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Resumo-Direito Penal Especial-Aula 13-Roubo Improprio-Victor Goncalves

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Delegado de Polícia 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Penal Especial 
 Professor: Victor Rios Gonçalves 
Aula: 13 | Data: 28/02/2018 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
ROUBO 
1. Roubo Impróprio 
 
 
ROUBO 
“Art. 157, CP - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, 
por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, 
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar 
a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente 
conhece tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser 
transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei 
nº 9.426, de 1996) 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua 
liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, 
de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 
vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 
9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90” 
 
 
 
 ROUBO IMPRÓPRIO, Código Penal, artigo 157, parágrafo 1º: 
 
Neste crime, o agente só queria inicialmente praticar um furto e já tinha se apossado de algum bem da vítima, mas 
logo após a subtração, ele emprega violência ou grave ameaça a fim de garantir a sua impunidade ou a detenção 
do bem. 
Exemplo: agente furta bolsa de mulher em ônibus e os passageiros a avisam. A mulher desce do ônibus, o agente 
usa de violência contra ela, mas mesmo assim conseguem detê-lo. Responderá por roubo impróprio. 
 
No roubo próprio, o agente primeiro emprega a violência ou a grave ameaça e depois realiza a subtração. No roubo 
impróprio ocorre o contrário. 
 
Existe outra diferença: de acordo com o texto legal, o roubo próprio pode ser cometido com violência imprópria 
(como Boa Noite Cinderela e hipnose), enquanto o roubo impróprio não. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art9
 
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É elementar do roubo impróprio que o agente já tenha se apossado de algum bem da vítima. 
Suponha-se que alguém tenha entrado em uma casa para furtar e antes de se apoderar de qualquer objeto, se 
depare com o dono e o agrida, provocando lesão leve, para fugir. Responde por tentativa de furto em concurso 
material com lesão leve. Só com o apossamento se cogita de roubo, é elementar. 
 
Caso, todavia, empregasse a violência após o apoderamento, incorreria em roubo impróprio (caso em que a lesão 
ficará absorvida). 
 
O texto legal exige, no roubo impróprio, que a violência ou grave ameaça ocorram logo depois da subtração, e isso, 
na prática, significa imediatamente depois, no mesmo contexto do furto em andamento. 
 
A consumação do roubo impróprio se dá no exato momento em que o agente emprega a violência ou grave ameaça. 
 
Quando alguém desfere um golpe contra a vítima, ele já empregou a violência, atingindo ou não o corpo dela. 
Quando alguém pega um pedaço de pau e vai em direção à vítima para agredi-la, mas é impedido de desferir o 
primeiro golpe, ele já empregou a grave ameaça e o roubo impróprio está consumado. Por isso é que se diz que o 
roubo impróprio não admite tentativa.

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