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Resenha Critica - Psicologia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
Wanderson Monteiro Santos
Trabalho da disciplina: Psicologia na Segurança, 
com e Treinamento
 
 Tutor: Prof. Geórgia Gomes Vicente
Serra - ES 
2020
CIRQUE DU SOLEIL 
Referência: 
DELONG, Thomas J. VIJAYARAGHAVAN, Vineeta. Harvard Business School, Abril 2006. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/sendWork. Acesso em: 25 de Abril de 2020.
INTRODUÇÃO
O Cirque de Soleil vem desenvolvendo suas atividades desde 1984. No início não se chamava pelo nome mundialmente conhecido, mas sim por Le Club des Talons Hauts (Clube dos saltos altos). A equipe nesse período era formada por 73 artistas. Em 2001 as equipes já eram de 2.100 artistas no mundo todo. As tomadas de decisões corporativas e artísticas eram divididas entre dois homens: Laliberté e Daniel Gautier. O Cirque sempre se preocupou em manter a corporação longe do meio corporativo, visto que caso o mesmo aderisse a este modelo, a tomada de decisão seria mais voltada para os lucros ao invés da arte. Com isso, até os dias de hoje, o Cirque é privado e tem as suas decisões e planejamentos voltados para as decisões artísticas e criativas.
DESENVOLVIMENTO
O conceito do Cirque de Soleil é manter a estrutura do circo, mas sem o uso de animais. É utilizar artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas de forma a criar espetáculos de dança e arte. As atribuições do Cirque eram divididas entre duas pessoas: Laliberté e Daniel Gauttier. Laliberté tinha como responsabilidade a parte artística e o Gauttier pela parte administrativa da companhia. Essa divisão na administração não durou muito tempo, pois logo nos primeiros anos Laliberté comprou todas as ações e se tornou o único dono do Cirque du Soleil. Administrar pessoas criativas não era uma tarefa fácil, visto que os artistas muitas vezes punham em cheque a forma que era administrada o Cirque, achando que as decisões que eram tomadas nem sempre estavam de acordo com o espírito original do grupo. Essas divergências de pensamentos, causaram algumas rebeliões de artistas. Para conseguir dá suporte a todos os espetáculos que aconteciam simultaneamente pelo mundo, o Cirque de Soleil tentou por algumas vezes descentralizar a administração em divisões regionais, que atendessem a todos os artistas viajantes. Essas divisões ficaram localizadas uma na América do Norte, uma na Europa e outra na Ásia. Esse desmembramento não funcionou, centralizado toda a administração na sede em Montreal. Os artistas confiavam em Laliberté por ele ser carismático e altamente criativo. Ele tinha por objetivo fazer a corporação crescer, mas de modo a não intervir na liberdade artística que é a base do Cirque, com isso, ele tinha a liberdade de investir em seus artistas da forma que quisesse, tanto que em certa situação, o mesmo informou que jamais venderia ações da companhia.
Cada artista tem uma visão diferente do Cirque de acordo com a experiencia que tivera, como por exemplo, o regente disse que chorou na primeira apresentação que assistiu, não só pelo o espetáculo em si, mas pelos figurinos, luz e cenário. 
O regente Oberacker informou que há dez anos quase saltou de um prédio quando ficou sabendo do salário que receberia, pois era bem abaixo do que recebia, mas foi dito que se ele investisse o seu tempo e construísse a sua carreira receberia um valor justo. Oberacker apontava algumas diferenças entre o Cirque e as atrações da Broadway, como por exemplo a alimentação, que na Broadway era diária, enquanto no Cirque estava inclusa com a moradia. Outra diferença era a remuneração sobre as horas de ensaios, pois a Cirque não era remunerado, enquanto na Broadway jamais deixaria de ser paga. Mesmo com todas as diferenças financeiras, Oberacker sentia que fazia diferença no Cirque, pois tinha liberdade artística e se sentia recompensado a cada espetáculo que apresentava. Outro artista encantando pelo Cirque é o Gonzalo Muños, um palhaço cômico que que cresceu e estudou no teatro na colômbia e na França. Participava de espetáculos em palcos e ruas. Ao ouvir falar do Cirque de Soleil, foi assistir um espetáculo, e mesmo não gostando da apresentação dos palhaços, tinha respeito por um que compunha a equipe. Ele se integrou a equipe, além de fazer parte, ainda recebeu uma remuneração 300% maior do que já recebera, além de treinamento de idiomas.
A diretora de elenco viajava algumas vezes por vinte países para encontrar um talento, ela diz que achar um talento é como encontrar em um deserto uma pérola para compor um anel perfeito. Ela diz que achar um talento é algo complexo, pois tem que ter potencial para compor futuros trabalhos que o Cirque possa adquirir, sendo assim, ela tem que encontrar alguém bom e com grande potencial. Os artistas contratados eram apresentados muitas das vezes a oportunidade da vida deles, mas isso dependia da forma como eles interpretavam. A corporação ensinava os artistas a se expandir, explodir e entrar em contato com eles mesmos. Os artistas tinham que desenvolver a habilidade de dominar várias formas artísticas, como dança brasileira, balé e mimica. Outra qualidade que eram desenvolvidas nos profissionais, era a capacidade de trabalhar com outros profissionais de diferentes etnias. Cantin, diretora de elenco, informa que ao trazer novos artistas, ela leva em consideração as necessidades não-artisticas. Estas ações são importantes, pois alguns artistas precisam de apoio familiares para conseguir conviver com a pressão e exigências da profissão, como é o caso das crianças. Outro caso avaliado é contratar apenas um artista, pois essa ele pode se sentir sozinho e deslocado, impedindo assim o desenvolvimento. Mesmo os artistas implorando a oportunidade, dizendo que se adaptariam, Cantin entende que a procura pela grande oportunidade, faz com que eles aceitem qualquer condição, mas com a experiência anterior, entende que essa empolgação é passageira. Era necessário avaliar também se o recrutado iria continuar se desenvolvendo. O treinador dos ginastas, Bernard Petiot se preocupava em criar um ambiente de suporte e de aprendizado para a equipe, pois entendia que o desgasta de fazer e muitas vezes ter que refazer as coreografias. Ele percebeu que o conceito que tinha sobre o brainstorming era completamente diferente com o vivenciado na prática. O diretor interino diz que trabalhar no Cirque du Soleil é um desafio, pois é necessário que seja adaptável e prestativo. Ele entende que trabalhar durante as turnês era muito cansativo. Uma turnê tem duração média de três anos, e quando ele consegue proporcionar pelo menos um ano bom para os seus colaboradores, ele sente-se feliz, pois muitos não se sentem satisfeitos. Não devido a atividade, mas devido ter que abrir mão de vida pessoal ou por achar que merecem uma promoção. Martin Drumont dedicava cinquenta por cento de seu dia gerenciando as pessoas, ele tentava a todo custo proporcionar o bem-estar dos colaboradores. Ele os buscava no hotel com carro e era bem generoso quanto a alimentação. Com isso ele criava as melhores condições de trabalho que podia. O Cirque du Soleil já pagava um dos menores salários comparado a outras companhias, mas foi se ajustando ao longo de seu desenvolvimento, ou seja, de acordo que o Cirque crescia, iria atualizando os salários de seus artistas.
O ambiente de amizade e cooperação do Cirque funcionava, pois, estar nele e nas turnês fosse algo mágico, desta forma os artistas entendiam e sentiam por estar longe de suas casas, mas o sentimento de estar dando a alma e os corações para o público e para eles mesmo era muito recompensador. A companhia se esforçava para criar um ambiente favoráveis aos artistas. Lidar com várias pessoas com diferentes personalidades era um desafio, pois os artistas tinham a adrenalina em excesso, o qual faziam com que eles quisessem fazer as coisas na hora e no momento que desejavam, por isso era importante a liderança ter a mente aberta, paciência e saberlidar com pressão e o mais importante, amar pessoas. O administrador de projetos de multimídia que já fora diretor de turnê disse que seu trabalho era servir os artistas. Ele salienta ainda que alguns trabalham pensando somente em suas atribuições, e esquecem o “todo”, esquecem pelo que estão trabalhando, qual o motivo que os fazem fazer o que fazem. O vice presidente Marc Gagnon informou que ele dá liberdade para os artistas a fazerem o que bem quiserem, mas investe em responsabilidades, ou seja, cada um deve saber as suas responsabilidades dentro da corporação. Mesmo sendo um circo, eles ainda dão muitas festas, pois Gagnon entende que esta é a melhor forma de criar um sendo de comunidade e família. Independente da circunstância e situação, as festas ocorrem. Mas ele pondera que as festas são organizadas, que os artistas devem ter consciência que mesmo morando no mesmo local que acontece festas e atrações, devem entender que devem tratar aquele local como seu ambiente de trabalho.
As atrações do Cirque du Soleil não é feita para ótica do cliente, mas sim pela ótica do artista. Não é apresentado espetáculos querendo agradar as opiniões de espectadores, mas sim respeitando a liberdade artística. As pesquisas que são realizadas, levam em consideração de quais espetáculos os clientes gostaram e não como eles quisessem que fosse.
O Cirque Du Soleil tem sua estrutura de turnês que rodam por todo o mundo, mas a sua administração fica localizado em Montreal, onde estão todos os setores responsáveis pelo gerenciamento de toda a companhia. A sede foi desenhada para que houvesse centro de treinamento, ginásios, piscinas, restaurantes e outros espaços que fossem úteis para o desenvolvimento dos artistas. O diretor percebeu que muitos dos colaboradores que ali trabalham nunca tinha assistido um espetáculo e ele percebeu que os colaboradores que não ficam em contato com a fonte, não entende a importância do que faz. Por este motivo que, quando um colaborador pede para se desligar, Fortaine convidava-o para assistir ao espetáculo, e se mesmo assim o colaborador quisesse se desligar, seria demitido. Para fazer com que todos sentissem a magia do circo, ao iniciar um novo espetáculo, os que estavam próximos eram convidados a erguerem as lonas, pois desta forma podiam sentir a magia e a importância que cada um tinha.
CONCLUSÃO
Proporcionar um ambiente de trabalho saudável e salubre deve ser uma prioridade das instituições, pois não se preocupar com os esses itens pode prejudicar a produção e colaborador com doenças psicológicas nos colaboradores. O Cirque du Soleil demonstra preocupação com a saúde e bem-estar dos seus colaboradores desde o momento da entrevista, contração e durante o desenvolvimento das suas habilidades. Achar que uma boa remuneração é o único fator que importa para motivar um colaborador é falhar desde o primeiro momento, pois é importante entender que motivar os colaboradores é entender as necessidades humanas, os sentimentos e compreender cada indivíduo tem necessidades psicológicas diferentes. Por fim, é importante além da remuneração, fazer o colaborador sentir que faz parte, que é importante, valorizá-lo de forma que o mesmo sinta que ele não é só um salário, mas umas das peças mais importante da instituição a qual trabalha.

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