Buscar

Avaliação Final (Objetiva) - Individual Semipresencial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 186 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 186 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 186 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2017
Gestão educacional
Profa. Graciele Alice Carvalho Adriano
Copyright © UNIASSELV 2017
Elaboração:
Profa. Graciele Alice Carvalho Adriano
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 
370.2 
A243g Adriano, Graciele Alice Carvalho
Gestão educacional / Graciele Alice Carvalho Adriano: 
UNIASSELVI, 2017.
 
178 p. : il.
 
 
ISBN 978-85-515-0084-2
1. Gestão Escolar.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci. 
Impresso por:
III
apresentação
Caro acadêmico! A gestão educacional compreende uma organização 
dos sistemas de ensino nas instâncias federais, estaduais e municipais. Os 
estudos sobre a gestão educacional englobam conceitos sobre as formas de 
articulação entre as diversas instâncias que deliberam as normativas para os 
setores educacionais. A gestão escolar difere na gestão educacional enquanto 
função orientada para administrar as instituições educacionais. Cabe a esse 
profissional auxiliar na elaboração e execução da proposta pedagógica, 
administração dos recursos financeiros e humanos, contribuir para o processo 
de ensino e aprendizagem, e possibilitar situações de integração com a 
comunidade escolar.
Na Unidade 1, conheceremos sobre as características da gestão 
educacional no contexto nacional, com um percurso histórico para 
compreendermos a função social da escola, incluindo a atual concepção. 
Estudaremos sobre o contexto histórico da gestão educacional ao longo do 
desenvolvimento da sociedade, suas influências na construção do pensamento 
educacional. Outro ponto que iremos estudar será sobre a função do gestor 
escolar, as características de liderança, competência e habilidades de um gestor 
democrático. Apresentaremos um breve texto sobre o conceito de coaching 
e algumas ideias de atividades que podem ser desenvolvidas durantes as 
reuniões com a equipe escolar.
Na Unidade 2, apresentaremos a atuação do gestor escolar no 
desenvolvimento da ação pedagógica e administrativa referente à inserção da 
educação inclusiva e tecnologias da informação, e nas relações que estabelece 
com a comunidade. Abordaremos, também, um breve percurso histórico e 
conceitual sobre as funções de orientador educacional, supervisor pedagógico 
e coordenador pedagógico.
Na Unidade 3, entenderemos sobre a conjuntura político-
administrativa da escola, organizada sob a responsabilidade do gestor escolar. 
Para o exercício da função o gestor necessita conhecer sobre o financiamento 
da educação no Brasil, o PNE – Plano Nacional de Educação – e as avaliações 
que são aplicadas no âmbito escolar. Necessita também de conhecimentos 
sobre a organização e contribuições dos conselhos escolares e na importância 
da elaboração do PPP – Projeto-Político e Pedagógico da escola.
Bons estudos!
IV
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 - GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL ................................. 1
TÓPICO 1 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ........................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ....................................................................................................... 3
3 NOVAS DEMANDAS SOCIAIS NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA ...................................... 8
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 - CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL .................................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA E IMPLICAÇÕES PARA
 A EDUCAÇÃO E PRÁTICA EDUCACIONAL ............................................................................... 17
3 GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO ............................................................................... 25
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 32
TÓPICO 3 - PERFIL ATUAL DO GESTOR ESCOLAR .................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 A FUNÇÃO DE GESTOR ESCOLAR ....................................................................................... 35
3 LIDERANÇA NA GESTÃO EDUCACIONAL ..................................................................... 39
4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO GESTOR DEMOCRÁTICO .................... 41
5 COACHING EDUCACIONAL ................................................................................................... 45
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 49
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 51
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 52
UNIDADE 2 - PROTAGONISTAS QUE ATUAM NA GESTÃO EDUCACIONAL .................. 55
TÓPICO 1 - GESTOR ESCOLAR ......................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 57
2 GESTOR ESCOLAR E O DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO PEDAGÓGICA ....................... 57
3 AS PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR E AS AÇÕES ADMINISTRATIVAS ....................... 62
4 A PRESENÇA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA ATUAÇÃO DO
 GESTOR ESCOLAR............................................................................................................................. 67
5 A ATUAÇÃO DO GESTOR E O SURGIMENTO DAS TECNOLOGIAS
 DE INFORMAÇÃO .............................................................................................................................. 70
6 A RELAÇÃO DO GESTOR COM A COMUNIDADE ESCOLAR .............................................. 74
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 77
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 79
TÓPICO 2 - ORIENTADOR EDUCACIONAL .................................................................................. 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 INÍCIO DA FUNÇÃO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ..................................................... 81
VIII
3 ORIENTADOR EDUCACIONAL E SUA ATUAÇÃO NOS
 ESPAÇOS EDUCATIVOS ................................................................................................................... 84
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 89
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 90
TÓPICO 3 - SUPERVISOR PEDAGÓGICO....................................................................................... 93
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 93
2 PERCURSO HISTÓRICO DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL ........................ 93
3 FASES DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL................................................................................... 96
4 ATUAÇÃO DO SUPERVISOR EDUCACIONAL NA CONTEMPORANEIDADE ................ 99
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 102
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 103
TÓPICO 4 - COORDENADOR PEDAGÓGICO ............................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 105
2 CONTEXTO HISTÓRICO E ATUAÇÃO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA ................. 105
3 ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA
 FORMAÇÃO CONTINUADA ........................................................................................................... 108
4 CONSELHO DE CLASSE: MOMENTO DE REFLEXÃO SOBRE
 AS AÇÕES EDUCATIVAS .................................................................................................................. 110
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 115
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 121
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 122
UNIDADE 3 - GESTÃO DO ESPAÇO ESCOLAR ............................................................................ 125
TÓPICO 1 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NACIONAL ................................................. 127
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 127
2 A LEI ORÇAMENTÁRIA: RECEITA E DESPESAS NACIONAIS ............................................. 127
3 REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE OS ENTES FEDERADOS ........................................... 132
4 PDDE - DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA .................................................................................... 133
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 136
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 137
TÓPICO 2 - CONSELHOS ESCOLARES - UMA ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO ................... 139
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 139
2 PARTICIPAÇÃO DOS CONSELHOS ESCOLARES NAS
 INSTITUIÇÕES ESCOLARES ........................................................................................................... 139
3 ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS ESCOLARES ........................................................................ 143
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 147
TÓPICO 3 - PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, O PROJETO POLÍTICO- 
PEDAGÓGICO E O REGIMENTO ESCOLAR ................................................................................. 149
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 149
2 PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ................................................................................ 149
3 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ............................................................................................ 153
4 REGIMENTO ESCOLAR .................................................................................................................... 159
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 164
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 166
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 167
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 170
1
UNIDADE 1
GESTÃO EDUCACIONAL NO 
CONTEXTO NACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• conhecer o processo histórico das instituições de ensino;
• identificar e analisar a função social da escola;
• compreender o percurso histórico do conceito de Gestão Educacional;
• discutir sobre os princípios da gestão democrática no contexto atual;
• reconhecer a importância do gestor para a comunidade escolar;
• elencar as ações e competências do gestor no cotidiano escolar.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você 
encontrará atividades que possibilitarão o aprofundamento de conteúdos da 
área, propiciando uma reflexão sobre questões da gestão educacional, como 
o contexto histórico e função das instituições de ensino, além do percurso 
histórico que deu origem ao conceito de Gestão Educacional.
TÓPICO 1 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR 
TÓPICO 2 - CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
TÓPICO 3 - PERFIL ATUAL DO GESTOR ESCOLAR
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste primeiro tópico da disciplina "Gestão Educacional" 
estudaremos sobre assuntos referentesà escola, educação e sua função social com 
e na sociedade. Comentaremos brevemente sobre o processo de organização da 
função social da escola, ao longo dos anos, até se constituir como o conhecemos 
atualmente. 
Para compreendermos a função do gestor escolar, necessitamos da 
apropriação do conhecimento sobre os fatores que contribuíram para a constituição 
da escola hoje. A concepção da função social da escola advém de um processo 
cultural, vivenciado em determinados períodos históricos de acordo com o 
pensamento da sociedade de cada época. 
A partir do entendimento da construção histórica, cultural e social de 
uma determinada situação, conseguimos compreender a sua conjuntura atual, 
assimilando suas potencialidades e fragilidades. Nesse sentido, iniciamos nossos 
estudos sobre Gestão Educacional com o entendimento dos princípios que 
nortearam a organização da escola, do início até os dias atuais.
No decorrer de sua leitura, lembre-se de assinalar no texto os principais escritos. 
Grife com caneta marca-texto, cole etiquetas de avisos indicando os pontos importantes. 
Organize esquemas, sínteses, faça apontamentos no decorrer do texto. Busque formas de 
organizar seu pensamento e construir um conhecimento significativo! Bons estudos!
ATENCAO
2 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 
A escola, enquanto instituição construída socialmente para realizar a 
formação humana nas diferentes temporalidades de vida, se tornou, no movimento 
histórico, dever do Estado e direito do cidadão, sendo indispensável seu 
reconhecimento para formação social das pessoas, nas relações que estabelecem 
entre si e com os conhecimentos científicos.
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
4
A ação educativa tem por finalidade a humanização do homem por meio da 
identificação dos elementos culturais acumulados historicamente. À escola cabe 
selecionar e identificar, dentre esses elementos, os necessários e indispensáveis a 
serem desenvolvidos nas práticas educativas. A descoberta das formas adequadas a 
esse trabalho, a organização dos meios, conteúdos, espaço, tempo e procedimentos 
são de responsabilidade do currículo escolar que deve estar contido no projeto 
pedagógico elaborado com base na realidade.
 A escola, como responsável pelos processos de ensino e aprendizagem, 
necessita propiciar, a todos que a ela tiverem acesso, os instrumentos necessários 
à aquisição do saber sistematizado. Desta forma, por meio da apropriação desse 
saber, da ciência, justifica sua existência na sociedade atual. Segundo os autores 
Libâneo, Oliveira e Toschi (2005, p. 117):
 
devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela 
mediante a qual a escola promove, para todos, o domínio dos 
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e 
afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e 
sociais dos alunos. 
Percebemos, então, que a escola se constitui numa instituição social com 
objetivo explícito de aprimorar as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos 
estudantes. O desenvolvimento ocorre por meio da aprendizagem de conteúdos, 
conhecimentos, aprimorando as habilidades, atitudes e valores, de maneira 
contextualizada e participativa. 
Assim, entendemos algumas das funções sociais gerais da escola, mas 
precisamos analisar sobre a real função social da escola. Você saberia dizer? Pois 
bem, para conseguirmos responder a esse questionamento, necessitamos refletir 
sobre as intenções do Projeto Político-Pedagógico da escola, das perspectivas da 
gestão educacional e a organização curricular proposta. Elementos que servirão 
de estrutura para entendimento sobre as concepções ideológicas da escola e sua 
relação com a comunidade.
O ato educativo deve ser um processo dialógico visando a transformação 
social, combatendo assim a reprodução de um sistema excludente, baseado na 
simples reprodução de saberes. Neste sentido, Luckesi (1994, p. 30) entende que:
A educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um 
fim em si mesma, mas sim como um instrumento de manutenção ou 
transformação social. Assim sendo, ela necessita de pressupostos, de 
conceitos que fundamentem e orientem os seus caminhos. A sociedade 
dentro da qual ela está deve possuir alguns valores norteadores de sua 
prática.
As funções políticas e sociais da escola consistem em interesses diferenciados 
das classes sociais, nas quais as tendências pedagógicas trazem contribuição nas 
diferentes concepções da função escolar. O pensamento da sociedade no decorrer 
da história influenciou diretamente a concepção e a função social prevista na escola.
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
5
Para Saviani (1993), na tendência tradicional a escola era vista como uma 
forma de se resolver os problemas sociais ligados à ignorância. Sua principal 
função consistia em repassar conteúdos e procedimentos simples, de maneira 
enciclopédica. Preocupava-se com a quantidade do conhecimento adquirido no 
processo de ensino e aprendizagem por estudantes, a despeito da qualidade.
Na Escola Nova, os desajustes estavam relacionados à falta de adaptação 
das pessoas às formas biopsicossociais. A escola deveria ajustar as pessoas ao 
convívio social, despertando o sentimento de aceitação da diversidade. A proposta 
da Escola Nova negava a Tradicional, substituindo a ênfase nos conteúdos pela 
valorização dos processos de aprendizagem. Nessa época surge o processo de 
psicologização da educação (SAVIANI, 1993).
DICAS
Acadêmico, faça a leitura do documento que regulamentou 
o Movimento da Escola Nova no seguinte endereço: 
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/
doc1_22e.pdf>.
Você conhecerá a concepção de educação defendida no 
movimento, a finalidade e função social da escola para 
a época. Acesse e confira, amplie seus conhecimentos 
sobre o assunto!
FONTE: Disponível em: <http://maryhpc.blogspot.com.
br/2011/12/o-movimento-dos-pioneiros-da-educacao.
html>. Acesso em: 20 mar. 2017.
Com a ascensão do capitalismo e o aumento dos meios de produção, 
começou a surgir na sociedade um aumento na demanda de mão de obra 
industrial. Consequentemente, a escola começou a ter outra função social, a de 
formar e especializar os futuros trabalhadores. A tendência tecnicista surgiu no 
período militar no Brasil, servindo ao sistema produtivo gerador de lucro para 
os capitalistas, incorporando os princípios do taylorismo e fordismo (KUENZER, 
2000).
Podemos perceber que cada tendência influenciou a concepção educacional 
a serviço de uma intenção da sociedade na época. A Escola Tradicional buscava 
uma estrutura econômica agrária, e as escolas Nova e Tecnicista voltavam seus 
interesses para a estrutura econômica industrial capitalista.
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
6
As teorias Crítico-Reprodutivistas apresentam concepções diferentes de se 
entender a função social da escola. Os principais nomes consistem em Bourdieu e 
Passeron (1982), com análises sobre a relação entre os sistemas de ensino e o social. 
Segundo os autores, a sociedade marca de maneira irreversível as formas de agir 
na escola, orientando socialmente e profissionalmente as pessoas. 
Para Bourdieu e Passeron (1982), a educação consiste no reflexo da 
desigualdade social imposta por meio da ideologia da classe dominante, 
perpetuando seus interesses por meio dos processos educativos institucionalizados 
nas escolas. A ação pedagógica como "uma violência simbólica enquanto imposição, 
por um poder arbitrário, de um arbitrário cultural” (BOURDIEU; PASSERON, 
1982, p. 20).
A expressão “violência simbólica” aparece como uma observação minuciosa 
de que qualquer sociedade se estrutura como um sistema de relações de força 
material entre grupos ou classes. Onde a classe dominante opera silenciosamente 
com seus valores sobre a classe dominada,operando formas de agir, pensar e sentir 
segundo seus interesses.
A violência simbólica, para estes sociólogos, manifesta-se na escola 
por meio da ação pedagógica institucionalizada, onde o processo educativo 
aparece como resultado da “desigualdade de dotes”. Os dotes são utilizados 
para explicar que o sucesso e o fracasso escolar não dependem apenas da origem 
social, mas fundamentalmente da expressão cultural cultivada pelo indivíduo. As 
crianças das classes populares estariam em desvantagem em relação às de classe 
dominante, em decorrência do acesso e aproximação da cultura escolar, mais 
próxima da cultura dominante.
As teorias crítico-reprodutivistas apresentam o funcionamento da escola 
baseado na reprodução, mas não apresentam nenhuma alternativa pedagógica de 
melhoria para a situação. 
A proposta pedagógica de Freire (1997), denominada escola 
problematizadora, encontra fundamentação na concretude da existência humana, 
e entende que “cada homem é um ser no mundo, com o mundo, e com os outros” 
(FREIRE, 1997, p. 26). Na relação que estabelece com o outro, o educador seria 
um ser na práxis, capaz de olhar de fora, mesmo estando dentro do processo 
educativo. Na distância que estabelece de si possibilita uma análise do fazer de si 
mesmo, uma desconstrução-reconstrução constante do modo de pensar, gerando 
alterações no meio em que vive.
Freire (1997) afirma que a educação não é neutra, nem desinteressada, 
mas um ato político que não pode ser confundido como uma ação manipuladora. 
Nesse sentido, o educador que assume uma prática libertadora necessita assumir 
uma opção política e coerente com essa prática. A alfabetização não consiste no 
ponto de partida, nem de chegada, mas um aspecto importante no processo de 
construção do conhecimento, pensando na prática e não somente no "mundo dos 
pensamentos". 
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
7
Na proposta de Freire (1997), a educação surge como um ato político e 
parte do processo de emancipação do ser humano, ou seja, sua libertação. O ato 
político se desvela nos momentos de discussões em que os envolvidos descobrem, 
por meio da palavra, a si próprios e o mundo em que vivem. Os oprimidos, 
cidadãos excluídos da cultura escrita, desfavorecidos nas condições mínimas de 
sobrevivência, encontram na palavra a possibilidade de pensar sobre o mundo e 
julgá-lo.
A tendência da Pedagogia Histórico-Crítica se contrapõe à pedagogia 
liberal burguesa, como uma alternativa para os que negavam o papel reprodutor 
capitalista nas práticas sociais e escolares. Nessa tendência, a educação consiste em 
uma atividade mediadora no centro da prática social global. As práticas educativas 
são vistas como formas de transformação social e humanização das pessoas.
A educação nessa tendência apresenta uma compreensão de que a escola 
pressupõe um papel mediador, articulando as relações sociais onde o conhecimento 
expressa um processo em construção. Para Saviani (1993, p. 80):
Se a educação é mediação, isto significa que ela não pode ser justificada 
por si mesma, mas tem sua razão de ser nos efeitos que se prolongam para 
além dela e que persistem mesmo após a cessação da ação pedagógica 
[...] Se é razoável supor que não se ensina democracia através de 
práticas pedagógicas antidemocráticas, nem por isso se deve inferir que 
a democratização das relações internas à escola é condição suficiente 
de democratização da sociedade. Mais do que isso: se a democracia 
supõe condições de igualdade entre os diferentes agentes sociais, como 
a prática pedagógica pode ser democrática já no ponto de partida? 
Com efeito, procurei esclarecer qual a educação supõe a desigualdade 
no ponto de partida e a igualdade no ponto de chegada. Agir como se 
as condições de igualdade estivessem instauradas desde o início não 
significa, então, assumir uma atitude de fato pseudodemocrática? 
Pense nos questionamentos e reflita sobre como as práticas educativas 
podem se basear numa mediação que promova a democracia em sala. De que 
forma localizamos os processos democráticos nas relações escolares? Perguntas 
que necessitam ser analisadas e repensadas no âmago de cada educador, na 
intencionalidade e percepção da função social que subjetivamente compreendeu 
ao longo dos anos. 
Para Saviani (1993), a escola apresenta uma função social como forma 
de propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso à cultura, 
com as atividades escolares organizadas para esse fim. O professor como 
"aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação 
cultural" (SAVIANI, 1993, p. 27). Existem importantes relações entre a educação 
e a transformação social, educação e estrutura social capitalista, educação e a 
possibilidade de superação do capitalismo, educação e revolução.
O papel mediador da educação no processo de transformação social é 
imenso, pois é um conceito de educação associado à mediação em meio à prática 
social, isto é, a educação torna-se uma importante ferramenta de transformação da 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
8
prática social. Não necessariamente uma educação mediadora que transformaria 
diretamente a sociedade, mas que, por meio da mediação, transformasse 
inicialmente a consciência das pessoas. Para, depois, as pessoas agirem conforme 
sua consciência, transformando a sociedade por meio de suas práticas sociais.
No plano social, a escola pode desenvolver, nos estudantes, reflexões sobre 
os cuidados com a saúde, a natureza, as questões da cidade, entre outros, uma 
consciência do que seja viver bem em sociedade. Articular discussões sobre as 
situações ao redor da escola, comunidade, estimulando uma consciência crítica, de 
participação, organizando e intervindo com ações políticas na sociedade.
Outro aspecto fundamental que está intimamente ligado à função social e 
política da escola consiste na dimensão democrática, conferindo a todos o 
direito de participar das discussões. A escola como instituição que pretende 
formar sujeitos democráticos deve vivenciar, criar e disponibilizar no 
cotidiano espaços e tempos para o exercício da participação. Inclusive, a 
LDB/96 reafirma no artigo 14º, entre seus princípios, a gestão democrática 
da escola através da participação da comunidade escolar e local 
em conselhos escolares ou equivalentes (BRASIL,1996).
Percebemos, até o momento, que a escola pode apresentar funções sociais 
diferenciadas de acordo com cada perspectiva e teoria de educação influenciada 
na concepção social. As ações individuais e coletivas desenvolvidas nas escolas 
intensificam os entendimentos sociais e políticos, contribuindo na formação 
do estudante. Na consciência de importância enquanto pessoa na sua família, 
comunidade, interferindo de forma crítica na realidade, sendo influenciado de 
maneira subjetiva por formas de pensar e agir socialmente construídas.
3 NOVAS DEMANDAS SOCIAIS NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA
A partir da segunda metade do século XX, a sociedade, de forma geral, 
vivenciou algumas mudanças oriundas da presença das tecnologias da informação 
e comunicação. Dessa forma, a sociedade do conhecimento, internet, rede de 
recursos e serviços educativos disponíveis contribuem para desconstruir o 
pensamento tradicional de escola, reorganizando a relação formativa e informativa 
dos saberes (VILLA, 2007). 
Atualmente, com a vigência normativa legal, o acesso à escola se encontra 
democratizado e fiscalizado por órgãos fiscais, garantindo que todos em fase 
escolar estejam matriculados e frequentando a escola. A globalização da sociedade 
apresenta padrões de cultura global e a aproximação com outros povos e 
manifestações culturais, ou seja, com as formas de diversidade social e humana.
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
9
A convivência com as diferenças torna-se uma necessidadedas sociedades 
contemporâneas. A emergência da "sociedade do conhecimento", com novas formas 
de conceber a sociedade e os processos escolares, sobretudo a partir dos anos de 
1990. O uso das tecnologias da informação e da globalização induziu uma cultura 
escolar que requer a valorização, nas práticas educativas, da cultura escolar, saber 
sistematizado da cultura escolar. Práticas pedagógicas que entendem os processos 
de ensino baseados na mediação, tendo como parâmetros a cultura dos estudantes, 
contemplando as diversidades da turma.
Observe as vinhetas em quadrinhos e reflita sobre a mensagem implícita no 
diálogo entre os dois estudantes: 
FIGURA 1 – SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
FONTE: Disponível em: <https://nubiaaires.wordpress.com/2015/06/26/sociedade-da-informacao-
charge/>. Acesso em: 23 junho 2017.
Você percebe esse tipo de atitude na sociedade atual? Pois bem, os 
estudantes hoje possuem acesso imediato a todo tipo de informação, veiculada 
nas diversas mídias. Será que sozinhos conseguem transformar a informação em 
conhecimento, ou necessitam da experiência, dos processos de mediação que 
ocorrem nas práticas educativas voltadas ao ensino e à aprendizagem? Pense sobre 
o assunto!
Prensky (2001) lembra que os estudantes presentes nas escolas constituem 
os chamados nativos digitais, ou seja, cresceram imersos na linguagem digital dos 
computadores, videogames e internet. Acostumados a receber informações com a 
rapidez com que acessam os recursos tecnológicos, respostas de forma instantânea, 
trabalham em rede com multitarefas paralelas e repudiam palestras, atividades 
com passo a passo que tomem tempo demasiado de sua atenção. Diferenciam-se 
dos imigrantes digitais, aqueles que tiveram contato durante sua existência com 
os recursos tecnológicos, mas que ainda guardam alguns vestígios condicionados 
ao uso de material impresso, como na impressão de informações veiculadas na 
internet para leituras posteriores.
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
10
Os imigrantes digitais dividem espaço com os nativos, a diferença é que 
os primeiros ocupam lugares de autoridade social, seja na escola ou em outros 
espaços. Nas instituições escolares, os imigrantes digitais acreditam que explicações 
detalhadas, combinações de exemplos demorados garantem o aprendizado dos 
estudantes, lhes permitem o tempo preciso da compreensão sistematizada dos 
conteúdos. 
Entretanto, os nativos digitais acostumados ao uso das tecnologias, no 
aprender fazendo, na fluidez das informações, não acompanham o processo 
inferido, causando dispersões e choques de interesses. A escola voltada para a 
minuciosa explicação dos conteúdos entra em colapso com o surgimento de uma 
nova forma de aprender. Através das informações, a construção de conhecimentos 
por meio do diálogo, das interações colaborativas, das trocas que ocorrem no teclar 
em rede - nas relações estabelecidas entre as dúvidas e respostas. No acesso e 
seleção das inúmeras verdades disponibilizadas na internet, pela ação dialógica do 
professor com a turma, por meio do conhecimento que traz consigo referente à sua 
especialização docente, auxilia na garimpagem e desmistificação das informações 
(PRENSKY, 2001).
FIGURA 2 - NATIVOS DIGITAIS
FONTE: Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/
tecnologia/0053.html>. Acesso em: 20 mar. 2017.
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
11
O saber-fluxo, apontado por Lévy (2003), identifica os espaços de 
conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, organizam-
se de acordo com os objetivos ou contextos, onde cada um ocupa uma posição 
singular e evolutiva. O professor assume uma posição de animador da inteligência 
coletiva ao invés do fornecedor dos conhecimentos. As aulas, antes planejadas e 
que deveriam ser seguidas à risca, agora assumem fluxos de interação de acordo 
com as várias competências dos estudantes, independentemente da organização 
disciplinar estabelecida a priori pelo professor.
Lévy (2003, p. 161) sugere que "a emergência do ciberespaço não significa, 
de forma alguma, que "tudo" pode enfim ser acessado, mas, antes, que o todo está 
definitivamente fora de alcance". Ciberespaço "[...] como o espaço de comunicação 
aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos 
computadores" (LÉVY, 2003, p. 92). Anterior à escrita, a sociedade baseava sua 
fonte de conhecimento na transmissão oral realizada dos mais velhos aos mais 
novos, pela comunidade viva. Com o surgimento dos livros, quem consegue ler 
domina o conhecimento. 
Após a invenção da impressão surgiram os cientistas, os saberes estão 
acumulados nas bibliotecas, organizados pelos que assumiram a missão de 
organizar os conhecimentos de forma que todos tivessem acesso. Mais recente, 
surge o ciberespaço, a transmissão pelas coletividades humanas vivas, que 
descobrem e constroem seus objetos e se conhecem como coletivos inteligentes 
(LÉVY, 2003). 
A virtualização do conhecimento se torna virtual no sentido do movimento 
inverso da atualização, na mutação da identidade, no desprendimento do aqui 
e agora, na desterritorialização presente, na externalização do interior e na 
internalização do exterior. A virtualização consiste numa ação heterogênea, no 
processo de acolhimento da alteridade de alguém. Na leitura dos hipertextos a 
sensação de percorrer, cartografar o que fabricamos e atualizamos, avalia-se 
de acordo com a subjetividade inferida. O texto como "[...] discurso elaborado 
ou propósito deliberado" (LÉVY, 1996), ou seja, discursos que geram textos 
socializados virtualmente. 
A discussão sobre o entendimento dos textos como aspecto social iniciou 
com os estudos de Soares (2003), que distingue o letramento como um estado 
ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas que exerce as práticas 
sociais ao usar a escrita. Rojo (2012) recorda que em 1996 aconteceu o colóquio 
do Grupo de Nova Londres (GNL), no evento houve a publicação do manifesto 
intitulado A Pedagogy of Multiliteracies – Designing Social Futures (Uma pedagogia 
dos multiletramentos – desenhando futuros sociais). 
Os multiletramentos na escola, como diversidade cultural de produção e 
circulação dos textos, no sentido da diversidade de linguagens que os constituem, 
interativos e colaborativos, transgridem as relações de poder estabelecidas; por 
estarem disponibilizados on-line, pertencem a todos, são híbridos formados por 
diversos tipos de linguagens, modos, mídias e culturas. Localizam-se nas "nuvens", 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
12
no ciberespaço e apresentam-se no formato de rede por hipertextos e hipermídias 
(ROJO, 2012).
O "letramento digital" designa o domínio das tecnologias para além do 
teclar comandos, mas na capacidade de utilização nas práticas sociais. Significa 
possibilitar, aos estudantes, condições para que possam incorporar o uso dos 
instrumentos, interfaces e signos das tecnologias digitais, que aprendam a ler e 
escrever manipulando os recursos midiáticos. Enfim, na busca da sofisticação do 
letramento, na participação da sociedade digital que orienta condições atuais para 
a inclusão social (ALMEIDA; VALENTE, 2012). 
O uso das tecnologias nas escolas, atualmente, permite um aprendizado 
duplo. Além de possibilitar o acesso a conceitos de temas pesquisados, necessita 
do conhecimento das ferramentas que fazem parte do recurso utilizado. A 
variedade de informações disponibilizadas no ciberespaço torna possíveis alguns 
questionamentos pertinentes à idoneidade dos textos veiculados virtualmente. 
O professor, como mediador no processo de ensino, apto pela especialidade 
formativa, auxilia no discernimento dentre a variedade disponível. Por meio do 
diálogo com os estudantes, estabelece critérios que devem ser seguidos na análise 
do conteúdo virtual,os aconselha de modo a navegarem observando as fontes de 
onde provêm as informações.
FIGURA 3 – CULTURA GLOBALIZADA
FONTE: Disponível em: <https://pescadordebits.com.br/web-livre-e-aberta/ 
>. Acesso em: 20 mar. 2017.
A cultura globalizada passa a ser socializada por meio dos recursos 
tecnológicos, articulando-se com os lugares onde as pessoas acessam e passam a 
interiorizar costumes, valores e hábitos diferentes do local. Nesse sentido, as tensões, 
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
13
os conflitos, práticas diárias, referências dos grupos sociais de um determinado 
local passam a ser considerados por meio da diversidade. Uma diversidade 
que expressa símbolos, significados, valores, atitudes, crenças e saberes de um 
determinado grupo, que vive em contexto específico, com identidade singular. 
A educação necessita ser repensada com base em todos os aspectos que 
envolvem a sociedade globalizada contemporânea. Atualmente, as práticas 
educativas suscitam a superação das dicotomias entre o público e o privado, 
conhecimentos cotidianos e científicos, aspectos cognitivos e afetivos, na 
desconstrução dos resquícios da escola tradicional e excludente. 
Pensar numa escola com a função social voltada para a formação de 
pessoas participativas na sociedade, baseada na valorização das experiências, 
problematização e conhecimentos dos estudantes, superando a fragmentação dos 
saberes escolares. Uma escola que articula ações juntamente com a comunidade, 
buscando a transformação social por meio da participação democrática de todos 
os envolvidos.
14
Neste tópico, você aprendeu que:
• O pensamento da sociedade, no decorrer da história, influenciou diretamente a 
concepção e a função social prevista na escola.
• A partir da segunda metade do século XX, a sociedade, de forma geral, 
vivenciou algumas mudanças oriundas da presença das tecnologias da informação 
e comunicação.
• A cultura globalizada passa a ser socializada por meio dos recursos tecnológicos, 
articulando-se com os lugares onde as pessoas acessam e passam a interiorizar 
costumes, valores e hábitos diferentes do local.
• A educação necessita ser repensada com base em todos os aspectos que 
envolvem a sociedade globalizada contemporânea.
RESUMO DO TÓPICO 1
15
1 Reflita sobre o percurso histórico da constituição das instituições de ensino, 
a escola, e faça uma linha do tempo. Aponte os períodos da história com os 
principais fatos que marcaram a educação no país. Essa construção ajudará você 
a perceber o quanto as aspirações da sociedade interferiram na organização e 
construção da escola.
2 Analise sobre a função social atual das escolas na sociedade e aponte suas 
características.
3 Analise sobre a função social da escola atualmente e assinale a alternativa 
correta.
a) ( ) Prevê o processo de transformação social por meio do papel mediador 
do professor e da participação democrática de todos os envolvidos.
b) ( ) Procura manter a perspectiva tradicional de educação e assim zelar 
pela educação de qualidade por meio das reproduções de saberes.
c) ( ) Preocupa-se com a aplicação de provas e exames nacionais e nos índices 
de qualidade inferidos para as escolas.
d) ( ) Preparar os estudantes exclusivamente para o mercado de trabalho, 
com conteúdos profissionalizantes para a demanda industrial.
4 A partir da segunda metade do século XX, a sociedade vivenciou algumas 
transformações decorrentes da presença de tecnologias da informação e 
comunicação. Analise sobre esses aspectos e assinale V para Verdadeiro e F 
para Falso nas alternativas.
( ) A sociedade do conhecimento, internet e serviços educativos contribuíram 
para organizar uma nova concepção de educação.
( ) A globalização da sociedade apresentou padrões de cultura global e a 
aproximação dos costumes entre os povos.
( ) A diversidade social e humana emergiu devido ao trabalho realizado na 
escola tradicional, sob influência dos jesuítas.
( ) O uso das tecnologias nas escolas ocasiona um aprendizado duplo, ou 
seja, além do aprendizado dos conhecimentos, também dos recursos midiáticos.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V, V, F, V.
b) ( ) F, V, F, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) V, V, F, F.
AUTOATIVIDADE
16
17
TÓPICO 2
CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Até esta etapa dos estudos você compreendeu como a escola se organizou 
ao longo dos anos, sofrendo influências de aspirações politizadas da sociedade. 
Neste tópico, abordaremos sobre outro percurso histórico que necessita ser 
lembrado, consiste na origem e característica do conceito de Gestão Educacional. 
Conversaremos sobre as tendências que influenciaram a forma de conceber os 
processos educativos e, consequentemente, a gestão educacional, bem como as 
características da Gestão Democrática contemporânea.
DICAS
Acesse a trilha de aprendizagem, participe dos fóruns e enquetes. Observe os 
objetos de aprendizagem e os artigos sugeridos, são materiais que trazem informações que 
não se encontram no livro da disciplina. São fontes de informações que foram acrescidas para 
auxiliar na ampliação de seus conhecimentos. Bons estudos!
2 ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA E IMPLICAÇÕES PARA A 
EDUCAÇÃO E PRÁTICA EDUCACIONAL
Para compreender a organização e atual conjuntura da gestão educacional, 
faz-se necessário recordar um pouco sobre seu trajeto histórico. No início, a 
gestão educacional era denominada por outro termo, como administração escolar, 
com escritos que datam da década de 1930 no Brasil. Anterior a esse período, 
até a Primeira República consistiam em "memórias, relatórios e descrições de 
caráter subjetivo, normativo, assistemático e legalista" (SANDER, 2007a, p. 21). 
Tal fato aponta a existência de pessoas que se ocupam com os afazeres quanto 
à administração educacional, mas não eram reconhecidas profissionalmente 
enquanto função. 
A partir da década de 1930 a administração educacional se desenvolve 
sob influências dos ideais progressistas de educação, contrapondo-se à educação 
tradicional, que não favorecia as ideias de expansão industrial que o país vivenciava 
naquele momento (SANDER, 2007b). O cenário educacional, entusiasmado com 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
18
o movimento pedagógico da Escola Nova, principalmente por estudos de John 
Dewey, apoiava a necessidade de aprimorar a cientificidade no campo educacional, 
ampliando a oferta educacional.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova mencionava a ausência 
de espírito filosófico e científico na resolução dos problemas da administração 
escolar como principal responsável pela desorganização da estrutura escolar 
(MANIFESTO, 2006). A partir de então, despontam estudos que fomentaram as 
bases para o surgimento dos primeiros escritos teóricos sobre o tema Administração 
Escolar.
No início do século XX, a expansão da oferta educativa e consequente 
aumento dos afazeres nos processos administrativos da educação suscitaram 
uma organização de administração modernizada. Desta forma, a administração 
educacional passou a se basear na organização das companhias, empresas e 
associações industriais ou comerciais (LEÃO, 1945). 
A administração educacional absorve as premissas da administração geral, 
desenvolvida por Henry Fayol com base nos seguintes argumentos, de acordo com 
Leão (1945):
• Operações técnicas (distribuição, produção, transformação). 
• Operações financeiras (rendimento do trabalho efetuado).
• Operações de segurança (proteção dos bens e das pessoas).
• Operações de contabilidade (inventários, balanços, estatísticas...).
• Operações administrativas propriamente ditas (previdência, organização, 
comando, coordenação, colaboração, verificação).
O Diretor Escolar era um educador com conhecimento da política 
educacional e dos saberestécnico-administrativos. Estava subordinado ao Diretor 
da Educação e agia de forma a reproduzir a sua visão administrativa educacional. 
Nesse sentido, o Diretor da Educação atua de forma mais específica voltada à 
administração, enquanto que o Diretor de Escola se ocupa também dos assuntos 
pedagógicos. 
A estrutura administrativa passa a ser concebida como uma organização 
baseada na hierarquia das funções, segundo a teoria de Fayol. Assim, o diretor da 
escola assume um importante papel de dirigir o trabalho, auxiliando no progresso 
mental e moral da comunidade inserida. Passa a ser uma espécie de líder, aquele 
que conduzirá todos os envolvidos no processo escolar (LEÃO, 1945).
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
19
FIGURA 4 – FUNÇÕES DO GESTOR ESCOLAR
FONTE: Adaptado de Leão (1945). 
No exercício da função de Diretor da escola, como destacamos no 
organograma, o profissional necessita apresentar certas características além da 
liderança, como a experiência. 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
20
FIGURA 5 - CONHECIMENTOS DO DIRETOR
FONTE: A autora 
Segundo Leão (1945, p. 167), o Diretor de Escola "não deixa de ser educador, 
mas sua ação amplia-se. É então o coordenador de todas as peças da máquina que 
dirige, o líder de seus companheiros de trabalho, o galvanizador de uma comunhão 
de esforços e de ações em prol da obra educacional da comunidade". Assume a 
função de destaque e proximidade com a comunidade escolar, colaborando na 
execução das premissas determinadas no entendimento do Diretor de Educação.
Nas escolas maiores, com intenso volume de trabalho educativo, o diretor 
necessitava de auxílio, os chamados "peritos especializados" ou inspetores-
orientadores, eram profissionais destinados a observar as atividades desenvolvidas 
por estudantes e professores. Desta forma, emitiam análises e julgamentos sobre 
os métodos e processos aplicados, com a finalidade de orientar e conduzir os 
trabalhos educativos (LEÃO, 1945).
Nesta forma de divisão do trabalho, ao professor cabe a função de “técnico 
cuja função é preparar o ambiente e os meios dentro dos quais e pelos quais a 
educação se processa naturalmente” (LEÃO, 1945, p. 227). Leão (1945, p. 10) 
aponta ainda que “a administração não é nem um privilégio exclusivo nem uma 
sobrecarga pessoal do chefe ou dos dirigentes; é uma função repartida, como as 
demais funções especiais, entre a cabeça e os membros do corpo social”. Ou seja, 
a expressão “cabeça” refere-se ao Diretor de Educação, responsável por pensar a 
política educacional, no sentido de diretrizes, linhas gerais. Os membros seriam 
aqueles a quem compete colocar em prática a política educacional. 
Observe, no quadro a seguir, uma síntese sobre a concepção do papel da Direção 
Escolar e os pressupostos que conduziriam o trabalho da Gestão Escolar, expressos 
por Souza (2006). Na época não havia uma divisão entre o papel do diretor escolar e os 
aspectos referentes à gestão escolar, ambos se fundiam numa ação somente: o trabalho 
administrativo educacional desenvolvido na função do Diretor Escolar.
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
21
QUADRO 1 - SÍNTESE DAS IDEIAS SOBRE A DIREÇÃO E A GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Direção Escolar Gestão Escolar
A
U
TO
R
ES
 C
LÁ
SS
IC
O
S
• O diretor deve ser um 
professor. 
• O diretor deve ser defensor 
da política educacional.
• O diretor deve se colocar 
a serviço do professor. 
• O papel pedagógico do 
diretor está em desenvolver 
ações administrativas para 
garantir as condições de 
funcionamento das ações 
pedagógicas. 
• O elemento mais 
importante não é o adminis-
trador, mas o professor. 
• O papel do diretor não 
é técnico-pedagógico, mas 
sim administrativo.
• O papel do diretor é man-
ter o equilíbrio, conduzindo 
a escola nos processos de 
mudança.
• O diretor é o responsável 
pela implementação dos 
objetivos educacionais.
• O diretor é o polo de po-
der central da escola. Este 
poder vem da legislação 
e das expectativas que a 
escola tem para com ele, 
o que resulta em pressões 
legais e sociais.
• Gestão e direção se confundem.
• As atividades que são próprias da escola 
são o fundamento para a Administração Es-
colar.
• A administração científica possui princí-
pios e métodos que cabem na escola.
• A Administração Escolar é uma especia-
lização da administração.
• A Administração Escolar é necessária pela 
complexificação da educação escolar, em 
tamanho e em problemas.
• É necessário um clima de ação coletiva na 
escola.
• Escola eficiente e eficaz: condição para 
garantir o acesso de todos.
• Objetivo da Administração Escolar: tornar 
as escolas mais eficientes.
• A consecução dos objetivos escolares de 
forma eficiente e a coordenação do esforço 
coletivo é o foco da Administração Escolar.
• A Administração Escolar ocorre antes, 
durante e depois das funções pedagógicas 
escolares: Antes = planejamento; durante = 
comando e assistência; depois = medição e 
avaliação.
• A Administração Escolar deve garantir a 
unidade e a economia através da divisão do 
trabalho, mas sem perder a unidade.
• Distinção entre ação administrativa e ação 
operativa: pensar e fazer.
• Administração significa ter opção, logo, 
significa tomar decisões.
• O processo administrativo se resume em: 
reconhecimento de um problema; planejamento; 
coordenação; verificação do resultado; exame 
para evitar a reaparição do problema.
FONTE: Souza (2006, p. 193)
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
22
Após os anos de 1970, outra visão sobre a gestão escolar surgiu, diferente 
da aceita desde os anos de 1930. Emergem estudos críticos sobre as formas de agir 
e pensar a educação no país, sobretudo avançando nas questões que envolvem a 
Gestão Educacional. 
O movimento político-democrático de reabertura no Brasil oferece uma 
nova fase de elaborações teóricas no campo da administração escolar, a partir 
do enfoque sociológico. Este novo enfoque surge das lutas na conquista da 
democracia e cidadania, consolidação de estudos em nível de pós-graduação no 
país e a influência dos estudos marxistas (SOUZA, 2006).
O enfoque tecnocrático de administração escolar, defendido até o 
momento, passa a ser questionado por diversos estudiosos da época. Os teóricos 
baseiam-se na dúvida sobre a eficácia, para a educação, na relação estabelecida 
entre a racionalidade administrativa e os processos educativos, contribuindo para 
as desigualdades sociais. 
Arroyo (1979) aponta sobre o entendimento da administração como exercício 
do poder a fim de reproduzir determinadas relações sociais que são funcionais à 
manutenção da sociedade civil, sob o prisma do desenvolvimento econômico, ou 
seja, do capitalismo. Tendo em vista que as desigualdades são inerentes à lógica deste 
sistema produtivo, a administração escolar, ao reproduzir as relações capitalistas, 
contribui na manutenção de tais desigualdades. Os princípios da administração 
geral, pensados sob uma racionalidade capitalista, ao serem adotados nos espaços 
escolares acabam por compactuar também desta racionalidade, contribuindo para 
a manutenção das relações de exploração capitalista. 
A administração capitalista, apesar de sua hegemonia na sociedade, consiste 
apenas em um tipo de administração, o que não impedia a sociedade na época de 
conceber outros processos administrativos orientados por uma lógica diferente. 
Nesse sentido, os estudiosos da época avançaram nas discussões em relação às 
críticas anteriores, investindo na ideia de se considerar os condicionantes sociais, 
históricos, políticos e econômicos, para desenvolverem uma administração escolar 
voltada para a transformação social. As ações desenvolvidas estariam voltadas 
para a participação social, contrapondo-se ao caráter conservador daquela 
administraçãopautada na racionalidade capitalista (PARO, 2000). 
A crítica levantada pelos estudiosos quanto ao enfoque tecnocrático 
aplicado às escolas da época suscitou o aparecimento do conceito de Gestão 
Escolar, mais precisamente, a preocupação com o desenvolvimento dos processos 
pedagógicos que deram sustentação para o conceito de Gestão Escolar. Uma forma 
de diferenciar os fazeres da escola em relação à visão técnica, que historicamente 
permeou o conceito de administração escolar.
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
23
QUADRO 2 - SÍNTESE DAS IDEIAS SOBRE A DIREÇÃO E A GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Direção Escolar Gestão Escolar
A
U
TO
R
ES
 C
R
ÍT
IC
O
S
• Crítica à concepção do 
diretor como um gerente, 
própria da administração 
capitalista.
• O diretor deve ser um 
educador, antes de tudo.
• O diretor como coorde-
nador do trabalho coletivo.
• Crítica aos modelos técnicos de Adminis-
tração Escolar implantados até então no país.
• Crítica aos pensadores brasileiros e estran-
geiros pela linearidade entre a Administração 
Escolar e a administração em geral.
• Crítica ao uso da administração científica 
na Administração Escolar.
• Crítica à ideologização da teoria adminis-
trativa.
• Crítica à Administração Escolar que tem 
como principal papel garantir ao Estado o 
controle sobre a educação.
• Críticas à naturalização da divisão social 
do trabalho.
• Crítica às teorias da administração por sua 
pretensa neutralidade técnica.
• Crítica à administração conservadora 
pela negligência técnica em favor de uma 
ação política conservadora: aplicação de um 
tecnicismo vazio.
• Administração é o uso racional de 
recursos com vistas a determinados fins. 
• Administração como racionalização do 
trabalho e coordenação do trabalho coletivo.
• Administração, em última análise, são 
métodos.
• Educação escolar é um fenômeno muito 
específico que demanda tratamento específico.
• Percebem a dimensão política da 
administração.
• A Administração Escolar deve estar 
articulada com os objetivos escolares.
• Administração transformadora: percepção 
política e intervenção técnica.
• Participação da sociedade na administração 
transformadora.
• Autogestão.
FONTE: Souza (2006, p. 193)
Desta maneira, conseguimos observar no quadro o pensamento dos 
teóricos críticos quanto à percepção da ação do Diretor Geral e dos processos que 
envolvem a Gestão Escolar. Principalmente os aspectos técnicos que assemelham 
os trabalhos desenvolvidos na educação ao funcionamento de uma empresa com 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
24
enfoque industrial. Os estudiosos passam a lembrar de aspectos próprios dos 
processos educativos, pertencentes ao universo da educação. 
Na década de 1980, a sociedade brasileira convivia com a luta da 
democratização da escola pública, tanto para o acesso como das práticas 
desenvolvidas. Com a aprovação da Constituição Federal de 1988, surgem os 
estudos voltados para a Gestão Democrática do Ensino Público.
A partir de então, surgem estudos que diferenciam o conceito de gestão 
com o de administração. A gestão supera as especificidades da administração, 
pois se “assenta na mobilização do elemento humano, coletivamente organizado, 
como condição básica e fundamental da qualidade do ensino e da transformação 
da própria identidade das escolas” (LÜCK, 2007, p. 27). A administração passa a 
ser um dos elementos que compõe a gestão, como a gestão administrativa, que 
corresponde à administração de recursos, do tempo etc. A gestão envolve um 
sentido e prática mais abrangente, apresenta os elementos culturais, políticos e 
pedagógicos do processo educativo, sendo sua lógica “orientada pelos princípios 
democráticos” (LÜCK, 2007, p. 36). 
O uso do termo Gestão Escolar apresentou significado para os autores 
que defendiam, na década de 1980, uma gestão democrática. Segundo Adrião 
e Camargo (2007, p. 68), a adoção do termo gestão sugere “uma tentativa de 
superação do caráter técnico, pautado na hierarquização e no controle do trabalho 
por meio da gerência científica, que a palavra administração (como sinônimo de 
direção) continha”. A substituição da administração pelo termo gestão significava 
a tentativa de instaurar uma nova lógica na organização do trabalho.
QUADRO 3 - SÍNTESE DAS IDEIAS SOBRE A DIREÇÃO E A GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Direção Escolar Gestão Escolar
PÓ
S 
- 1
98
7
• Papel do diretor: articulador da 
organização e gestão escolar.
• Preocupação central com as formas 
de escolha da função de diretor.
• Na identificação do perfil 
do diretor, a preocupação com 
as contradições da função: 
representante do poder público 
X representante da comunidade 
escolar; função administrativa X 
função pedagógica. 
• O diretor no centro das relações 
de poder.
• Gestão é um processo político. 
• A democracia na escola.
• Gestão democrática.
• Conselhos de escola, junto com 
a eleição de diretores, como as 
expressões da gestão democrática.
• A gestão e as relações de poder na 
escola.
• O projeto político-pedagógico 
como uma ferramenta da organização 
e gestão escolar.
• Autonomia na gestão escolar.
FONTE: Souza (2006, p. 193)
Observamos nas informações do quadro, segundo Souza (2006), que todos 
os envolvidos na escola, por meio do trabalho pedagógico, são responsáveis pelo 
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
25
andamento do processo de ensino e aprendizagem. A administração escolar se 
desenvolve no atendimento ao conjunto de características que a escola apresenta.
Do mesmo modo, podemos refletir sobre a atuação do diretor em relação 
ao funcionamento da escola, expressando uma preocupação com a educação e com 
o desenvolvimento cultural dos estudantes. Nessa perspectiva, a educação se torna 
um instrumento que possibilita às camadas populares uma ampliação do universo 
cultural, de forma democrática. 
3 GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO
Com o intuito de refletirmos sobre o contexto histórico e a gestão das 
instituições públicas, foi apresentado um breve percurso histórico que deu 
início aos debates sobre a Gestão Escolar. Nesse momento, apresentaremos as 
características que compõem uma Gestão Democrática da Educação, com estudos 
que iniciaram a partir dos anos de 1980.
Diante da globalização econômica, da transformação dos meios de 
produção e do avanço acelerado da ciência e da tecnologia, a educação escolar 
precisa oferecer propostas concretas à sociedade. Começa a preocupar-se com a 
oferta de um ensino de qualidade que possa elevar a capacidade das crianças, 
adolescentes e jovens para compreenderem o universo competitivo e os valores 
sociais, econômicos e culturais intrínsecos na formação pessoal e profissional 
(GRACINDO, 2007).
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) destaca a gestão democrática 
como princípio norteador do processo de ensino, necessária para questões que 
necessitem da participação dos profissionais da educação, na elaboração do projeto 
pedagógico da escola, com a participação da comunidade em geral em conselhos 
escolares, para se efetivar a gestão democrática na escola. Nesse sentido, a Gestão 
do Sistema Educacional no enfoque democrático significa um ordenamento 
normativo, vinculado à participação de todos os envolvidos nos processos de 
ensino.
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) estabelece, no artigo 206, os 
princípios sobre os quais o ensino deve ser ministrado: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e 
o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos,na forma da 
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de 
provas e títulos, aos das redes públicas; 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
26
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal.
Dentre os princípios, destacamos a gestão democrática do ensino público, 
na forma da lei. Desta forma, em síntese, os sistemas de ensino devem definir as 
normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo 
com as suas peculiaridades e conforme as seguintes etapas (GRACINDO, 2007):
• participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico 
da escola;
• participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes (LDB - Art. 14).
Como condição para o estabelecimento da gestão democrática é preciso que 
os sistemas de ensino assegurem, às unidades escolares públicas de educação básica 
que os integram, progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e 
financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público, de acordo 
com a LDB – Art. 15 (BRASIL, 1996).
FIGURA 6 - GESTÃO DEMOCRÁTICA BRASILEIRA
FONTE: Disponível em: <http://unoparcn.blogspot.com.br/>. Acesso em: 20 mar. 2017.
.
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
27
A construção da convivência democrática ocorre de forma processual, não 
como algo a ser implantado a partir de decisões de alguns. Dessa forma, a escola 
continua a seguir os padrões tradicionais, mantendo a cultura dos dominantes 
sobre os dominados. A realidade não se modifica por leis, decretos, regimentos ou 
portarias. A mudança ocorre de forma sistemática, integrando as normas e rotinas 
ao cotidiano escolar. Para tanto, a comunidade como um todo necessita buscar 
formas por meio de discussões. 
Segundo Paro (1997), a participação democrática não se dá espontaneamente, 
sendo antes um processo histórico de construção coletiva. Assim, coloca-se a 
necessidade da previsão de mecanismos institucionais que não apenas viabilizem, 
mas também incentivem práticas participativas dentro da escola pública. Tal ação 
se faz necessária quando a sociedade ainda apresenta influências da tradição de 
autoritarismo, poder altamente concentrado e de exclusão de divergências nas 
discussões e decisões.
 
O regimento escolar e outros instrumentos legais consistem em documentos 
que podem ser elaborados e utilizados pela comunidade escolar, para educar e 
manter uma convivência democrática. Para estruturar esses documentos, faz-se 
necessário viabilizar momentos de discussões em grupo, com a participação ativa 
da comunidade escolar.
A escola, ao construir um compromisso com a convivência democrática, 
necessita do amparo legal do regimento para garantir o exercício da democracia na 
escola. Principalmente porque o regimento, estando atualizado, revela os limites, 
as possibilidades, os direitos e os deveres como norma. Isso não significa dizer que 
aquilo que está regulamentado será suficientemente cumprido, mas é adequado 
prever tal amparo legal. Para que todos tenham o entendimento do previsto, 
discutido e organizado na comunidade por todos, e assim cumprido no cotidiano 
escolar. 
A educação, de modo geral, e a escola, de modo específico, possuem três 
funções básicas: formar o indivíduo, formar o cidadão e formar o profissional. 
A totalidade da tarefa formativa da educação vem sendo traduzida no que sempre 
ouvimos falar: formação integral (LIBÂNEO, 2002). A formação do cidadão 
como preparação do indivíduo para o convívio social e para a convivência 
democrática implica trabalhar questões como:
• Respeito à dignidade da pessoa humana.
• Desenvolvimento de um sentimento de corresponsabilidade no destino da 
sociedade. 
• Participação livre e ativa na vida social e comunitária.
• Compreensão do papel do governo e das instituições não governamentais na 
promoção do bem comum.
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
28
• Compreensão da necessidade de transparência na vida social.
• Compreensão dos direitos individuais e dos direitos sociais (LIBÂNEO, 2002).
FIGURA 7 - GESTÃO DEMOCRÁTICA
FONTE: Disponível em: <http://inclusaoealtashabilidades.blogspot.com.br/2014/05/gestao-
democratica-e-participativa.html>. Acesso em: 20 mar. 2017.
Portanto, na formação da pessoa para o convívio social ou na educação do 
cidadão, se faz necessário o desenvolvimento de um relacionamento democrático 
entre os estudantes, professores, funcionários e pais para que exercitem seus direitos 
e deveres. A escola deve ser uma experiência criativa de conviver socialmente, 
formadora do cidadão para além do que se ensina na sala de aula, ou seja, no 
exercício dos direitos e dos deveres no dia a dia.
Para Libâneo (2002), a participação consiste no principal meio de assegurar 
a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da 
escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização 
escolar. A participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das 
metas da escola, de sua estrutura organizacional e de sua dinâmica nas relações 
com a comunidade. 
Nas empresas busca-se resultados por meio da participação, nas escolas 
busca-se bons resultados. Na concepção democrática, denotam um sentido 
diferente da prática de democracia. Aparece como uma experimentação de 
formas não autoritárias de exercício do poder, com a oportunidade de o grupo de 
profissionais poder intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o 
TÓPICO 2 | CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO EDUCACIONAL
29
rumo dos trabalhos. Nesse sentido, Lück (2002, p. 66) aponta sobre a participação 
como:
A intervenção dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e 
pais) na gestão da escola. Há dois sentidos de participação articulados 
entre si: a) a de caráter mais interno, como meio de conquista da 
autonomia da escola, dos professores, dos alunos, constituindo prática 
formativa, isto é, elemento pedagógico, curricular, organizacional; b) 
a de caráter mais externo, em que os profissionais da escola, alunos e 
pais compartilham, institucionalmente, certos processos de tomada de 
decisão.
Desta forma, a participação da comunidade possibilita como retorno 
a avaliação consciente dos serviços oferecidos e a intervenção organizada nos 
processos educativos. Entre as modalidades mais conhecidas de participação 
escolar estão os conselhos de classe, os conselhos de escola, colegiados ou comissões 
que surgiram no início da década de 1980.
O princípio participativo no sentido de gerar a democracia na escola não se 
esgota nas ações necessárias para assegurar a qualidade de ensino. A participação 
consiste no meio de alcançar melhor e democraticamente os objetivos da escola, 
os quais se localizam na qualidade dos processos de ensino e aprendizagem. Em 
razão disso, a participação necessita do contraponto da direção, outro conceito 
importante da gestão democrática, que visa promover a gestão da participação 
(LÜCK, 2002). 
Nesse contexto, como aponta Lück (2002, p. 102), a escola, por meio de 
sua gestão democrática e participativa, oferece aos seus agentes a qualidade 
educacional, necessitando desenvolver os seguintes princípios da concepção de 
gestão democrático-participativa: 
• autonomia da escola e da comunidade educativa; 
• relação organizacional entre a direção e a participação dos membros 
da equipe escolar; planejamento de atividades; 
• formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional 
dos integrantes da comunidade escolar; 
• utilização de informações concretas e análise de cada problema em 
seus múltiplos aspectos, com amplademocratização das informações; 
• avaliação compartilhada; relações humanas produtivas e criativas, 
assentadas em uma busca de objetivos comuns.
Lück (2002) discorre sobre a participação democrática na gestão escolar, 
baseada nos conhecimentos dos papéis de cada profissional, que de forma direta ou 
indiretamente vivenciam as rotinas da escola. Também considerando os projetos e 
a construção dos documentos intrínsecos ao desenvolvimento do ensino na escola, 
especialmente no Projeto Político-Pedagógico.
Nos últimos anos, as discussões sobre o papel da gestão democrática e 
participativa no âmbito escolar estão presentes nos debates promovidos pelos 
governos, diretores e professores. As questões permeiam a perspectiva de se ter 
UNIDADE 1 | GESTÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO NACIONAL
30
DICAS
Para saber mais sobre a Gestão Democrática Participativa, acesse o Portal Brasil 
no endereço: <http://www.brasil.gov.br/educacao/2015/04/portal-do-professor-disponibiliza-
lista-de-livros-sobre-gestao-escolar>.
O site indica 16 obras a gestores e educadores interessados em aplicar técnicas e estratégias 
no ambiente escolar.
Confira e amplie seus conhecimentos!
uma educação de qualidade pautada na formação cognitiva, intelectual e social de 
forma integral.
31
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No início a gestão educacional era denominada como administração escolar, 
com escritos que datam da década de 1930 no Brasil.
• A partir da década de 1930, a administração educacional se desenvolve sob 
influências dos ideais progressistas de educação, contrapondo-se à educação 
tradicional, pois esta não favorecia as ideias de expansão industrial que o país 
vivenciava naquele momento.
• Após os anos de 1970, outra visão sobre a gestão educacional surgiu, diferente 
da aceita desde os anos de 1930. Emergem estudos críticos sobre as formas de agir 
e pensar a educação no país, sobretudo avançando nas questões que envolvem a 
Gestão Educacional. 
• Na década de 1980, a sociedade brasileira convivia com a luta da democratização 
da escola pública, tanto para o acesso como das práticas desenvolvidas. Com a 
aprovação da Constituição Federal de 1988, surgem os estudos voltados para a 
Gestão Democrática do ensino público.
• A construção da convivência democrática ocorre de forma processual, não como 
algo a ser implantado a partir de decisões de alguns.
• A escola, ao construir um compromisso com a convivência democrática, 
necessita do amparo legal do regimento para garantir o exercício da democracia 
na escola.
• Nos últimos anos, as discussões sobre o papel da gestão democrática e 
participativa no âmbito escolar estão presentes nos debates promovidos pelos 
governos, diretores e professores. As questões permeiam a perspectiva de se ter 
uma educação de qualidade pautada na formação cognitiva, intelectual e social de 
forma integral.
32
1 Reflita sobre as características que acompanharam o desenvolvimento 
do conceito de Gestão Educacional. Faça um quadro-resumo apontando as 
principais características presentes nos autores clássicos, críticos e atualmente, 
sobre a função do Gestor Escolar.
2 A Constituição Federal de 1988 destaca a gestão democrática como uma das 
ações norteadoras do processo de ensino nas escolas. Analise sobre os princípios 
estabelecidos no artigo 206 sobre como o ensino deve ser administrado nas 
escolas e assinale V para Verdadeiro e F para Falso.
( ) Os estudantes deverão reproduzir e aceitar sem questionamentos os 
conhecimentos ensinados pelos professores.
( ) Igualdade de condições a todos para o acesso e permanência na escola.
( ) Pluralismo de concepções pedagógicas e a garantia da existência somente 
de escolas públicas.
( ) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V, V, F, F.
b) ( ) F, V, F, V.
c) ( ) F, F, V, F.
d) ( ) V, F, V, V.
3 A educação formativa pretende desenvolver uma formação integral nas 
pessoas, preparando-as para o convívio social e democrático. Assinale a 
alternativa que expressa sobre as funções básicas da educação escolar quanto à 
formação dos estudantes.
AUTOATIVIDADE
AUTORES CLÁSSICOS AUTORES CRÍTICOS ATUALMENTE
33
a) ( ) Formar a pessoa - profissional e diversidade.
b) ( ) Formar a pessoa - cidadão e profissional.
c) ( ) Formar a pessoa - espírito e emocional.
d) ( ) Formar a pessoa - aspectos religiosos e legais.
4 (ENADE, PEDAGOGIA, 2011) Um dos objetivos da gestão democrática 
participativa é a articulação entre as políticas educacionais atuais e as 
demandas socioculturais. Considerando essa finalidade, avalie quais das ações 
educacionais abaixo se relacionam a essa concepção.
I. Compartilhar valores em prol da própria escola, reconhecendo a 
impossibilidade de se incluir ideais de justiça, solidariedade e ética humana, 
que transcendem os limites do processo educativo. 
II. Utilizar os índices educacionais da escola como subsídios de gestão para 
aprimorar o processo ensino-aprendizagem. 
III. Elaborar coletivamente o Projeto Político-Pedagógico que reflita a filosofia 
da escola e apresente as bases teórico-metodológicas da prática pedagógica. 
IV. Planejar ações descentralizando poderes, para realizar uma gestão focada 
nos diferentes aspectos da aprendizagem e nas questões macroestruturais da 
sociedade. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) ( ) I e II. 
b) ( ) I e IV. 
c) ( ) I, II e III. 
d) ( ) II, III e IV.
34
35
TÓPICO 3
PERFIL ATUAL DO GESTOR ESCOLAR
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmicos, no decorrer desta unidade percebemos alguns pressupostos que 
estruturam os entendimentos para compreensão da organização e função da escola, e a 
atual situação em que se encontra na contemporaneidade. São saberes necessários para 
compreendermos os aspectos que compõem os estudos sobre a gestão educacional.
Também estudamos sobre a construção do conceito de gestão educacional ao 
longo da história da sociedade, na perspectiva educacional, entendendo os princípios 
que norteiam a atual concepção de gestão democrática e participativa. Dessa forma, 
o gestor educacional consiste no profissional que atua nos processos educativos, na 
coordenação sociopolítica e nas relações subjetivas que ocorrem na escola.
Neste tópico, vamos conhecer um pouco mais sobre as características da 
função de gestor educacional, os aspectos que estruturam a liderança na função, 
e as competências e habilidades do gestor democrático. No exercício da função 
de gestor, o profissional estabelecerá relações com os profissionais da educação, 
estudantes e comunidade, que, de acordo com a legislação atual, devem ser 
conduzidos para uma organização democrática e participativa.
Para melhor compreensão do assunto, estudaremos um texto de 
Moacir Gadotti, intitulado "Gestão democrática com participação popular no 
planejamento e na organização da educação nacional". O autor aborda sobre 
conceitos como participação popular e gestão democrática, ainda com referência 
ao desenvolvimento das perspectivas de educação na atualidade. 
No decorrer dos estudos deste tópico, também apresentamos uma dica de vídeo 
sobre o coaching, que consiste basicamente no processo de aprimoramento humano e 
aceleração de resultados. É utilizado no mundo em vários países, por profissionais e 
empresas, que buscam alcançar metas e objetivos, considerando o desenvolvimento 
das capacidades e habilidades emocionais, psicológicas e comportamentais.
Inicie seus estudos, lembre-se de anotar ou grifar os pontos interessantes 
no texto, faça suas autoatividades e compartilhe suas ideias com os colegas em 
sala. Atue de forma participativa na construção de seus conhecimentos!
2 A FUNÇÃO DE GESTOR ESCOLAR
A partir da década de 1980, como percebemos nos estudos do tópico anterior, a 
perspectiva sobre

Outros materiais

Outros materiais