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Salim - Situação Problema

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Campus São José do Rio Pardo
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Graduação em Psicologia
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Psicologia do Desenvolvimento – Ciclo Vital
Trabalho com situação problema.
São José do Rio Pardo – SP
2020
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
· Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento. Para poder orientá-los, você necessita saber algumas informações sobre como foi o desenvolvimento da criança até aquele momento, para conhece-lo melhor. Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, nada faziam. Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia busca-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pega-lo, ele armava uma gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia das atividades ele se saia muito bem. O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a separação sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela metade e com isso estão preocupados em não poder atender todas as necessidades do filho. E há uma grande probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, sendo essa uma das principais razões da separação, pois Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo, mesmo estes não tendo nenhum problema. Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação da escola já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, já que no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as dificuldades dos pais na sua educação. Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala, gagueja e troca também algumas letras. Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.
INTRODUÇÃO: 
De início, o primeiro relato é os pais cedendo com que Salim durma com eles, há muitos estudos e opiniões diversas sobre filhos dormindo com os pais, porém segundo o artigo do Professor Titular de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; “Os estudos, na sua imensa maioria, não mostram qualquer problema. Pelo contrário, um dos estudos indicou que adultos do sexo masculino que dormiram com os seus pais quando tinham de 0 aos 5 anos apresentam melhor autoestima, menos indicativos de ansiedade e maior frequência de relações sexuais do que aqueles que não praticavam coleito. Uma exceção é o estudo longitudinal de Pelotas, mencionado acima. As crianças que mantinham coleito persistente até os 6 anos de idade apresentavam mais problemas de saúde mental que aquelas sem coleito. Uma limitação desse estudo foi que não se mediu problemas de saúde mental nas crianças antes dos 6 anos. Assim, os problemas emocionais e/ou comportamentais precoces podiam estar levando tanto ao coleito e aos problemas de saúde mental mais tarde. Resumindo, a partir de amanhã entro no consultório não mais “crucificando” casais que mantêm os filhos na sua cama por decisão própria, e não reativa, em algumas noites da semana. Nem sugerindo falsos fantasmas futuros para aqueles pais exaustos e culpados que, ás vezes, não conseguem ter forças para levar os filhos de volta para a cama deles em algumas noites!”
Salim, tem claramente muito poder sobre os pais, como por exemplo sobre escolher qual dos dois ira busca-lo na escola, ganhar todos os presentes que pede e isso pode lhe causar grandes problemas futuramente segundo uma pesquisa do site Guia do Bebe; Muitos pais acham que dizer sim ou aceitar tudo que as crianças pedem irá compensar a ausência enquanto trabalham fora. Ou simplesmente porque dizer sim é mais fácil, estão cansados para escutar as reclamações e choradeiras dos pequenos. Aceitar tudo o que o querido de casa determina é a porta de entrada para uma má educação por parte dos pais. Quem alerta é a pedagoga Varuna Viotti. “Na preocupação de não frustrar as crianças, de satisfazerem todos os seus desejos, os pais vão perdendo o domínio da disciplina familiar, que é o respeito básico para que a criança e mais tarde o adolescente e o jovem aceitem regras e normas na escola e na vida”, diz a profissional. O reflexo disso é visto não tão somente dentro de casa, mas o falso autoritarismo da criança é transportado para o mundo externo, ou seja, à escola e também nas relações com outras crianças. É cada vez maior o número de queixas de professores em relação à indisciplina e à falta de limites de crianças, fruto de uma educação refém das normas e determinações do filho.
[...] E isso é ruim para a criança, pois, sem saber, terá enorme dificuldade de convivência com os demais. Inicialmente, pelos pais permitirem tudo, a criança tende a não se sentir amada. Excesso de tolerância pode significar indiferença e falta de amor.
Conseqüentemente, esse ambiente centralizador gera insegurança e até mesmo agressividade no comportamento infantil. Já em um ambiente estranho, a criança terá grandes dificuldades para agir, pois não será a “dona do pedaço”, fazendo com que a insegurança e a agressividade se transformem em autodefesa.
“Disciplinar os filhos faz parte do processo de amor dos pais e mesmo que a princípio eles reajam e não aceitem prontamente a disciplina, certamente no futuro irão reconhecer que foi esta disciplina que sedimentou tudo o que conseguem na vida”, informa Varuna Viotti.
Segundo (FERRIOLLI, 2007) “A infância é a fase inicial do desenvolvimento psíquico e fisiológico, logo, o infante prejudicado nesta fase terá maior probabilidade de desenvolver algum tipo de patologia. Isso se agrava pela ausência de um dos genitores no período de desenvolvimento, podendo comprometer a saúde mental da criança. Durante o divórcio, a criança vivencia inúmeras situações novas e desagradáveis que, a longo prazo, podem se transformar em transtornos psicossociais.”
O divórcio vivenciado durante a infância poderá gerar efeitos negativos na vida da criança, já que segundo Homem (2009), com a concretização do divórcio e a saída de um dos genitores de casa, a criança fica quase que privada desse genitor. Além do contato, possivelmente, se tornar menor, a criança pode perceber uma perda da atenção, da figura parental e do tempo disponível. O divórcio gera, no filho, sentimento de insegurança em relação aos vínculos familiares, influenciado diretamente pelo comportamento parental. A longo prazo, o desenvolvimento infantil exposto a esses fatores pode levar a dificuldades em sua autoestima. 
Oaklander (1980) discorreu que o divórcio poderá ser o desencadeador da baixa autoestima na criança, demonstrando-se através de comportamentos como: chorar com facilidade, necessidade de vencer, trapaças, comportamentos antissociais, críticas a si mesmo. O divórcio pode, ainda, dificultar o desenvolvimento sadio da criança que, se acompanhada de negligência por parte do genitor presente, eleva o grau de sofrimento da criança.
Salim provavelmente terá muitas dificuldades em lidar com essa decisão dos pais por isso seria importante que os pais continuassem com uma relação saudável. Newcombe (1999) relata que o desenvolvimento dos filhos dependerá dos pais, de como eles estão ou não saudáveis psicologicamente, vistoque os pais promovem a segurança emocional da criança, a independência, o sucesso intelectual e a competência social. Nas casas de pais divorciados seria de grande importância se os ex-cônjuges mantivessem uma relação solidária, pois o autor traz a importância das relações pai e mãe para melhor adaptação da criança ao novo contexto familiar. As crianças mais jovens sofrem mais com o divórcio, até mesmo, acreditando serem culpadas por tal acontecimento
Salim tem 8 anos e está no 3° ano do ensino fundamental, o esperado para crianças nessa idade, segundo uma pesquisa do site Guia Infantil é; 
“As crianças com 8 anos estabelecem uma boa leitura e são capazes de desfrutar dela e aprender coisas novas. A escrita segue se desenvolvendo e cada vez a criança tem melhores estratégias que a ajudará a melhorar muito na escola. A compreensão melhora notavelmente na leitura e nas conversações com os demais. São capazes de aplicar e aprender novo vocabulário e a compreender textos e conversações, da mesma forma que se comunica melhor. São capazes de escolher a leitura ou outros desejos em relação aos seus interesses e gostos pessoais. São capazes de contar e entender até o milhar. Sabem somar, subtrair e são capazes de começar com boas habilidades para a multiplicação. Os problemas simples começam a ser fáceis para essas crianças”
Portanto, não é esperado que Salim tenha dificuldades em diferenciar as letras, por isso seria importante que os pais buscassem a ajuda de um profissional.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
FERRIOLLI, Silvia Helena Tortul; MARTURANO, Edna Maria; PUNTEL, Ludmila Palucci. Contexto familiar e problemas de saúde mental infantil no Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 2007. Disponível em: 
https://www.guiadobebe.com.br/filhos-que-manipulam-os-pais/
HOMEM, Tatiana Carvalho; CANAVARRO, Maria Cristina; PEREIRA, Ana Isabel Leite de Freitas. Factores protectores e de vulnerabilidade na adaptação emocional e académica dos filhos ao divórcio dos pais. Lisboa ,2009 Disponível em 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-
20492009000100001&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 25 out. 2016.
NEWCOMBE, Nora. Desenvolvimento Infantil: abordagens de Mussen. 8º ed. Porto Alegre. Artmed, 1999.
OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças: A abordagem gestaltica com crianças e adolescentes. São Paulo: Summus 17º edição, 1980.

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