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PERSECUÇÃO PENAL
CONCEITO: 
“É o caminho percorrido pelo Estado-Administração para que seja aplicada uma pena ou medida de segurança àquele que cometeu uma infração penal, consubstanciando-se em três fases: 
Investigação preliminar – ação penal e execução penal”
PERSECUTIO CRIMINIS IN JUDICIO
Ajuizamento da ação penal pelo Ministério Público acompanhando-a até final. 
PERSECUTIO CRIMINIS
Para que o Ministério Público possa levar ao conhecimento do juiz a notícia de um fato infringente da norma apontando-lhe o autor, faz-se necessário colheita de elementos que comprovem o fato e a autoria. A Polícia Judiciária se encarrega dessa investigação corporificada na maioria das vezes no inquérito policial. 
OBJETO 
a) apuração do fato verificando-se a ocorrência de suspeita de transgressão e sua autoria;
b) confirmada a suspeita da transgressão busca-se a aplicação da punição prevista em lei. 
PERSECUÇÃO E TIPICIDADE 
Recebida a notícia da infração para que a autoridade policial dê início à investigação faz-se necessário a verificação se a suposta transgressão constitui fato tipificado no Código Penal. Se essa cautela não for observada configura-se constrangimento ilegal ao denominado “status dignitatis”. Não se configura a justa causa (art. 648, I do CPP), por consequência deverá ser o inquérito ou a ação penal trancada. 
JUSTA CAUSA
Para a ação penal é o conjunto de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e a autoria.
NOTÍCIA DO CRIME 
CONCEITO
A notícia do crime é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso. 
CLASSIFICAÇÃO 
a) “A cognição é espontânea, ou imediata, quando o delegado de polícia toma conhecimento do crime diretamente por intermédio de suas atividades rotineiras, portanto, sem a intermediação de qualquer pessoa. Tal ocorre, por exemplo, quando a autoridade transita pela via pública e se depara com a situação de um fato criminoso que acabara de ocorrer e, então, deve tomar espontaneamente todas as providências para a instauração do inquérito destinado a apurá-lo”. 
b) “Será provocada, ou mediata, a notitia criminis, quando a ciência do crime chegar à autoridade policial por meio de interposta pessoa. Essa pessoa tanto pode ser a própria vítima ou seu representante legal, quando um deles requer a instauração do inquérito; quanto pode ser ainda qualquer pessoa por meio da delação (delatio criminis). Essa delação poderá ser até mesmo anônima ou apócrifa, caso em que caberá à autoridade policial verificar a procedência da notícia. 
Será também mediata a notícia do crime no caso de requisição do Ministro da Justiça para a instauração de inquérito ou nas hipóteses do art. 7º, § 3º, do CP e nos crimes contra a honra do Presidente da República ou de Chefes de Estado estrangeiro (art. 145, parágrafo único, do CP). Os agentes policiais poderão também mediar a notítia criminis quando, por exemplo, atendem alguma ocorrência e lavram o respectivo boletim entregando-o posteriormente ao delegado de polícia”.
c) “É coercitiva a cognição da notítia crimins nas hipóteses de requisição pelo juiz ou promotor de justiça, bem como nos casos de prisão em flagrante, quando a autoridade policial, juntamente com a notícia do crime, recebe o criminoso, as testemunhas, os instrumentos e o produto do crime, não lhe restando alternativa senão instaurar o inquérito policial”.
FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
REQUERIMENTO: 
É uma solicitação, passível de indeferimento, razão pela qual não tem a mesma força de uma requisição. Pode ser formulado: 
a) por qualquer do povo (crimes de Ação Penal Pública Incondicionada) (art. 5º§ 3º, 27 e 301, CPP) 
b) pela própria vítima (nos crimes de Ação Penal Pública Incondicionada); (art. 5º, I, CPP) 
c) pelo ofendido ou por quem possa representá-lo legalmente (nos crimes de Ação Penal Privada, art. 30, 31, CPP); 
REPRESENTAÇÃO 
a) Pela autoridade policial: “Representação é a exposição de um fato ou ocorrência, sugerindo ou solicitando providências, conforme o caso. Trata-se do ato da autoridade policial, como regra, explicando ao juiz a necessidade de ser decretada uma prisão preventiva ou mesmo de ser realizada uma busca e apreensão. Pode não ser atendida”. 
b) Pelo ofendido ou quem o represente: “Por outro lado, pode cuidar-se do ato do ofendido que, expondo à autoridade competente o crime do qual foi vítima, pede providências. Nesse caso, recebe a denominação de delatio criminis postulatória. A representação não precisa ser formal, vale dizer, concretizada por termo e expresso nos autos do inquérito ou do flagrante”. 
A representação é formulada pela própria vítima ou por quem a represente nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada. (Art, 39, CPP) 
REQUISIÇÃO: 
“É a exigência para a realização de algo, fundamentada em lei. Não se deve confundir requisição com ordem, pois nem o representante do Ministério Público, nem tampouco o juiz, são superiores hierárquicos do delegado, motivo pelo qual não lhe podem dar ordens. Requisitar a instauração do inquérito significa um requerimento lastreado em lei, fazendo com que a autoridade policial cumpra a norma e não a vontade particular do promotor ou do magistrado”. 
 “Prevista no art. 5º, II, do Código de Processo Penal, é cabível a requisição nos crimes de ação pública (incondicionada ou condicionada). Essa requisição é feita mediante ofício firmado pelo juiz ou pelo representante do Ministério Público. No caso de ação pública condicionada, a representação deve acompanhar o ofício requisitório”. 
Prossegue o autor: 
“Nos crimes de ação pública incondicionada, pode ocorrer a requisição, na hipótese de chegar a notícia da infração penal ao conhecimento do juiz ou do órgão do Ministério Público, no caso de ação pública condicionada, não se trata de simples notícia da infração penal que chega ao conhecimento de ambos, mas, sim, de representação escrita que lhes é endereçada, ou de representação oral tomada por termo, conforme dispõe o art.39, § 1º, do Código de Processo Penal. 
Assim conclui GARCIA: 
“Em qualquer das modalidades, ação pública, incondicionada ou condicionada, recebida a requisição, a autoridade policial deverá tão somente baixar portaria, determinando o cumprimento e a instauração do inquérito policial”. “Existem duas modalidades de requisição previstas em nossa legislação penal. Uma, feita pelo juiz ou pelo Ministério Público, outra, pelo ministro da Justiça: 
a) Pelo órgão do Ministério Público ou juiz (nos crimes de Ação Penal Pública Incondicionada, art.129, VIII, CF)
b) Pelo Ministro da Justiça (nos crimes contra a honra do Presidente da República, art. 145, parágrafo único do CP)
OBSERVAÇÕES: 
Requisitar não é facultativo é dever jurídico e exigência. Não é ordem ante a ausência de subordinação. Não cabe indeferimento. No entanto, segundo Nucci (p.154) “é possível que a autoridade policial refute a instauração de inquérito requisitado por membro do Ministério Público ou por Juiz de Direito, desde que se trate de exigência manifestamente ilegal. A requisição deve lastrear-se na lei; não tendo, pois, supedêneolegal, não deve o delegado agir, pois, se o fizesse, estaria cumprindo um desejo pessoal de outra autoridade, o que se coaduna com a sistemática processual penal”. 
Requerimento que pode ser feito é objeto de requerimento. 
Pode ser indeferido e do indeferimento cabe recurso. 
Diz a lei que cabe recurso ao chefe da Polícia, que, atualmente, considera-se o Delegado Geral de Polícia, superior máximo exclusivo da Polícia Judiciária. Há quem sustente, no entanto, cuidar-se do Secretário a Segurança Pública. Entretanto, de uma forma ou de outra, quando a vítima tiver seu requerimento indeferido, o melhor percurso a seguir é enviar seu inconformismo ao Ministério Público ou mesmo ao Juiz de Direito da Comarca, que poderão requisitar a instauração do inquérito, o que, dificilmente, deixará de ser cumprido pela autoridade policial”.
ÓRGÃOS 
Políciascivis dos estados 
Polícia federal 
Polícias militares, corpos de bombeiros militares
Ministro da Justiça 
Juiz (vide art. 40 CPP) 
Ministério Público 
Câmara (vereadores, deputados), Senado, CPI. 
Administrador judicial (na falência) 
Médico ou aquele que exerce profissão sanitária; 
Capitão do porto nos crimes de engajamento e deserção 
DESTINATÁRIOS 
São destinatários da notícia do crime todas as autoridades que têm competência para levar instaurar e processar o inquérito. Nos crimes comuns são a autoridade policial, a judiciária e o Ministério Público. 
REGISTRO (OCORRÊNCIA POLICIAL) 
“A Ocorrência Policial pode ser conceituada como sendo a documentação, ou o registro, de notícia de infração penal, seja verbal, seja em livro próprio ou boletim, em regra geral postulatória. 
Qualquer que seja a forma de registro, livro, boletim ou arquivo informatizado, as anotações da ocorrência deverão conter dados visando responder as seguintes questões: Quem? O quê? Onde? Como? Quando? Por quê?
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA
A Lei 9.099 de 1995 instituiu o termo circunstanciado, medida jurídica que visa a substituir o inquérito policial nos crimes de menor potencial ofensivo. 
Trata-se de um "registro de ocorrência minucioso, detalhado onde se qualificam as pessoas envolvidas - autor(es) do(s) fato(s), vítima(s) e testemunha(s); faz -se um resumo de suas versões; menciona-se data, horário e local do fato; descrevem-se os objetos usados no crime (apreendidos ou não); colhe-se assinatura das pessoas envolvidas; quando a lei determinar, expõe-se a representação do ofendido e demais dados necessários a uma perfeita adequação típica do fato pelo Ministério público".

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