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Curso: Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Disciplina: Psicologia na Segurança, Com. E Treinamento. Tema: Resenha sobre o texto "Cirque du Soleil”. RESENHA DELONG, Thomas J.; VIJAYARAGHAVAN, Vineeta. Harvard Business School, 06 de Abril de 2006. 1. CREDENCIAIS DO AUTOR Thomas J. Delong é o professor Philip J. Stomberg de prática de gerenciamento na área de comportamento organizacional da Harvard Business School e o autor. Vineeta Vijayaraghavan é Assessor e Pesquisador em Inovação em Saúde. principais empresas de saúde, startups, faculdade de Harvard Harvard Business School. 2. CREDENCIAIS DA RESENHISTA Thomas J. Delong é o professor e Vineeta Vijayaraghavan é Assessor e Pesquisador. 3. RESUMO DA OBRA O texto trata-se do Cirque du Soleil, foi criado em 1984 por um conjunto de artistas de rua conhecido como “Le Club des Talons Hauts”, cujo tradução é “O Clube dos Saltos Altos”, um desses criadores permaneceu no Cirque e o dirige ainda hoje. Guy Laliberté, que era engolidor de fogo e ex músico, hoje é o presidente e o CEO do Cirque. Os funcionários que no início totalizavam 73 pessoas ao final de 2001 já passavam de 2.100, incluindo mais de 500 artistas. Além disso, o Cirque que somente necessitava de 50 novos artistas a cada dois anos, atualmente precisa encontrar 100 artista novos por ano. Em 2001, quase 6 milhões de pessoas assistiram a apresentação e em 2002, havia oito produções do Cirque em cartaz em quatro continentes. Nem sempre foi fácil administrar uma companhia cheia de pessoas artistas. Entre 1987 e 1988 houve “rebeliões de artistas”, somente com a interferencia de Laliberté, os “rebelilões” se acalmaram. Durante a maior parte da existência do Cirque Laliberté e Daniel Gautier dividiram igualmente a sua propriedade e administração. Laliberté era responsável pela maior parte da produção criativa e Gautier, pela administração. Já Murielle Cantin trabalhava como diretora de elenco do Cirque e passava semana ou até meses na estrada à procura de grandes talentos nos lugares mais inesperados e distantes. Em 1998, quando Laliberté comprou metade de Gautier, a revista Canadian Business Magazine avaliou a companhia em US$ 800 milhões. No ano de 1990, o Cirque tentou descentralizar a administração em três divisões regionais, América do Norte, Europa e Ásia, para fornecer melhor suporte aos espetáculos que viajavam pelo mundo, mas esse modelo não funcionou e com o tempo toda a administração voltou ficar a cargo do escritório central. Cirque adquiriu um empréstimo de 1,5 milhão de dólares canadenses do governo federal para comprar os equipamentos que seriam necessários para as turnês. Em dezembro de 1998 o Cirque abriu sua primeira loja em seu novo cinema permanente na propriedade do Walt Disney world Resort, na Flórida. O Cirque era, um circo sem animais. Reunia artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas para criação de apresentações, espetáculos teatrais de dança. Se mostrando um atento à globalização. Cantin tentava avaliar quais as necessidades dos artistas ao entrar para o Cirque e quanto apoio seria necessário. Incluia no elenco crianças que vivem nas ruas do Brasil e mudavam as suas vidas. Martin Dumont, diretor interino da turnê de “Dralion” nos EUA, trabalhava como auditor para a Ernst & Young no Canadá. Juntou-se ao Cirque em 1996 e depois de passar por cargos nas áreas de finanças e administração, atualmente é diretor de vendas ao publico, gerenciando os principais pontos de contato com o cliente. A turnê de “Dralion” consistia em 150 pessoas, das quais 57 eram artistas. Os funcionários fizeram todo o possível para manter o ambiente tão estável quanto possível para os artistas trabalharem. Dumont afirma que metade do seu tempo era dedicado ao gerenciamento de pessoas. Alguns funcionários saíram porque estavam cansados de abrir mão de sua vida pessoal e não suportavam mais a vida durante as turnês. Outros saíram por razões relacionadas aos trabalhos, como aqueles que queriam uma promoção ou uma função diferente e não havia vaga disponível. Para Crawford, o Cirque funcionava com acompanha que estar no circo fosse algo mágico, diz que muitos funcionários amavam o Cirque não a despeito das turnês, e sim por causa delas. Ele acredita que o Cirque fazia todo o possível para tornar as condições de trabalho favoráveis aos artistas, porém o que o Cirque não podia controlar era as condusões dos artistas, tentava mantê-los envolvidos mesmo sem poder se apresentarem estavam se preparando. Vicente Gagné já foi diretor de turnê do Cirque e hoje trabalhava no escritório central de Montreal, administrando projetos multimídia. Gagné sempre lembrava sua equipe durante as turnês de eu estavam ali para servir aos artistas. Marc Gagnon, Vice Presidente Operacional, começou a trabalhar na empresa no departamento de recursos humanos em 1989. O Cirque estava acostumado a lidar com pessoas apaixonadas que tinham opiniões fortes, corriam riscos e falavam sem se importar com a política, tal fato que gerou muitas demissões. Gagnon então tentou criar códigos de comportamento para todos os funcionários, buscava o equilíbrio adequado para a companhia, representando os papéis de pai benevolente e empregador oficial. Mario D’Amico, vice-presidente executivo de marketing com experiência em publicidade, afirma: “No Cirque a criatividade é o centro, e não os clientes. Os espetáculos sã o criados a partir de experiências pessoais, de angustia, alegria, imaginação. O negócio do Cirque é deixar que artistas puros trabalhem como quiserem; ele têm algo a dizer, eles se expressam”. O Studio, escritório central internacional do Cirque du Soleil em Montreal era o centro de criação e produção de toda a organização, o edifício possui outras características como estúdio de dança, restaurante self-service, sala de treinamento e escritório. Laliberté não queria vender ações da empresa e queria poder tomar decisões, prejudicando o lado empresarial do Cirque, não queria prestar contas a investidores ou acionistas. Para alguns funcionários o Cirque não era tão original, se comparado a outros espetáculos em cartaz na Europa. No mercado da América do Norte a saturação era uma preocupação iminente, com as produções em turnê realizando em média 375 espetáculos por ano e casas lotada de 2.500 pessoas por a presentação, com entrada a um preço médio de US$ 55. Cantin temia que o Cirque estivesse crescendo muito rápido. Havia a possibilidade do Cirque desgastar a sua imagem no mercado da América do Norte, de ficar muitos talentos originais ou de fazer algo inferior ao padrão de qualidade do Cirque na criação de seus complexos de entretenimento. Cantin se perguntava se havia alguma estratégia, mas talvez o Cirque não precisasse de outra estratégia senão concentrar-se em seus em seus artistas. Essa abordagem certamente serviu bem ao Cirque no passado. 4. CONCLUSÃO DA RESENHISTA O texto é baseado na história do Cirque du Soleil, abordando o começo, os desafios, crescimento e dificuldades encontrada no caminho. Além de perspetivas diferentes. O maior diferencial do Cirque é o fato de não terem animais nas suas apresentações e ainda trabalharem com coreografias e figurinos diferentes com crianças e adultos em suas apresentações. A proposta do autor foi mostrar o desafio dos diretores no Comportamento Organizacional, com o intuito de promover melhoria e eficácia no Cirque, o comportamento organizacional é parte que investiga o impacto dentro do ambiente e seus funcionários relacionados com uma estrutura organizacional. Principalmente por se tratar de muitos artistas e funcionários em geral com personalidades, emoções, habilidades,aprendizagens, percepções, valores e atitudes diversas. O intuito do Cirque era fazer com que o elenco tivesse o entendimento dos fundamentos sociais do comportamento como socializar, conformidade, normas e regras, obediência, posição, papel, status e coesão que são elementos que interferem no comportamento do indivíduo, evitando assim rebeliões como a ocorrida em 1988 conhecida como “rebelião de artistas”. O Cirque faz turnês e pelo mundo todo, sendo assim tenta proporcionar aos seus funcionários higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho, prevenção de acidentes (constantemente os artistas tinham contusões), qualidade de vida no trabalho (dormiam e se alimentavam no circo), psicologia e as relações humanas (constantemente existiam relacionamentos, pessoas apaixonadas), carga psíquica e organização do Trabalho (o funcionário tinha que deixar a sua vida pessoal e não suportavam a vida dura das turnês), é uma tarefa constantemente desafiadora principalmente para empresas como o Cirque que no final de 2001, a organização tinha mais de 2.100 funcionários no mundo todo, incluindo mais de 500 artistas. Vincent Gagné trabalha no escritório central de Montreal, administrando projetos multimídia. Gagné sempre lembrava sua equipe de que estavam ali para ser vir aos artistas, eles tinham dificuldade de entendimento isso deve-se ao fato de se contratarem pessoas que são realmente boas naquilo que fazem. Marc Gagnon, Vice Presidente operacional (COO), começou a trabalhar na empresa no departamento de recursos humanos em 1989. Sua primeira tarefa foi redigir uma política de de missão. O escritório central do Cirque du Soleil pregava a sinergia entre os artista e empregados em sua arquitetura, mantendo o contato das duas vertentes o tempo todo, era um espaço para diversas atividades e treinamentos para os artistas, além de ser um destaque para as pessoas nos arredores, já que era sempre oferecido eventos para os clientes, como oficinas de circo, por exemplo. Essa estrutura permitia a interação entre funcionário x artista, levando para todos a importância do trabalho de cada um e a necessidade de deixar o artista trabalhar como quisesse. A magia estava em todos, clientes, funcionários e artistas. Cantin resolveu ir para o Peru pois precisava de novos artistas para novos espetáculos. O crescimento exacerbado foi bom em diversos pontos, mas assustava. Como seria o futuro da empresa? Da marca? Iria se desgastar? Até o momento, uma gestão voltada aos artistas foi muito funcional, mas a criatividade não pode ser deixada de lado por ninguém, pois os desafios sempre estarão presentes. 5. CRÍTICA DA RESENHISTA O texto relata os desafios e dificuldades do Cirque du Soleil, que apesar de informar a importância e preocupação com seus funcionários, não foi citado informações detalhadas relacionadas a Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho, como são as instalações (dormitórios e espaço de descanso), carga horária trabalhada (compatível com a categoria), quantidade de alimentações (se são adequadas para manter os seus funcionários saudáveis), entre outras. O autor também não relata como fazia para manter a Saúde Ocupacional é “campo da saúde que zela pela saúde do trabalhador, principalmente na prevenção de doenças ou problemas derivados do trabalho, busca o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores”, etapas como pré-admissional, periódico, retorno ao trabalho, mudança efetiva de função e demissional. Apenas foi citado que o funcionário com contusão ele continua se preparando para seu retorno, mas como isso é feito? Tempo que deve ser respeitado para que não ocorresse lesões definitivas. O autor também não cita problemas com estresse, “conjunto de reações químicas, físicas e mentais provenientes do ambiente”. Comuns em trabalhos de alta cobrança como relatado pelo autor. No final do texto se resume em procurar novos artistas no Peru, pois precisavam preencher alguns cargos que ainda estavam vagos para o espetáculo “Varekai” que seria lançar em 2002, porém o autor deixa em aberto se Cantin o caçador de talentos, conseguiu encontrar o que buscava no Peru. Finalmente, com o estudo pude amadurecer meus conhecimentos técnicos e perceções por olhares diferentes, para uma crítica conceitual me exigiu conhecimentos prévios da Psicologia na Segurança, Com. E Treinamento para ser entendida, além de diversas releituras e pesquisas quanto a conceitos e criação de uma resenha. Disponível em: Arquivo digital disponibilizado na plataforma do aluna pela Universidade Estácio de Sá.
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