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TCC 1- INGRYT (1)

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13
POLO DE APOIO PRESENCIAL DE NOVA ANDRADINA - MS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
INGRYT KARINE DA SILVA – RA: 4022683735
O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
(TCC II)
NOVA ANDRADINA - MS
MAIO/2020
INGRYT KARINE DA SILVA – RA: 4022683735
O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
(TCC II)
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC II).
Tutora EaD: 
NOVA ANDRADINA - MS
MAIO/2020
SUMÁRIO
1-	INTRODUÇÃO	2
2-	DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	4
3-	OBJETIVOS	5
3.1 Objetivo Geral	5
3.2 Objetivos Específicos	5
4-	JUSTIFICATIVA	6
5-	METODOLOGIA	7
6-	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	8
7-	CRONOGRAMA DA PESQUISA	11
8-	ORÇAMENTO	12
9-	RESULTADOS ESPERADOS	13
10-	REFERÊNCIAS	14
1- INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que ganha visibilidade ao passo que o crescimento elevado da população idosa acende em relação aos demais grupos etários. o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 revelaram que o país segue acelerado para o envelhecimento da população, sendo que 7,4% da população têm mais de 65 anos, sendo que desses índices, no ano de 1991, chegava apenas a 4,8%. 
O envelhecimento é uma questão explorada por pesquisadores, dada a vulnerabilidade que essa população apresenta. Tais pesquisadores desenvolvem pesquisas, preocupados em operacionalizar, intervir e identificar idosos expostos a eventos adversos e ou suscetíveis a danos ao seu bem-estar. Nesse contexto, cabe falar que os problemas relativos à violência contra o idoso, por exemplo, vêm ganhando cada vez mais visibilidade, ao mesmo tempo, a compreensão da complexidade do fenômeno exige uma abordagem intersetorial e interdisciplinar na formulação de políticas públicas integradas. 
Sabe-se que administrar as finanças na velhice pode ser uma dificuldade, sobretudo dentro de casa. Mais da metade dos crimes de abuso econômico de idosos envolve os parentes mais próximos, como filhos, netos e sobrinhos. Dados do Disque 100, serviço de denúncias da ouvidoria da Secretaria dos Direitos Humanos do Governo Federal (SDH), mostram que dos tipos de violência cometidos contra os mais velhos, a financeira é a terceira maior do Brasil, atrás da psicológica (intimidação verbal ou não verbal, ameaças e humilhações) e negligência (abandono dos cuidados ao idoso).
Dito isso o presente trabalho tem objetivo central de contribuir nas reflexões sobre abuso financeira na terceira idade. Tal premissa parte da seguinte problemática: A invisibilidade social que os idosos enfrentam e a grande confiança que normalmente depositam nas pessoas mais próximas são fatores para que o abuso financeiro aconteça? E ainda qual o papel do profissional de serviço social nessa temática? 
Para responder tal questionamento farar-se-á uma pesquisa bibliográfica, em busca de contribuir com as discussões sobre abuso financeiro na terceira idade, cientes dos vários limites e lacunas que o estudo possa apresentar. O tema não poderia ser mais pertinente, dada a crescente importância que os direitos da pessoa idosa têm assumido na sociedade brasileira.
2- OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Apresentar e analisar o envelhecimento populacional, suas políticas, bem com ações especializadas que podem ser realizadas na redução de violações de direitos financeiros, relacionados à pessoa idosa. 
2.2 Objetivos Específicos
· Discutir sobre envelhecimento populacional;
· Abordar o idoso na política de proteção social bem como a atuação do serviço social nesse contexto. 
· Refletir sobre a o abuso financeiro na terceira idade.
3- JUSTIFICATIVA
A tranquilidade que deveria acompanhar a terceira idade tem sido, para muitos nessa faixa etária, ameaçada por pesadelos econômicos. Num pais em que a realidade econômica esta a beira de um abismo, o idoso que tenha uma renda de aposentadoria ou de pensão se vê pressionado. Frequentemente, o parente que mora com ele exige mais do que deveria do idoso, e o recurso financeiro que seria para atender as necessidades do idoso acaba sendo furtado. 
A Coordenação-Geral dos Direitos do Idoso aponta que existe um crescimento dos casos da chamada violência financeira contra e isso tem preocupado muitos especialistas e tem sido objeto de debate em muitos eventos que abordam o tema do envelhecimento humano. O que mais impressiona é que Mais da metade dos crimes de abuso econômico de idosos envolve os parentes mais próximos como filhos. 
 Mediante a necessidade instigar discussões sobre a violência financeira na terceira idade, é importante que pesquisas tentem compreender essa situação de risco e vulnerabilidade vivenciada pelos idosos. Com isso, o estudo em questão torna-se relevante não somente na perspectiva acadêmica, mas também, social e profissional. 
Este estudo tem como finalidade abordar tal temática, tendo em vista a situação de risco que os idosos no Brasil estão sujeitos. Assim, compreender que intervenções do assistente social bem como a equipe técnica podem favorecer na diminuição da pratica abusiva para com a pessoa idosa. . Desta forma, a relevância deste estudo consiste em propiciar a reflexão com vista a contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. 
4- METODOLOGIA 
Trata-se de um levantamento bibliográfico do tipo revisão de literatura que busca o aprofundamento sobre um determinado assunto, entre outros. Seu objetivo é evitar duplicação de esforços, resolver conflitos e indicar uma pesquisa mais profunda (MARCONI; LAKATOS, 2011). 
Para a construção desta revisão literária, foram utilizadas as seguintes etapas: seleção das questões temáticas; coleta de dados através da base de dados eletrônica, com alguns critérios de inclusão e exclusão para selecionar a amostra; elaboração de um instrumento de coleta com informações de interesses a serem extraídos dos estudos análise críticos da amostra, interpretação dos dados e apresentação dos resultados.
5- DESENVOLVIMENTO
5.1 O Envelhecimento em Discussão
O envelhecimento das populações está se acelerando rapidamente em todo o mundo. Pela primeira vez na história, a maioria das pessoas pode esperar viver além dos 60 anos, ou seja, ritmo de envelhecimento da população em todo o mundo também está aumentando drasticamente. De acordo com Organização Panamericana de Saúde[footnoteRef:1], sob uma ótica biológica, o envelhecimento acontece em decorrência do impacto da acumulação de uma grande variedade de danos moleculares e celulares ao longo do tempo. Com isso tem-se uma diminuição gradual da capacidade física e mental, um risco crescente de doenças e, em última instância, à morte. [1: Disponível em:https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5661:folha-informativa-envelhecimento-e-saude&Itemid=820. Acesso: 10 mar. 2020. ] 
O ato de envelhecer é algo inerente ao homem, Mendes et. al., 2005, p. 424, afirma que: “O envelhecimento deve ser entendido como parte integrante e fundamental no curso de vida de cada indivíduo. É nessa fase que emergem experiências e características próprias e peculiares, resultantes da trajetória de vida, na qual umas têm maior dimensão e complexidade que outras, integrando assim a formação do indivíduo idoso”. 
Assim, temos mudanças que não são nem lineares nem consistentes, apenas vagamente associadas com a idade de uma pessoa. Enquanto algumas pessoas com 70 anos esbanjam saúde, outras com a mesma idade são frágeis e precisam de auxilio em ações simples. significativa de outras pessoas. O envelhecimento também está relacionado, além das mudanças biológicas, a outras transições de vida, como a aposentadoria, a mudança para uma moradia mais apropriada e a morte de amigos e parceiros. 
Os dados demográficos têm demonstrado que o Brasil não é mais um país jovem. Segundo dadosdo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando ano a ano. Em 2015, chegou aos 75 anos, 5 meses e 26 dias. Em 1940, era de pouco mais de 45 anos de idade.
O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial. Trata-se de um processo de transição demográfica, caracterizado pelo aumento da longevidade da população. Em relação a esse processo pode-se ressaltar importantes diferenças entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Enquanto nos primeiros, esse envelhecimento populacional ocorreu associado às melhorias da qualidade de vida, no segundo, esse crescimento ocorreu de forma rápida, carente de uma organização social e de saúde adequadas, suficientes para atender às novas demandas emergentes. Ao contrário do ocorreu em diversos países, essa transição demográfica se deu, tanto no Brasil, como em outros países da América Latina, de uma maneira rápida, tornando retangular a pirâmide populacional, sem que tenha sido acompanhada de uma melhora na qualidade de vida dos idosos (SANTOS; SILVA,2013.P. 360).
	Em um estudo realizado por Mendes et all (2013.p 15) aponta que são dois fatores que tem influenciado para um aumento de numero de idosos: 
Esse aumento da população idosa é devido à redução da natalidade, fazendo com que o nível de idosos cresça proporcionalmente. Outro fator importante para esse evento são as novas descobertas na ciência com a elaboração de novas tecnologias e as descobertas de novas substâncias farmacológicas que possibilitam o prolongamento da vida confrontando as patologias
O estudo ainda aponta que as projeções mais conservadoras indicam que, em 2020 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos com um contingente superior a 30 milhões de pessoas, chegando ao ano de 2050 como quinto maior país do planeta em número de habitantes com 253 milhões de pessoas, ficando abaixo apenas da Índia, China, EUA, Indonésia.
Como é visto o Brasil tem apresentado um número considerável de idosos e a perspectiva é que essa população aumente num futuro próximo. Contudo, isso implica em ter políticas públicas atender às necessidades da população idosa.
5.2 Conversando Sobre Políticas Públicas para Pessoa idosa no Brasil
Num contexto nacional as políticas públicas para pessoa idosa iniciaram-se na I Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, da Organização Mundial das nações Unidas (ONU), realizada em 1982 em Viena-Áustria. Com a presença de 124 países, constituiu-se o Plano de Ação para o Envelhecimento, um documento de grande importância, com estratégias e recomendações prioritárias nos diversos aspectos que envolvem o processo de envelhecimento[footnoteRef:2]. [2: Disponívelem:https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/860/3894. Acesso em: 18 abr. 2020] 
 Conforme Lima (2011) o Brasil é um dos pioneiros quando se fala sobre politicas publicas para a pessoa idosa, tanto, que existem registros do período colonial, com a criação de instituições de caráter assistencial como a Santa Casa de Misericórdia de Santos. Especificamente 1888, foi regulamentado o direito à aposentadoria dos empregados dos Correios (Decreto 9.912-A, de 26 de março de 1888). Estes, após 30 anos de serviço e com uma idade mínima de 60 anos, passaram a usufruir o direito de aposentar-se.
Outro marco histórico temos 1923, tendo como marco a Lei Elói Chaves[footnoteRef:3], na legislação do Brasil, pela primeira vez na história, os direitos previdenciários para o idoso. Fernandes e Soares (2012.p. 1496) a isso dizem: [3: Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/primeira-lei-da-previdencia-de-1923-permitia-aposentadoria-aos-50-anos. Acesso em: 28 abr. 2020. ] 
Encontrou-se o marco legal, a Lei Eloy Chaves que trata do sistema previdenciário; também há referências em alguns artigos do Código Civil (1916), do Código Penal (1940), e do Código Eleitoral (1965). De 1923 a 1965 destacam-se os dois períodos de governo de Getúlio Vargas que marcaram, no Brasil, o início da preocupação com o desenvolvimento das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da economia, essencialmente para atender aos anseios da classe industrial brasileira, sem levar em consideração as necessidades básicas da população, mas que tinha o Estado como o principal financiador dessa industrialização, impotente para investir em tal empreitada. Ademais, as políticas resultantes são fragmentadas e, invariavelmente, em vez de minimizar, tendem a aprofundar os processos de exclusão ao continuar garantindo serviços e benefícios apenas para poucos
Em meados da década de 70, os idosos começam a ser percebidos como um pessoas que necessitavam de atenção, pois a marginalização aliada aos índices do processo de envelhecimento que começavam a aumentar, lentamente trazendo preocupações para o governo. Todavia, neste período, apesar das mobilizações sociais, as ações específicas para o idoso se apresentavam timidamente. 
A Lei nº 6.119/74 instituiu a Renda Mensal Vitalícia, no valor de 50% do salário mínimo, para maiores de 70 anos que houvessem contribuído para a Previdência ao menos por um ano. Conseguinte o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), passou a apoiar os centros de convivência como lugares de socialização e os idosos começaram a organizar-se em associações. (ALCANTARA; CAMARONO; GIACOMIN, 2016).
O primeiro documento do Governo Federal contendo algumas diretrizes para uma política social para a população idosa foi editado pelo então Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) em 1976, que se fundamentou nos resultados obtidos em três seminários regionais realizados em São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza, além de um em âmbito nacional, que objetivaram identificar as condições de vida do idoso brasileiro e do apoio assistencial existente para atender suas necessidades. 
Conforme Lima (2011) dessas inciativas resultaram as propostas contidas no documento Política social para o idoso, e as diretrizes básicas eram: 
1. A implantação de um sistema de mobilização comunitária, visando, dentre outros objetivos, à manutenção do idoso na família; 
2. A revisão de critérios para concessão de subvenções a entidades que abrigam idosos; 
3. A criação de serviços médicos especializados para o idoso, incluindo atendimento domiciliar; revisão do sistema previdenciário e preparação para a aposentadoria e; 
4. A formação de recursos humanos para o atendimento de idosos; coleta de produção de informações e análises sobre a situação do idoso pelo Serviço de Processamento de Dados da Previdência e Assistência Social (Dataprev) em parceria com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre outras.
Num contexto nacional a ações para a pessoa idosa comeram a se intensificar, tanto que em 1982, aconteceu em Viena a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, que se viu que era necessário penas na velhice, pois essa população aos poucos tomaria uma dimensão populacional muito expressiva. A organização do evento foi a ONU e teve por objetivo iniciar um programa internacional de ação para garantir a seguridade econômica e social das pessoas idosas, assim como oportunidades para que estas pessoas contribuam para o desenvolvimento de seus países (ALCANTARA; CAMARONO; GIACOMIN, 2016).
A promulgação da Constituição Federal de 1988 houve um grande avanço no plano social e na organização do Estado, com ela a democratização e a participação da sociedade no Estado por via da formulação de políticas e do controle das ações tornou-se garantia. Nos textos da Constituição faz referência ao idoso, especificamente nos artigos 229 e 230. 
Em seu art. 229, que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Logo após, o art. 230 da CF/1988, traz que “a família, a sociedade e o Estad.o tem o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo suadignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. (BRASIL, 1988).
Ainda podemos destacar o que está na Constituição de 88:
“Art. 203- A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - À proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família...” 
“Art. 229- Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
 6 “Artigo 230: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direto à vida.”
 § 1˚ - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. 
§ 2˚ - Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade nos transportes coletivos urbanos.”.
De modo geral estes artigos definem papeis e apontam garantias de que as pessoas idosas possuem participação importante na sociedade e torna-se fundamental isso ser resgatado. Fica claro também responsabilidade à família e à sociedade para com o idoso. Assim a Constituição Federal dá as normas e diretrizes básicas para serem seguidas nos programas especiais para atendimento aos idosos e formação da política nacional do idoso.
Após reivindicações feitas pela sociedade, sendo resultado de inúmeros debates e consultas ocorridas nos Estados e Municípios, nos quais participaram idosos em plena atividade, aposentados, educadores, profissionais da área de gerontologia e geriatria e várias entidades representativas desse seguimento, que elaboraram um documento que se transformou no texto base da lei. Assim promulgada a Lei nº 8.842/94 dispondo sobre política nacional do idoso (PNI) sendo regulamentada pelo Decreto Federal n° 1.948, de 3 de Julho de 1996. De acordo ALCANTARA; CAMARONO; GIACOMIN (2016. P. 360) “A PNI surge no cenário brasileiro como a explicitação das políticas que o Estado estabelece em relação às pessoas idosas. A lei é composta de 22 artigos e estruturada nos seguintes capítulos: capítulo 1- Da Finalidade; capítulo 2 - Dos Princípios e das Diretrizes; capítulo 3 - Da Organização e Gestão; capítulo 4 - Das Ações Governamentais; capítulo 5 - Do Conselho Nacional; e capítulo 6 - Das Disposições Gerais.”
No artigo O art. 4º temos nove diretrizes a serem observadas pelos responsáveis (família, sociedade e Estado) pelo sucesso da PNI: 
• recomenda atividades alternativas, visando à integração intergeracional; 
• reforça o direito fundamental à associação mediante organizações representativas dos idosos, visando ao acompanhamento pelos próprios interessados, desde a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, programas, projetos etc.;
reafirma o § 1o do art. 230 da CF/1988 ao eleger a família como principal locus de atendimento ao idoso; • decreta a descentralização político-administrativa das políticas públicas para o idoso; • estabelece a necessidade de capacitação nas áreas de geriatria e gerontologia, bem como, na prestação de serviços; 
• institui a implementação de um sistema de informações de todos os programas, projetos, planos ofertados ao segmento idoso nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal); 
• determina a criação de mecanismos para a divulgação de informações sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento; • define que é prioritário o atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família; e 
• apoia os estudos e as pesquisas acerca do envelhecimento (ALCANTARA; CAMARONO; GIACOMIN (2016. P. 361).
Corroborando Cielo e Vaz (2009) apud Rulli Neto (2003, p. 107) destacam:
I – na área de promoção e assistência social: (a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não-governamentais; (b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como centros de convivência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares e outros; (c) promover simpósios, seminários e encontros específicos; (d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso; (e) promover a capacitação de recursos para atendimento ao idoso; II – na área de saúde: (a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento do SUS; (b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e medidas profiláticas; (c) adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriátricas e similares, com fiscalização pelos gestores do SUS; (d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares; (e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios e entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologia para treinamento de equipes interprofissionais; (f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal; (g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico de determinadas doenças do idoso, com vistas a prevenção, tratamento e reabilitação; (h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso; III – na área de educação: (a) adequar currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais destinados ao idoso; (b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o assunto; (c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores; (d) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, a fim de informar a população sobre o processo de envelhecimento; (e) desenvolver programas que adotem modalidades de ensino à distância, adequadas às condições do idoso; (f) apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, como meio de universalizar o aceso às diferentes formas do saber; IV – na área de trabalho e previdência social: (a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua participação no mercado de trabalho, no setor público e privado; (b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previdenciários; (c) criar e estimular a manutenção de programas de preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento; V – na área da habitação e urbanismo: (a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares; (b) incluir nos programas de assistência ao idoso, formas de melhorias de condições de habitualidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção; (c) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular; (d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas; VI – na área de justiça: (a) promover e defender os direitos da pessoa idosa; (b) zelar pelas aplicações das normas sobre o idoso determinando ações para evitar abusos e lesões de seus direitos; VII – na área de cultura, esporte e lazer: (a) garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais; (b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preço reduzido em âmbito nacional; (c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver atividades culturais; (d) valorizar o registro da memória e a transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidadee a identidade cultural; (e) incentivar e criar programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vida do idoso e estimule a sua participação na comunidade. 
A violência pode se reproduzir em diferentes cenários: no contexto familiar, nas instituições e por profissionais de diversas áreas. As famílias são consideradas os principais suportes sociais para os idosos, especialmente para aqueles em situação de dependência, que sem dúvida, é considerado o fator mais preocupante relacionado à violência. Nisso temos a desestabilização na continuidade do cuidado, especialmente do idoso frágil ou em situação de vulnerabilidade. (MINAYO, 2003).
A garantia, qualidade e efetividade dos serviços socioassistenciais foram padronizados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que aprovou em 2009, a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, importante ferramenta que regulamenta o acesso e a oferta de serviços e cuja matriz de padronização organiza-se em níveis de complexidade: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade (BRASIL, 2009).
A Proteção Social Especial é disponibilizada pelos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS) e destina-se a indivíduos e grupos que se encontram em situação de alta vulnerabilidade pessoal e social, decorrentes do abandono, perda de vínculos, exploração, violência entre outras. Trata-se de um serviço voltado para o enfrentamento de situações de risco em famílias e indivíduos cujos direitos tenham sido violados e/ou em situações nas quais já tenha ocorrido o rompimento dos laços familiares e comunitários. A Proteção Social Especial, por sua vez, pode ser de média ou alta complexidade (COUTO, et all 2014).
Nesse contexto diz-se que o abuso financeiro acomete os idosos é um problema cada vez mais atual, visto que em fases de dificuldades económicas, os filhos adultos podem regressar a casa dos pais e a exploração financeira torna-se uma possibilidade muito real.
A de se ressaltar que Violência financeira contra idoso é crime, o Estatuto do idoso garante sanções contra a violência financeira, citemos o seguinte: O Artigo 102 prevê o crime contra a violência financeira com o seguinte texto: “Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade”. Pena: reclusão de um a quatro anos e multa. - O Artigo 104 especifica o uso indevido de terceiros sobre o salário de aposentadoria dos idosos: “reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida”. Pena: detenção de seis meses a dois anos e multa. (BRASIL, 2003).
De acordo com Faleiros (2007) violência financeiro e baseada na exploração ilegal com ou sem o consentimento da pessoa idosa em visão de seus recursos financeiros e patrimoniais. Essa violência material é compreendida como sendo um resultado sob pressão de chantagem ou ameaças para que sejam cedidos os bens ou o dinheiro do idoso. Isso existe de várias maneiras como por meio de testamento, doações, retenção de cartão e outros. 
Consta, ainda, no Estatuto do Idoso no Artigo 19, que os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
III – Conselho Municipal do Idoso;
IV – Conselho Estadual do Idoso;
V – Conselho Nacional do Idoso (BRASIL, 2003).
	A criação de leis em prol das pessoas idosas e propiciadoras de sua participação no contexto social simboliza um avanço nas relações do poder público com o segmento populacional com 60 anos ou mais. No entanto, o rompimento do ciclo de violência que inclui o abuso financeiro requer mudanças no olhar da sociedade sobre a dinâmica do núcleo onde o idoso encontra-se inserido.
Por isso, e o auxílio da rede sócio assistencial é indispensável. É através do trabalho da rede que o idoso vitimizado é ouvido, e pode e deve ser orientado. Sabe-se que juntamente com o aumento vertiginoso da população idosa, temos o aumento da violência e a necessidade da intervenção do Estado, através de políticas públicas setoriais e implementação das ações de cuidado para essa população.
6- REFERÊNCIAS
Lima, Cláudia Regina Vieira. Políticas públicas para idosos [manuscrito]: a realidade das Instituições de Longa Permanência para Idosos no Distrito Federal / Cláudia Regina Vieira Lima. – 2011.
ALCÂNTARA, Alexandre de Oliveira, CAMARANO, Ana Amélia; GIACOMIN, Karla Cristina. A Política nacional do idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: Ipea, 2016. ISBN 978-85-7811-290-5
FERNANDES, Maria Teresinha de Oliveira, SOARES, Sônia Maria Soares. O desenvolvimento de políticas públicas de atenção ao idoso no Brasil. Rev Esc Enferm USP 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n6/29.pdf. Acesso 28 mar. 
MENDES, Juliana Lindonor Vieira et all. O Aumento da População Idosa no Brasil e o Envelhecimento nas Últimas Décadas: Uma Revisão da Literatura. REV. EDUC. MEIO AMB. SAÚ. 2018 JAN/MAR. V8 Nº 1. Disponível em: file:///C:/Users/ECD/Downloads/165-471-1-PB.pdf. Acesso em: 12 abr. 2020. 
BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei n.10.741. Brasília, 1º de outubro de 2003. 
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome Brasília: novembro de 2009.
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