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APG 04 - "Na dúvida não ultrapasse a faixa!" - FASAVIC


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Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
APG 04 – 17/08 
“NA DÚVIDA NÃO ULTRAPASSE A FAIXA!” 
ANATO E HISTO PROTETORA DAS 
MEDULAS 
• A primeira camada protetora do SNC, é formada 
pelo crânio e coluna vertebral, o crânio envolve 
o encéfalo e a coluna vertebral protege a 
medula espinal, já a segunda camada é 
composta pelas meninges, que se situam entre o 
arcabouço ósseo e o tecido nervoso, além disso 
o espaço que se forma entre duas das meninges, 
contém líquido cerebrospinal (fornecendo um 
coxim hidráulico que absorve energia); 
 
• As meninges são três membranas de tecido 
conjuntivo, que envolvem a medula espinal e 
são contínuas com as meninges cranianas, 
revestindo os nervos espinais até sua passagem 
pelos forames interverterias da coluna, sendo 
que a medula espinal é também protegida por 
um coxim de tecido adiposo e conjuntivo, que se 
localiza no espaço epidural (espaço entre a dura-
máter e a parede do canal vertebral); 
 
• As meninges são: 
Þ Dura-máter: membrana mais espessa, formada 
de tecido conjuntivo denso irregular, forma um 
saco desde o forame magno, onde é contínua 
com a dura-máter do encéfalo, até a segunda 
vértebra sacral, também sendo contínua com o 
epineuro (revestimento externo dos nervos 
espinais e cranianos); 
Þ Aracnoide-máter: membrana intermediária, 
delgada e avascular, formada por células e fibras 
finas e dispersas de material elástico e de 
colágeno, seu nome é dado devido à disposição 
de suas fibras em forma de teia de aranha, 
também contínua com a aracnóide-máter do 
encéfalo no forame magno, sendo que entre a 
dura e aracnóide-máter, existe um delgado 
espaço subdural, contendo um líquido 
intersticial; 
Þ Pia-máter: camada mais interna de tecido 
conjuntivo fino e transparente, aderente à 
superfície da medula espinal e do encéfalo, 
composta por finas células pavimentos e 
cúbicas, muito vascularizada. Nessa meninge 
também existem projeções membranosas 
triangulares (ligamentos denticulados); 
 
• Por toda extensão da medula espinal, os 
ligamentos denticulados protegem a medula, 
contra os deslocamentos súbitos decorrentes de 
traumatismo, e entre a aracnóide e a pia-máter 
existe um espaço subaracnóideo, contendo 
líquido cerebrospinal, que absorve energia 
decorrente de um impactos e outras funções; 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
ANATO E HISTO EXTERNA DA MEDULA 
• A medula espinal tem formato 
aproximadamente oval, ela se estende do bulbo, 
a parte inferior do encéfalo, até a margem 
superior da segunda vértebra lombar. Em uma 
vista externa da medula, são observadas duas 
intumescências, a superior (intumescência 
cervical), que se estende da C IV (quarta 
vértebra cervical) até a T I (primeira vértebra 
torácica), sendo que os nervos superiores 
derivam dessa região. E tem também a inferior 
(intumescência lombar), se estende da T IX 
(nona vértebra torácica) até a T XII (décima 
segunda vértebra torácica); 
 
• Abaixo da intumescência lombar, a medula 
espinal termina no cone medular, que se 
estende até o nível do disco intervertebral entre 
a L I e a L II (primeira e a segunda vértebras 
lombares) em adultos. Do cone medular surge o 
filamento terminal, uma extensão de pia-máter 
que se estende inferiormente, se funde com a 
aracnoide-máter e com a dura-máter, e ancora a 
medula espinal no cóccix; 
 
• Os nervos espinais são vias de comunicação 
entre a medula espinal e regiões específicas do 
corpo, considera--se que cada par de nervos 
espinais surge de um segmento espinal. Na 
medula espinal não existe segmentação óbvia, 
no entanto, por questões de conveniência, a 
nomeação dos nervos espinais se faz de acordo 
com o segmento nos quais estão localizados, 
sendo eles: 
Þ 8 pares de nervos cervicais (C1–C8); 
Þ 12 pares de nervos torácicos (T1–T12); 
Þ 5 pares de nervos lombares (L1–L5); 
Þ 5 pares de nervos sacrais (S1–S5); 
Þ 1 par de nervos coccígeos (Co1); 
 
• Dois feixes de axônios(raízes), conectam cada 
nervo espinal a um segmento da medula por 
meio de feixes(radículas) ainda menores que 
axônios conhecidos como radículas. A raiz 
posterior (dorsal) e suas radículas contêm 
apenas axônios sensitivos, os quais conduzem 
impulsos nervosos de receptores sensitivos da 
pele, dos músculos e dos órgãos internos para o 
sistema nervoso central. Cada raiz posterior 
apresenta uma protuberância, o gânglio 
sensitivo do nervo espinal (da raiz posterior), 
que contém os corpos celulares de neurônios 
sensitivos. A raiz anterior e suas radículas 
contêm axônios de neurônios motores, que 
conduzem impulsos nervosos do SNC até os 
órgãos efetores (músculos e glândulas); 
 
• Quando os nervos espinais se ramificam a partir 
da medula espinal, eles se projetam 
lateralmente para sair do canal vertebral por 
meio dos forames intervertebrais, entre 
vértebras adjacentes, no entanto, como a 
medula espinal é mais curta que a coluna 
vertebral, os nervos das regiões lombar, sacral e 
coccígea não saem da coluna vertebral no 
mesmo nível em que deixam a medula espinal. 
As raízes destes nervos espinais inferiores se 
angulam inferiormente junto com o filamento 
terminal no canal vertebral, como os pelos da 
cauda de um cavalo, por isso as raízes destes 
nervos são chamadas cauda equina; 
 
 
 
ANATO E HISTO INTERNA DA MÉDULA 
• Um corte transverso da medula 
espinal mostra a substância branca 
envolvendo a parte interna, formada 
pela substância cinzenta, sendo que 
ela tem o formato de um H ou de 
uma borboleta, composta por 
dendritos e corpos celulares, axônios 
não mielinizados e neuroglia, já a 
substância branca é composta 
basicamente por feixes de axônios 
mielinizados. Dois sulcos na 
substância branca da medula espinal 
a dividem em dois lados – direito e 
esquerdo; 
• A fissura mediana anterior é um sulco 
largo situado na parte anterior, o 
sulco mediano posterior é um sulco 
mais estreito localizado na parte 
posterior; 
• No centro da comissura cinzenta 
encontra-se um pequeno espaço 
chamado de canal central, ele se 
estende por toda a extensão da 
medula espinal e é preenchido com 
líquido cerebrospinal. A parte 
superior do canal central se continua 
com o quarto ventrículo (contendo 
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líquido cerebrospinal) situado no 
bulbo. Anteriormente à comissura 
cinzenta está a comissura branca 
anterior, que conecta a substância 
branca do lado direito da medula 
espinal com a do lado esquerdo; 
• Na substância cinzenta da medula 
espinal e do encéfalo, agrupamentos 
de corpos celulares neuronais 
constituem grupos 
funcionais(núcleos). Os núcleos 
sensitivos recebem influxo de 
receptores por meio de neurônios 
sensitivos, e os núcleos motores 
originam sugestões para tecidos 
efetores por meio de neurônios 
motores. A substância cinzenta de 
cada lado da medula espinal é 
subdividida em regiões(cornos); 
• Os cornos posteriores contêm corpos 
celulares e axônios de 
interneurônios, bem como axônios 
de neurônios sensitivos (os corpos 
celulares dos neurônios sensitivos 
estão localizados no gânglio sensitivo 
do nervo espinal); 
• Nos cornos anteriores encontram-se 
núcleos motores somáticos, os quais 
são agrupamentos de corpos 
celulares de neurônios motores 
somáticos que geram os impulsos 
nervosos necessários para a 
contração dos músculos esqueléticos, 
entre os cornos posteriores e os 
anteriores estão os cornos laterais, os 
quais são encontrados apenas nos 
segmentos torácico e lombar alto da 
medula espinal. Os cornos laterais 
contêm neurônios motores 
autônomos, agrupamentos de corpos 
celulares de neurônios motores 
autônomos que regulam a atividade 
dos músculos cardíacos, dos 
músculos lisos e das glândulas; 
A substância branca da medula 
espinal, assim como a substância 
cinzenta, está organizada em regiões. 
Os cornos anteriores e posteriores 
dividem a substância branca de cada 
lado em três grandes áreas chamadas 
de funículos: anteriores, posteriores 
e laterais.Cada funículo, apresenta 
diferentes feixes de axônios com uma 
origem ou destino comuns que 
transmitem informações 
semelhantes. Estes feixes, que 
podem se estender por grandes 
distâncias para cima ou para baixo na 
medula espinal, são conhecidos como 
tratos; 
OBS: Lembrar de que tratos são 
feixes de axônios no SNC, enquanto 
os nervos são feixes de axônios no 
SNP. 
• Os tratos sensitivos (ascendentes) 
são formados por axônios que 
conduzem impulsos nervosos em 
direção ao encéfalo. Os tratos 
compostos por axônios que levam os 
impulsos nervosos que saem do 
encéfalo são chamados de tratos 
motores (descendentes). Os tratos 
sensitivos e motores da medula 
espinal são contínuos com os tratos 
sensitivos e motores do encéfalo; 
 
 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
ANATO E HISTO DOS NERVOS ESPINAIS 
• O primeiro par de nervos espinais cervicais emerge da 
medula espinal entre o occipital e o atlas (C I), a maioria 
dos nervos espinais restantes sai da medula pelos forames 
intervertebrais, formados por duas vértebras adjacentes: 
è Os nervos C1–C7 emergem do canal vertebral 
acima de suas vértebras correspondentes; 
è O nervo espinal C8 sai do canal vertebral entre 
as vértebras C7 e T1 
è Os nervos T1–L5 emergem do canal vertebral 
abaixo de suas vértebras correspondentes; 
è As raízes dos nervos sacrais (S1–S5) e coccígeos 
(Co1) entram no canal sacral, a parte do canal 
vertebral localizada no sacro; 
è Os nervos S1–S4 saem do canal sacral através 
dos quatro pares de forames sacrais anterior e 
posterior; 
è Os nervos S5 e Co1, através do hiato sacral; 
• Cada nervo espinal e craniano é formado por vários 
axônios e apresenta membranas protetoras de tecido 
conjuntivo. Axônios dentro de um nervo, mielinizados ou 
não, são envolvidos pelo endoneuro, a camada mais 
profunda, o endoneuro é uma malha de fibras de colágeno, 
fibroblastos e macrófagos; 
• Vários axônios com seu endoneuro se agrupam em 
feixes(fascículos), cada qual envolvido pelo perineuro, a 
camada média, o perineuro é uma camada mais espessa de 
tecido conjuntivo, ele é composto por até 15 camadas de 
fibroblastos em uma rede de fibras de colágeno. A camada 
externa, que cobre todo o nervo, é conhecida como 
epineuro, é formado por fibroblastos e fibras colágenas 
grossas (projeções do epineuro também preenchem os 
espaços entre os fascículos). A dura-máter das meninges 
espinais se funde com o epineuro no momento em que o 
nervo passa pelo forame intervertebral; 
• Logo após passar pelo seu forame intervertebral, um 
nervo espinal se divide em vários ramos: 
è O ramo posterior (dorsal) supre os músculos 
profundos e a pele da face posterior do tronco; 
è O ramo anterior (ventral) supre os músculos e as 
estruturas dos quatro membros, bem como a 
pele das faces lateral e anterior do tronco; 
è Além dos ramos anterior e posterior, os nervos 
espinais dão origem a ramos meníngeos, estes 
ramos entram novamente no canal vertebral 
pelo forame intervertebral e suprem as 
vértebras, os ligamentos vertebrais, os vasos 
sanguíneos da medula espinal e as meninges; 
è Outros ramos de um nervo espinal são os ramos 
comunicantes, componentes da divisão 
autônoma do sistema nervoso; 
• Os axônios dos ramos anteriores dos nervos espinais, com 
exceção dos nervos torácicos T2 a T12, não chegam 
diretamente às estruturas corporais supridas por eles. Em 
vez disso, eles formam redes em ambos os lados do corpo, 
por meio da ligação de vários axônios de ramos anteriores 
de nervos adjacentes. Esta rede axônica é chamada de 
plexo, os principais plexos são o plexo cervical, o plexo 
braquial, o plexo lombar e o plexo sacral. Também existe 
um pequeno plexo coccígeo; 
• Os nervos que saem dos plexos são nomeados de acordo 
com as regiões que suprem ou com o trajeto que seguem. 
Cada nervo pode apresentar vários ramos que recebem 
seus nomes conforme as estruturas inervadas; 
è O plexo cervical é formado pelas raízes (ramos 
anteriores) dos primeiros quatro nervos 
cervicais (C1–C4), com contribuições de C5. 
Existe uma raiz de cada lado do pescoço, junto 
com as primeiras quatro vértebras cervicais. 
Este supre a pele e os músculos da cabeça, do 
pescoço e das partes superiores dos ombros e 
do tórax. Os nervos frênicos originam-se dos 
plexos cervicais e fornecem fibras motoras que 
inervam o diafragma. Ramos do plexo cervical 
também apresentam trajetória junto a dois 
nervos cranianos, o acessório (XI) e o hipoglosso 
(XII); 
 
NERVO ORIGEM DISTRIBUIÇÃO 
Ramos Superficiais (SENSITIVOS) 
Occipital Menor C2 Pele da cabeça posterior e 
superior à orelha 
 
Auricular Magno 
 
C2-C3 
Pele anterior e inferior à 
orelha (inclusive a da 
própria orelha) e sobre as 
glândulas parótidas 
Cervical transverso C2-C3 Pele sobre as faces anterior 
e lateral do pescoço 
Supraclavicular C3-C4 Pele sobre a parte superior 
do tórax e dos ombros 
Ramos Profundos (MAIOR PARTE MOTORES) 
Alça Cervical _____ Divide-se em raízes superior 
e inferior 
Raiz Superior C1 Músculos infra-hióideos e 
gênio-hióideo 
Raiz Inferior C2-C3 Restantes músculos infra-
hióideos 
Frênico C3-C5 Diafragma 
 
Ramos 
Segmentares 
 
C1-C5 
Músculo pré-
vertebrais(profundos) do 
pescoço, levantador da 
escápula e escaleno médio 
 
 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
è o plexo braquial e formado pelas raízes (ramos 
anteriores) dos nervos espinais C5 a C8 e T1, que 
se estende inferior e lateralmente em ambos os 
lados das últimas quatro vértebras cervicais e da 
primeira vértebra torácica. Ele passa acima da 
primeira costela, posteriormente à clavícula, e 
então entra na axila. Como nos demais plexos, 
as raízes são os ramos anteriores dos nervos 
espinais. As raízes de vários nervos espinais se 
unem para formar troncos na parte inferior do 
pescoço – os troncos superior, médio e inferior. 
Posteriormente às clavículas, os troncos se 
ramificam em divisões – a divisão anterior e a 
divisão posterior. Nas axilas, as divisões se unem 
para formar fascículos, conhecidos como 
fascículos lateral, medial e posterior. Os 
fascículos recebem sua denominação com base 
na sua relação com a artéria axilar, uma grande 
artéria que leva sangue para o membro 
superior. Os ramos destes fascículos formam os 
principais nervos do plexo braquial. Já o plexo 
braquial fornece quase toda a inervação dos 
ombros e dos membros superiores. Cinco 
grandes ramos terminais se originam do plexo 
braquial: 
 
- O nervo axilar supre os músculos deltoide e 
redondo menor; 
 
- O nervo musculocutâneo inerva os músculos 
anteriores do braço; 
 
- O nervo radial supre os músculos da região 
posterior do braço e do antebraço; 
 
- O nervo mediano inerva a maioria dos 
músculos da região antebraquial anterior e 
alguns músculos da mão; 
 
- O nervo ulnar supre os músculos 
anteromediais do antebraço e a maioria dos 
músculos da mão; 
 
 
NERVO ORIGEM DISTRIBUIÇÃO 
Dorsal da 
escápula 
C5 Músculo levantador da escápula, romboide 
maior e romboide menor 
Torácico longo C5-C7 Músculo serrátil anterior 
Subclávio C5-C6 Músculo subclávio 
Supraescapular C5-C6 Músculos supraespinal e infraespinal 
Musculocutâneo C5-C7 Músculos coracobraquial, bíceps braquial e 
braquial 
Peitoral lateral C5-C7 Músculo peitoral maior 
Subescapular 
superior 
C5-C6 Músculo subescapular 
Toracodorsal C6-C8 Músculo latíssimo do dorso 
Subescapular 
inferior 
C5-C6 Músculo subescapular e redondo maior 
Axilar C5-C6 Músculos deltoide e redondo menor; pele 
sobre o deltoide e a parte 
posterossuperior do braço 
 
 
Mediano 
 
 
C5-T1 
Flexores do antebraço, execeto o flexor 
ulnar do carpo; metade ulnar do flexor 
profundo dos dedos e alguns músculos da 
mão(face lateral da palma); pele dos dois 
terços laterais da palma da mão e dedos 
 
 
 
 
 
 
Radial 
 
 
 
 
 
C5-T1 
Músculos tríceps, 
ancôneo e extensores 
localizados no 
antebraço; pele da face 
posterior do braço e do 
antebraço, dos dois 
terçoslaterais do dorso 
da mão e dedos sobre 
as falanges proximal e 
média 
Peitoral medial C8-T1 Músculos peitoral maior 
e peitoral menor 
Cutâneo medial do 
braço 
C8-T1 Pele das faces medial e 
posterior do terço distal 
do braço 
Cutâneo medial do 
antebraço 
C8-T1 Pele das faces medial e 
posterior do antebraço 
 
 
 
 
Ulnar 
 
 
 
 
C8-T1 
Músculos flexor ulnar 
do carpo, metade ulnar 
do flexor profundo dos 
dedos, e a maioria dos 
músculos da mão; pele 
da parte medial da mão, 
do 5˚ dedo da mão, e da 
metade medial do 4˚ 
dedo da mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
è As raízes dos nervos espinais L1 a L4 formam o 
plexo lombar, ao contrário do plexo braquial, 
existem poucas interconexões entre as fibras do 
plexo lombar. De cada lado das quatro primeiras 
vértebras lombares, o plexo lombar se projeta 
obliquamente para fora, entre as cabeças 
superficial e profunda1 do músculo psoas maior 
e anteriormente ao músculo quadrado do 
lombo. Entre as cabeças do músculo psoas 
maior, as raízes dos plexos lombares se separam 
em divisões anterior e posterior, as quais dão 
origem aos ramos periféricos dos plexos. O 
plexo lombar supre a parede abdominal 
anterolateral, os órgãos genitais externos, e 
parte dos membros inferiores; 
 
 
NERVOS ORIGEM DISTRIBUIÇÃO 
 
Ílio-hipogástrico 
 
L1 
Músculo da parede 
abdominal anterolateral; 
pele do abdome inferior 
e das nádegas 
 
 
 
 
Ilioinguinal 
 
 
 
 
L1 
Músculos da parede 
abdominal anterolateral; 
pele das faces superior e 
medial da coxa, da raiz 
do pênis e do escroto em 
homens, e dos lábios 
maiores do pudendo e 
do monte do púbis em 
mulheres 
 
 
Genitofemoral 
 
 
L1-L2 
Músculo cremaster; pele 
da face anteromedial da 
coxa, do escroto em 
homens e dos lábios 
maiores do pudendo em 
mulheres 
 
Cutâneo femoral lateral 
 
L2-L3 
Pele das faces lateral, 
anterior e posterior da 
coxa 
 
 
 
Femoral 
 
 
 
L2-L4 
Maior nervos que se 
origina do plexo lombar; 
inerva os músculos 
flexores do quadril e os 
extensores do joelho, a 
pele das faces anterior e 
medial da coxa e da face 
medial da perna e do pé 
Obturatório L2-L4 Músculos adutores do 
quadril; pele da face 
mediana da coxa 
 
 
 
è As raízes dos nervos espinais L4–L5 e S1–S4 
formam o plexo sacral, este plexo está situado, 
em sua maior parte, anteriormente ao sacro. O 
plexo sacral inerva as regiões glúteas, o períneo 
e os membros inferiores. O maior nervo do 
corpo – o nervo isquiático – se origina deste 
plexo. As raízes dos nervos espinais S4–S5 e os 
nervos coccígeos formam um pequeno plexo 
coccígeo. Deste plexo se originam os nervos 
anococcígeos, que suprem uma diminuta área 
cutânea sobre o cóccix; 
 
 
 
Glúteo superior 
 
L4-L5 e S1 
Músculos glúteo 
mínimo, glúteo médio e 
tensor da fáscia lata 
Glúteo inferior L5-S2 Músculo glúteo máximo 
Nervo para o músculo 
piriforme 
S1-S2 Músculo piriforme 
Nervo para o músculo 
quadrado femoral e 
para o músculo gêmeo 
inferior 
 
L4-L5 e S1 
Músculos quadrado 
femoral e gêmeio 
inferior 
Nervo para o músculo 
obturador interno e 
para o músculo gêmeo 
superior 
 
L5-S2 
Músculo obturador 
interno e para o 
músculo gêmeo 
superior 
Cutâneo perfurante S2-S3 Pele sobre a face medial 
inferior da região glútea 
 
 
 
Cutâneo femoral 
posterior 
 
 
 
S1-S3 
Pele do canal anal, da 
face lateral inferior da 
região glútea, da face 
posterior superior da 
coxa, da parte superior 
da panturrilha, do 
escroto em homens, e 
dos lábios menores do 
pudendo em mulheres 
 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
 
 
 
 
Pudendo 
 
 
 
S2-S4 
Músculos do períneo; 
pele do pênis e do 
escroto em homens; e 
clitóris, lábios maiores 
do pudendo, lábios 
menores do pudendo 
e vagina em mulheres 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isquiático 
 
 
 
 
 
 
 
 
L4-S3 
Na verdade, consiste 
em dois nervos – tibial 
e fibular comum – 
unidos por uma 
bainha comum de 
tecido conjuntivo. Ele 
se divide em dois, 
normalmente na 
altura do joelho. À 
medida que o nervo 
isquiático desce pela 
coxa, ele envia seus 
ramos para os 
músculos posteriores 
da coxa e para o 
músculo adutor 
magno 
 
 
 
 
Tibial 
 
 
 
 
L4-S3 
Músculos 
gastrocnêmio, plantar 
sóleo, poplíteo, tibial 
posterior, flexor longo 
dos dedos e flexor 
longo do hálux. Os 
ramos do nervo tibial 
no pé são os nervos 
plantar medial e 
plantar lateral 
 
 
Plantar medial 
 
 
___________ 
Músculos abdutor do 
hálux, flexor curto dos 
dedos, e flexor curto 
do hálux; pele dos 
dois terços mediais da 
face plantar do pé 
 
 
Plantar lateral 
 
 
_____________ 
Os demais músculos 
do pé não inervados 
pelo nervo plantar 
medial; pele do terço 
lateral da face plantar 
do pé 
Fibular comum L4-S2 Divide-se em ramos 
fibulares superficial e 
profundo 
 
 
Fibular superficial 
 
 
______________ 
Músculos fibular longo 
e fibular curto; pele 
do terço distal da face 
anterior da perna e do 
dorso do pé 
 
 
 
 
Fibular profundo 
 
 
 
 
______________ 
Músculos tibial 
anterior, extensor 
longo do hálux, fibular 
terceiro, extensor 
longo dos dedos e 
extensor curto dos 
dedos; pele de áreas 
adjacentes do 
primeiro e segundo 
dedos dos pés 
 
 
 
 
• Os ramos anteriores dos nervos espinais T2 a T12 não 
formam plexos e são conhecidos como nervos intercostais 
ou torácicos, eles se conectam diretamente às estruturas 
supridas nos espaços intercostais. Após deixar seu forame 
intervertebral, o ramo anterior do nervo T2 inerva os 
músculos intercostais do segundo espaço intercostal e 
supre a pele da axila e a região braquial posteromedial. Os 
nervos T3 a T6 se projetam pelos sulcos das costelas até os 
músculos intercostais e a pele das partes anterior e lateral 
da parede torácica. Os nervos T7 a T12 suprem os músculos 
intercostais e os músculos abdominais, junto com a pele 
sobrejacente. Os ramos posteriores dos nervos intercostais 
suprem os músculos profundos do dorso e a pele da parte 
posterior do tórax. 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
TRATO SENSITIVOS E MOTORES 
• Uma das maneiras pelas quais a medula espinal contribui 
para a homeostasia é por meio da condução dos impulsos 
nervosos ao longo de tratos. Geralmente o nome de um 
trato indica sua posição na substância branca, bem como 
onde se inicia e onde termina; 
• O trato corticospinal anterior está localizado no funículo 
anterior; ele se inicia no córtex cerebral (substância 
cinzenta superficial do telencéfalo) e termina na medula 
espinal. Note que a localização das terminações axônicas 
aparece no fim do nome. Esta convenção permite que você 
determine a direção do fluxo das informações ao longo de 
qualquer trato. Como o trato corticospinal transmite 
impulsos nervosos do encéfalo para a medula espinal, ele é 
um trato motor (descendente); 
• O trato espinotalâmico transmite impulsos nervosos 
relacionados com dor, calor, frio, prurido, cócegas, pressão 
profunda e tato grosseiro. O funículo posterior é formada 
por dois tratos: o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme, 
os tratos do funículo posterior conduzem impulsos 
nervosos associados a tato discriminativo, pressão leve, 
vibração e propriocepção consciente (a percepção 
consciente das posições e movimentos dos músculos, 
tendões e articulações); 
• Os sistemas sensitivos mantêm o SNC informado sobre 
mudanças nos ambientes externo e interno. As 
informações sensitivas são integradas (processadas) por 
interneurônios na medula espinal e no encéfalo. Respostas 
a estas decisões integrativas são executadas por meio de 
atividades motoras – contrações musculares e secreções 
glandulares; 
• O córtex cerebral, a camada externa do encéfalo, exerce 
um papel importante no controle dos movimentos 
musculares voluntários, outras regiões encefálicas integram 
informações para a regulação de movimentos automáticos; 
•As eferências motoras para os músculos esqueléticostrafegam pela medula espinal em dois tipos de tratos 
descendentes: direto e indireto, as vias motoras diretas 
incluem os tratos corticospinal lateral, corticospinal 
anterior e corticonucleares, elas transmitem impulsos 
nervosos que se originam no córtex cerebral e são 
responsáveis pelos movimentos voluntários dos músculos 
esqueléticos. Já as vias motoras indiretas incluem os tratos 
rubrospinal, tectospinal, vestibulospinal, reticulospinal 
lateral e reticulospinal medial, estes tratos conduzem 
impulsos do tronco encefálico que são responsáveis pelos 
movimentos involuntários e auxiliam na coordenação dos 
movimentos corporais com os estímulos visuais, e as vias 
indiretas também exercem influência sobre o tônus 
muscular esquelético, mantêm a contração de músculos 
posturais e desempenham uma função importante no 
equilíbrio por meio da regulação do tônus muscular em 
resposta aos movimentos da cabeça; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Julia Franco Fernandes de Carvalho Fagundes - 2˚ PERÍODO 
 
 
DERMÁTOMOS 
• A pele de todo o corpo é inervada por neurônios 
sensitivos somáticos que levam impulsos nervosos para a 
medula espinal e para o encéfalo, cada nervo espinal 
contém neurônios sensitivos que suprem um segmento 
específico do corpo; 
• Um dos nervos cranianos, o nervo trigêmeo (NC V), inerva 
a maior parte da pele da face e do escalpo. A área da pele 
que fornece a aferência sensitiva para o SNC por meio de 
um dos pares de nervos espinais ou do nervo trigêmeo (NC 
V) é chamada de dermátomo; 
• A inervação em dermátomos contíguos por vezes se 
sobrepõe, o reconhecimento de quais segmentos 
medulares estão relacionados com cada dermátomo 
possibilita a localização de lesões na medula espinal, se a 
pele de uma região específica for estimulada, mas a 
sensação não for percebida, os nervos daquele dermátomo 
provavelmente estão lesados. Em regiões onde ocorre 
sobreposição considerável, existe pouca perda de 
sensibilidade se um dos nervos responsáveis pelo 
dermátomo for danificado; 
• As informações sobre os padrões de inervação dos nervos 
espinais também podem ser utilizadas para fins 
terapêuticos. A secção de raízes posteriores ou a infusão de 
anestésicos locais podem bloquear a sensação de dor, 
permanente ou transitoriamente. Como os dermátomos se 
sobrepõem, a produção deliberada de anestesia completa 
de uma região pode demandar o bloqueio farmacológico 
ou a secção de pelo menos três níveis espinais adjacentes;