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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA PRISCILA PISKLEVITZ SANT’ANNA PLANO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ÁREA DO PROJETO (ex: consultoria assistida a propriedades rurais) TÍTULO UNIÃO DA VITÓRIA 2020 PRISCILA PISKLEVITZ SANT’ANNA PLANO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CLÍNICA CONSULTORIA ASSISTIDA A PROPRIEDADES RURAIS Plano de atividades de extensão universitária, relacionado ao projeto Consultoria Assistida a Propriedades Rurais, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Vale do Iguaçu, como requisito de avaliação da disciplina de Extensão Universitária. Professor Orientador: Esp./Ms./Dr/PhD Fulano de Tal (conferir a titulação do professor no site da Uniguaçu, em Institucional/Corpo docente) Professor Co-orientador: se houver. Orientador (a) de atividades: se já estiver definido. UNIÃO DA VITÓRIA 2020 LISTA DE ABRAVIATURAS E SIGLAS CAV-1 - adenovírus canino tipo 1. CAV-2 - adenovírus canino tipo 2. CCoV - coronavírus canino. Cº - graus Celsius. CPV-2 - parvovírus canino tipo 2 HIC - hepatite infecciosa canina. HVF-1 - herpes vírus felino tipo 1 nm - nanômetro. pH – potencial hidrogeniônico. RNA - ácido ribonucleico. VCC - vírus da cinomose canina VGG - grupo de diretrizes de vacinação. https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 5 3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 6 3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 6 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 6 4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 6 4.1 A IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS ....................... 6 4.2 DOENÇAS RECORRENTES EM CÃES ............................................................. 6 4.2.1 Cinomose ..................................................................................................... 6 4.2.2 Coronavirose................................................................................................ 7 4.2.3 Leishmaniose ............................................................................................... 7 4.2.4 Hepatite infecciosa canina ......................................................................... 8 4.2.5 Leptospirose ................................................................................................ 8 4.2.6 Parainfluenza canina ................................................................................... 9 4.2.7 Parvovirose .................................................................................................. 9 4.2.8 Raiva ............................................................................................................. 9 4.3 DOENÇAS RECORRENTES EM GATOS ........................................................ 10 4.3.1 Calicivirose ................................................................................................. 10 4.3.2 Clamidiose .................................................................................................. 11 4.3.3 Panleucopenia ........................................................................................... 11 4.3.4 Raiva ........................................................................................................... 11 4.3.5 Rinotraqueíte.............................................................................................. 12 4.4 VACINAS ESSENCIAIS ..................................................................................... 12 4.5 VACINAS NÃO ESSENCIAIS ............................................................................ 12 4.6 PLANO DE VACINAÇÃO SUGERIDO .............................................................. 13 5 METODOLOGIA ...................................................................................................... 13 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ....................... 14 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 15 7.1 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS .................................................... 15 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 15 4 1 INTRODUÇÃO A extensão universitária já é conhecida e utilizada a muitos anos, provavelmente a mais de dois séculos. Mostrou ser muito importante no desenvolvimento social, humano e econômico, trazendo ao universitário a vivencia cotidiana da rotina da comunidade a que pertence. No Brasil a extensão universitária vem fazendo transformações sociais que fizeram com que a torna se um dos aspectos mais importantes na formação dos acadêmicos que Já são inseridos através dessa experiência no meio que vão vivenciar em suas futuras carreiras formando profissionais mais adequados e preparados para fazerem parte desta sociedade. A graduação é muito importante para o mercado de trabalho porem nem sempre se faz suficiente para que aja a oportunidade de ingressar no meio. Já com a extensão trazendo a experiência da profissão esse ingressar se torna mais fácil. Trazendo benefícios a quem está começando na carreira por já ter experiência, se inserindo mais rapidamente no mercado de trabalho. Dentro da medicina veterinária são inúmeras as áreas de atuação na extensão universitária como por exemplo o desenvolvimento de comunidades de agricultura familiar, ações integradas, estimulo da convivência harmônica entre o homem e seus animais, piscicultura ornamental, controle reprodutivo, diminuição de zoonoses entre outras, são inúmeras as possibilidades nas mais diversas áreas de atuação. Na área de pequenos animais no controle de zoonoses são diversas as técnicas abordadas para se alcançar o objetivo. Como os mutirões de castração para diminuir o número futuro de animais nas ruas e as palestras conscientizadoras oferecendo conhecimento e educação da população em geral sobre animais domésticos tendo como objetivo impedir a propagação de zoonoses como raiva, leptospirose, toxoplasmose entre outras. O controle de zoonoses se faz muito importante e presente no dia a dia de toda a população por visar tanto a saúde e bem-estar animal quanto a humana. 5 Combatendo a propagação de doenças que trazem problemas sociais de grande importância as comunidades. 2 JUSTIFICATIVA A vacinação de cães e gatos é de extrema importância, pois é o método mais eficaz de prevenção e proteção de algumas doenças infecciosas, promovendo imunidade contra esses agentes. A imunização do animal faz com que o organismo crie anticorpos necessários para que se um dia, o animal entrar em contato com a doença, ele esteja preparado para combatê-la. Além de proteger o animal, a vacinação também auxilia para redução do número geral dos animais domésticos suscetíveis na população, chamada de imunidade de rebanho, diminuindo assim a prevalência da doença. As doenças com maior recorrência em cães e que podem ser evitadas pela vacinação são: cinomose, coronavirús, hepatite infecciosa, leptospirose, parainfluenza, parvovirose e raiva. Já nos gatos as doenças mais recorrentes são:calicivirose, leucemia felina, panleucopenia, rinotraqueite e raiva. A necessidade de os animais serem vacinados se dá devido os mesmos possuírem uma vida longa e saudável, já que as doenças citadas se encontram disseminadas em nosso país e possuem fácil transmissão. Um filhote não vacinado possui uma grande possibilidade de não atingir a idade adulta, pois pode ser vítima de uma doença infecciosa. Os animais adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer momento quando não vacinados. Além da vacinação ser benéfica aos animais domésticos ela ainda beneficia os humanos, pois doenças chamadas de zoonoses são transmissíveis do animal para o homem. Dentre as zoonoses podemos destacar a Raiva e a Leptospirose. Um animal que não foi vacinado pode adquirir uma zoonose e transmiti-la para a família de seu proprietário, essa situação pode ser agravante quando se tem crianças e idosos no meio familiar. 6 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Informar o proprietário da importância de manter os seus animais vacinados contra as doenças. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Pesquisar sobre a importância da vacinação dos animais domésticos. Identificar as doenças que ocorrem com maior frequência em pequenos animais. Apresentar as doenças de acordo com sua recorrência. Evidenciar a importância da imunização correta. 4 REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 A IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO EM PEQUENOS ANIMAIS A vacinação é o método mais eficaz é de baixo custo para o controle das doenças infecciosas em nossos animais. A imunização correta do animal não só prolonga sua expectativa de vida como também a dos seres humanos, pois dentre as doenças que atingem cães e gatos há também doenças chamadas zoonoses, conhecidas por infectar os seres humanos trazendo complicações à saúde em alguns casos até a morte. A tecnologia em vacinas segue com o rápido avanço, em especial pelo uso de técnicas moleculares modernas e pela maior compreensão do ser humano dos mecanismos imunológicos, frequentemente criam-se novas formas de melhorar e otimizar as respostas imunes do organismo dos animais domésticos com o objetivo de alcançar uma máxima proteção (TIZARD; 2013). 4.2 DOENÇAS RECORRENTES EM CÃES 4.2.1 Cinomose 7 A doença da cinomose é causada por um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. Possui um diâmetro variável de 150 a 250 nm (GREENE; 2015). A propagação viral ocorre 7 dias após a inoculação experimental e sua disseminação geralmente ocorre por exposição a aerossóis ou gotículas respiratórias. Mesmo após a vacinação a imunidade à virulência do vírus da cinomose não é absoluta (GREENE; 2015). 4.2.2 Coronavirose A coronavirose é causada pelo coronavírus canino (CCoV) pertencente ao gênero Coronavírus da família Coronaviridae. O CCoV ataca cães de todas as idades, porém a doença se agrava ainda mais em filhotes, sendo fatal na maioria dos casos (PRATELLI; 1999). A ocorrência da doença é frequente em canis, abrigos e locais onde há convívio entre os cães, além disso o vírus possui alta taxa de contágio o que causa a disseminação rápida entre os animais. A infecção do CCoV em conjunto com outros vírus, bactérias ou parasitas contribui para o agravamento do caso e para a fatalidade da doença (FLORES, 2012). O principal meio de transmissão do vírus são as fezes de cães infectados com a infecção ocorrendo principalmente pela via oral. Os sinais clínicos se iniciam entre 1 e 4 dias após a infecção (FLORES, 2012). Os sintomas mais frequentes causados pela doença são: desidratação, perda de apetite, letargia, vômito e diarreia (FLORES, 2012). 4.2.3 Leishmaniose A leishmaniose é causada por um protozoário intracelular do gênero Leishmania apresentando duas formas morfológicas sendo, amastigota e promastigota. O protozoário completa o seu ciclo biológico em dois hospedeiros, sendo a forma amastigota do parasita no hospedeiro vertebrado e a forma promastigota no hospedeiro invertebrado que serve como vetor (ETTINGER, 1997). 8 Os sintomas mais comuns da leishmaniose são: diarreia, vômito, tosse, espirro, epistaxe, depressão, debilidade muscular, perda de peso, poliúria e polidipsia (NELSON & COUTO, 2001). 4.2.4 Hepatite infecciosa canina A hepatite infecciosa canina (HIC) é considerada uma doença grave causada pelo adenovírus canino tipo 1 (CAV)-1 possuindo similaridade imunológica com os adenovírus humanos. Assim como outros adenovírus o CAV-1 é altamente resistente a inativação ambiental e sobrevive à desinfecção com várias substâncias químicas e possui estabilidade quando exposto a certas frequências de radiação ultravioleta. Além disso ele sobrevive durante dias à temperatura ambiente em restos no solo, e permanece viável por meses com temperatura abaixo de 4 °C, porém, é inativado após 5 minutos exposto à temperatura de 50 a 60 °C. A desinfecção pode ser realizada com uso de iodo, fenol e hidróxido de sódio (GREENE; 2015). Apesar de que cães de todas as idades possam contrair a doença a HIC possui maior frequência em cães com menos de 1 ano de idade (GREENE; 2015). Os principais sintomas de cães que contém HIC em fase aguda são vômito, dor abdominal e diarreia com ou sem evidências de hemorragia (GREENE; 2015). 4.2.5 Leptospirose A leptospirose é causada por uma bactéria de ordem das Espirochaetales, família Leptospiraceae e do gênero Leptospira. essas bactérias são microorganismos exigentes e precisam de meios especializados para serem cultivadas em laboratório (QUINN, 2005). As leptospiras somente sobrevivem em um ambiente com condições favoráveis de PH entre 7,0 e 7,4, temperatura de 28 a 30 °C e com boa umidade (FAINE, 1999). A infecção do animal geralmente ocorre através do contato com a leptospira do ambiente por meio de alimento ou água contaminados, com dejetos ou carcaças de animais infectados, além disso a transmissão pode ocorrer via transplacentária e venérea (BOLIN, 2000). A doença apresenta-se na forma aguda, subaguda e crônica. As infecções agudas podem causar o óbito do animal devido a coagulação intravascular 9 disseminada, já nas infecções com menor gravidade os sintomas são: febre, anorexia, desidratação vômito, mialgia, poliúria e polidipsia. Na maioria dos casos a infecção em cães é assintomática em sua forma subclínica e crônica, com quadros de insuficiência renal e hepática (ETTINGER; FELDMAN, 2004; GEISEN, 2007). 4.2.6 Parainfluenza canina A parainfluenza canina é uma doença contagiosa aguda e sub aguda, viral, causada pelo adenovírus canino tipo II (CAV-2) (BARR, BOWMANN; 2012). A transmissão pode ocorrer por meio de contato direto (focinho a focinho) com outros cães infectados, secreções ou espirros, ou através de contatos indiretos como comedouros e bebedouros (BARR, BOWMANN; 2012). Cerca de 60 a 80% todos animais infectados desenvolvem sinais clínicos, sendo eles: febre, corrimento nasal claro, temperaturas elevadas com o desenvolvimento de pneumonia e tosse (BARR, BOWMANN; 2012). 4.2.7 Parvovirose A parvovirose é uma infecção contagiosa causada pelo parvovírus pertencente à família Parvoviridade. O vírus causador da parvovirose é extremamente resistente sendo estável em pH de 3,0 a 9,0 e possui a capacidade de sobreviver no meio ambiente durante meses ou até anos. A sua inativação ocorre à temperatura de 56 °C por 60 minutos e tratamentos com solventes orgânicos. A transmissão do vírus é feita por meio fecal (fonte primária) e a entrada por via oral nasal ou oronasal (RODOSTITS, 2000). O efeito da infecção causada pelo parvovírus é a gastroenterite aguda que ocorre somente nos canídeos, além disso, o vírus também pode causar lesões em outros órgãos contribuindo para outros sintomas como a linfopenia, miocardite e sinais respiratórios (RODOSTITS, 2000). 4.2.8 Raiva 10 Araiva é uma doença causada por um vírus RNA da ordem Mononegavirales e família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). O vírus da raiva é sensível à solventes de lipídeos, tais como, sabão, éter, clorofórmio e acetona, além disso o mesmo possui sensibilidade ao etanol de 45 a 70%, aos preparos iodados e aos compostos de amônio quaternário. O Lyssavirus é resistente à dessecação, congelamentos e descongelamentos, possuindo estabilidade à um PH de 5,0 a 10 e sensibilidade em temperaturas de pasteurização de luz ultravioleta, além disso é inativado quando exposto a uma temperatura de 60 °C durante 35 segundos (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). Uma de suas diferenças se comparado a outros vírus patogênicos é que ao contrário de muitos vírus que causam infecção aguda o vírus da raiva possui a capacidade de ultrapassar as defesas imunes de seus hospedeiros, então devido a isso a produção de anticorpos em indivíduos infectados ocorre de forma tardia geralmente após o mesmo apresentar sintomas da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). Os sintomas da doença geralmente são: a mudança de comportamento do animal (geralmente fica com um comportamento agitado e agressivo), a excitabilidade reflexa fica exaltada e o animal se sobressalta à um menor estímulo, além disso, pode ocorrer anorexia, salivação abundante devido ao animal se tornar incapaz de deglutir a saliva (pelo motivo da paralisação dos músculos da deglutição), irritação na região de penetração do vírus e uma ligeira elevação de temperatura. A paralisia começa pelos músculos da cabeça é do pescoço eu animal fica com sintomas de engasgo, após isso vem a paralisia total e a morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 4.3 DOENÇAS RECORRENTES EM GATOS 4.3.1 Calicivirose A calicivirose é uma doença respiratória causada pelo vírus com RNA de fita simples Feline Calicivirus do gênero Vesivirus e família Caliciviridae . É uma doença comum em gatos sendo transmitida pela via nasal, oral e conjuntival através de outros gatos que carregam o vírus continuamente sem que haja sintomas, ou também, através de gatos com doença aguda que compartilham o mesmo meio. O vírus é 11 relativamente estável sendo resistente a muitos desinfetantes (BARR, BOWMANN; 2012). Os sintomas da doença geralmente aparecem de 3 a 4 dias após a exposição do felino ao vírus, sendo os principais sintomas: sinais no trato respiratório superior, ulceração na língua, palato duro, pneumonia e artrite. Apesar de ser uma doença grave é raro que a doença se torne fatal (BARR, BOWMANN; 2012). 4.3.2 Clamidiose A clamidiose é uma infecção crônica do trato respiratório decorrente de uma bactéria intracelular chamada Chlamydophila felis que é transmitida com facilidade de um gato para outro através do contato. As bactérias podem ficar inativas no meio ambiente e só se reproduzem após o contato com o felino (BARR, BOWMANN; 2012). Os felinos com a doença geralmente apresentam conjuntivite crônica unilateral ou bilateral. A infecção crônica geralmente atinge de 5,0 a 10% dos infectados. A clamidiose é considerada uma zoonose e pode ser transmitida para os seres humanos causando uma conjuntivite leve (BARR, BOWMANN; 2012). A vacina para a clamidiose não impede a infecção do felino, porém reduz a duração e a gravidade da doença (BARR, BOWMANN; 2012). 4.3.3 Panleucopenia A panleucopenia é uma infecção viral aguda exclusiva em felinos causada pelo vírus parvovírus felino. O vírus é extremamente contagioso e estável no meio ambiente possuindo a capacidade de sobreviver por anos em locais contaminados (BARR, BOWMANN; 2012). A doença é caracterizada por início súbito, depressão, vômitos e diarreia, dor abdominal, degeneração da retina, desidratação e alta taxa de mortalidade (BARR, BOWMANN; 2012). 4.3.4 Raiva 12 A doença da raiva ocorrente em gatos é causada pelo mesmo vírus (Lyssavirus) que infecta os canídeos, isso faz com que geralmente os felinos possuam os mesmos sintomas ou sintomas semelhantes à raiva canina, com destaque ao animal se tornar furioso (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2008). 4.3.5 Rinotraqueíte A rinotraqueíte é uma infecção viral causada pelo vírus herpes vírus felino tipo 1 (HVF-1) da família Herpesviridae ocorrente em gatos domésticos e exóticos (BARR, BOWMANN; 2012). O vírus entra no indivíduo através do contato oral intestinal ou conjuntival, isso acontece geralmente em instalações que abrigam um grande número de animais sendo o vírus perpetuado por portadores latentes (BARR, BOWMANN; 2012). Os principais sintomas apresentados pelo animal infectado são: espirros, febre, rinite, conjuntivite e queratite ulcerativa (BARR, BOWMANN; 2012). 4.4 VACINAS ESSENCIAIS As vacinas essenciais para os cães são aquelas que proporcionam proteção contra o adenovírus canino (CAV), as variantes do parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) e o vírus da cinomose canina (VCC). Já em gatos as vacinas consideradas essenciais são: antirrábica e aquelas que proporcionam proteção contra a calicivirose, panleucopenia e rinotraqueíte (DAGNONE, TINUCCI-COSTA; 2018). 4.5 VACINAS NÃO ESSENCIAIS Segundo o grupo de diretrizes de vacinação (VGG), vacinas não essenciais são prescritas aos animais apenas quando estes forem provenientes de determinadas localizações geográficas onde possui um surto de uma doença específica ou quando possuem um manejo ambiental que possa trazer riscos de contrair determinadas infecções. https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Herpesvirus_felino_1&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpesviridae 13 4.6 PLANO DE VACINAÇÃO SUGERIDO O grupo de diretrizes de vacinação (VGG) estipula uma estratégia de vacinação para cães em que relata que a primeira dose da vacina pode ser iniciada aos 45 dias de idade, após isso um animal deve receber 3 doses da vacina múltipla em um intervalo médio de 21 dias entre cada aplicação. Pode-se administrar a vacina antirrábica junto com a terceira dose da vacina múltipla, além disso recomenda-se reforços através de revacinação anual utilizando uma dose única da vacina múltipla e antirrábica. Em gatos, assim como em cães o VGG é recomenda que a primeira dose da vacina seja iniciada aos 45 dias de idade com o intervalo médio de 21 dias entre as aplicações. As vacinas necessárias para cães são: • Vacina antirrábica; • Vacina V8: protege o cão contra cinomose, parvovírus, adenovírus tipo 2, parainfluenza, coronavírus, leptospirose causada pelas cepas icterohaemorrhagiae e canicola.; • Vacina V10: protege contra as mesmas doenças que a V8 e também protege de outras duas cepas causadoras da leptospirose, sendo a grippotyphosa e a pomona. As vacinas necessárias para gatos são: • Vacina Antirrábica; • Vacina V3: protege os animais contra o calicivírus, inotraqueite e panleucopenia; • Vacina V4: protege das mesmas doenças que a V3, com a proteção contra a clamidiose; • Vacina V5: protege das mesmas doenças que a V4, com a proteção contra a leucemia felina. 5 METODOLOGIA Para o desenvolvimento deste trabalho informativo utilizou-se os conhecimentos adquiridos durante o curso e o conhecimento prático obtido durante o período de estágio. 14 Com o objetivo de informar o leitor sobre a importância da vacinação em pequenos animais domésticos buscou-se abordar as principais doenças que atingem os cães e gatos e que podem ser na maioria das vezes se facilmente evitadas pela imunização. Tratando das principais doenças caninas temos: a cinomose, corona virose, leishmaniose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parainfluenza canina, parvovirose e raiva. Já nos felinos as doenças abordadas com maior destaque por serem comumente causadoras de enfermidadesão: a calisivirose, clamidiose panleucopenia, raiva e rinotraqueíte. As doenças foram selecionadas através de pesquisas bibliográficas utilizando livros de forma primária relacionados à área e com uma complementação secundária feita em pesquisas na internet. 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 03 de fevereiro a 02 de abril – período de aulas referentes às disciplinas do 9º período. 03 a 17 fevereiro – aula de apresentação do plano de ensino e apresentação do projeto de extensão universitária. 02 a 30 de março – período de orientação presencial do projeto de extensão (reuniões presenciais nas segundas feiras, das 7:45 às 11:25h) 10 de março – entrega do plano de atividades de extensão universitária, com assinatura do professor orientador e do professor extensionista (via on-line obrigatória). 03 a 09 de abril – avaliações das disciplinas do 9º período. 17 de abril – entrega do relatório parcial, e avaliação parcial do projeto. Devolutiva do plano de atividades, e conferência da documentação obrigatória para realização da extensão universitária. 20 de abril a 19 de junho – período reservado à aplicação do projeto de extensão universitária. 15 20 de maio – entrega do relatório parcial das atividades de extensão, para o professor orientador e para o professor extensionista (de acordo com modelo, com fotos, via e- mail). 22 a 26 de junho – período de avaliação e socialização dos projetos de extensão universitária. 30 de junho – entrega do relatório final das atividades de extensão, e fichas de avaliação (avaliação das pessoas beneficiadas pelo projeto, autoavaliação). 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.1 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS Através do presente trabalho espera-se impactar de forma positiva no modo em que os proprietários dos animais domésticos enxergam a importância da imunização. Espera-se que o tema abordado traga como resultado um incentivo para vacinação correta dos cães e gatos, colaborando para a diminuição da mortalidade dos animais e a diminuição de zoonoses, beneficiando a população em geral. Através do presente trabalho espera-se impactar de forma positiva no modo em que os proprietários dos animais domésticos enxergam a importância da imunização. Espera-se que o tema abordado traga um incentivo para vacinação correta dos cães e gatos colaborando para a diminuição da mortalidade dos animais e a diminuição de zoonoses beneficiando a população em geral. 8 REFERÊNCIAS BARR, S.C; BOWMANN D, D. Canine and Feline Infectious Diseases and Parasitology. 2.ed. State Avenue, Ames, Iowa, USA: John Wiley & Sons, Inc, 2012. BOLIN, C. Leptospirosis. In: Emerging Diseases of Animals. ASM Press, Washington, DC: 2000, p.185- 200. BRASÍLIA, Jornal. A importância da vacinação de cães e gatos: 2019, disponível em: <https://jornaldebrasilia.com.br/saude/importancia-da- vacinacao-de-caes-e-gatos/>, acessado em: (22/05/2020). 16 CRAIG E. GREENE, C.E.G. Doenças infecciosas em cães e gatos: 2015. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. G831. DAGNONE, A. S.; TINUCCI-COSTA, M. Doenças infecciosas na rotina de cães e gatos no Brasil. Curitiba: Medvep, 2018. 310 . p. 143. ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária: Doenças do cão e do gato. 5.ed. Guanaba Koogan: Rio de Janeiro, 2004, p.418-420. ETTINGER, S.J; FELDMAN, E.C. Medicina Interna Veterinária: 4 ed. São Paulo: Manole, 1997. FAINE, S; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2. ed. Melbourne: MedSci, 1999. 272 p. FLORES, E. F.. Virologia veterinária: 2º edição. Santa Maria: Editora UFSM, 2012. M. J. DAY, M. C. HORZINEK, R. D. SCHULTZ E R. A. SQUIRES. Diretrizes para a vacinação de cães e gatos. Journal of Small Animal Practice, Vol 57, 2016. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Diagnóstico Laboratorial da Raiva. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 108 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). NELSON, R. W. ; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. PRATELLI, A.; TEMPESTA, M.; GRECO, G.; MARTELLA, V.; BUONAVOGLIA, C. Bari, Itália: Journal of Virological Methods: 1999. 1ª edição. QUINN, P.J.; MARKEY, B.K.; CARTER, M.E.; DONNELLY, W.J.; LEONARD, F.C. Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 179-188. RODOSTITS, O.M. Exame clínico e diagnóstico em veterinária. Rio de Janeiro: Koogan, 2000. VETERINÁRIA, Revista. Importância da vacinação dos animais domésticos (cães e gatos): 2016, disponível em: <https://www.revistaveterinaria.com.br/importancia-da-vacinacao-dos-animais- domesticos-caes-e-gatos/>, acessado em: (22/05/2020).
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