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Riscos e benefícios da atividade física na hipertensão arterial sistêmica

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Plano	de	Aula:	Riscos	e	benefícios	da	atividade	física	na
hipertensão	arterial	sistêmica
PRESCRIÇÃO	DE	EXERCÍCIOS	PARA
GRUPOS	ESPECIAIS	-	SDE3991
Título
Riscos	e	benefícios	da	atividade	física	na	hipertensão	arterial	sistêmica
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
12
Tema
Riscos	e	benefícios	da	atividade	física	na	hipertensão	arterial	sistêmica
Objetivos
Identificar	 os	 pilares	 básicos	 para	 prescrição	 de	 exercício	 físico	 para
hipertensos.
Entender	os	mecanismos	de	ação	para	controle	da	pressão	arterial	durante	o
exercício.
Compreender	os	efeitos	crônicos	do	exercício	físico	na	hipertensão.
Estrutura	do	Conteúdo
Tratamento	da	hipertensão	arterial	sistêmica:	A	adoção	de	medidas	não
medicamentosas	é	o	mais	recomendado.	Dentre	as	mudanças	no	estilo	de	vida
para	o	tratamento	da	hipertensão	arterial,	a	prática	regular	do	exercício	físico
é	 um	 importante	 fator,	 visto	 que	 a	 aptidão	 aeróbica	 parece	 ser	 um	 preditor
independente	 para	 o	 aparecimento	 da	 hipertensão	 arterial.	 Aspectos
nutricionais	 também	são	 importantes	para	o	 tratamento	não	medicamentoso,
além	de	acompanhamento	psicológico.	Quanto	ao	tratamento	farmacológicos,
hoje,	existem	uma	gama	de	drogas	que	agem	no	controle	da	pressão	arterial.
Exercício	 físico	 e	 hipertensão:	 O	 exercício	 físico	 realizado	 regularmente
provoca	 importantes	 adaptações	 autonômicas	 e	 hemodinâmicas	 que	 vão
influenciar	o	sistema	cardiovascular,	com	o	objetivo	de	manter	a	homeostasia
celular	 diante	 do	 incremento	 das	 demandas	 metabólicas.	 Há	 aumento	 no
débito	 cardíaco,	 redistribuição	 no	 fluxo	 sanguíneo	 e	 elevação	 da	 perfusão
circulatória	 para	 os	 músculos	 em	 atividade.	 A	 PAS	 aumenta	 diretamente	 na
proporção	 do	 aumento	 do	 débito	 cardíaco.	 A	 PAD	 reflete	 a	 eficiência	 do
mecanismo	vasodilatador	 local	dos	músculos	em	atividade,	que	é	 tanto	maior
quanto	 maior	 for	 à	 densidade	 capilar	 local.	 A	 vasodilatação	 do	 músculo
esquelético	 diminui	 a	 resistência	 periférica	 ao	 fluxo	 sanguíneo	 e	 a	 vaso
constrição	 concomitante	 que	 ocorre	 em	 tecidos	 não	 exercitada	 induzida
simpaticamente	compensa	a	vasodilatação.	Consequentemente,	a	 resistência
total	 ao	 fluxo	 sanguíneo	 cai	 drasticamente	 quando	 o	 exercício	 começa,
alcançando	 um	 mínimo	 ao	 redor	 de	 75%	 do	 VO2máx.	 Os	 níveis	 tensionais
elevam-se	durante	o	exercício	físico	e	no	esforço	predominantemente	estático,
tendo	já	sido	constatados,	em	indivíduos	jovens	e	saudáveis,	níveis	de	pressão
intra-arterial	superiores	a	400/250	mmHg	sem	causar	danos	à	saúde.
Dentre	 os	 diferentes	 tipos	 de	 exercício	 físico,	 o	 exercício	 aeróbico	 é	 o	 mais
recomendado	para	a	prevenção	e	o	tratamento	da	hipertensão	arterial	devido
a	 seus	 comprovados	 efeitos	 hipotensores.	 De	 fato,	 o	 exercício	 aeróbico	 é
efetivo	 para	 reduzir	 a	 PA	 tanto	 quando	 empregado	 de	 forma	 crônica	 como
aguda.	Em	relação	aos	efeitos	crônicos	do	exercício	aeróbico,	uma	importante
meta-análise	sobre	o	assunto,	demonstrou	que	na	população	pré-hipertensa,
este	 tipo	 de	 treinamento	 promove	 uma	 redução	 significante	 da	 PAS/PAD	 na
ordem	de	-2,1/-1,7	mmHg,	respectivamente.
Além	 deste	 benefício	 crônico,	 uma	 única	 sessão	 de	 exercício	 físico	 aeróbico
promove	 hipotensão	 pós-exercício,	 que	 se	 caracteriza	 pela	 manutenção	 dos
níveis	 de	 PA	 no	 período	 de	 recuperação	 pós-exercício	 inferiores	 aos
observados	no	período	que	 antecede	o	 exercício	 ou	 ainda	 àqueles	 avaliados
em	 um	 dia	 controle,	 em	 que	 não	 houve	 a	 realização	 do	 exercício.	 O	 termo
hipotensão	 tem	sido	utilizado	apesar	dos	níveis	de	PA	atingidos	não	gerarem
sintomas	clínicos	de	hipotensão.
Embora	seja	um	evento	agudo,	a	literatura	sugere	que	os	efeitos	crônicos
provenientes	do	treinamento	físico	podem	se	dever	à	soma	dos	efeitos	agudos
de	cada	sessão.	Em	outras	palavras,	estes	efeitos	agudos	podem	gerar	perfis
excitatórios	ou	inibitórios	sobre	as	variáveis	fisiológicas,	no	caso	da	PA.	Uma
sessão	de	exercício	aeróbico	possui	um	perfil	inibitório	que	em	longo	prazo
gera	a	redução	da	PA.	Apontando	neste	sentido,	um	recente	estudo	encontrou
associação	positiva	e	significante	(r=	0,89)	entre	a	diminuição	da	PA	após	uma
única	sessão	de	exercício	aeróbico	e	a	redução	da	PA	em	repouso	após	um
período	de	treinamento	aeróbico.	Adicionalmente,	é	importante	destacar	que	a
hipotensão	pós-exercício,	por	si	só,	possui	relevância	clínica	na	hipertensão
arterial,	pois	apresenta	magnitude	significante	e	perdura	por	grande	parte	do
dia.	O	último	posicionamento	do	Colégio	Americano	de	Medicina	do	Esporte
considerou	esta	relevância	como	uma	evidência	científica	de	grau	B,	ou	seja,
baseada	em	número	ainda	limitado	de	estudos,	mas	com	qualidade	científica.
Cabe	ressaltar	que	após	este	posicionamento,	muitos	outros	estudos	foram
publicados,	comprovando	a	relevância	deste	fenômeno.
Aplicação	Prática	Teórica
Discutir	 com	 os	 discentes	 algumas	 situações	 práticas	 do	 dia-a-dia	 que
demonstram	a	 atuação	 do	 profissional	 de	 Educação	 Física	 no	 tratamento	 da
hipertensão.

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