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REVISÃO DE ANATOMIA CLÍNICA PARA AV2 · Diferenciar as estruturas do SNC e SNP. O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. Localiza-se no esqueleto axial. O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o SNC e do SNC para os órgãos efetores (músculos e glândulas). · Líquor encéfalo espinhal. Fluído incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. Função primordial: proteção do SNC. O líquido cefalorraquidiano (LCR; também denominado fluido cerebrospinal ou líquor) é um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço subaracnóideo no cérebro (espaço entre o crânio e o córtex cerebral (mais especificamente, entre as membranas aracnoide e pia-máter das meninges) e no espaço subaracnóideo na medula espinhal. É uma solução salina muito pura, pobre em proteínas e células, e age como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Tem como função primordial a proteção mecânica do sistema nervoso central. De acordo com o princípio de Pascal, qualquer pressão ou choque que se exerça em qualquer ponto desse colchão líquido será distribuída igualmente por todos os pontos. Além disso, por envolver completamente o SNC, o LCR é capaz de suavizar os efeitos de seu peso, prevenindo traumas devido ao contato com a superfície óssea. · Classificação dos ossos. Conceito de ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o Esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. Canais de Havers são uma série de tubos em torno de estreitos canais formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. Esta região é denominada osso compacto ou diáfise. Vasos sanguíneos e células nervosas em todo o osso comunicam-se por osteócitos (que emitem expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar que esse canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vaso sanguíneos e nervos que são responsáveis pela nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguíneo passem pelo tecido ósseo. Canais de Volkmann são canais microscópicas encontradas no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. O interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteócitos. Cada osteócitos possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. Classificação dos ossos: Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos têm suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur. Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo. Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Estão situados no crânio: frontal, maxila, temporal, etmoide e esfenoide. Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles têm quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras e ossos temporais. · Suturas do crânio onde estão localizadas as fontanelas. FONTANELAS - Os ossos do crânio originam-se do mesênquima em torno do encéfalo embrionário e a ossificação desses ossos se faz por via intramembranosa ou endocondral. O que é uma característica exclusiva do crânio, pois com exceção da clavícula, todos os ossos do restante do corpo apresentam ossificação endocondral. Durante o desenvolvimento fetal e na infância, os ossos do crânio estão separados por tecido fibroso, não se tocam completamente, além de existir seis áreas grandes de tecido conjuntivo membranáceo que cobrem os espaços entre os ossos em desenvolvimento. Essas folhas membranáceas são denominadas fontanelas ou fontículos (conhecidas popularmente por moleira). Etimologicamente fontanela pode ser tomada como um italianismo (fontanella, pequena fonte, do latim fontana, fonte). Uma função muito importante das fontanelas é de auxiliar a passagem do bebê pelo canal de parto, pois permitem que o crânio possa ser comprimido através de cavalgamento dos ossos entre si, além de permitir o crescimento craniofacial. SUTURAS - São articulações fibrosas, constituídas por várias camadas de tecido conjuntivo fragmentado denso, que se encontram entre os ossos do crânio, estabelecendo ligações entre esses ossos. Suturas cranianas que fazem parte das fontanelas: sutura coronal: Osso parietal e Osso frontal e sutura lambdóide: Osso parietal e Osso occipital. · 12 pares dos nervos cranianos. Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos. Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal. Sequência craniocaudal dos nervos cranianos:I. Olfatório II. Óptico III. Oculomotor IV. Troclear V. Trigêmeo VI. Abducente VII. Facial VIII. Vestíbulo-coclear IX. Glossofaríngeo X. Vago XI. Acessório XII. Hipoglosso De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos. Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles: III – Nervo Oculomotor IV – Nervo Troclear VI – Nervo Abducente XI – Nervo Acessório XII – Nervo Hipoglosso Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I – Nervo Olfatório II – NervoÓptico VIII – Nervo Vestibulococlear Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V – Trigêmeo VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo. São os seguintes: III – Nervo Oculomotor VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago XI – Nervo Acessório I. Nervo Olfatório As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo). É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo). I. Nervo Olfatório As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo). É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo). III. Nervo Oculomotor IV. Nervo Troclear VI. Nervo Abducente São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são classificadas como eferentes somáticas. O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral; o nervo troclear logo abaixo do colículo inferior; e o nervo abducente no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana. Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para atravessar a fissura orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir aos músculos extrínsecos do olho. O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do olho, a qual movimenta a íris e a lente. V. Nervo Trigêmeo O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal. Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam, distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais. A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigatórios. O problema médico mais freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo. 1. Nervo Oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III, IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal. O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o nervo óptico é sensorial (visão). 2. Nervo Maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar nervo infra-orbital. O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n. labial superior). O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo. Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos alveolares superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para constituírem o plexo dental superior. 3. Nervo Mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior. O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade geral aos seus dois terços anteriores. O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo canal da mandíbula até o dente incisivo central. Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo colateral, que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do mento. Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus ramos se anastomosam desordenadamente para constituir o plexo dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores. A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal, masseter e pterigoideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos músculos. VII. Nervo Facial É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial. A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio. Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo vestibulococlear. No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio) penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é o canal facial. As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço. Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hioideo e ao ventre posterior do digástrico. As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua. O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular). Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço (músculoestilo-hioideo e ventre posterior do digástrico). VIII. Nervo Vestibulococlear Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio. A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais. IX. Nervo Glossofaríngeo É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe. Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida. X. Nervo Vago O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório. Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais. Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe. As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas nos gânglios superior e inferior. XI. Nervo Acessório Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago e distribui-se com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoideo. As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são: Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe; Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas. XII. Nervo Hipoglosso Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas. · Ossos do carpo. Fileira Proximal: Escafoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. Fileira Distal: Trapézio, Trapezoide, Capitato e Hamato. · Nervos espinhais 31 pares. NERVOS ESPINHAIS - São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São: · 8 pares de Nervos Cervicais · 12 pares de Nervos Torácicos · 5 pares de Nervos Lombares · 5 pares de Nervos Sacrais · 1 pares de Nervos Coccígeos Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. A Raiz Ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. A Raiz Dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral. O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhias Cervicais O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça, oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça. O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os músculos esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça. O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço, perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele. Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior da região occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical. Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminarem na pele. O ramomedial do quinto pode não alcançar a pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça, multífido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do pescoço, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação e as margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial do músculo levantador da costela. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Lombares Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais correm próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos acessórios e mamilares e podem sulcá-lo. Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor da espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da região glútea. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Sacrais Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo multífido. Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças sob o músculo glúteo máximo; destes,dois ou três ramos glúteos perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da região glútea. Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-laterais do tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos. · Como é feito o exame físico para verificar os nervos cranianos. Avaliação dos nervos cranianos 1 - Olfatório (S) 2 - Óptico (S) 3 - Oculomotor (M) 4 - Troclear (M) 5 - Trigêmeo (Misto) 6 - Abducente (M) 7 - Facial (Misto) 8 - Vestibulococlear (S) 9 - Glossofaríngeo (Misto) 10 - Vago (Misto) 11 - Acessório (M) 12 - Hipoglosso NERVO OLFATÓRIO Anosmia: ausência do olfato. Hiposmia: Redução da habilidade de sentir o cheiro. Hiperosmia: Aumento da sensibilidade ao odor. CAUSAS: Rinite alérgica, rinite e sinusite bacterianas, neoplasias, TCE, auras epilépticas, etc. TÉCNICA Identificação de diferentes odores: café, tabaco. Testar separadamente cada lado: ocluir uma das narinas. PACIENTE DE OLHOS FECHADOS NERVO ÓPTICO Ambliopia: diminuição da acuidade visual Amaurose: perda total da visão por lesão do nervo óptico Cegueira: perda total da visão por lesão em qualquer parte do aparelho visual, desde a córnea até o córtex cerebral CAUSAS: vasculares, metabólicas, inflamatórias, infecciosas, compressivas TÉCNICA 1 - Fundoscopia: Verificar a retina, papila óptico e vasos retinianos. 2 - Acuidade visual: Paciente a 6m da tabela de Snellen, permitindo o uso de óculos ou lente. Cobrir um dos olhos e ler a tabela, registrar a menor linha que o paciente consegue ler. Parosmia: Perversão do olfato. Fantosmia: Percepção de um odor. Cacosmia: Sensação de odores desagradáveis. 3 - Campimetria por confrontação: Distância de 1 braço do paciente. Paciente e examinador olhando nos olhos. Perguntar qual dos lados se move sem desviar os olhos. Testar os 4 quadrantes. NERVO TROCLEAR, OCULOMOTOR E ABDUCENTE Diplopia CAUSAS: Central ou oeriférica, vascular, metabólico, compressivas (aneurisma do seio cavernoso/HIC), inflamatória. Miastenia Gravis - Síndrome de Miller Fisher - Encefalite de Bickerstaff TESTE: 1 - Na ectoscopia observe: Abertura da pálpebra, posição do globo ocular na órbita em repouso, pupilas (diâmetro pupilar) 2 - Pesquise o reflexo fotomotor direto e consensual 3 - Pesquise os movimentos oculares extrínsecos em diferentes direções. MOTILIDADE OCULAR INTRÍNSECA - Pupilas: Via aferente: n. óptico Via eferente: n. oculomotor Integração: Mesencéfalo (área pré-tectal) REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO: Contração ou constrição répida da pupila do lado estimulado REFLEXO FOTOMOTOR INDIRETO OU CONSENSUAL: Contração da pupila contralateral ao lado estimulado REFLEXO DE ACOMODAÇÃO E CONVERGÊNCIA: Paciente fixa o olhar em um ponto bem distante, haverá dilatação da pupila, depois volta a olhar imediatamente para a ponta do indicador do examinador, situado a aproximadamente 15cm de seu nariz. A resposta é a rápida constrição das pupilas. PUPILAS DE ARGYLL ROBERTSON: Mióticas (não reagem a luz), mas contraem-se bruscamente quando pesquisamos o reflexo de acomodação e convergência, neurossífilis LESÃO DO NERVO ÓPTICO: Ausência do reflexo fotomotor direto e consensual. LESÃO DO OCULOMOTOR: Ausência do reflexo fotomotor direto e conservação do reflexo consensual. LESÃO DO MESENCÉFALO: Midríase fixa bilateral. MOTILIDADE OCULAR EXTRÍNSECA NERVO TRIGÊMIO Disestesia da face e fraqueza ao mastigar CAUSAS: Central/periférico, compressivas, inflamatórias, neuralgia do trigêmio TÉCNICA: 1 - Teste a sensibilidade da face: no território de inervação do 3 ramos (oftálmico, maxilar superior e mandibular. 2 - Pesquise o reflexo córneo palpebral 3 - Pesquise os movimentos da mandíbula e a força da mastigação, a abertura da boca. OBS: O desvio da mandíbula é homolateral à lesão. Exame do reflexo córneo palpebral: Estímulo unilateral na córnea ocular (aferente - V nervo craniano) Resposta: fechamento da pálpebra: (eferente - VII nervo craniano) NERVO FACIAL Queixas: Paralisia facial, ageusia total - perda total da gustação - perda da capacidade de detectar sal, doce, azedo, amargo, ageusia parcial - detecta algumas substâncias. CAUSAS: Vasculares, infecciosas - HSV TÉCNICA 1 - Observe a mímica facial em repouso e em movimento 2 - Teste a musculatura do andar superior (contração do frontal, oclusão das pálpebras) e do andar inferior (sorrir e assoviar) OBS: Em caso de paralisia facial, há desvio da comissura labial para o lado contralateral da lesão. Em caso de suspeita de paralisia facial periférica: Teste a Gustação no 2/3 anteriores da língua TÉCNICA: Paciente com a língua para fora, com os olhos fechados. coloque pitada de sal ou açucar numa hemi- língua, peça ao paciente que reconheça o sabor e indique no cartaz. NERVO VESTIBULOCOCLEAR Queixas auditivas: Hipoacusia Queixas vestibulares: Vertigens, vômitos. Observar nistagmos. TESTE: 1 - Audição: voz sussurrada e falada, roçar dos dedos. 2 - Teste de Romberg: O paciente em pé, com os pés juntos, mão s juntas as coxas, de olhos fechados, observar o equilíbrio. Pode ser sensibilizado colocando um pé na frente do outro. 3 - Prova de Rinne: O diapasão é colocado sobre o mastoide, até que o paciente se refira que não está mais escutando o som, momento este em que o diapasão é colocado junto ao CAE cerca de 2cm do mesmo, com os arcos no sentido perpendicular ao ouvido (para se evitar a zona muda). O Rinne é positivo quando o som é escutado por via aéreas após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre na audição normal e nas perdas neurossensoriais. O Rinne é negativo quando o som não é escutado por via aérea, após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre nas perdas condutivas onde a audição por via óssea é mais prolongada. 4 - Prova de Weber: O diapasão é colocado na linha média da fronte, da calota craniana ou junto aos dentes incisivos. Se o som for ouvido igualmente em ambos ouvidos: A audição é normal ou a perda auditiva é similar bilateralmente e, nesse caso, diz-se que Weber é indiferente. Se o som se lateralizar para o ouvido de melhor audição:A perda é neurossensorial no lado afetado. Se o som se lateralizar para o ouvido mais comprometido, a perda é condutiva. NERVOS GLOSSOFARÍNGEO E VAGO Queixas Glossofaríngeo: Engasgos, regurgitação de líquidos pelo nariz Vago: Disfonia, voz rouca, bitonal TÉCNICA: Examine movimentos do palato na emissão de vogal "a" e observe a posição da úvula e do véu do paladar (OBS: o desvio do véu do paladar é contralateral à lesão) A paralisia da corda vocal só é identificada pela laringoscopia indireta, exame feito pelo otorrino. Reflexo do vômito: em caso de suspeita de lesão. Glossofaríngeo: Sensibilidade do 1/3 posterior da língua, inspeção da cavidade oral, postura da úvula, parede posterior da faringe (sinal da cortina de Vernet), avaliação com pronúncia da letra A, reflexos faríngeo e velopalatino. Vago: Exame do véu do paladar, exame da laringe, reflexo velopalatino. NERVO ACESSÓRIO Queixas: fraqueza a lateralização do pescoço, fraqueza proximal do membro superior, atrofia dos músculos. TÉCNICA 1 - Observar a posição do pescoço em repouso, atrofia do ECM? lateralização do pescoço? 2 - Teste a movimentação lateral do pescoço (ECM) e a força de elevação dos ombros (trapézio). NERVO HIPOGLOSSO Queixas: Desvio, atrofia, miofasciculações da língua TÉCNICA Observar a língua em repouso dentro da boca: Paralisia? Atrofia? Miofasciculação? Testar os movimentos da língua para os lados e para fora (protusão). Há desvio da língua dentro da boca ou na manobra de protusão? Desvio inverso de Babinski Paralisia unilateral: desvio para a esquerda na boca e para direita ao ser movimentada para fora. · Poliomielite (paralisia infantil). A poliomielite atinge crianças e adultos, podendo atacar o sistema nervoso e provocar paralisia em um dos membros inferiores. Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia. A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, locais por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurôniosmotores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal, se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição. A poliomielite foi praticamente erradicada nas áreas desenvolvidas do mundo com a vacinação sistemática das crianças, mas o vírus ainda está ativo em alguns países da África e da Ásia. Para evitar que seja reintroduzido nas regiões que não registram mais casos da doença, as campanhas de imunização devem ser repetidas todos os anos. SINTOMAS O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias. Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus da poliomielite pode ser assintomática. Isso não impede sua transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os alimentos. Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a gravidade da infecção. Nas formas não paralíticas, os sinais mais característicos são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, em regra, um dos membros inferiores. A maioria das pessoas infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que não se manifesta nenhum sintoma. Quando os sintomas surgem, são brandos e podem ser confundidos com a gripe. Os principais sinais costumam durar de um a 10 dias. São eles: · Dor na garganta; · Dor na cabeça; · Mal-estar; · Dor nas costas ou rigidez muscular, principalmente nos membros inferiores; · Vômitos. Em situações mais graves, a poliomielite leva à paralisia. Nesse caso, o indivíduo apresenta os mesmos sintomas da poliomielite não-paralítica, como febre, dor de cabeça e vômito. No entanto, evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros, muitas vezes pior em um dos lados do corpo e com maior incidência nos membros inferiores. Em casos extremos, leva à morte. DIAGNÓSTICO O diagnóstico fundamenta-se nos sinais clínicos e em exames laboratoriais de fezes para pesquisa do vírus. Também são importantes o exame do liquor, dos anticorpos da classe IgM e a eletroneuromiografia. É indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial para distinguir a poliomielite de outras doenças que também comprometem os neurônios motores. SEQUELAS Quando o poliovírus infecta a medula e o cérebro, a poliomielite pode deixar sequelas motoras que não têm cura. São elas: · Problemas e dores nas articulações; · Pé torto, conhecido como pé equino, e que impede a pessoa de encostar o calcanhar no chão; · Crescimento diferente nas pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; · Osteoporose; · Paralisia de uma das pernas; · Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; · Dificuldade de falar; · Atrofia muscular; · Hipersensibilidade ao toque. VACINA Existem duas vacinas contra apoliomielite. A VPO-Sabin, ou vacina da gotinha, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Ela deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Até os 5 anos, as crianças devem receber doses de reforço anualmente. A vacina VIP ou Salk, administrada por via intramuscular, é indicada para pessoas expostas, com baixa imunidade, ou que viajarão para regiões onde o vírus ainda está ativo. TRATAMENTO Poliomielite é uma doença de notificação compulsória ao sistema de saúde. Como em muitas infecções virais, não há tratamento específico para a doença, mas alguns cuidados são indispensáveis para controlar as complicações e reduzir a mortalidade. Entre eles destacam-se: · Repouso absoluto nos primeiros dias para reduzir a taxa de paralisia; · Mudança frequente de posição do paciente na cama, que deve ter colchão firme e apoio para os pés e a cabeça; · Tratamento sintomático da dor, febre e dos problemas urinários e intestinais; · Atendimento hospitalar nos casos de paralisia ou de alteração respiratória; · Acompanhamento ortopédico e fisioterápico. RECOMENDAÇÕES · Esteja atento. A falta de saneamento básico e de medidas adequadas de higiene é a principal causa de transmissão do vírus da poliomielite. A má qualidade da água utilizada para consumo e alimentos preparados sem os cuidados de higiene facilitam a proliferação dos diferentes tipos de poliovírus; · Lave sempre as mãos, especialmente antes de preparar as refeições, de começar a comer e depois de usar o banheiro; · Procure desenvolver na criança pequena hábitos saudáveis de higiene, como lavar as mãos, só beber água tratada e verificar se utensílios de mesa e cozinha estão limpos antes de usá-los. · Neurônios. O que são (definição) Os neurônios são células nervosas, que desempenham o papel de conduzir os impulsos nervosos. Estas células especializadas são, portanto, as unidades básicas do sistema que processa as informações e estímulos no corpo humano. Características e funções dos neurônios - Os neurônios possuem três partes principais: dendritos (onde ocorre a recepção das informações, é parte receptora do neurônio); corpo celular(responsável pela integração das informações) e axônios (transporta o impulso nervoso de um neurônio para outro ou de um neurônio para uma glândula ou fibra muscular). - Os neurônios possuem as extremidades ramificadas (parte dos dendritos). - A transmissão dos impulsos nervosos entre neurônios, ou de um neurônio para outro tipo de célula, ocorre através de uma reação físico-química. Característicasgerais dos neurônios Os neurônios apresentam como partes básicas o corpo celular, os dendritos e o axônio. · Corpo celular: O corpo celular é a região onde está localizado o núcleo do neurônio, bem como a maioria de suas organelas. Seu formato é variado e pode ser esférico, estrelado ou piramidal, por exemplo. · Dendritos: São extensões muito ramificadas responsáveis por receber os sinais químicos de outro neurônio. · Axônio: É uma extensão responsável por transmitir os sinais para outras células, como outro neurônio, glândulas ou músculos. Ele caracteriza-se por ser mais longo que os dendritos, podendo atingir até um metro de comprimento em algumas espécies. Em alguns neurônios, observa-se a bainha de mielina no axônio, a qual é produzida por dois tipos de células da glia: os oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e por células de Schwann, no sistema nervoso periférico. As porções do axônio nas quais há falhas na bainha de mielina recebem a denominação de nódulos de Ranvier. Entre um neurônio e outra célula, encontramos uma junção denominada de sinapse. Nesses locais, geralmente são lançados neurotransmissores que atuam no transporte das informações de um neurônio para outra célula. Ao neurônio que está passando a informação dá-se o nome decélula pré-sináptica, e à célula que recebe o sinal dá-se o nome de célula pós-sináptica. Classificação dos neurônios segundo o número de prolongamentos Os neurônios podem ser classificados de acordo com o número de prolongamentos em: · Neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio; · Neurônios pseudounipolares: apresentam um prolongamento único, próximo ao corpo celular, que se divide em dois. Na vida embrionária, esses neurônios apresentam-se como neurônios bipolares; · Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares e são o tipo principal de neurônio. Classificação dos neurônios segundo sua função Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua função em: · Sensoriais ou aferentes: recebem estímulos e enviam-nos para o sistema nervoso central; · Interneurônios: estabelecem conexões entre um neurônio e outro. · Motores ou eferentes: conduzem impulsos do sistema nervoso central para outras partes do organismo. Sinapse A sinapse é o local de contato (comunicação) entre dois neurônios. A transferência do impulso nervoso nas sinapses ocorre graças aos neurotransmissores. Estes são biomoléculas (substâncias químicas), produzidas pelos neurônios e armazenados nas vesículas sinápticas (bolsas presentes nas extremidades dos axônios). · Vias aéreas aferente e eferentes relacionada ao neurônio. Divisões do Sistema Nervoso: Somático e Autônomo Do ponto de vista funcional, o sistema nervoso se divide em: Sistema Nervoso Somático e Sistema Nervoso Autônomo. O sistema nervoso somático é responsável pela relação entre o corpo humano e o meio ambiente, sendo constituído de duas partes: Aferente (sensitiva) e Eferente (motora). O sistema nervoso autônomo também é dividido em duas partes: Aferente e Eferente (Autônomo). O sistema nervoso autônomo aferente conduz impulsos dos viscerorreceptores, por fibras sensitivas que penetram no SNC e tornam-se ou não conscientes. O sistema nervoso autônomo eferente é responsável pela motricidade visceral e pelo funcionamento adequado de glândulas, resultando na secreção de substâncias vitais para a manutenção da HOMEOSTASE. O sistema nervoso autônomo é dividido em SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO. O sistema nervoso simpático tem origem desde T1 até L2 ou L3. Sua principal característica é a formação de gânglios paravertebrais e pré-vertebrais. Desses gânglios, onde se situam os corpos celulares dos neurônios, saem às fibras nervosas que inervam as estruturas viscerais, órgãos e tecidos, regulando o funcionamento respiratório, circulatório, digestivo, metabólico, controlando a pressão arterial, a temperatura corporal, etc. O sistema nervoso parassimpático tem origem nos pares de nervos cranianos III (oculomotor), VII (facial), IX (glossofaríngeo) e X (vago), além dos segmentos nervosos de S2, S3 e S4. Os três primeiros pares de nervos cranianos (III, VII e IX), dirigem suas fibras nervosas para vários segmentos da cabeça, enquanto os pares nervosos sacrais inervam o cólon descendente, o reto, a bexiga e os órgãos reprodutores. O par X de nervos cranianos, o nervo vago, tem por função integrar o sistema nervoso central aos músculos da faringe, laringe, coração, pulmões e órgãos do abdômen, fazendo a ponte entre os ramos cranianos e os ramos sacrais. · Esqueleto axial e apendicular. · Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. · Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica. Esqueleto axial O esqueleto axial é constituído por 80 ossos, formado pelo crânio, a caixa torácica e a coluna vertebral. Podemos caracterizá-lo como aquele conjunto de ossos que se localizam no eixo ou parte central do corpo. A sua função é proteger o Sistema Nervoso Central e alguns dos órgãos vitais localizados na região torácica. Por isso, o seu papel está relacionado com a proteção do organismo, sendo considerado o pilar central do sistema esquelético. Existe ainda o esqueleto apendicular, formado pelos membros superiores e inferiores. O esqueleto axial e apendicular se unem através da cintura pélvica e escapular. Anatomia O esqueleto axial é composto pela cabeça, caixa torácica e coluna vertebral: Cabeça Os ossos da cabeça são responsáveis pela proteção do encéfalo, sendo formados por 22 ossos: · 8 ossos do crânio: frontal, 2 parietal, 2 temporal, occipital, esfenoide, etmoide; · 14 ossos da face: 2 zigomático, 2 maxilar, 2 nasal, mandíbula, 2 palatino, 2 lacrimal, vômer, 2 concha nasal inferior. De todos os ossos da cabeça, apenas a mandíbula é móvel e auxilia no movimento da boca durante a mastigação. Ainda na região da cabeça existe o osso hioide, o qual funciona como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço. Caixa torácica A caixa torácica é formada pelas costelas e o osso esterno. As costelas representam um conjunto de 12 ossos encurvados, sendo: 7 verdadeiras, 3 falsas e 2 flutuantes. As chamadas costelas verdadeiras são as que se ligam ao esterno, as costelas falsas ligam-se entre si e as costelas flutuantes não estão ligadas a nenhum outro osso. O esterno é um osso plano que apresenta um formato único e característico, localizado na região central da caixa torácica. Coluna Vertebral A coluna vertebral é formada pelo conjunto de 33 vértebras dispostas umas sobre as outras e intercaladas por discos intervertebrais: · Vértebras Cervicais: 7 vértebras; · Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras; · Vértebras Lombares: 5 vértebras; · Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas; · Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas. As principais funções da coluna vertebral correspondem a sustentação da estrutura corporal e auxílio na movimentação. Por isso, ela é considerada o eixo de sustentação do corpo. Além disso, a coluna vertebral representa um importante eixo de comunicação entre o sistema nervoso central e periférico. Esqueleto apendicular O esqueleto apendicular compreende os ossos dos membros superiores e inferiores. Ele é responsável pela movimentação e sustentação do corpo. O corpo humano é formado ainda pelo esqueleto axial, constituído pelo crânio, caixa torácica e coluna vertebral. Os esqueletos axial e apendicular se unem através da cintura pélvica e escapular. No total, o esqueleto apendicular é formado por 126 ossos, divididos na porção superior e inferior do corpo humano. Esqueleto apendicular superior O membro superior é formado pelo braço, antebraço, pulso e mão. Os ossos dos membros superiores são: · Clavícula: osso longo em formato de "s". · Escápula ou omoplata: osso plano de forma triangular. · Úmero: articula o cotovelo com os ossos do antebraço. É o maior osso do membro superior. · Rádio: ossolongo que constitui a porção lateral do antebraço. · Ulna: osso longo que constitui a porção medial do antebraço. · Ossos da mão e punho: constituídos por pequenos e maciços ossos chamados de carpos, metacarpos e falanges. Ao todo, correspondem a 27 ossos que trabalham em conjunto. No esqueleto apendicular superior existe ainda a cintura escapular, constituída pela clavícula e escápula. A escápula liga-se ao esqueleto axial através de músculos. Esqueleto apendicular inferior O membro inferior é formado pela coxa, perna, tornozelo e pé. Eles são responsáveis pela sustentação e locomoção do corpo. Os ossos dos membros inferiores são: · Ossos do quadril: representa a fusão de três ossos - ílio, ísquio e púbis. · Fêmur: osso mais longo do corpo, presente entre a extremidade do quadril até o joelho. · Patela: osso triangular chato, responsável pela proteção da articulação do joelho. · Tíbia: osso longo localizado entre os pés e joelhos, responsável pela sustentação do peso do corpo. É o segundo maior osso do corpo. · Fíbula: osso longo que faz parte da articulação do joelho e não possui função relacionada à sustentação do corpo. · Ossos do pé e tornozelo: os ossos do pé são divididos em tarsos, metatarsos e falanges, somando 26 ossos. O tornozelo é a articulação entre o pé e a perna, sendo formado pela tíbia, fíbula, e por um osso do pé, o tálus. Existe ainda a cintura pélvica, formada pelo osso ilíaco. Ela é responsável pela ligação entre os membros inferiores ao tronco, que corresponde a uma porção do esqueleto axial. · Localização, origem, inserção e ação. Músculos dorsais Região Posterior do Tórax Região Posterior do Pescoço Trapézio Latíssimo do Dorso Romboide Levantador da Escápula Serrátil Menor Póstero-Superior Serrátil Menor Póstero-Inferior Esplênio da Cabeça Esplênio do Pescoço Semiespinhal da Cabeça Semiespinhal do Pescoço Semiespinhal do Tórax Goteira Vertebral Triângulo Suboccipital Eretores da Espinha Rotadores Multífidos Intertransversais Interespinhais Reto Posterior Maior da Cabeça Reto Posterior Menor da Cabeça Oblíquo Superior da Cabeça Oblíquo Inferior da Cabeça Região Posterior do Tórax 1. TRAPÉZIO Inserção Medial: Linha nucal superior, ligamento nucal e processos espinhosos da C7 a T12 Inserção Lateral: Borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Inervação: Nervo Acessório (XI par craniano) e nervo do trapézio (C3 – C4) Ação: * Fixo na Coluna: Elevação do Ombro, Adução das Escápulas, Rotação Superior das Escápulas e Depressão de Ombro Inervação: Nervo Acessório (XI par craniano) e nervo do trapézio (C3 – C4) Ação: * Fixo na Coluna: Elevação do Ombro, Adução das Escápulas, Rotação Superior das Escápulas e Depressão de Ombro 2. LATÍSSIMO DO DORSO Inserção Medial: Processos espinhosos da 6ª últimas vértebras torácicas e todas lombares, crista do sacro, 1/3 posterior da crista ilíaca e face externa da 4 últimas costelas Inserção Lateral: Sulco Intertubercular Inervação: Nervo Toracodorsal (C6 – C8) Ação: Adução, Extensão e Rotação Medial do Braço. Depressão do Ombro 3. ROMBOIDE Inserção Medial: Processos espinhosos da C7 á T5 Inserção Lateral: Borda medial da escápula Inervação: Nervo dorsal da escápula (C5) Ação: Adução e Rotação Inferior das Escápulas e elevação do Ombro 4. LEVANTADOR DA ESCÁPULA Inserção Inferior: Ângulo superior da escápula Inserção Superior: Processo transverso do atlas ate à C4 Inervação: Nervo dorsal da escápula (C5) Ação: Elevação e Adução da Escápula. Inclinação e Rotação Homolateral da Coluna Cervical e Extensão da Cabeça 5. SERRÁTIL MENOR PÓSTERO-SUPERIOR Inserção Medial: Processos espinhosos da C7 à T3 Inserção Lateral: Borda superior e face externa da 2ª a 5ª costelas Inervação: Ramos dos 4 primeiros nervos intercostais Ação: Elevação das primeiras Costelas (ação inspiratória) 6. SERRÁTIL MENOR PÓSTERO-INFERIOR Inserção Medial: Processos espinhosos da T11 à L3 Inserção Lateral: Borda inferior e face externa da 4 últimas costelas Inervação: 9º ao 12º nervos intercostais Ação: Depressão das últimas Costelas (ação expiratória) Região Posterior do Pescoço 1. ESPLÊNIO DA CABEÇA Inserção Superior: 1/3 lateral da linha nucal superior e processo mastoide do osso temporal Inserção Inferior: Processos espinhosos da C7 à T4 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão, Inclinação e Rotação Homolateral da Cabeça 2. ESPLÊNIO DO PESCOÇO Inserção Superior: Processo transverso das 3 primeiras vértebras cervicais Inserção Inferior: Processo espinhoso da T3 à T6 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão, Inclinação e Rotação Homolateral da Cabeça 3. SEMIESPINHAL DA CABEÇA Inserção Superior: Entre a linha nucal superior e inferior Inserção Inferior: Processo transverso da T1 à T7 e processos articulares da C5 a C7 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da Cabeça e Inclinação Homolateral da Cabeça 4. SEMIESPINHAL DO PESCOÇO Inserção Superior: Processo espinhoso da C1 à C7 Inserção Inferior: Processos transversos das T1 à T6 Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Rotação Contralateral do Pescoço 5. SEMIESPINHAL DO TÓRAX Inserção Superior: Processo espinhoso C6 a T4 Inserção Inferior: Processos transversos das T6 à T10 Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Rotação Contralateral do Pescoço Suboccipitais – Trígono Suboccipital Suboccipitais – Trígono Suboccipital 1. RETO POSTERIOR MAIOR DA CABEÇA Inserção Superior: Linha nucal inferior Inserção Inferior: Processo espinhoso do axis Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão da Cabeça e Rotação Contralateral 2. RETO POSTERIOR MENOR DA CABEÇA Inserção Superior: Linha nucal inferior Inserção Inferior: Tubérculo do arco posterior do atlas Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão da Cabeça 3. OBLÍQUO SUPERIOR DA CABEÇA Inserção Superior: Entre as linhas nucais superior e inferior Inserção Inferior: Processo transverso do atlas Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão, Inclinação Homolateral e Rotação Contralateral da Cabeça 4. OBLÍQUO INFERIOR DA CABEÇA Inserção Superior: Processo transverso do atlas Inserção Inferior: Processo espinhoso do axis Inervação: Plexo Cervical (C2) Ação: Extensão e Rotação Homolateral do Atlas Músculos da Goteira Vertebral – Paravertebrais Músculos da Goteira Vertebral – Paravertebrais ERETORES DA ESPINHA ESPINHAL (+ Medial) Porção da Cabeça: Ligado ao semi-espinhal da cabeça Porção do Pescoço: Origem: Ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T2 Inserção: Processos espinhosos C2 a C4 Porção do Tórax: Origem: Processos espinhosos T11 a L2 Inserção: Processos espinhosos das torácicas superiores (varia de 4 a 8) Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão da Coluna Vertebral DORSAL LONGO (Intermédio) Porção da Cabeça: Inserção Superior: Processo mastoide Inserção Inferior: Processos transversos de T1 até T4 e processos articulares de C4 até C7 Porção do Pescoço: Inserção Superior: Processos transversos de C2 à C6 Inserção Inferior: Processos transversos de T1 à T4 Porção do Tórax: Inserção Superior: Processos transversos das vértebras torácicas e das 10 últimas costelas Inserção Inferior: Processos transversos das vértebras lombares e aponeurose lombocostal Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral ILIOCOSTAL (+ Lateral) Porção Cervical: Inserção Superior: Processos transversos de C4 à C6 Inserção Inferior: Ângulo da 3ª à 6ª costelas Porção Torácica: Inserção Superior: Ângulo da 6 primeiras costelas e processo transverso de C7 Inserção Inferior: Ângulo das 6 últimas costelas Porção Lombar: Inserção Superior: Ângulo das 6 últimas costelas Inserção Inferior: Face dorsal do sacro Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral ROTADORES Inserções: Estende-se do sacro atéa C2. Ligam o processo transverso de uma vértebra com o processo espinhoso da vértebra suprajacente Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente MULTÍFIDOS Origem: Dorso do sacro, EIPS, processos mamilares das lombares, processo transverso das torácicas e processos articulares da C4 à C7 Inserção: Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Estabilização e Extensão da Coluna Vertebral INTERTRANSVERSAIS Inserção Superior: Processo transverso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo transverso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral INTERESPINHAIS Inserção Superior: Processo espinhoso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo espinhoso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da Coluna Vertebral Músculos paravertebrais Músculos da Goteira Vertebral – Paravertebrais ERETORES DA ESPINHA ESPINHAL (+ Medial) Porção da Cabeça: Ligado ao semi-espinhal da cabeça Porção do Pescoço: Origem: Ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T2 Inserção: Processos espinhosos C2 a C4 Porção do Tórax: Origem: Processos espinhosos T11 a L2 Inserção: Processos espinhosos das torácicas superiores (varia de 4 a 8) Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão da Coluna Vertebral DORSAL LONGO (Intermédio) Porção da Cabeça: Inserção Superior: Processo mastoide Inserção Inferior: Processos transversos de T1 até T4 e processos articulares de C4 até C7 Porção do Pescoço: Inserção Superior: Processos transversos de C2 à C6 Inserção Inferior: Processos transversos de T1 à T4 Porção do Tórax: Inserção Superior: Processos transversos das vértebras torácicas e das 10 últimas costelas Inserção Inferior: Processos transversos das vértebras lombares e aponeurose lombocostal Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral ILIOCOSTAL (+ Lateral) Porção Cervical: Inserção Superior: Processos transversos de C4 à C6 Inserção Inferior: Ângulo da 3ª à 6ª costelas Porção Torácica: Inserção Superior: Ângulo da 6 primeiras costelas e processo transverso de C7 Inserção Inferior: Ângulo das 6 últimas costelas Porção Lombar: Inserção Superior: Ângulo das 6 últimas costelas Inserção Inferior: Face dorsal do sacro Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral ROTADORES Inserções: Estende-se do sacro até a C2. Ligam o processo transverso de uma vértebra com o processo espinhoso da vértebra suprajacente Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão e Rotação Contralateral da Coluna Vertebral MULTÍFIDOS Origem: Dorso do sacro, EIPS, processos mamilares das lombares, processo transverso das torácicas e processos articulares da C4 à C7 Inserção: Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Estabilização e Extensão da Coluna Vertebral INTERTRANSVERSAIS Inserção Superior: Processo transverso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo transverso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral Músculos torácicos O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno, lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral. Os muculos do tórax são estruturados em 2 regiões: · Região Ântero-Lateral · Região Costal Região Ântero-Lateral Região Costal Peitoral Maior Peitoral Menor Serrátil Anterior Subclávio Intercostais Externos Intercostais Internos Levantadores das Costelas Subcostais Transverso do Tórax Região Ântero-Lateral 1. PEITORAL MAIOR Inserção Medial: 1/2 medial da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externa da 1ª a 6ª cartilagem costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome Inserção Lateral: Crista do tubérculo maior Inervação: Nervo do Peitoral Lateral e Nervo do Peitoral Medial (C5 – T1) Ação: Adução, Rotação Medial, Flexão e Flexão Horizontal do Ombro 2. PEITORAL MENOR Inserção Superior: Processo coracoide Inserção Inferior: Face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas Inervação: Nervo do Peitoral Medial (C8 – T1) Ação: * Fixo no Tórax: Depressão do Ombro e Rotação Inferior da Escápula * Fixo na Escápula: Eleva as Costelas (ação inspiratória) 3. SERRÁTIL ANTERIOR Porção Superior: Inserção Posterior: Ângulo superior da escápula, Inserção Anterior: Face externa da 1ª e da 2ª costelas Porção Média: Inserção Posterior: Borda medial da escápula Inserção Anterior: Face externa das 2ª a 4ª costelas Porção Inferior: Inserção Posterior: Ângulo inferior da escápula Inserção Anterior: Face externa das 5ª a 9ª costelas Inervação: Nervo Torácico Longo (C5 – C7) Ação: * Fixo na Escápula: Ação Inspiratória * Fixo nas Costelas: Rotação Superior, Abdução e Depressão da Escápula e Propulsão do Ombro 4. SUBCLÁVIO Inserção Lateral: Face inferior da clavícula Inserção Medial: 1ª costela e cartilagem costal Inervação: Nervo do subclávio (C5 – C6) Ação: Depressão da Clavícula e do Ombro Região Costal 1. INTERCOSTAIS INTERNOS Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Depressão das Costelas (Ação Expiratória) 2. INTERCOSTAIS EXTERNOS Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das Costelas (Ação Inspiratória) Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em “X”. As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. 3. LEVANTADORES DAS COSTELAS Inserção Superior: Processo transverso da 7ª vértebra cervical à 11ª torácica Inserção Inferior: Face externa da 1ª à 12ª costela Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das Costelas (Ação Inspiratória) e Estabilização Intercostal 4. SUBCOSTAIS Inserção Superior: Face interna da costela suprajacente Inserção Inferior: Face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização Intercostal 5. TRANSVERSO DO TÓRAX (TRIANGULAR DO ESTERNO) Inserção Superior: Face interna do esterno Inserção Inferior: Face interna da 2 á 6ª cartilagem costais Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização da parte antero-inferior do Tórax Músculos espinhais INTERESPINHAIS Inserção Superior: Processo espinhoso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo espinhoso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da Coluna Vertebral Músculos transversais da coluna vertebral INTERTRANSVERSAIS Inserção Superior: Processo transverso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo transverso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral ROTADORES Inserções: Estende-se do sacro até a C2. Ligam o processo transverso de uma vértebra com o processo espinhoso da vértebra suprajacente Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão e Rotação Contralateral da Coluna Vertebral Músculos laterais da coluna vertebral ILIOCOSTAL (+ Lateral) Porção Cervical: Inserção Superior: Processos transversos de C4 à C6 Inserção Inferior: Ângulo da 3ª à 6ª costelas Porção Torácica: Inserção Superior: Ângulo da 6 primeiras costelas e processo transverso de C7 Inserção Inferior: Ângulo das 6 últimas costelas Porção Lombar: Inserção Superior: Ângulo das 6 últimas costelasInserção Inferior: Face dorsal do sacro Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral Músculos multífidos da coluna vertebral MULTÍFIDOS Origem: Dorso do sacro, EIPS, processos mamilares das lombares, processo transverso das torácicas e processos articulares da C4 à C7 Inserção: Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Estabilização e Extensão da Coluna Vertebral Músculos abdominais Os músculos do abdome podem ser divididos em 4 regiões: · Região Ântero-Lateral · Região Posterior · Região Superior · Região Inferior Região Ântero-Lateral 1. RETO ANTERIOR DO ABDOME Inserção Superior: Face externa e inferior da 5ª à 7ª cartilagens costais e processo xifoide Inserção Inferior: Corpo do púbis e sínfise púbica Inervação: 5 últimos nervos intercostais Ação: Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no Parto) * Fixo no Tórax: Retroversão da pelve * Fixo na Pelve: Flexão do tronco (+ ou – 30°) 2. PIRAMIDAL DO ABDOME Inserção Superior: Linha Alba Inserção Inferior: Corpo do púbis e ligamento púbico anterior Inervação: 12º nervo intercostal Ação: Tencionar a linha alba 3. OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME Inserção Superior: Face externa das 7 últimas costelas Inserção Inferior: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba Inervação: 4 últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: * Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto * Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal 4. OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME Inserção Superior: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba Inserção Inferior: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal Inervação: 4 últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: Idem ao Oblíquo Externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado 5. TRANSVERSO DO ABDOME Inserção Posterior: Face interna das últimas 6 cartilagens costais, fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal Inserção Anterior: Linha alba e crista do púbis Inervação: 5 últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar Região Posterior 1. QUADRADO LOMBAR Inserção Superior: 12ª costela e processo transverso de1ª a 4ª vértebras lombares Inserção Inferior: Crista ilíaca e ligamento ileolombar Inervação: 12º nervo intercostal e L1 Ação: Inclinação homolateral do tronco e depressão da 12ª costela 2. ILIOPSOAS Ilíaco Inserção Superior: 2/3 superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo Femural (L2 – L3) Ação: Flexão de quadril, anteroversão da pelve e flexão da coluna lombar (30° – 90°) Psoas Maior Inserção Superior: Processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo superior e inferior do músculo psoas maior (L1 – L3) Ação: Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30° – 90°) e inclinação homolateral 3. PSOAS MENOR (Geralmente está ausente) Inserção Superior: Corpo vertebral de T12 e L1 Inserção Inferior: Eminência iliopectínea Inervação: L1 Ação: Flexão da pelve e coluna lombar Região Superior 1. DIAFRAGMA Origem: Face interna das 6 últimas costelas, face interna do processo xifoide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores Inserção: No tendão central (aponeurose) Inervação: Nervo Frênico (C3 – C5) e 6 últimos nervos intercostais (propriocepção) Ação: Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto) Região Inferior 1. LEVANTADOR DO ÂNUS O levantador do ânus em geral mostra uma separação em duas partes: – Pubococcígeo – Iliococcígeo Origem: Entre o ramo superior do púbis e espinha isquiática Inserção: Cóccix, esfíncter do ânus e no ponto tendíneo central do períneo Inervação: Plexo Pudendo (S3 – S5) Ação: Suporta e eleva ligeiramente o soalho pélvico, resistindo à pressão intra-abdominal aumentada, como durante a expiração forçada 2. ISQUIOCOCCÍGEO Origem: Ápice da espinha do ísquio e do ligamento sacroespinhal Inserção: Margem do cóccix e na face lateral do sacro Inervação: Plexo Pudendo (S4 – S5) Ação: Traciona o cóccix ventralmente, suportando o soalho pélvico contra a pressão intra- abdominal Músculos isquiotibiais ISQUIOTIBIAIS - Bíceps Femural + Semitendíneo + Semimembranáceo 1. BÍCEPS FEMORAL Inserção Proximal: Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2), exceto L5 para a cabeça longa Ação: Extensão do Quadril, Flexão do Joelho e Rotação Lateral do Joelho 2. SEMITENDÍNEO Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho 3. SEMIMEMBRANÁCEO Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho Músculos intercostais Região Costal 1. INTERCOSTAIS INTERNOS Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Depressão das Costelas (Ação Expiratória) 2. INTERCOSTAIS EXTERNOS Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das Costelas (Ação Inspiratória) Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em “X”. As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. Músculos lombares Músculos da Coluna Lombar Os músculos que atuam sobre a coluna vertebral são bilaterais, embora funcionem de modo independente. Didaticamente, podem ser divididos em duas categorias: anteriores (responsáveis pela flexão da coluna vertebral) e posteriores (responsáveis pela extensão da coluna lombar) (Vasconcelos, 2004). • Músculos anteriores: flexores lombares O grupo de músculos responsáveis pela flexão lombar é geralmente referido como abdominais. Os músculos abdominais não possuem nenhuma conexão direta com a coluna vertebral. Alguns deles não possuem fixações ósseas em nenhuma das extremidades. São importantes na constrição da cavidade abdominal e seu conteúdo. Essa última função eleva a pressão intra-abdominal, que, além de estar associada à eliminação de resíduos (defecação, micção e vômito), também reduz as cargas sofridas pelas vértebras lombares durante determinadas atividades (Vasconcelos, 2004). O músculo reto abdominal desce verticalmente no abdome e sua porção direita e esquerda é separada por uma linha branca tendínea (linha alba). Realiza a flexão da coluna lombar e a flexão lateral quando ativado apenas de um lado (Vasconcelos, 2004). Os músculos oblíquos, interno e externo do abdome cobrem as porções, anterior e lateral da parede abdominal entre o reto abdominal na frente e o músculo grande dorsal atrás. As fibras desses músculos seguem perpendicularmente umas às outras, uma característica que se reflete numa grande diferença em suas ações unilaterais. Quando um lado do músculo oblíquo externo se contrai, ocorre flexão da coluna lombar, flexão lateral e rotação do tronco para o lado oposto. Com exceção da direção da rotação, o mesmo é válido para os oblíquos internos. Durantea contração unilateral desse músculo, o tronco roda para o lado oposto (Vasconcelos, 2004). O transverso do abdome é o músculo mais profundo desse grupo, não tem uma função associada à execução motora por causa de sua linha de tração e conexões tendíneas. No entanto, todos esses músculos têm uma conexão anatômica comum ou relação entre si, pois as bainhas, aponeuróticas dos oblíquos externo e interno e do transverso do abdome formam a bainha do reto do abdome (Vasconcelos, 2004). • Grupo muscular posterior: extensores da coluna lombar Os músculos posteriores da coluna lombar compreendem vários músculos dispostos em camadas mais superficiais e mais profundas. Superficialmente, situa-se o grande dorsal, que recobre a região lombar e realiza extensão, adução e rotação medial do braço. Mais profundamente situam-se os músculos do dorso propriamente dito (pós-vertebrais). Os músculos pós-vertebrais estão situados mais profundamente e formam duas grandes massas em relevo nos lados da coluna vertebral, facilmente palpáveis e compostas por três camadas de músculos (Rubinstein, 2009): - Superficial; - Intermediária; - Profunda; • Camada superficial – eretores espinhais: a porção mais inferior origina-se no ílio, em vértebras lombares e em espessa aponeurose estendida nesse intervalo, de onde ascende lateralmente até a última costela. Nesse ponto a massa muscular alonga-se em três colunas que sobem na parte posterior do tórax, onde se inserem nas costelas e vértebras. A coluna mais lateral, denominada iliocostal, é formada pelos músculos iliocostal lombar, torácico e cervical. A coluna intermédia, denominada músculo dorsal longo é subdividida nos músculos longuíssimo do tórax, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça. As divisões da coluna média são os músculos espinhais do tórax, espinhal do pescoço e espinhal da cabeça. • Camada intermediária: cobrem os músculos profundos e tem disposição bastante complicada, com maior grau de fusão e alguns feixes saltando vários segmentos (complexo transverso-espinhal). Seus componentes são: o músculo multífido (que é mais espesso na região lombar e termina na região cervical), o músculo semiespinhal do tórax (situado nos dois terços craniais do segmento torácico, estendendo-se dos processos transversos das seis vértebras torácicas inferiores aos processos espinhosos das vértebras torácicas superiores e cervicais inferiores). • Camada profunda: composta pelos músculos interespinhais (unem os processos espinhosos das regiões, cervical e lombar), músculos intertransversais (unem os processos transversos adjacentes das regiões, cervical e lombar), rotadores curtos (se originam nos processos transversos e se dirigem medial e superiormente para se fixarem na lâmina da vértebra suprajacente) e rotadores longos (tendo a mesma origem e trajeto, passam pela vértebra suprajacente e se inserem na lâmina da segunda vértebra acima). Músculos interespinhais INTERESPINHAIS Inserção Superior: Processo espinhoso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo espinhoso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da Coluna Vertebral Músculos do diafragma Região Superior 1. DIAFRAGMA Origem: Face interna das 6 últimas costelas, face interna do processo xifoide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores Inserção: No tendão central (aponeurose) Inervação: Nervo Frênico (C3 – C5) e 6 últimos nervos intercostais (propriocepção) Ação: Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto) · Costelas. Temos 12 pares de costelas e cada par de costelas fica preso em uma vértebra torácica. 7 pares verdadeiras: articulam se diretamente ao esterno através das cartilagens costais. 3 pares falsas: não estarem ligadas diretamente ao esterno através das cartilagens costais. Articulam-se indiretamente (cartilagens). 2 pares flutuantes: não ficam presas ao esterno (livres) e, quando se olha o esqueleto elas parecem flutuar. Mas elas não flutuam, estas costas servem como ponto de origem e inserção de músculos, além de protegerem os rins e parte do fígado. COSTELAS - As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno. As costelas são classificadas em: 7 Pares Verdadeiras: articulam se diretamente ao esterno 3 Pares Falsas Propriamente Ditas: articulam-se indiretamente (cartilagens) 2 Pares Falsas Flutuantes: são livres 1ª Costela Face Superior Sulco Ventral – passagem da veia subclávia Tubérculo Escaleno – inserção do músculo escaleno anterior Sulco Dorsal – passagem da artéria subclávia Tubérculo do Músculo Escaleno Médio 2ª a 12ª Costelas Extremidade Posterior Cabeça da Costela – parte da costela que articula-se com a coluna vertebral (vértebras torácicas) Fóvea da Cabeça da Costela Colo da Costela – porção achatada que se estende lateralmente à cabeça Tubérculo da Costela – eminência na face posterior da junção do colo com o corpo Fóvea do Tubérculo da Costela Ângulo Costal Corpo (Diáfise) Face Interna Face Externa Borda Superior Borda Inferior · Sulco Costal (- 2 Veias – 1 Artéria – 1 Nervo Intercostal) · Todas as raízes nervosas ligadas no SNC. Uma raiz nervosa é o segmento inicial de um nervo deixando o sistema nervoso central. Os seus diferentes tipos incluem: · Uma raiz de nervo craniano (12 PARES), o início de um dos onze pares que deixam o sistema nervoso central a partir do tronco cerebral ou das porções mais altas da medula espinhal; · Uma raiz de nervo espinhal (31PARES), o início de um dos trinta e um pares de nervos que deixam o sistema nervoso central a partir da medula espinhal. Cada raiz nervosa espinhal consiste da união de uma raiz dorsal sensorial e de uma raiz ventral motora. · Sinapses involuntárias. O ato reflexo é o mais rápido mecanismo de estímulo e resposta do sistema nervoso. Ocorre quando reagimos de maneira instantânea e involuntária a estímulos ambientais. Alguns reflexos são inatos, como a flexão da perna de um recém-nascido ao se fazer cócegas em seus pés. Outros são adquiridos, como o de se assustar ao ver um animal feroz ao nosso lado quando estamos distraídos. Certos reflexos são fundamentais para a autopreservação do indivíduo. Tossir e espirrar, por exemplo, são reflexos que visam expulsar agentes irritantes das vias digestórias e respiratórias. Ainda, podemos dizer que o problema de alguém dirigir bêbado reside, entre outras coisas, no fato de a pessoa alcoolizada ter seus reflexos reduzidos, facilitando a ocorrência de acidentes. Em um ato reflexo atua um órgão sensorial – pele, olhos, ouvidos, ... - ligado a neurônios sensoriais ou aferentes que o comunicam com a medula espinhal por uma raiz dorsal e, no interior desta, fazem sinapse com neurônios associativos que, por sua vez, fazem sinapse com neurônios motores ou eferentes cujos axônios saem da medula por uma raiz ventral, comunicando-a com um órgão efetor que executa uma resposta ao estímulo recebido – como músculos ou glândulas. Vamos usar um exemplo clássico, o reflexo patelar: Patela – antiga rótula – é um pequeno osso do joelho. Quando a perna do indivíduo encontra-se flexionada e suspensa (como ao sentarmos com a perna pendurada, sem tocar o chão), uma pancada no joelho, abaixo da região patelar leva à extensão da perna, colocando o joelho em posição mais protegida. Tal tendão possui terminações dendríticas de neurônios sensoriais modificadas para funcionarem como receptores de pressão (em outros casos há modificações também para receptores térmicos, por exemplo). Eles enviam impulsos para a região cinzenta (interna) da medula espinhal onde ocorrem sinapses com neurônios associativos e, em seqüência, com os motores. Estes últimos levam impulsos aos órgãos efetores, neste caso, os músculos extensores da perna. O percurso dos impulsos nervosos pelos órgãos que desencadeiam o ato reflexo é
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