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Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Sequência clínica de arcos totais em implantes já osseointegrados Existe cerca de 15 milhões de idosos no Brasil (IBGE, 2000). 58% das pessoas entre 54 e 64 anos usam PT superior e 25% usam PT inferior. Usuários de próteses totais enfrentam problemas fonéticos, funcionais, estéticos e emocionais. A perda dos dentes naturais não representa apenas um problema numérico e estático ao indivíduo. A transição para a condição edêntula implica um conjunto dinâmico de eventos fisiológicos atróficos e degenerativos, modificando a morfologia maxilar, devido a consequente perda óssea natural a ausência dentária, alterando assim o equilíbrio neuromuscular, dificultando a fonética e afetando significativamente a estética facial. Afeta o estado nutricional e psicossocial. Fatores que interferem na PT convencional: o Comprometimento morfológico severo das áreas de suporte da prótese; o Coordenação muscular pobre; o Baixa tolerância aos tecidos mucosos; o Hábitos parafuncionais; o Expectativas protéticos funcionais irreais; o Reflexo do vômito; o Falta de habilidade psicológica; A perda de suporte labial (lábio superior mais retraído, ângulo nasolabial reduzido) significa que o paciente teve perda de tecido ósseo e necessita de uma compensação tecidual, e a prótese que vai fornecer este quesito. O CD deve oferecer as duas opções do tipo de material que será confeccionada a prótese total fixa sobre implantes para o paciente escolher: ACRÍLICO PORCELANA Baixo custo; Resultado estético satisfatório; Facilidade para fazer reparos; Baixa durabilidade (desgaste e amarelamento); Arcadas dentárias com poucos implantes instalados; Custo mais elevado; Resultado estético muito superior ao acrílico; Melhor durabilidade; Mastigação mais eficiente; Não retém odores e não acumula cálculo. O que é levado em consideração para escolher o tipo de prótese? Exposição das gengivas ao falar ou sorrir (sorriso gengival); Necessidades estéticas; Biotipo e força dos músculos da mastigação; Quantidade e qualidade do osso disponível para suporte dos implantes dentários; Doenças sistêmicas (diabetes) e hábitos (bruxismo e tabagismo); Capacidade de higienização da prótese em contato com a gengiva. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet OVERDENTURE PROTOCOLO Também conhecida como sobredentadura; Prótese sobre poucos implantes onde o paciente consegue removê-la através de pinos de encaixe. Indicada para a arcada inferior; Facilidade para higienizar; Custo menor; Menor estabilidade e menor conforto para mastigar; A prótese é fixada sobre os implantes mas pode ser removido pelo dentista. Necessita de materiais adaptados para higienização; Custo elevado; Alta estabilidade; Confortável para mastigar; http://www.henriquemasson.com.br/12-tipos-de-protese-dentaria/ Classificação de acordo com os elementos de retenção e a via principal de transmissão de cargas oclusais para o osso alveolar: Prótese implantossuportadas (implantorretida): suporte e retenção exclusivamente pelos implantes. Prótese mucossuportada (implantorretida): suporte principal pelo rebordo e mínimo pelos implantes. Classificação de acordo com os elementos que repõem: Dentogengivais: com compensação (híbridas). Dentais: sem compensação (prótese fixa). Prótese implantossuportada dentogengival – com compensação (híbrida) Prótese implantossuportada dental – sem compensação http://www.henriquemasson.com.br/12-tipos-de-protese-dentaria/ Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Prótese mucossuportada dentogengival – com compensação (híbrida) Quando há necessidade de fazer a compensação tecidual? Análise do rebordo residual; Determinar o tipo de prótese; Material de revestimento; Custo do tratamento; Planejar osteotomias; PRÓTESE DENTAL PRÓTESE DENTOGENGIVAL Sem compensação Com compensação Características das próteses tipo protocolo: Vantagens psicológicas (sensação de dentes naturais); Menor impactação alimentar; Menor manutenção; Longevidade; Melhor estética; Custo elevado. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Análise da relação esquelética (classe de Angle): Verificar se há necessidade de cirurgias ortognáticas prévias. Método para avaliação das relações maxilares: cefalometria. Caso seja um paciente classe III esquelética e optar por não fazer a cirurgia ortognática, ao invés de colocar a prótese reta sobre os implantes... ... pode-se desviar a prótese mais para posterior, oferecendo uma oclusão classe I. OBS: a prótese não terá contatos cêntricos em todos dentes. Avaliação do paciente: Condições gerais de saúde do paciente: o Exames laboratoriais; o Exames de imagem: intra e extra-orais; o Verificar as modificações ocorridas com a perda dos dentes, forma, parâmetros estéticos e fonéticos. Grau de reabsorção do rebordo residual, quantidade e qualidade óssea. Número, comprimento e a disposição anteroposterior dos implantes: o Maxila - 6- 8 implantes X Mandíbula 4-5 implantes PRÓTESE TIPO PROTOCOLO o Maxila - 3-4 implantes X Mandíbula 2-3 implantes PRÓTESE TIPO OVERDENTURE Relação maxilomandibular (classe de Angle) e formato do arco (parabólico, oval, quadrado...). Habilidade motora para higienização (capacidade de limpeza). Tipo de prótese (se vai ter compensação dos tecidos moles e musculares). Escolha do material de revestimento da prótese (acrílico ou porcelana); Padrão de oclusão do paciente; Diagnóstico de parafunção (presença de bruxismo); Condições financeira do paciente. Componentes protéticos necessários: mini pilar, transfer, análogo e cilindro da prótese. Sequência clínica da Prótese Protocolo: Instalação dos implantes; colocação dos cicatrizadores; usar a prótese provisória; esperar a osseointegração. Instalação do mini pilar protético (rotacional): Evita o contato direto do cilindro fundido da prótese com o hexágono do implante. Evita danos ao hexágono do implante. Facilita a moldagem. Permite a comunicação do implante subgengival com o meio oral. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Colocar o transfer do mini pilar: Transfere a posição e inclinação do pilar intermediário para o modelo de gesso. Fazer a moldagem de transferência com moldeira aberta; Colocar resina acrílica entre os transfer para estabilizar. Fazer a moldagem. Com a moldagem pronta, coloca-se o análogo do pilar intermediário. O análogo é a réplica do mini pilar que será transferido para o modelo de gesso. Enviar pro laboratório fazer a infraestrutura metálica sobre o cilindro da prótese. Calcinável Titânio CoCr Ligas nobres O cilindro da prótese é o componente que será adaptado sobre o pilar intermediário e que após as etapas laboratoriais tornar-se-á a prótese propriamente dita; Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Confecção da IE metálica pelo laboratório e prova da IE no paciente. Enviar para o laboratório confeccionar os dentes artificias e provar no paciente (fazer ajustes). Enviar para o laboratório realizar a acrilização da prótese e parafusar no paciente. https://www.youtube.com/watch?v=DYDYfjBWGyY https://www.youtube.com/watch?v=DYDYfjBWGyY Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Observações: Ao instalar o implante na mandíbula, deve-se ter uma margem de segurança de 3 mm anteriormente ao forame mentual para não danificar o nervo mentual, o nervo alveolar inferior epor causa da glândula submandibular. Os implantes serão instalados na região interforamidal Ao instalar o implante no maxila, deve-se ter cuidado com a artéria palatina maior e o seio maxilar. A distância do cantilever não deve ser maior que 2,5x a distância dos 2 distais para o implante do centrol. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Curvatura da posição dos implantes: Quando os implantes estão em curvatura (distância A- P maior), terá um cantilever favorável. Quando os implantes estão mais alinhados (retilíneos com distância A-P menor), é indicado usar uma overdenture. O que influencia a longevidade da prótese? Planejamento reverso; Técnico de prótese bem preparado; Conhecimento do profundo sistema de implante; Consultas periódicas; OVERDENTURE: São próteses mucossuportadas e implantorretida. São instalados 2 implantes. Indicação: o Pacientes portadores de PT. o Problemas estéticos como perda de suporte labial, linha do sorriso alta. o Financeiro (custo mais baixo). o Altura do rebordo médio: muito volume (falta espaço); pouco volume (dor). Limitações anatômicas: falta de osso. Sequência clínica da Prótese Overdenture: Sobre a PT, fazer dois “furos” onde serão instalados os implantes. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Fazer a marcação de onde será instalado o implante. Fazer o retalho mucoperiostal, instalar os implantes e colocar os cicatrizadores. Preencher os “furos” da PT com resina bisacrílica. Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet Esperar a osseointegração, colocar o pilar intermediários e realizar a moldagem de transferência. Enviar para o laboratório confeccionar uma estrutura metálica tipo barra e uma prótese com clip. https://www.youtube.com/watch?v=C-GzjnPTD70 Intercorrências e complicações das próteses sobre implante: Fratura da resina. Desgaste ou fadiga das próteses. o Estresse químico e mecânico; o Mastigação; o Habitos parafuncionais; o Dietas pacidas; o Pigmentações extrínsecas; Fratura do parafuso do abutment da prótese; Fratura e descolamento do cilindro protético da IE metálica. o O agente cimentante resinoso sofre degradação por hidrólise e rompe a união dos componentes com a prótese. Fratura da prótese, juntamente com a fratura do corpo do implante; https://www.youtube.com/watch?v=C-GzjnPTD70
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