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Relações diplomáticas e consulares Órgãos do Estado nas Relações Internacionais O que é Diplomacia? -compreende qualquer meio pelo qual os Estados estabelecem ou mantém relações mútuas, comunicam-se uns com os outros ou realizam transações legais ou políticas, por meio de seus agentes autorizados. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Direito Diplomático consiste no conjunto de normas e costumes, aceitos internacionalmente para regular as relações diplomáticas entre os Estados e Organizações Internacionais. Construído pela via costumeira e consolidado por diferentes tratados multilaterais e bilaterais. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais MARCO NORMATIVO: Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961. Funcionários na Convenção de Viena, em 1961. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais São indivíduos encarregados de representar os Estados, que são pessoas jurídicas, no campo das relações internacionais. Incumbência do Chefe de Estado, do Chefe de Governo, do Ministro das Relações Exteriores, dos agentes diplomáticos (diplomatas) e dos agentes consulares (cônsules) Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Direito de legação ativo: direito de enviar representantes diplomáticos; Direito de legação passivo: direito de receber representantes diplomáticos. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Quanto ao Brasil, observam-se os seguintes princípios A) independência nacional; B) prevalência dos direitos humanos; C) autodeterminação dos povos; D) não-intervenção; E) igualdade entre os Estados; F) defesa da paz; G) solução pacífica dos conflitos; H) repúdio ao terrorismo e ao racismo; i) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; J) concessão de asilo político Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 1. CHEFE DE ESTADO Principal representante estatal na sociedade internacional; Responsabilidade primária pela formulação e execução da política externa estatal; Não interessa a titulação que o Estado atribui ao respectivo Chefe; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais No Brasil: Art.84 da CF: VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes; VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do CN; XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo CN ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz XXII – permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Privilégios: Inviolabilidade de sua pessoa e de seu local de hospedagem; Imunidade cível e penal; Isenção de impostos diretos; Liberdade de comunicação com seu Estado; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 2. Chefe de Governo Dependem da forma, do sistema e do regime de governo adotado pelo Estado. Os chefes de governo tem muitas das competências internacionais do Chefe de Estado nos regimes presidencialistas; Gozam de prerrogativas semelhantes às dos Chefes de Estado. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 3. Ministro das Relações Exteriores É o principal assessor do Chefe de Estado ou do Chefe de Governo na formulação e execução da política externa. Negociam a assinatura dos tratados e gozam de prerrogativas semelhantes às dos Chefes de Estado e de Governo. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 4. Agentes diplomáticos São os funcionários do Estado encarregados essencialmente de representá-lo em suas relações internacionais; Direito de legação: prerrogativa de enviar e receber agentes diplomáticos, dividida em direito de legação ativo e direito de legação passivo. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Missão diplomática: conjunto de diplomatas que representam os Estados ou Organizações Internacionais. Pode ser: permanente; temporária Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Missão permanente: pode ser de diferentes naturezas Embaixadas – responsáveis pela representação política dos Estados; Consulados e vice- consulados: responsáveis pela representação comercial e administrativa, sobretudo de caráter notarial; Delegações, missões ou escritórios – responsáveis pela representação política, comercial ou administrativa perante Organizações Internacionais ou perante Estados, mas com dimensões menores. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Missão permanente O Estado acreditante manifesta o interesse ao Estado acreditador em constituir uma missão em seu território; A comunicação é feita por notificação ou por nota verbal; O chefe da missão é credenciado e depois comunica os nomes e os postos dos membros responsáveis por operacionalizar a missão diplomática. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais No Brasil, a indicação do chefe de missão permanente no exterior é um ato complexo, envolvendo o Poder Executivo e o Poder Legislativo. O nome do chefe da missão é indicado, via mensagem presidencial, ao Senado Federal; Cabe ao Senado aprovar ou não a indicação, após uma arguição; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Por razões de economia administrativa, um Estado pode fazer-se representar no território estrangeiro por meio de um terceiro Estado ou, então, utilizar a mesma missão permanente para representa-lo perante diversos Estados. Acreditação dupla ou múltipla: quando a mesma representação diplomática representa seu governo perante diversos Estados ao mesmo tempo. Assim, a Missão diplomática do Brasil em Bangkok atende à Tailândia, Camboja e Mianmar; Representação comum: quando a mesma embaixada representa dois ou mais Estados perante um terceiro Estado; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Missão especial ou temporária É enviada por um Estado a outro para uma negociação específica ou para executar uma tarefa determinada; A missão temporária é acreditada de modo menos burocrático; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 5. Nomeação de Embaixador Processo que requer no Dto. Internacional o pedido e a concessão do agreement. A concessão do agreement é ato discricionário pelo qual o Estado acredito aceita a indicação de embaixador estrangeiro para que nele exerça suas funções. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Agentes consulares São funcionários de um Estado encarregados essencialmente de oferecer a seus nacionais a proteção e assistência cabíveis no exterior. FUNÇÕES: Função notarial e de registro; Emissão de vistos; Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Notificação consular: As autoridades competentes do Estado receptor deverão, a partir de solicitação do interessado, informar o quanto antes à repartição consular cabível quando, em sua jurisdição, um nacional do Estado do consulado for preso, encarcerado, posto em prisão preventiva ou detido de qualquer outra maneira; Carta-patente - Documento de nomeação do agente consular e dirigida ao Estado que recebe o cônsul. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 7. As missões especiais São as viagens oficiais de autoridades do Estado ao exterior, com o objetivo de tratar de assuntos de interesse da política externa nacional. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais Privilégios e Imunidades Não sujeição dos representantes de outros Estados, presentes em seu território, ao seu ordenamento jurídico. Fundamento: teoria do interesse da função, apóiam-se na necessidade de garantir que os diplomatas e cônsules exerçam as funções de defender os interesses dos Estados que representam sem coação de qualquer espécie. Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 9. Privilégios e imunidades diplomáticas Imunidade penal – não podem ser presos, processados, julgados e condenados no Estado acreditado; Imunidade tributária – relativamente aos tributos nacionais, estaduais e municipais Inviolabilidade Órgãos do Estado nas RelaçõesInternacionais 10. Privilégios e imunidades consulares Os cônsules não poderão ser detidos ou presos preventivamente, exceto em caso de crime grave e em decorrência de decisão de autoridade judiciária competente; No campo civil e administrativo, os agentes consulares não estão sujeitos à jurisdição do Estado receptor por atos realizados no exercício de suas funções.
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