatsapp ou qualquer outro tipo de aplicativo de mensagem instantânea é vedada pelo Código de Ética Médica. Segundo o mesmo, uma avaliação clinica completa e presencial é indispensável para o diagnóstico e tratamento e esta ação não pode ser realizada “on- line”. Analisando sob a ótica do marketing de serviços onde impera as características de intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade, é justo e racional a proibição de tratamentos a distância por meios digitais. É fundamental ficar claro que a telemedicina deve existir para o aprimoramento ou auxilio do profissional médico em benefício dos pacientes e nunca substituí-lo. Todo conteúdo gerado dever conter orientações e informações sobre saúde e doenças que impactam a uma generalidade, não voltados para um caso único visando à educação da coletividade. Não é permitido também a divulgação de métodos de tratamento e diagnósticos que ainda não são consagrados cientificamente. A exceção é o uso da internet em telemedicina, voltada para atualização e reciclagem profissional do médico, como videoconferências, educação e monitoração a distancia. Nesses casos são necessários mecanismos de controle como senhas que impeçam o acesso público leigo ao conteúdo. Mesmo nesses casos é obrigatório a autorização do paciente através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Não é permitido o uso de adjetivos de difícil averiguação, como “melhor, “mais bem equipado”, “dispõe de aparelhos mais modernos”, caso contrario pode-se enquadrar na característica de sensacionalismo. O médico também não pode participar de anúncios em empresas da área médica. É vedado a utilização do médico como garoto propaganda. Caso ocorra infração grave detectada pelo Conselho de Medicina quem irá responder é o médico ou o Diretor Técnico da instituição. A pessoa jurídica não poderá ser responsabilizada sob o viés da ética medica por qualquer irregularidade na internet. 23 5. CONCLUSÃO A proposta inicial deste trabalho foi demonstrar a evolução do marketing no tempo, do método tradicional ao digital. Após essa análise traçar a importância do mercado de saúde na economia e sociedade brasileira. Isso exposto, chegamos ao objetivo do estudo que é demonstrar que apesar dos limites e impactos no uso do marketing digital em saúde, o uso de suas ferramentas é perfeitamente aplicável no setor, sem conflitar com princípios éticos e códigos de conduta profissional. Diante de toda a base teórica utilizada neste trabalho, é possível concluir que o advento deste novo consumidor, nativos digitais, com muito mais acesso à informação devido ao desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação, mudou o cenário para as empresas da área de saúde. Elas passam a ter que se preocupar muito mais em entender o seu cliente, fazer-se presente nos novos espaços no qual ele interage e saber cada vez mais dialogar do que simplesmente realizar um serviço. A internet e as mídias sociais abrem o campo das possibilidades de relacionamento, trazendo as empresas para dentro das redes sociais on-line. Com o advento das culturas de massa e os avanços da tecnologia, a sociedade sofreu mudanças radicais. Os meios de comunicação alcançaram um desenvolvimento jamais visto, novas linguagens surgiram e as distancias se tornaram menores. A globalização impôs padrões, alguns questionáveis, mas o certo é que nunca o homem comum esteve tão próximo da informação. A realidade é que a Internet deixou de ser apenas um meio de diversão para jovens para se tornar um ambiente virtual que representa um ambiente importante para as marcas. Diante da convergência, dos avanços tecnológicos, da segmentação do público consumidor, da ênfase na customização e da interatividade, a comunicação a ser trilhada para alcançar o cliente, definitivamente, tem de romper com o modelo tradicional. O próprio marketing digital surge em decorrência deste novo público, pois as práticas anteriormente utilizadas, através do marketing de massa, já não atendiam à expectativa dos seus clientes, fazendo-se necessária uma abordagem mais moderna. O último capítulo apresentou a análise principal deste estudo, contextualizando os limites do marketing na área de saúde e suas possíveis punições, discutimos leis, 24 resoluções e manuais dos conselhos de classe e destrinchamos todos os pormenores que devem ser seguidos para não incorrer em falhas perante esses orgãos. A pesquisa bibliográfica identificou que o profissional que atua na área de saúde, assim como empresas de marketing que atuem nessa área, tem a obrigação de conhecer os documentos relatados no capítulo dos limites impostos ao marketing digital, para não cometer erros na publicidade médica, e não ficar exposto a punições e processos judiciais. A ampla divulgação das atividades exercidas pelos médicos, para o público em geral é uma necessidade legítima da categoria que tem o direito de dar conhecimento apopulação das especificidades dos serviços prestados. A comunicação entre médicos, paciente, a mídia e a população em geral deve ser esclarecedora e acima de tudo ética, obedecendo aos preceitos milenares que regem a profissão médica e mais especificamente ao Código de Ética Médica e as resoluções dos conselhos de classe. A medicina deve se beneficiar dessas conquistas e incrementar a relação médico- paciente, através de interação por redes sociais. É uma missão impossível tentar impedir médico, profissionais de saúde e unidades de saúde de propagar seus conhecimentos e interagir com sua clientela através de meios digitais como vídeos e fotos sendo que todos os outros ramos de atividade o fazem e que tal conduta se tornou uma ação natural do cotidiano social. O smartphone se tornou uma ferramenta indispensável de consumo de conteúdo, entretenimento, trabalho e comunicação familiar. As resoluções, leis e manuais apesar de aparentemente recentes, se tratando da dinâmica das mudanças tecnológicas, já se encontram caducos e ultrapassados. A não capacidade de fiscalização diante da desproporção do número de não conformidades frente a quantidade de agentes fiscalizadores já é um indicador do quão ultrapassado se encontram as regras. Desta forma, chegamos a simples conclusão que não há organização de saúde que consiga sobreviver hoje adotando práticas do passado. A concorrência crescente exige que se gerencie unidade de saúde como profissionalismo e modelos adequados a seu tempo. 25 Ora, se afirmamos que a essência do marketing é o processo de troca onde os envolvidos permutam algo de valor com o objetivo de satisfazer suas necessidades, o profissional da área de saúde pode fazer uso do marketing digital para fornecer conhecimento, de forma ética e sem excessos, respeitando os limites impostos, e por conseguinte os clientes saciarem sua necessidade de informação. Como posto anteriormente, em um mundo altamente tecnológico, as pessoas anseiam por um envolvimento profundo. Quanto mais sociais somos, mais quereremos coisas feitas sob medida para nós. Essas ferramentas de marketing digital trazem para o publico alvo o sentimento de customização, de importância e de interação mesmo que o que esteja sendo debatido seja um assunto amplo. Quase sempre, em assuntos gerais, o espectador se sente inserido e o poder de envolvimento fortalece a relação com o profissional. Quando se trata de um processo de educação e disseminação de conteúdo com base na saúde do paciente, possíveis prevenções de doença ou simplesmente um aumento da busca por serviços de saúde, temos uma agregação de valor aos serviços, ao mercado e até a saúde publica, sendo no fim um bem social. Concluímos então, que é possível a criação de perfis profissionais dos profissionais de saúde ou de instituições em mídias sócias onde a geração de conteúdo se torna uma ferramenta de conexão e engajamento com seu público alvo através de fotos, vídeos educativos, momentos de interação com perguntas e respostas e até compartilhamento do dia a dia do profissional. Fica claro que apesar dos limites e seus impactos no uso do marketing em saúde, o uso de suas ferramentas é perfeitamente aplicável á área da saúde, sem conflitar com princípios éticos e códigos de conduta profissional. Mas que se faz necessário uma atualização e certas concessões por parte dos conselhos de classe no intuito de ajustar as regras a contemporaneidade. 26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPRONI, R. Visibilidade Perigosa! Os clientes preferiram ficar onde já estavam. Disponível em : < http://dentalspecial.com.br/marketing/2001outubro03/marketing2.asp>. Acesso em: 14 de abril de 2019 CHURCHILL, Jr. G. A; PETER, J.P. Marketing: Criando Valor para os Clientes. São Paulo: Saraiva, 2003. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ( CFM – Brasil). Código de Ética Médica, Resolução CFM nº 2217/19, Brasília: CFM; 2019. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ( CFM – Brasil). Estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. Resolução CFM nº 1.704/11, Brasília: CFM; 2011. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ( CFM – Brasil). Altera as alíneas “c” e “f” do art. 3º, o art. 13 e o anexo II da Resolução CFM nº 1.974/11, que estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. Resolução CFM nº 2.126/15, Brasília: CFM; 2015. DRUCKER, Peter F. Aprendizado organizacional: gestão de pessoas para a inovação contínua. Rio de Janeiro: Campus, 2001. ITALIANI, Fernando. Marketing Farmacêutico. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. MOYSÉS FILHO, Jamil. Planejamento e gestão estratégica em organizações em saúde. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2016. KOTLER, Philip. 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