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ÉTICA LAILA MOREIRA DE MORAES TURISMO POLO SAQUAREMA MAT 20115100049 AD2_2020_1

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Avaliação à Distância 2 O pobrismo ou turismo de favela (“favela tour”), não ocorre só no Rio de Janeiro, mas no México, na África do Sul etc e é um negócio em rentável.
 Como aponta os cadernos didáticos 18, { “Os críticos dizem que observar os mais pobres entre os pobres não é turismo. É voyeurismo. Segundo eles, os passeios são uma exploração e não têm vez no itinerário dos viajantes mais éticos. “Você gostaria que pessoas parassem em frente à porta da sua casa todos os dias, ou duas vezes por dia, tirassem fotos de você e fizessem comentários sobre o seu estilo de vida?”, pergunta David Fennell, professor de turismo e meio ambiente na Universidade de Brock, em Ontário. O turismo em favela, diz ele, é apenas mais um nicho que o turismo encontrou para explorar. O objetivo real, ele acredita, é fazer com que os ocidentais do primeiro mundo se sintam melhor em relação à sua situação de vida. “Isso reforça, em minha mente, o quanto eu tenho sorte – ou o quanto eles não têm”, diz. Por outro lado, leia o trecho a seguir: Não é bem assim, dizem os defensores do turismo nas favelas. Ignorar a pobreza não vai fazer com que ela desapareça. “O turismo é uma das poucas maneiras pelas quais eu ou você seremos capazes de entender o que significa a pobreza”, diz Harold Goodwin, diretor do Centro Internacional de Responsabilidade no Turismo em Leeds, na Inglaterra. “Simplesmente fechar os olhos e fingir que a pobreza não existe me parece negar nossa humanidade”. A questão mais importante, diz Goodwin e outros especialistas, não é se os passeios nas favelas deveriam existir, mas sim como eles devem ser conduzidos. Eles limitam as excursões a grupos pequenos, que interagem respeitosamente com os moradores? Ou fazem o passeio de ônibus, com os turistas tirando fotos pelas janelas como num safári?}
 Considerando o caderno didático n. 18, (páginas 186-193) e o vídeo do grupo humorístico Porta dos Fundos https://www.youtube.com/watch?v=8NlLQp2xmZ8, disserte em, no mínimo, trinta linhas, observando introdução, desenvolvimento e conclusão, acerca da Ética e do Pobrismo. 
Equipe de Ética.
Favela Tour – O Turismo na Favela
Alguns críticos do turismo levantam questionamentos sobre até que ponto essa prática almeja um desenvolvimento socioeconômico para comunidades ou apenas trata- -se de mais um produto oportunista que, ao mesmo tempo em que banaliza uma cultura, obtém lucros através da curiosidade dos turistas.
Não acho interessante expor a vida de pessoas pobres e retratar para outras pessoas com a classe econômica melhor e até de outros países, uma cultura de pessoas que lutam todos os dias e moram aglomeradas em suas casas às vezes nem acabadas, ainda no tijolo dentro de uma favela por não terem tido a oportunidade de não estar mais ali.
Acredito que em sua maioria não desejam estar ali, elas não escolheram , estão ali porque precisam, porque a vida ali é mais barata, porque pela vida que levam foi a melhor opção para elas. Se eu fosse morador eu não gostaria de ver um carro cheio de turistas tirando fotos e filmando com um sorriso no rosto a minha casa, meus filhos brincando livremente na rua, meu cotidiano, a minha vida exposta dessa maneira, iria me sentir ofendida, iria soar como deboche, como seria transmitido o que eles presenciaram? Eu seria julgada por todos? A troco de que? Quem autorizou a mostrar minha vida assim? Tem alguma história ali, algum aprendizado?
Com certeza levariam uma má história, uma história triste, eles diriam que somos pobres coitados e que vivemos em condições terríveis, desumanas, sem saneamento básico em alguns pontos, que ao mesmo tempo em que existem pessoas de bem morando ali existe também a parte do tráfico e que é tudo misturado e ninguém faz nada, que as pessoas que vivem ali são porcas, miseráveis, ou seja, nada de bom até porque ninguém iria descer do carro para entrevistar um morador e perguntar a ele se ele gosta de morar ali e se ele é feliz ali.
Sei que outros países tem este tipo de turismo mas em todos os Estados do Brasil tem favela, comunidade, gueto, morro, pessoas de baixa renda, carentes, pobres, porém apenas no Rio de Janeiro existe este tipo de “turismo” um passeio sem muito a acrescentar na vida desses turistas, por mostrarem a vida alheia de pessoas sofredoras que batalham e que quase não tem oportunidades na vida. Não me lembro de ter viajado e a atração turística de um lugar ser a parte mais pobre e mais sofrida dali e as pessoas ficarem curiosas, atraídas e ansiosas para conhecer um local assim.
Se pessoas procuram por esses passeios por curiosidade e saem de la comparando a vida que levam , e percebendo que eles tem sorte na vida enquanto os moradores de favela não tiveram tanta assim , infelizmente eles saíram mais pobres dos que já estão ali , eles saíram POBRES DE ESPIRITO. 
Teria que transformar esse passeio num passeio que falasse da historia daquele local desde o inicio, quem foram as pessoas importantes daquele lugar, contar pontos positivos da cultura local, descrever a criatividade deles para lidar com a vida ali e não mostrar a favela como um aglomerado de casas e pessoas pobres 
Se todo o lucro desses passeios fosse para ajudar no desenvolvimento da favela eu iria achar um bom negocio, acharia um investimento apesar de estar estampada a pobreza, mas poderiam fazer da seguinte maneira:
Construir hotéis, pousadas, pontos de apoio e um espaço reservado para a cultura onde o próprio morador seria o guia local e pudesse retratar a historia deles com carinho, orgulho e ternura que nenhum outro profissional senão eles mesmos do local têm para com o seu “lugar”, mas que fizessem de outra maneira com outros olhos, historias contadas com o coração...
Poderia investir também em cursos profissionalizantes para os próprios moradores que quisessem trabalhar com o turismo, para preencher vagas de guia turístico, motorista dos jipes, receptivo, pessoas que pudessem organizar melhor esse atrativo, historiadores, recepcionistas, garçons, barmen, profissionais de hotelaria e fariam um trajeto que retratasse a historia da favela e não a vida de pessoas, o Ponto de Apoio seria um lugar para receber o turista depois que ele subisse apenas uma parte da favela e nesse ponto teria um espaço que retratasse sobre a historia daquela favela, historia de pessoas que venceram ali apesar de toda a dificuldade, e que fosse dada 90% da oportunidade de emprego aos moradores.
Esse é um meio de fazer turismo respeitando vidas e historias, apoiando o desenvolvimento de um lugar e apresentando a trajetória com orgulho de cada ser que tem ali.

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