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Benfeitorias em Imóvel Emprestado

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Aluna: Ana Carolina Ferreira de Morais 
Matrícula: 201909142719 
Atividade de Campo Direito Civil I – Campus Sulacap 
(FGV - XXII Exame OAB. 2017 - adaptada) Ricardo realizou diversas obras no imóvel que 
Cláudia lhe emprestou: reparou um vazamento existente na cozinha; levantou uma divisória 
na área de serviço para formar um novo cômodo, destinado a servir de despensa; ampliou o 
número de tomadas disponíveis; e trocou o portão manual da garagem por um eletrônico. 
Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por todas as 
benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente sobre as obras. 
Diante do caso narrado e com base nos estudos realizados nas aulas 5 a 9, responda 
fundamentadamente: 
 
a) A que espécie de benfeitoria existentes no Código Civil de 2002 se refere o caso 
acima? 
 Segundo o artigo 96 do Código Civil “As benfeitorias podem ser voluptuárias, 
úteis ou necessárias. § 1 o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não 
aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de 
elevado valor. § 2 o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. § 3 o São 
necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.” 
 Com isso, observamos que: 
-Reparo de um vazamento existente na cozinha – benfeitoria necessária 
-Levantar uma divisória na área de serviço – benfeitoria útil 
-Ampliar o número de tomadas – benfeitoria útil 
-Trocar o portão manual da garagem por um eletrônico – benfeitoria útil. 
 
b) É cabível indenização pelas benfeitorias realizadas no imóvel emprestado por 
Cláudia? Justifique. 
 É possível observar no artigo 1.219 do Código Civil “O possuidor de boa-fé tem 
direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às 
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento 
da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias 
necessárias e úteis.” 
 Já no artigo 1.220 do mesmo Código nos diz que “Ao possuidor de má-fé serão 
ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção 
pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.” 
 Como é possível observar que Ricardo sequer consultou Cláudia sobre as 
benfeitorias feitas, pode-se caracterizar uma má-fé por parte de Ricardo e conforme 
o artigo 1.220 do Código Civil de 2002, Cláudia será obrigada a indenizar Ricardo 
apenas pela benfeitoria necessária, que no caso seria o reparo do vazamento da 
cozinha. 
 
 
 
 
c) Supondo que as benfeitorias realizadas por Ricardo tivessem sido realizadas em 
imóvel alugado, haveria a possibilidade de indenização? Justifique. 
 Não, pois as regras encontradas no Código Civil serão as mesmas para imóveis 
alugados ou emprestados. 
d) Em que hipóteses é admissível o direito de retenção das benfeitorias realizadas pelo 
possuidor? Justifique. 
 É admissível nos casos do possuidor de boa-fé, presente no artigo 1.219 do 
Código Civil, no qual, terá direito à indenização das benfeitorias necessárias e 
úteis, bem como, às voluptuárias, se não lhe forem pagas poderá exercer o direito 
de retenção do valor das benfeitorias necessárias e úteis.

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