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Aula 3 - Psicossomática

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Aula 3 – Psicossomática
Doenças Psicossomáticas
· Capacidade de desenvolvimento de doenças através do nosso pensamento/emocional 
· É relação do EU com o MEIO
· São manifestações físicas através de pensamentos ou emoções que foram guardadas ao longo do tempo 
· Doenças comuns: de pele, câncer, artrose, artrite, etc
· Mecanismos de prevenção: Respiração, meditação, taishi shuan 
Primórdios da Psicossomática
Aristóteles entendia a noção de uma continuidade entre o corpo e a alma (psyché). Ele também entendia um olhar holístico sobre o homem, que veio desabrochar na psicossomática dos dias de hoje.
A forma de entender a psicossomática evoluiu ao longo da história, mas a referência de um fenômeno psíquico para uma enfermidade física vem desde a Grécia antiga.
Medicina separada da religião 
Durante um período da história, a medicina assim com outras áreas do saber, coincidiram na Grécia Clássica, onde as mesmas não buscavam explicar os fenômenos humanos naturais por um concepção mágica ou mística.
Hipócrates é considerado o pai da medicina, por estabelecer a medicina como disciplina e tê-la fundada com profissão separada da religião.
Para ele, as doenças não eram punições divinas, mas sim um desiquilíbrio dos humores corporais, em consequência das disposições naturais do temperamento do indivíduo, das influências do meio ambiente e das ações atuais do paciente.
Alternância Psicossomática
· Descrita por Hipócrates, onde diz que o surgimento de uma doença física pode aliviar o quadro de um conflito mental.
· A maneira como eu sinto, faz parte da maneira como penso 
· Freud, estudou que os indivíduos somatizam traumas vividos e que esses traumas se manifestavam no corpo como sintomas físicos.
· O que é psicológico é real.
Atualmente, o conceito de alternância psicossomática permite entender o suceder abrupto de uma situação psíquica e somática sucedendo a outra. Essa alternância explica os casos de remissão de sintomas físicos quando surge um conflito mental e seu desaparecimento quando surge uma doença somática.
Pensadores Fundamentais da Psicossomática 
	
Wilhelm Dilthey
	
Sigmund Freud
	Propõe a separação das ciências naturais das humanas, diz que esta se baseia na relação de sentido e significação, e com isto, redimensionado a Psicologia
	Em sua escuta da Histeria da conversão, Freud percebeu que não havia nenhum órgão afetado quando se apresentavam analgesias, paralisias e cegueira. 
	Os fenômenos psicológicos podem ser compreendidos, permitindo com isto que o rigor da ciência possa valer também para a Psicologia.
	Mas os sintomas do corpo eram traduções simbólicas e de lembranças recalcadas e que as histéricas “sofriam de reminiscências”
Conceitos da Psicossomática
· Ramo dentro da medicina que estuda das doenças que atingem o corpo humano que estão interrelacionadas com a mente (que se originam na mente).
· Segundo Mello Filho, a Psicossomática não é só uma ciência interdisciplinar que integra Psicologia e Medicina para o estudo de efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre o corpo e o bem-estar dos indivíduos. É, sobretudo, uma atitude, uma ideologia e uma prática da Medicina integral. Vejamos as palavras de Mello sobre a Psicossomática:
“Psicossomática, em síntese, é uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de Saúde. É um campo de pesquisas sobre esses fatos e, ao mesmo tempo, uma prática – a prática de uma Medicina integral.”
Classificação da doenças psicossomáticas
· Tem o sintomas físicos mas a causa é de origem emocional/psicológica (ex: dor no peito da ansiedade)
· Tem o sintoma físico mas causa é de origem emocional, porém a duração longa dessa agressão vai gerar uma doença física (ex: estresse alto pode gerar uma úlcera)
· Tem uma lesão orgânica, com uma causa orgânica, mas os sintomas não são explicados somente por mecanismos físicos (ex: Hérnia de disco na cervical, porém as dores estão muito além dos quadros normais para esse quadro patológico)
Corpo e mente trabalham junto para promover a qualidade de vida.
Doenças psicossomáticas x Processo de adoecimento x Psicoterapia 
Cada ser humano adoece a sua maneira, passando pelo processo da singularidade e construção da subjetividade
Somatizar é a transformação de conflitos psíquicos em questões físicas, dores físicas, adoecimento do corpo
Psicoterapia leva o sujeito a ressignificar os conflitos psíquicos, permitindo assim que os sintomas físicos sejam amenizados ou até mesmo não existam.
A Psicanálise busca entender os processos das doenças psicossomáticas através do inconsciente e da repressão de instintos desconhecidos. Freud utilizava de alguns mecanismos, a interpretação de sonhos, a questão da sexualidade (sobretudo a infantil e os traumas na construção da sexualidade e como o indivíduo lida com isso) e a livre associação (deixar o indivíduo falar livremente para percepção do que ele está linkando a sua fala).
Precisamos entender o processo de adoecimento de CADA ser humano.
O profissional de saúde na Psicossomática
A complexidade e a integralidade dos sujeitos que têm doenças psicossomáticas acabam por impor um trabalho que não pode ser exercido somente por médicos, mas por todos os profissionais da área da saúde. Não podemos esquecer que a concepção de Psicossomática é unidirecional (psique-soma), porém nos dias atuais, ela é adotada sobreo outra posição, levando em consideração os fenômenos relacionados aos adoecer em seu conjunto.
Papel do profissional de saúde neste contexto interdisciplinar:
Deve-se tornar um observador qualificado, para desenvolver uma nova atitude no processo de cuidar, considerando as relações humanas.
É no decorrer da experiência clínica que podemos aprender, além de expandir os nossos horizontes, a correlação entre os fenômenos psicossomáticos com as significações do sujeito, no contexto atual das relações doença-família e médico-paciente.
Teorias da relação entre somático e psíquico
Freud, através da Psicanálise, foi um grande contribuidor para esta vertente de estudo, estabelecendo a relação entre corpo e mente:
Teorias advindas da escuta no período com as histéricas, que apresentavam inexplicáveis sintomas no corpo por uma causa orgânica.
Tinha postura de escuta da biografia dos seus pacientes.
Critica a sugestão, sob a máxima de quem usa a sugestão peca por não ceder à palavra ao paciente.
Pulsão
Conceito mais relevante para o estudo da Psicossomática nos dias atuais.
Psicanálise
Teoria sobre o funcionamento humano 
Método de classificação entre o normal o patológico
Método de psicoterapia mostra o caminho para superar o sintoma, buscando causa dele, que pode estar inconsciente, reprimidos e de alguma forma precisam aparecer na visão psicanalítica.
Sintoma: conflito para sujeito
Produção do sintoma: Como eu não posso dar vazão aos conflitos e traumas reprimidos de forma consciente, a mente busca outros caminhos e mecanismos para que isso aconteça, gerando os sintomas físicos em muitas vezes.
Teoria das Pulsões
Subdivida em pulsão de vida e pulsão de morte
A pulsão é uma tensão permanente do sujeito, buscando potencializar, seja de forma boa para o nosso corpo ou de forma prejudicial.
A pulsão de vida e a pulsão de morte estão em contínuo contraste entre si, buscando estabelecer um equilíbrio, sabendo-se que a pulsão de vida busca o bem estar para o sujeito. E que em muito dos casos tem padrões de referências com a tranquilidade vivida no útero materno, sendo que, esse estado de paz e tranquilidade para o ser humano só acontecerá no estado de morte.
A maneira com que eu lido com as minhas atitudes ao longo da vida vai alimentando a pulsão de vida ou de morte, seguindo o seguinte pensamento: 
“ Eu sou o mocinho da minha própria história, da mesma forma que eu também sou o vilão da minha própria história.”
“Onde existe uma pessoa já existe conflito, entre a vida e a pulsão de morte”.
Os sintomas têm um sentido que simbolizam um conflito, um desejo inconsciente que não pôde ser traduzido em palavras e que, uma vez traduzidos, são passíveis de remissão.Funcionamento do aparelho Psíquico segundo Freud
· Teorias Freudianas:
Consciente: Tudo aquilo que eu me lembro, sendo informações e vivências que estão disponíveis e conseguimos acessar.
Pré-consciente: São informações que foram armazenadas, mas que precisam de um certo grau de esforço para acessá-las
Inconsciente: São as informações, aprendizados e experiências que não estão acessíveis de forma voluntária e controlada.
· Metáfora do Iceberg:
Ponta: Consciente
Parte visível, logo abaixo da água: Pré-consciente
Parte submersa, não visível: Inconsciente
Ego, Id e Superego
Id: Caracterizados pelos desejos mais primitivos pautados na sensação de prazer. Mais evidentes nas crianças, em sua primeira infância. É o princípio de prazer
Ex: Desejo de mamar, de dormir, sexo, sede, etc
Ego: Construção do princípio da realidade em conjunto com a percepção de pertencimento ao mundo, que se estabelece pelas relações interpessoais, acompanhados pelos princípios de prazer e de realidade. O Ego se torna o centro da personalidade.
Complexo de édipo: É eleição do objetos de desejos e de identificação de um indivíduo. Acontece a construção fundamental da identidade.
Superego: Se baseia nas normas sociais, moral, culpa, internalização desses conceitos para estabelecer padrões de modo de vida. 
Processo de construção de identidade do indivíduo, segundo a visão psicanalista, se baseia no Id, Ego e Superego.
Doença Psicossomática:
Um discurso sem palavras, um sintoma físico que é a simbolização de um processo de pensamento do qual não temos consciência.
Processo de reação do Organismo:
Estabelece que, experimentalmente, qualquer vivente tem tendência a desenvolver de forma uniforme e inespecífica, anatomofisiologicamente aos vários estresses aos quais se vê submetido. 
Esse autor denomina o processo de reação do organismo, buscando respostas adaptativas de síndrome-adaptação, distinguindo três fases:
· Alarme
Também denominado choque, iniciado por uma descarga adrenérgica: taquicardia, diminuição do tônus muscular e temperatura, hipercalcemia, entre outras.
· Contrachoque
Quando as reações humorais e neurovegetativas são modificadas por uma hiperatividade do córtex suprarrenal.
· Defesa
Se o agente estressante continuar com sua atuação, o organismo entra em uma fase de defesa, onde há uma permanente hiperatividade corticossuprarrenal, e uma fase de esgotamento, consequência da falha dos mecanismos adaptativos a estímulos permanentes e excessivos.

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