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PROJETO DE EXTENÇÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU 
 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
PRISCILA PISKLEVITZ SANT’ANNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 
ÁREA DO PROJETO 
(ex: consultoria assistida a propriedades rurais) 
TÍTULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIÃO DA VITÓRIA 
2020 
 
 
PRISCILA PISKLEVITZ SANT’ANNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CLÍNICA 
CONSULTORIA ASSISTIDA A PROPRIEDADES RURAIS 
 
Plano de atividades de extensão universitária, 
relacionado ao projeto Consultoria Assistida a 
Propriedades Rurais, apresentado ao Curso de 
Medicina Veterinária do Centro Universitário 
Vale do Iguaçu, como requisito de avaliação da 
disciplina de Extensão Universitária. 
 
Professor Orientador: Esp./Ms./Dr/PhD Fulano 
de Tal (conferir a titulação do professor no site 
da Uniguaçu, em Institucional/Corpo docente) 
Professor Co-orientador: se houver. 
Orientador (a) de atividades: se já estiver 
definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIÃO DA VITÓRIA 
2020 
 
 
LISTA DE ABRAVIATURAS E SIGLAS 
 
CAV-1 - adenovírus canino tipo 1. 
CAV-2 - adenovírus canino tipo 2. 
CCoV - coronavírus canino. 
Cº - graus Celsius. 
CPV-2 - parvovírus canino tipo 2 
HIC - hepatite infecciosa canina. 
HVF-1 - herpes vírus felino tipo 1 
nm - nanômetro. 
pH – potencial hidrogeniônico. 
RNA - ácido ribonucleico. 
VCC - vírus da cinomose canina 
VGG - grupo de diretrizes de vacinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 5 
3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 6 
3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 6 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 6 
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 6 
4.1 A IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS ....................... 6 
4.2 DOENÇAS RECORRENTES EM CÃES ............................................................. 6 
4.2.1 Cinomose ..................................................................................................... 6 
4.2.2 Coronavirose................................................................................................ 7 
4.2.3 Leishmaniose ............................................................................................... 7 
4.2.4 Hepatite infecciosa canina ......................................................................... 8 
4.2.5 Leptospirose ................................................................................................ 8 
4.2.6 Parainfluenza canina ................................................................................... 9 
4.2.7 Parvovirose .................................................................................................. 9 
4.2.8 Raiva ............................................................................................................. 9 
4.3 DOENÇAS RECORRENTES EM GATOS ........................................................ 10 
4.3.1 Calicivirose ................................................................................................. 10 
4.3.2 Clamidiose .................................................................................................. 11 
4.3.3 Panleucopenia ........................................................................................... 11 
4.3.4 Raiva ........................................................................................................... 11 
4.3.5 Rinotraqueíte.............................................................................................. 12 
4.4 VACINAS ESSENCIAIS ..................................................................................... 12 
4.5 VACINAS NÃO ESSENCIAIS ............................................................................ 12 
4.6 PLANO DE VACINAÇÃO SUGERIDO .............................................................. 13 
5 METODOLOGIA ...................................................................................................... 13 
6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ....................... 14 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 15 
7.1 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS .................................................... 15 
8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 15 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A extensão universitária já é conhecida e utilizada a muitos anos, 
provavelmente a mais de dois séculos. Mostrou ser muito importante no 
desenvolvimento social, humano e econômico, trazendo ao universitário a vivencia 
cotidiana da rotina da comunidade a que pertence. 
No Brasil a extensão universitária vem fazendo transformações sociais que 
fizeram com que a torna se um dos aspectos mais importantes na formação dos 
acadêmicos que Já são inseridos através dessa experiência no meio que vão vivenciar 
em suas futuras carreiras formando profissionais mais adequados e preparados para 
fazerem parte desta sociedade. 
A graduação é muito importante para o mercado de trabalho porem nem 
sempre se faz suficiente para que aja a oportunidade de ingressar no meio. Já com a 
extensão trazendo a experiência da profissão esse ingressar se torna mais fácil. 
Trazendo benefícios a quem está começando na carreira por já ter experiência, se 
inserindo mais rapidamente no mercado de trabalho. 
Dentro da medicina veterinária são inúmeras as áreas de atuação na extensão 
universitária como por exemplo o desenvolvimento de comunidades de agricultura 
familiar, ações integradas, estimulo da convivência harmônica entre o homem e seus 
animais, piscicultura ornamental, controle reprodutivo, diminuição de zoonoses entre 
outras, são inúmeras as possibilidades nas mais diversas áreas de atuação. 
Na área de pequenos animais no controle de zoonoses são diversas as 
técnicas abordadas para se alcançar o objetivo. Como os mutirões de castração para 
diminuir o número futuro de animais nas ruas e as palestras conscientizadoras 
oferecendo conhecimento e educação da população em geral sobre animais 
domésticos tendo como objetivo impedir a propagação de zoonoses como raiva, 
leptospirose, toxoplasmose entre outras. 
O controle de zoonoses se faz muito importante e presente no dia a dia de toda 
a população por visar tanto a saúde e bem-estar animal quanto a humana. 
 
5 
 
Combatendo a propagação de doenças que trazem problemas sociais de 
grande importância as comunidades. 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A vacinação de cães e gatos é de extrema importância, pois é o método mais 
eficaz de prevenção e proteção de algumas doenças infecciosas, promovendo 
imunidade contra esses agentes. A imunização do animal faz com que o organismo 
crie anticorpos necessários para que se um dia, o animal entrar em contato com a 
doença, ele esteja preparado para combatê-la. Além de proteger o animal, a 
vacinação também auxilia para redução do número geral dos animais domésticos 
suscetíveis na população, chamada de imunidade de rebanho, diminuindo assim a 
prevalência da doença. 
As doenças com maior recorrência em cães e que podem ser evitadas pela 
vacinação são: cinomose, coronavirús, hepatite infecciosa, leptospirose, 
parainfluenza, parvovirose e raiva. 
Já nos gatos as doenças mais recorrentes são:calicivirose, leucemia felina, 
panleucopenia, rinotraqueite e raiva. 
A necessidade de os animais serem vacinados se dá devido os mesmos 
possuírem uma vida longa e saudável, já que as doenças citadas se encontram 
disseminadas em nosso país e possuem fácil transmissão. Um filhote não vacinado 
possui uma grande possibilidade de não atingir a idade adulta, pois pode ser vítima 
de uma doença infecciosa. Os animais adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer 
momento quando não vacinados. 
Além da vacinação ser benéfica aos animais domésticos ela ainda beneficia os 
humanos, pois doenças chamadas de zoonoses são transmissíveis do animal para o 
homem. Dentre as zoonoses podemos destacar a Raiva e a Leptospirose. Um animal 
que não foi vacinado pode adquirir uma zoonose e transmiti-la para a família de seu 
proprietário, essa situação pode ser agravante quando se tem crianças e idosos no 
meio familiar. 
 
6 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Informar o proprietário da importância de manter os seus animais vacinados 
contra as doenças. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Pesquisar sobre a importância da vacinação dos animais domésticos. 
Identificar as doenças que ocorrem com maior frequência em pequenos 
animais. 
Apresentar as doenças de acordo com sua recorrência. 
Evidenciar a importância da imunização correta. 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1 A IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS 
 
A vacinação é o método mais eficaz é de baixo custo para o controle das 
doenças infecciosas em nossos animais. A imunização correta do animal não só 
prolonga sua expectativa de vida como também a dos seres humanos, pois dentre as 
doenças que atingem cães e gatos há também doenças chamadas zoonoses, 
conhecidas por infectar os seres humanos trazendo complicações à saúde em alguns 
casos até a morte. A tecnologia em vacinas segue com o rápido avanço, em especial 
pelo uso de técnicas moleculares modernas e pela maior compreensão do ser humano 
dos mecanismos imunológicos, frequentemente criam-se novas formas de melhorar e 
otimizar as respostas imunes do organismo dos animais domésticos com o objetivo 
de alcançar uma máxima proteção (TIZARD; 2013). 
 
4.2 DOENÇAS RECORRENTES EM CÃES 
 
4.2.1 Cinomose 
 
 
7 
 
A doença da cinomose é causada por um vírus do gênero Morbillivirus, da 
família Paramyxoviridae. Possui um diâmetro variável de 150 a 250 nm (GREENE; 
2015). 
A propagação viral ocorre 7 dias após a inoculação experimental e sua 
disseminação geralmente ocorre por exposição a aerossóis ou gotículas respiratórias. 
Mesmo após a vacinação a imunidade à virulência do vírus da cinomose não é 
absoluta (GREENE; 2015). 
 
4.2.2 Coronavirose 
 
A coronavirose é causada pelo coronavírus canino (CCoV) pertencente ao 
gênero Coronavírus da família Coronaviridae. O CCoV ataca cães de todas as idades, 
porém a doença se agrava ainda mais em filhotes, sendo fatal na maioria dos casos 
(PRATELLI; 1999). 
A ocorrência da doença é frequente em canis, abrigos e locais onde há convívio 
entre os cães, além disso o vírus possui alta taxa de contágio o que causa a 
disseminação rápida entre os animais. A infecção do CCoV em conjunto com outros 
vírus, bactérias ou parasitas contribui para o agravamento do caso e para a fatalidade 
da doença (FLORES, 2012). 
O principal meio de transmissão do vírus são as fezes de cães infectados com 
a infecção ocorrendo principalmente pela via oral. Os sinais clínicos se iniciam entre 
1 e 4 dias após a infecção (FLORES, 2012). 
Os sintomas mais frequentes causados pela doença são: desidratação, perda de 
apetite, letargia, vômito e diarreia (FLORES, 2012). 
 
4.2.3 Leishmaniose 
 
A leishmaniose é causada por um protozoário intracelular do gênero 
Leishmania apresentando duas formas morfológicas sendo, amastigota e 
promastigota. O protozoário completa o seu ciclo biológico em dois hospedeiros, 
sendo a forma amastigota do parasita no hospedeiro vertebrado e a forma 
promastigota no hospedeiro invertebrado que serve como vetor (ETTINGER, 1997). 
 
8 
 
Os sintomas mais comuns da leishmaniose são: diarreia, vômito, tosse, espirro, 
epistaxe, depressão, debilidade muscular, perda de peso, poliúria e polidipsia 
(NELSON & COUTO, 2001). 
 
4.2.4 Hepatite infecciosa canina 
 
A hepatite infecciosa canina (HIC) é considerada uma doença grave causada 
pelo adenovírus canino tipo 1 (CAV)-1 possuindo similaridade imunológica com os 
adenovírus humanos. Assim como outros adenovírus o CAV-1 é altamente resistente 
a inativação ambiental e sobrevive à desinfecção com várias substâncias químicas e 
possui estabilidade quando exposto a certas frequências de radiação ultravioleta. 
Além disso ele sobrevive durante dias à temperatura ambiente em restos no solo, e 
permanece viável por meses com temperatura abaixo de 4 °C, porém, é inativado 
após 5 minutos exposto à temperatura de 50 a 60 °C. A desinfecção pode ser realizada 
com uso de iodo, fenol e hidróxido de sódio (GREENE; 2015). 
Apesar de que cães de todas as idades possam contrair a doença a HIC possui maior 
frequência em cães com menos de 1 ano de idade (GREENE; 2015). 
Os principais sintomas de cães que contém HIC em fase aguda são vômito, dor 
abdominal e diarreia com ou sem evidências de hemorragia (GREENE; 2015). 
 
4.2.5 Leptospirose 
 
A leptospirose é causada por uma bactéria de ordem das Espirochaetales, 
família Leptospiraceae e do gênero Leptospira. essas bactérias são microorganismos 
exigentes e precisam de meios especializados para serem cultivadas em laboratório 
(QUINN, 2005). 
As leptospiras somente sobrevivem em um ambiente com condições favoráveis 
de PH entre 7,0 e 7,4, temperatura de 28 a 30 °C e com boa umidade (FAINE, 1999). 
A infecção do animal geralmente ocorre através do contato com a leptospira do 
ambiente por meio de alimento ou água contaminados, com dejetos ou carcaças de 
animais infectados, além disso a transmissão pode ocorrer via transplacentária e 
venérea (BOLIN, 2000). 
A doença apresenta-se na forma aguda, subaguda e crônica. As infecções 
agudas podem causar o óbito do animal devido a coagulação intravascular 
 
9 
 
disseminada, já nas infecções com menor gravidade os sintomas são: febre, anorexia, 
desidratação vômito, mialgia, poliúria e polidipsia. Na maioria dos casos a infecção 
em cães é assintomática em sua forma subclínica e crônica, com quadros de 
insuficiência renal e hepática (ETTINGER; FELDMAN, 2004; GEISEN, 2007). 
 
4.2.6 Parainfluenza canina 
 
A parainfluenza canina é uma doença contagiosa aguda e sub aguda, viral, 
causada pelo adenovírus canino tipo II (CAV-2) (BARR, BOWMANN; 2012). 
A transmissão pode ocorrer por meio de contato direto (focinho a focinho) com 
outros cães infectados, secreções ou espirros, ou através de contatos indiretos como 
comedouros e bebedouros (BARR, BOWMANN; 2012). 
Cerca de 60 a 80% todos animais infectados desenvolvem sinais clínicos, 
sendo eles: febre, corrimento nasal claro, temperaturas elevadas com o 
desenvolvimento de pneumonia e tosse (BARR, BOWMANN; 2012). 
 
4.2.7 Parvovirose 
 
A parvovirose é uma infecção contagiosa causada pelo parvovírus pertencente 
à família Parvoviridade. O vírus causador da parvovirose é extremamente resistente 
sendo estável em pH de 3,0 a 9,0 e possui a capacidade de sobreviver no meio 
ambiente durante meses ou até anos. A sua inativação ocorre à temperatura de 56 °C 
por 60 minutos e tratamentos com solventes orgânicos. 
A transmissão do vírus é feita por meio fecal (fonte primária) e a entrada por 
via oral nasal ou oronasal (RODOSTITS, 2000). 
O efeito da infecção causada pelo parvovírus é a gastroenterite aguda que 
ocorre somente nos canídeos, além disso, o vírus também pode causar lesões em 
outros órgãos contribuindo para outros sintomas como a linfopenia, miocardite e sinais 
respiratórios (RODOSTITS, 2000). 
 
4.2.8 Raiva 
 
 
10 
 
Araiva é uma doença causada por um vírus RNA da ordem Mononegavirales 
e família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE; 2008). 
O vírus da raiva é sensível à solventes de lipídeos, tais como, sabão, éter, 
clorofórmio e acetona, além disso o mesmo possui sensibilidade ao etanol de 45 a 
70%, aos preparos iodados e aos compostos de amônio quaternário. O Lyssavirus é 
resistente à dessecação, congelamentos e descongelamentos, possuindo 
estabilidade à um PH de 5,0 a 10 e sensibilidade em temperaturas de pasteurização 
de luz ultravioleta, além disso é inativado quando exposto a uma temperatura de 60 
°C durante 35 segundos (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 
Uma de suas diferenças se comparado a outros vírus patogênicos é que ao contrário 
de muitos vírus que causam infecção aguda o vírus da raiva possui a capacidade de 
ultrapassar as defesas imunes de seus hospedeiros, então devido a isso a produção 
de anticorpos em indivíduos infectados ocorre de forma tardia geralmente após o 
mesmo apresentar sintomas da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 
Os sintomas da doença geralmente são: a mudança de comportamento do 
animal (geralmente fica com um comportamento agitado e agressivo), a excitabilidade 
reflexa fica exaltada e o animal se sobressalta à um menor estímulo, além disso, pode 
ocorrer anorexia, salivação abundante devido ao animal se tornar incapaz de deglutir 
a saliva (pelo motivo da paralisação dos músculos da deglutição), irritação na região 
de penetração do vírus e uma ligeira elevação de temperatura. A paralisia começa 
pelos músculos da cabeça é do pescoço eu animal fica com sintomas de engasgo, 
após isso vem a paralisia total e a morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 
 
4.3 DOENÇAS RECORRENTES EM GATOS 
 
4.3.1 Calicivirose 
 
A calicivirose é uma doença respiratória causada pelo vírus com RNA de fita 
simples Feline Calicivirus do gênero Vesivirus e família Caliciviridae . É uma doença 
comum em gatos sendo transmitida pela via nasal, oral e conjuntival através de outros 
gatos que carregam o vírus continuamente sem que haja sintomas, ou também, 
através de gatos com doença aguda que compartilham o mesmo meio. O vírus é 
 
11 
 
relativamente estável sendo resistente a muitos desinfetantes (BARR, BOWMANN; 
2012). 
 Os sintomas da doença geralmente aparecem de 3 a 4 dias após a exposição do 
felino ao vírus, sendo os principais sintomas: sinais no trato respiratório superior, 
ulceração na língua, palato duro, pneumonia e artrite. Apesar de ser uma doença 
grave é raro que a doença se torne fatal (BARR, BOWMANN; 2012). 
 
4.3.2 Clamidiose 
 
A clamidiose é uma infecção crônica do trato respiratório decorrente de uma 
bactéria intracelular chamada Chlamydophila felis que é transmitida com facilidade de 
um gato para outro através do contato. As bactérias podem ficar inativas no meio 
ambiente e só se reproduzem após o contato com o felino (BARR, BOWMANN; 2012). 
Os felinos com a doença geralmente apresentam conjuntivite crônica unilateral 
ou bilateral. A infecção crônica geralmente atinge de 5,0 a 10% dos infectados. A 
clamidiose é considerada uma zoonose e pode ser transmitida para os seres humanos 
causando uma conjuntivite leve (BARR, BOWMANN; 2012). 
A vacina para a clamidiose não impede a infecção do felino, porém reduz a 
duração e a gravidade da doença (BARR, BOWMANN; 2012). 
 
4.3.3 Panleucopenia 
 
A panleucopenia é uma infecção viral aguda exclusiva em felinos causada pelo 
vírus parvovírus felino. O vírus é extremamente contagioso e estável no meio 
ambiente possuindo a capacidade de sobreviver por anos em locais contaminados 
(BARR, BOWMANN; 2012). 
A doença é caracterizada por início súbito, depressão, vômitos e diarreia, dor 
abdominal, degeneração da retina, desidratação e alta taxa de mortalidade (BARR, 
BOWMANN; 2012). 
 
4.3.4 Raiva 
 
 
12 
 
A doença da raiva ocorrente em gatos é causada pelo mesmo vírus 
(Lyssavirus) que infecta os canídeos, isso faz com que geralmente os felinos possuam 
os mesmos sintomas ou sintomas semelhantes à raiva canina, com destaque ao 
animal se tornar furioso (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 
 
4.3.5 Rinotraqueíte 
 
A rinotraqueíte é uma infecção viral causada pelo vírus herpes vírus felino tipo 
1 (HVF-1) da família Herpesviridae ocorrente em gatos domésticos e exóticos (BARR, 
BOWMANN; 2012). 
O vírus entra no indivíduo através do contato oral intestinal ou conjuntival, isso 
acontece geralmente em instalações que abrigam um grande número de animais 
sendo o vírus perpetuado por portadores latentes (BARR, BOWMANN; 2012). 
Os principais sintomas apresentados pelo animal infectado são: espirros, febre, 
rinite, conjuntivite e queratite ulcerativa (BARR, BOWMANN; 2012). 
 
4.4 VACINAS ESSENCIAIS 
 
As vacinas essenciais para os cães são aquelas que proporcionam proteção 
contra o adenovírus canino (CAV), as variantes do parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) e 
o vírus da cinomose canina (VCC). Já em gatos as vacinas consideradas essenciais 
são: antirrábica e aquelas que proporcionam proteção contra a calicivirose, 
panleucopenia e rinotraqueíte (DAGNONE, TINUCCI-COSTA; 2018). 
 
4.5 VACINAS NÃO ESSENCIAIS 
 
Segundo o grupo de diretrizes de vacinação (VGG), vacinas não essenciais são 
prescritas aos animais apenas quando estes forem provenientes de determinadas 
localizações geográficas onde possui um surto de uma doença específica ou quando 
possuem um manejo ambiental que possa trazer riscos de contrair determinadas 
infecções. 
 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpesviridae
 
13 
 
4.6 PLANO DE VACINAÇÃO SUGERIDO 
 
O grupo de diretrizes de vacinação (VGG) estipula uma estratégia de vacinação 
para cães em que relata que a primeira dose da vacina pode ser iniciada aos 45 dias 
de idade, após isso um animal deve receber 3 doses da vacina múltipla em um 
intervalo médio de 21 dias entre cada aplicação. Pode-se administrar a vacina 
antirrábica junto com a terceira dose da vacina múltipla, além disso recomenda-se 
reforços através de revacinação anual utilizando uma dose única da vacina múltipla e 
antirrábica. Em gatos, assim como em cães o VGG é recomenda que a primeira dose 
da vacina seja iniciada aos 45 dias de idade com o intervalo médio de 21 dias entre 
as aplicações. 
As vacinas necessárias para cães são: 
• Vacina antirrábica; 
• Vacina V8: protege o cão contra cinomose, parvovírus, adenovírus tipo 2, 
parainfluenza, coronavírus, leptospirose causada pelas cepas 
icterohaemorrhagiae e canicola.; 
• Vacina V10: protege contra as mesmas doenças que a V8 e também protege 
de outras duas cepas causadoras da leptospirose, sendo a grippotyphosa e a 
pomona. 
As vacinas necessárias para gatos são: 
• Vacina Antirrábica; 
• Vacina V3: protege os animais contra o calicivírus, inotraqueite e 
panleucopenia; 
• Vacina V4: protege das mesmas doenças que a V3, com a proteção contra a 
clamidiose; 
• Vacina V5: protege das mesmas doenças que a V4, com a proteção contra a 
leucemia felina. 
5 METODOLOGIA 
 
Para o desenvolvimento deste trabalho informativo utilizou-se os 
conhecimentos adquiridos durante o curso e o conhecimento prático obtido durante o 
período de estágio. 
 
14 
 
Com o objetivo de informar o leitor sobre a importância da vacinação em 
pequenos animais domésticos buscou-se abordar as principais doenças que atingem 
os cães e gatos e que podem ser na maioria das vezes se facilmente evitadas pela 
imunização. Tratando das principais doenças caninas temos: a cinomose, corona 
virose, leishmaniose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parainfluenza canina, 
parvovirose e raiva. Já nos felinos as doenças abordadas com maior destaque por 
serem comumente causadoras de enfermidadesão: a calisivirose, clamidiose 
panleucopenia, raiva e rinotraqueíte. 
As doenças foram selecionadas através de pesquisas bibliográficas utilizando 
livros de forma primária relacionados à área e com uma complementação secundária 
feita em pesquisas na internet. 
6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 
 
03 de fevereiro a 02 de abril – período de aulas referentes às disciplinas do 9º 
período. 
03 a 17 fevereiro – aula de apresentação do plano de ensino e apresentação do 
projeto de extensão universitária. 
02 a 30 de março – período de orientação presencial do projeto de extensão (reuniões 
presenciais nas segundas feiras, das 7:45 às 11:25h) 
10 de março – entrega do plano de atividades de extensão universitária, com 
assinatura do professor orientador e do professor extensionista (via on-line 
obrigatória). 
03 a 09 de abril – avaliações das disciplinas do 9º período. 
17 de abril – entrega do relatório parcial, e avaliação parcial do projeto. Devolutiva do 
plano de atividades, e conferência da documentação obrigatória para realização da 
extensão universitária. 
20 de abril a 19 de junho – período reservado à aplicação do projeto de extensão 
universitária. 
 
15 
 
20 de maio – entrega do relatório parcial das atividades de extensão, para o professor 
orientador e para o professor extensionista (de acordo com modelo, com fotos, via e-
mail). 
22 a 26 de junho – período de avaliação e socialização dos projetos de extensão 
universitária. 
30 de junho – entrega do relatório final das atividades de extensão, e fichas de 
avaliação (avaliação das pessoas beneficiadas pelo projeto, autoavaliação). 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
7.1 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS 
 
Através do presente trabalho espera-se impactar de forma positiva no modo em 
que os proprietários dos animais domésticos enxergam a importância da imunização. 
Espera-se que o tema abordado traga como resultado um incentivo para vacinação 
correta dos cães e gatos, colaborando para a diminuição da mortalidade dos animais 
e a diminuição de zoonoses, beneficiando a população em geral. 
Através do presente trabalho espera-se impactar de forma positiva no modo em 
que os proprietários dos animais domésticos enxergam a importância da imunização. 
Espera-se que o tema abordado traga um incentivo para vacinação correta dos cães 
e gatos colaborando para a diminuição da mortalidade dos animais e a diminuição de 
zoonoses beneficiando a população em geral. 
8 REFERÊNCIAS 
 
BARR, S.C; BOWMANN D, D. Canine and Feline Infectious Diseases and 
Parasitology. 2.ed. State Avenue, Ames, Iowa, USA: John Wiley & Sons, Inc, 
2012. 
 
BOLIN, C. Leptospirosis. In: Emerging Diseases of Animals. ASM Press, 
Washington, DC: 2000, p.185- 200. 
 
BRASÍLIA, Jornal. A importância da vacinação de cães e gatos: 2019, 
disponível em: <https://jornaldebrasilia.com.br/saude/importancia-da-
vacinacao-de-caes-e-gatos/>, acessado em: (22/05/2020). 
 
16 
 
CRAIG E. GREENE, C.E.G. Doenças infecciosas em cães e gatos: 2015. 4ª 
edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. G831. 
DAGNONE, A. S.; TINUCCI-COSTA, M. Doenças infecciosas na rotina de 
cães e gatos no Brasil. Curitiba: Medvep, 2018. 310 . p. 143. 
ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária: 
Doenças do cão e do gato. 5.ed. Guanaba Koogan: Rio de Janeiro, 2004, 
p.418-420. 
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