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Prévia do material em texto

Auditoria
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Rodrigo de Souza Marin
Revisão Técnica:
Prof. Me. Carlos Henrique Costa
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Principais Testes de Auditoria
• Auditoria;
• Planejamento de auditoria;
• Caixa e banco.
 · Apresentar os aspectos relevantes sobre a auditoria contábil, desta-
cando seus principais testes e seus aspectos mais relevantes.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade veremos um pouco mais sobre os principais testes de auditoria.
Então, é importante que você leia com atenção o conteúdo disponibilizado e 
o Material complementar. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra em um ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades você também encontrará a Ava-
liação, uma Atividade reflexiva e a Videoaula. Cada material disponibilizado 
é mais um componente para seu aprendizado, por isso, estude todos com 
atenção.
ORIENTAÇÕES
Principais Testes de Auditoria
UNIDADE 
Contextualização
De acordo com o que já estudamos, o objetivo do auditor externo é transmitir 
uma opinião ou parecer sobre as demonstrações financeiras, verificando se foram 
desenvolvidas conforme os princípios fundamentais da Contabilidade, se tais 
princípios foram aplicados de maneira uniforme nesse exercício social comparado 
ao anterior e se todos os dados necessários ao entendimento estão informados 
nessas demonstrações. 
Evidentemente, buscando evitar que haja erro ou até mesmo fraude nas 
demonstrações financeiras, é necessário que o auditor realize testes para buscar 
a legitimidade das informações, a fim de assegurar aos investidores ou acionistas 
a situação verdadeira em que a empresa ou entidade se encontra, possibilitando e 
dando base para uma tomada de decisão.
6
7
Auditoria
Introdução
Nas últimas décadas, no Brasil, houve uma grande evolução nas demonstrações 
financeiras. Isso ocorreu por conta da necessidade de futuramente os investidores 
ou acionistas terem o conhecimento profundo da situação patrimonial e financeira, 
o resultado das operações e fluxos de caixa da empresa (RIBEIRO; RIBEIRO, 2012).
Logicamente, isso não aconteceu da noite para o dia. O início dessa evolução 
se deu com a antiga Lei das sociedades por ações (Decreto-Lei n.º 2.627, de 26 
de setembro de 1940). 
A nova Lei das sociedades por ações saiu em 2009 (Lei n.º 11.941) e alterou 
completamente o conteúdo das demonstrações financeiras, se comparada à antiga 
Lei n.º 6.404/76. 
Por causa, principalmente, dos problemas ocorridos nas bolsas de valores no 
início da década de 1970, realizou-se todo o processo de aprimoramento das 
demonstrações financeiras (ALMEIDA, 2010).
São as demonstrações financeiras para as quais o auditor externo deve emitir 
parecer, conforme a nova Lei das sociedades por ações:
 · Balanço patrimonial;
 · Demonstração do resultado do exercício;
 · Demonstração de lucros e prejuízos acumulados, ou demonstração das 
mutações do patrimônio líquido;
 · Demonstração dos fluxos de caixa;
 · Demonstração do valor adicionado;
 · Notas explicativas (CREPALDI, 2009).
É importante ressaltar a necessidade de observar todas as exigências da Lei das sociedades 
por ações. Por isso, recomenda-se a leitura da Lei na íntegra, disponível em:
http://goo.gl/6Q3voA
Ex
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or
7
UNIDADE 
Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é uma demonstração que relaciona os bens e direitos – 
ativos – e as obrigações e a participação dos acionistas – passivo – da empresa, 
possibilitando ao leitor a visão da posição patrimonial e financeira da organização 
(CREPALDI, 2009).
Quadro 1
Ativo Passivo
Ativo circulante; Passivo circulante;
Ativo não circulante; Passivo não circulante;
Investimentos; Patrimônio líquido.
Ativo imobilizado;
Ativo intangível.
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
Classificação do Balanço Patrimonial
As transações são classificadas da seguinte forma:
 · Ativo circulante: neste grupo de contas são classificados os ativos que se 
realizarão no exercício social seguinte – caixa e banco, aplicações financeiras, 
contas a receber, estoques, despesas antecipadas etc. (BEASLEY, 1996);
 · Ativo não circulante: neste grupo são classificados os ativos que serão 
realizados após o término do exercício social seguinte – contas a receber a 
longo prazo, despesas antecipadas a longo prazo etc. (LIMA, 2003);
 · Investimentos: as participações no capital social de outras sociedades e outros 
direitos permanentes que não se destinem à manutenção das atividades da 
empresa são classificados neste grupo de contas – investimentos em ações ou 
quotas, obras de arte, imóveis alugados etc. (CREPALDI, 2009);
 · Ativo imobilizado: os bens corpóreos que se destinam à manutenção das 
atividades da empresa ou que exercem essa finalidade são classificados neste 
grupo de contas – terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis e 
utensílios, instalações, obras em andamento etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Ativo intangível: neste grupo de contas são classificados os direitos que 
tenham por objeto os ativos incorpóreos que se destinam à manutenção da 
empresa ou os que exercem tal finalidade – marcas, patentes, fundos de 
comércio etc. (ALMEIDA, 2010);
8
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 · Passivo circulante: neste grupo de contas são classificadas as obrigações 
que vencerão no exercício social seguinte –fornecedores, empréstimos, 
impostos a pagar, encargos sociais a recolher etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Passivo não circulante: as obrigações que vencerão após o término do 
exercício social seguinte são classificadas neste grupo de contas – fornecedores 
a longo prazo, empréstimos a longo prazo etc. (CREPALDI, 2009);
 · Patrimônio líquido: neste grupo de contas são classificadas as origens de 
recursos pertencentes aos acionistas da empresa –recursos recebidos na 
forma de capital, ágio na colocação de ações, lucros ou prejuízos apurados 
etc. (ALMEIDA, 2010).
Avaliação
Os agrupamentos de contas do balanço patrimonial são avaliados da seguinte forma:
 · Ativo circulante e realizável a longo prazo – podem ser classificadas no 
ativo circulante ou no realizável a longo prazo as aplicações em instrumentos 
financeiros, em direitos e em títulos de crédito:
 · Por seu valor justo, quando se tratar de aplicações que se destinam à 
negociação ou disponíveis para venda; e
 · Pelo valor de custo de aquisição, atualizado de acordo com os disponíveis 
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando 
este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de 
crédito (ALMEIDA, 2010).
 · Investimentos – os investimentos em sociedades controladas, controladas 
conjuntamente e coligadas são avaliados pelo método de equivalência 
patrimonial (ALMEIDA, 2010);
 · Ativo imobilizado – custo de aquisição menos a depreciação ou a exaustão 
acumulada (CREPALDI, 2009);
 · Ativo intangível – custo de aquisição menos a amortização acumulada 
(CREPALDI, 2009);
 · Passivo circulante e não circulante – valor das obrigações efetivamente 
devidas. Obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando 
houver efeito relevante (CREPALDI, 2009);
 · Patrimônio líquido – contrapartidas dos valores registrados no ativo ou 
apurados na demonstração do resultado do exercício e que não representem 
obrigações – passivo –, receitas e ganhos – resultado (CREPALDI, 2009).
9
UNIDADE 
Demonstração do Resultado do Exercício
O principal objetivo dessa demonstração é relatar o lucro ou prejuízo que foi 
constatado pela empresa em determinado exercício social (FERRARI, 2006). São 
os principais agrupamentos de contas dessas demonstrações:
 · Receita bruta das vendas de bens e serviços;
 · Deduções de vendas, abatimentos e impostos;
 · Receita líquida das vendas e serviços;
 · Custo das mercadorias e serviços vendidos;
 · Lucro bruto;
 · Despesas com vendas;
 · Despesas financeiras;
 · Despesas gerais e administrativas;
 ·Outras receitas e despesas operacionais;
 · Lucro ou prejuízo operacional;
 · Resultado do exercício antes do imposto de renda;
 · Provisão para o imposto de renda;
 · Participações e contribuições;
 · Lucro ou prejuízo líquido do exercício;
 · Lucro por ação de capital social.
Especificando-os, temos:
 · Receita bruta das vendas de bens e serviços – neste grupo são 
classificadas as receitas que possuem relação com o objetivo social da 
empresa, frequentemente comprovadas através de notas fiscais de venda 
(ALMEIDA, 2010);
 · Deduções de vendas, abatimentos e impostos – neste grupo de contas 
se enquadram as devoluções de vendas, abatimentos quando o valor 
faturado for maior, impostos incorridos sobre vendas, tais como Imposto 
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações 
de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação 
(ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Custo das mercadorias e serviços vendidos – classificam neste grupo 
de contas os custos efetivamente incorridos para realizar a receita bruta 
(ALMEIDA, 2010);
 · Despesas com vendas – são classificadas neste grupo de contas todas 
as despesas incorridas precisamente para realizar a venda. Exemplos: 
propagandas, comissão dos vendedores, frete de produtos vendidos etc. 
(ALMEIDA, 2010);
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 · Despesas fi nanceiras – neste grupo são registradas as despesas com a 
utilização de recursos de terceiros. Exemplos: juros, correção monetária, 
variação cambial, comissão bancária na abertura do financiamento, Imposto 
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Despesas gerais e administrativas – são classificadas neste grupo as 
despesas administrativas da empresa. Exemplos: salários, eletricidade, água, 
telefone, limpeza, segurança etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Outras receitas e despesas operacionais – neste grupo se enquadram 
as receitas e despesas que não são receitas brutas e financeiras, despesas 
de vendas e financeiras, ou gerais e administrativas. Exemplos: resultado 
negativo ou positivo na avaliação de investimentos por equivalência 
patrimonial, resultado de venda de imobilizado etc. (ALMEIDA, 2010);
 · Provisão para o imposto de renda – neste grupo é classificada a participação 
do fisco no lucro da empresa, atualmente sua base é de 34% do lucro real para 
as sociedades em geral e 40% para instituições financeiras (ALMEIDA, 2010);
 · Participação e contribuições – neste grupo de contas são registradas as 
participações dos empregados, administradores, debenturistas, entre outros no 
lucro da empresa e aqui também se enquadram as contribuições a entidades 
ou fundos de assistência ou previdência do empregado (ALMEIDA, 2010);
 · Lucro por ação do capital social – retrata o valor do lucro líquido do 
exercício dividido pela quantidade das ações (ALMEIDA, 2010).
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Objetiva relatar os prejuízos e lucros acumulados em determinado período 
(CREPALDI, 2009).
Demonstração dos Fluxos de Caixa
De acordo com a Lei n.º 6.404/76, a demonstração dos fluxos de caixa engloba 
as alterações ocorridas, em determinado período, no saldo de caixa e caixas 
equivalentes de caixa, tendo essas alterações, no mínimo, três fluxos:
 · Das operações;
 · Dos financiamentos; e
 · Dos investimentos (GRAMLING; RITTENBERG; JOHNSTONE, 2012).
11
UNIDADE 
Demonstração do Valor Adicionado
De acordo com a Lei n.º 6.404/76, relata o valor da riqueza gerada pela 
companhia, a sua distribuição entre os componentes que contribuíram à geração 
dessa riqueza. Exemplos: empregados, financiadores, investidores etc. (GRAMLING; 
RITTENBERG; JOHNSTONE, 2012). É obrigatória somente para companhias 
abertas, dado que essa demonstração foi regulamentada pelo Pronunciamento 
Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) n.º 9. 
Notas Explicativas
A Lei n.º 11.941 e o CPC estabelecem várias exigências com referência às 
notas explicativas. 
É imprescindível observar tais exigências na íntegra, disponíveis em:
http://goo.gl/dnG0dU
Ex
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or
Planejamento da Auditoria
As normas de auditoria exigem um planejamento adequado do trabalho do 
auditor. Esse planejamento objetiva a diminuição de custos e aumento da garantia 
da qualidade do trabalho de auditoria (FERRARI, 2006).
São os principais objetivos do planejamento da auditoria:
 · Adquirir conhecimento sobre a empresa;
 · Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares;
 · Obter maior cooperação do pessoal da empresa;
 · Determinar os testes detalhados de auditoria;
 · Identificar previamente os problemas (ALMEIDA, 2010).
Especificando-os, temos:
 · Adquirir conhecimentos sobre a empresa – para obter o conhecimento 
da empresa, o auditor deve estudar as seguintes áreas:
 · Financeira;
 · Contábil;
 · Orçamentária; 
 · Pessoal;
 · Fiscal e legal;
 · Operacional;
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 · Vendas; e 
 · Suprimentos (ALMEIDA, 2010).
 · Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares – devido 
ao fato de que a maioria das empresas encerra seu exercício social no mês 
de dezembro de cada ano, ocorre um acúmulo de serviços no primeiro 
trimestre nas empresas de auditoria externa, enquanto nos outros meses, 
nessas firmas, ocorre certa ociosidade. Visando melhorar esse problema, 
sempre que possível, os auditores executam um maior volume de serviços de 
auditoria nas visitas preliminares (ALMEIDA, 2010);
 · Obter maior cooperação do pessoal da empresa – para a diminuição 
de custos, o auditor deve, sempre que possível, utilizar o pessoal da empresa 
para as seguintes tarefas: apanhar documentos nos arquivos da organização 
auditada; preencher os papéis de trabalho de movimentação de contas; 
preparar análises com os saldos das contas do balanço patrimonial, entre 
outras tarefas (LIMA, 2003). Por meio de alguns testes, o auditor deve 
certificar a qualidade do serviço realizado por esse pessoal; 
 · Determinar os testes detalhados de auditoria – o auditor externo deve 
planejar seu trabalho de maneira que as áreas de revisão analítica e controle 
interno sejam realizados em primeiro lugar, para determinar a natureza, 
extensão e datas dos testes detalhados ou métodos de auditorias às diversas 
contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício 
(ALMEIDA, 2010);
 · Identifi car previamente os problemas – os problemas devem ser 
previamente detectados por meio do planejamento, a fim de que a 
administração da empresa possa dispor de tempo hábil para a solução desses, 
de maneira que não atrase a divulgação das demonstrações financeiras anuais 
(ALMEIDA, 2010). De acordo com Crepaldi (2009, p. 479), esse fato exige 
que o auditor execute os testes de auditoria primeiramente nas contas com 
possíveis problemas, de modo que tais contas sejam evidenciadas através da 
avaliação do sistema de controle interno e revisão analítica.
Principais Procedimentos de Auditoria
A Resolução n.º 820/93, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 
determina que a aplicação dos procedimentos de auditoria
[...] deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, 
por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, 
com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que 
dispuser determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos 
elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
13
UNIDADE 
Ainda de acordo com o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, 
o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos: 
 · Inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;
 · Observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de 
sua execução; 
 · Investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou 
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade; 
 · Cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, 
registros e demonstraçõescontábeis e outras circunstâncias; e
 · Revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, 
mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com 
vistas à identificação de situações ou tendências atípicas.
Providências para a Reunião com a Gerência da Empresa
O auditor deve:
 · Ler o parecer e as demonstrações financeiras do exercício social anterior;
 · Ler o relatório ou comentário do exercício social anterior;
 · Ler as pastas correntes do exercício social anterior, bem como as pastas 
permanentes e pastas de correspondências;
 · Ler atas de reuniões de acionistas, conselhos administrativos, diretoria, 
conselho fiscal e comitê de auditoria;
 · Ler os relatórios de auditoria interna emitidos durante o exercício social a 
ser auditado;
 · Visitar a fábrica e os principais departamentos da empresa;
 · Obter conhecimento das legislações fiscais e normas de Contabilidade 
pertinentes à empresa auditada (CREPALDI, 2009).
Reunião com a Gerência
Na reunião, o auditor deve:
 · Discutir os pontos levantados, referentes ao tópico anterior;
 · Indicar se houve – ou se haverá – necessidade de mudança na natureza dos 
negócios, práticas contábeis, políticas financeiras etc. (CREPALDI, 2009).
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Informações que Devem ser Obtidas da Empresa
 · Elaborar uma carta solicitando as informações necessárias à execução da 
auditoria. Tais informações descrevem cópias de demonstrações contábeis, 
análises de contas, reconciliações bancárias, extratos bancários etc.;
 · A carta deve ser preparada de maneira que possa identificar as principais 
contas e o tipo de análise ou reconciliação específica que o auditor externo 
necessite (CREPALDI, 2009).
Planejamento de Horas
O auditor externo deve estabelecer a distribuição das horas entre as visitas 
preliminares e visita final. Tal distribuição é realizada tendo como base:
 · Horas constantes no levantamento que determinou o preço do serviço 
de auditoria;
 · Experiência adquirida na execução dos passos citados anteriormente;
 · Experiência de cada auditor (ALMEIDA, 2010).
Auditoria Preliminar
No que se refere à auditoria preliminar, o auditor deve:
 · Levantar o sistema de controle financeiro, que relaciona à área contábil, 
devendo avaliá-lo;
 · Executar o procedimento de revisão analítica para as demonstrações 
contábeis preliminares;
 · Revisar os trabalhos realizados pela auditoria interna durante o exercício 
social e determinar até que ponto são confiáveis.
 · Estabelecer o valor de materiabilidade;
Materiabilidade: signifi ca, em auditoria, a existência de um valor estipulado para o qual 
os leitores poderiam não ter entendimento errôneo sobre as demonstrações fi nanceiras.
Ex
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 · Estabelecer os procedimentos de auditoria e quantidade de testes a serem 
realizados para os agrupamentos de contas do balanço patrimonial e da 
demonstração do resultado do exercício;
 · Realizar todos os procedimentos de auditoria relacionados à visita preliminar;
 · Atualizar a pasta permanente;
 · Revisar o relatório ou comentário do ano anterior da empresa; e
 · Antes de se retirar da empresa, deve assegurar que todos os papéis de trabalho 
foram revisados e todos os pontos de revisão estão limpos (ALMEIDA, 2010).
15
UNIDADE 
Caixa e Banco
Contagem de Caixa
Este procedimento é aplicável às empresas que realizam suas vendas à vista – 
lojas, concessionárias de pedágio etc. – e que podem ter uma quantia significativa 
de recursos no seu caixa na data do balanço patrimonial:
 · A contagem de caixa deve ser surpresa;
 · Com a presença do responsável pela auditoria, o auditor deve estabelecer 
que os caixas serão contados;
 · Em nenhuma hipótese o auditor deve assumir a responsabilidade na 
ausência do responsável pelo caixa, o qual deve estar presente na realização 
da contagem;
 · O auditor deve estar atento a anormalidades;
 · Para recebimentos não depositados – cheques – o auditor deve acompanhar 
até o depósito bancário – analisar recibo de depósito autenticado;
 · O auditor deve preparar um papel de trabalho à caneta, contendo as 
seguintes informações:
 · Nome da empresa;
 · Título do papel de trabalho – contagem de caixa;
 · Data e hora da contagem;
 · Nome do responsável pelo caixa;
 · Composição do caixa – moeda, notas, cheques, comprovantes etc. 
(SÁ, 2000).
Circulação dos Saldos Bancários
Devem ser os procedimentos do auditor:
 · Solicitar o preenchimento da carta de confirmação bancária;
 · Conferir informações da carta;
 · Incluir juntamente à carta um envelope selado com o endereço da própria 
empresa de auditoria externa;
 · Anexar a carta de confirmação e o envelope selado da resposta em um outro 
envelope e enviá-lo por correio;
 · Conferir respostas recebidas;
 · Quando as respostas não estiverem adequadas, enviar nova carta ao banco 
(ALMEIDA, 2010).
16
17
Cuto� de Cheques
Objetivando a certificação de que os cheques são registrados nos períodos de 
suas respectivas competências e de que não há erros na conciliação bancária, o 
auditor deve efetuar os seguintes procedimentos (SÁ, 2000):
 · Obter ou realizar uma relação do último cheque emitido e dos cheques em 
branco para a data do exame;
 · Verificar se não foi lançado nenhum cheque de número posterior ao do cutoff;
 · Verificar se não foi lançado nenhum cheque de número anterior ao do cutoff. 
Teste das Conciliações Bancárias
Habitualmente, as empresas preparam mensalmente as conciliações bancárias, 
que representam uma reconciliação do saldo da conta corrente bancária através 
de extrato com o saldo pela razão analítica, ou seja, o processo concilia o saldo 
indicado pelos extratos bancários aos que são informados pela Contabilidade. 
A reconciliação bancária, na prática, é elaborada tendo como base o último dia 
do mês e objetiva eliminar as transações que aparecem em ambos os registros. As 
que sobram são classificadas como itens pendentes (SÁ, 2000).t
17
UNIDADE 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Manual de orientação dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis
BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Superintendência de Fiscalização 
Econômica e Financeira. 2013.
http://goo.gl/knadbS
Qualit@s
MARTINS, O. S. A importância da auditoria contábil das disponibilidades nas entidades. 
v. 6, n. 2, 2007
http://goo.gl/ZqnXex
Revista de Ciências Gerenciais
OLIVEIRA, D. S.; GOMES, G. F. da F.; PORTO, L. C. de M. A importância da auditoria 
interna no processo de gestão das organizações em um ambiente globalizado e cada vez 
mais competitivo.v. 1, n. 1, 2012
http://goo.gl/NCTw6d
Revista de Administração e Ciências Contábeis do Ideau
RIGO, M.; BLEIL, C. Auditoria das demonstrações contábeis: um estudo da evidenciação 
e transparência das informações. v. 3, n. 7, jul./dez. 2008. 
http://goo.gl/QUbMBl
18
19
Referências
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
BEASLEY, M. S. Auditing. San Diego: The Dryden Press, 1996. p. 10-24.
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.º 11.941. Brasília, 
DF, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 22 Jun. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 821. Brasília, 
DF, 1997a.
______. Resolução n.º 820. Brasília, DF, 1997b.
______. Normas brasileiras de Contabilidade e normas de auditoria. 3. ed. 
Brasília, DF, 1991.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
FERRARI, E. L. Contabilidade geral: teoria e 1.000 questões. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2006.
GRAMLING, A. A.; RITTENBERG, L. E.; JOHNSTONE, K. M. Auditoria. Trad. 
Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
LIMA, P. G. de O. Auditoria contábil-fiscal. 7. ed. João Pessoa, PB: Persona, 2003.
RIBEIRO, O. M. Auditoria fácil. São Paulo: Saraiva, 2011.
RIBEIRO, O. M.; RIBEIRO, Juliana M. Auditoriafácil. São Paulo: Saraiva, 2012.
SÁ, A. L. de. Curso de auditoria. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
19

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