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SEJAM BEM VINDOS “Educação Física é um ato de educar muito mais complexo do que imaginam os leigos. Pois tem a propriedade de educar o intelecto do indivíduo, através do trabalho físico, recreativo, competitivo; proporcionando melhores condições de participação e integração na sociedade. Educar alguém através do físico é ensinar-lhe a conhecer-se; conhecimento este que será complemento para a solidificação dos seus valores físicos, psíquicos e sociais.” J.P. S. MEDINA DISCIPLINA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS I - II PROFa. NORMA P. DE OLIVEIRA PROFa. ROSANA CHIRUMPOLO PAZINI PROF. ARI RABELLO PROF. GILBERTO PANTIGA Jr. DESEJAMOS BOA SORTE A TODOS OS ALUNOS, E QUE NESTE SEMESTRE POSSAMOS APRENDER JUNTOS, COM GRANDE HARMONIA E DETERMINAÇÃO, SÃO OS NOSSOS DESEJOS. APRESENTAÇÃO DAS NORMAS DISCIPLINARES PARA MAIOR INTERAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO DE TODOS OS ALUNOS. • HORÁRIO DAS AULAS SERÁ RIGOROSAMENTE PONTUAL, E NÃO HAVERÁ A TOLERÂNCIA PERMITIDA, SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONAIS. • QUANTO AO UNIFORME PADRÃO SERÁ OBRIGATÓRIO, PARA AS AULAS TEÓRICAS, PRÁTICAS E NAS AVALIAÇÕES, O NÃO USO DO MESMO PELOS ALUNOS IMPLICARÁ EM FALTAS NAS AULAS E PERDA NO PONTO DE CONDUTA. • QUANTO AO USO DE BONÉS, SANDÁLIAS, TOPS, BRINCOS, PULSEIRAS, PIERCING, BERMUDÕES, CELULARES E ETC., NÃO SERÃO PERMITIDOS. • AS ALUNAS DEVERÃO VIR COM OS CABELOS PRESOS, E OS ALUNOS, POR FAVOR, USAR SUNGAS. • A CHAMADA SERÁ SEMPRE ALEATÓRIA, SEM SEQUENCIA NUMERAL OBRIGATÓRIA, PORTANTO O ALUNO TERÁ ATÉ O FINAL DA MESMA PARA PODER RESPONDER, SENÃO FICARÁ COM FALTA NO PRIMEIRO TEMPO. (Obs. O ALUNO É QUEM TEM QUE LEMBRAR DE SOLICITAR A SUA PRESENÇA). • A CLASSE SERÁ DIVIDIDA EM GRUPOS ESTABELECIDOS PELOS (AS) PROFESSORES (AS) E EM COMUM ACORDO COM OS ALUNOS, PORÉM DEPOIS NÃO ACONTECERÃO MODIFICAÇÕES DURANTE O SEMESTRE LETIVO. • AVALIAÇÕES PRÁTICAS (AVALIAÇÃO CONTINUADA) EM ANEXO ASSUNTOS GERAIS DE INTERESSE DOS ALUNOS 1. AO SE INICIAREM AS AULAS PRÁTICAS, OS ALUNOS PODERÃO PERMANECER SEM FAZER ATIVIDADES QUANDO SENTIREM ALGUMA INDISPOSIÇÃO FÍSICA, LESÕES, PORÉM PARA OBTER A(S) PRESENÇA(S) DEVERÃO NO DECORRER APRESENTAR UM RELATÓRIO POR ESCRITO DA(S) AULA(S) E ENTREGAR A UM(A) DOS (AS) PROFESSORES (AS) NO FINAL DO PERÍODO (CASO CONTRÁRIO SERÃO COMPUTADA(S) A(S) FALTA(S)). PORÉM SOLICITAREMOS O ATESTADO MÉDICO, VISTADO PELA PROFa. DORA, COORDENADORA PEDAGÓGICA, SE O ALUNO PERSISTIR TODOS OS DIAS EM FICAR SEM REALIZAR ATIVIDADES, SERÃO PONTUADAS E SUBTRAÍDAS DO ITEM CONDUTA. FALTAS EM (AVALIAÇÕES PRÁTICAS) – COMO O ALUNO DEVERÁ PROCEDER:- - AVALIAÇÃO CONTINUADA - NO DIA DA AVALIAÇÃO, O ALUNO PARA SER DISPENSADO, DEVERÁ TRAZER O ATESTADO MÉDICO JÁ DEFERIDO PELA COORDENAÇÃO E TAMBÉM TER PARTICIPADO NA CONFECÇÃO DO TRABALHO A SER APRESENTADO, PARA OBTER METADE DA NOTA OBTIDA PELO SEU GRUPO, CASO CONTRÁRIO FICARÁ COM ZERO, SEM POSSIBILIDADES DE SUBSTITUIR A AVALIAÇÃO PRÁTICA EM QUESTÃO. PROVA REGIMENTAL (PRÁTICA) - APRESENTAR O ATESTADO MÉDICO JÁ DEFERIDO PELA COORDENAÇÃO AOS(AS) PROFESSORES(AS) E O ALUNO DEVERÁ ESTAR DISPONÍVEL NOS DIFERENTES HORÁRIOS DA FACULDADE PARA PODER REALIZAR A SUA PROVA REGIMENTAL, VALENDO A METADE DA NOTA PRÉ- ESTABELECIDA. OBS:- NÃO HAVERÁ DISPENSAS NOS DIAS DE AVALIAÇÕES PARA CIRURGIAS ESTÉTICAS, INDEPENDENTE DE TER SIDO ASSINADO PELA COORDENAÇÃO. CASOS OMISSOS PODERÃO SER ANALISADOS PELA DISCIPLINA. 2. OS TRABALHOS SOBRE OS PLANOS DEVERÃO SEGUIR RIGOROSAMENTE FORMATOS APREENDIDOS NAS DIFERENTES ÁREAS, COMO PESQUISA CIENTÍFICA, DIDÁTICA, PRÁTICA DE ENSINO ENTRE OUTROS. 3. NÃO HAVERÁ, EM NENHUMA HIPÓTESE TRABALHOS ESCRITOS COMPENSATÓRIOS SUBSTITUINDO AS AVALIAÇÕES PRÁTICAS. 4. OS TRABALHOS ESCRITOS E PLANOS DE AULAS REALIZADOS EM GRUPOS, APÓS SUA AVALIAÇÃO E CORREÇÃO SERÃO ENTREGUES PARA OS ALUNOS APENAS PARA APRECIAÇÃO, TENDO QUE SER DEVOLVIDOS PARA OS(AS) PROFESSORES(AS) COMO DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DAS AVALIAÇÕES. QUALQUER PROBLEMA DIDÁTICO-PEDAGÓGICO OU NA DISCIPLINA , OS (AS) PROFESSORES(AS) ESTARÃO A DISPOSIÇÃO DOS ALUNOS PARA ESCLARECIMENTOS E ORIENTAÇÕES. O GRANDE CRÉDITO A SER REVERTIDO PARA OS FUTUROS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE SÃO VOCÊS, SERÁ TANTO NA COMPETÊNCIA E ABRANGÊNCIA ADQUIRIDA NO CURSO, QUANTO PELA SUA DEDICAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E CONHECIMENTO. ACREDITEM E PERSIGAM SEUS OBJETIVOS, SÃO OS ANSEIOS E DESEJOS DOS(AS) PROFESSORES(AS)! PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – NOTAS 1.0 ponto → conduta (individual) A.C. = 5.0 pontos + 4.0 pontos → apresentações + planos de aulas (grupo) 1ª AC → 1.0 (aula) + 0.5 (plano) = 1.5 pontos 2ª AC → 1.5 (aula) + 1.0 (plano) = 2.5 pontos Obs.: Avaliação da conduta – freqüência, disciplina, atrasos,uniforme, participação. 1.5 ponto→ plano de aula (grupo) P.R. = 5.0 pontos 3.5 pontos → apresentações práticas (nota individual) PR → 3.5 (aula) + 1.5(plano) = 5.0 pontos Total: 4 pontos AVALIAÇÃO CONTINUADA – A.C. PROVA REGIMENTAL – P.R. Postura do Professor · Por que Estudar? · Conceito de Professor · Por que sou professor? · Conhecimento do Conteúdo Programático · Preparação das aulas · Preparar todas as aulas · Professor e a Educação Comportamental · Conduta do Professor. · Conduta em sala de aula. · Conduta fora da sala de aula. · Conclusão Por que Estudar? Por que será que devemos estudar? O ser humano é diferente dos animais, ele é um ser racional, livre, consciente e responsável. Ser racional é aquele que pensa, raciocina, sabe porque está fazendo isto ou aquilo, sabe porque está estudando, por exemplo. Livre, porque ele decide o que quer fazer, ninguém pode obrigá-Io, pode sim aconselhá-Io. Consciente, porque ele sabe o que está fazendo, como a gente diz :"ele tem consciência do que faz" . Responsável porque tem consciência de suas obrigações como homem, por exemplo: estudar, trabalhar, jogar, etc. Portanto, agimos entendendo e entendemos agindo. Os atos de "agir entendendo" e de "entender agindo" caracterizam distintivamente o modo de ser do ser humano (Luckesi, et ai, 1991). O conhecimento - como entendimento do mundo não é pois, um enfeite ou uma ilustração da mente e da memória, mas um mecanismo fundamental para tornar a vida mais satisfatória e mais plenamente realizada (Luckesi, et ai, 1991). A ação de pensar as coisas com as quais vivemos, dá uma dimensão nova a tudo: dimensão siginificativa da compreensão. As coisas ficam claras para nós, conhecidas, entendidas. Os animais vivem no mundo, exclusivamente submetidos às suas leis; nós seres humanos, vivemos no mundo e com o mundo, porque estamos aí, mas possuímos a capacidade de "fazer as coisas" com o mundo tornando-o nosso, satisfatório às nossas necessidades. Quando não conhecemos as coisas entramos em pânico, ficamos apavorados (Ex.: doenças). A medida que vamos conhecendo vamos ficando "senhores da situação". O conhecimento faz com que enfrentemos a vida com menos riscos e menos perigos. Nós ficamos mais seguros, agimos com certeza e podemos prever as coisas. Entender o mundo através do conhecimento se faz tanto em situações simples do dia a dia (Ex.: na cozinha de nossa casa, na rua, no trabalho, no campo, indústria, brincadeiras, etc.), como nos laboratórios de pesquisa. Todos nós praticamos o conhecimento em nosso dia a dia. O conhecimento é necessário para nos mostrar o caminho, as coisas do mundo. O conhecimento é necessário para o progresso, para o desenvolvimento de um mundo cada vez mais adaptado ao entendimento das necessidades do ser humano. Como o homem é livre, o conhecimento tem que ser libertador ele tem que ser de maneira adequado e mais condizente com suas necessidades. O indivíduo fica livre do medo do desconhecido. O conhecimento liberta o sujeito porque lhe dá independência e autonomia (Ex.: quando sabemos cuidar do corpo nos libertamos do médico. Quando aprendemos a ler nos libertamos do professor, pois lemos e entendemos, etc.). Portanto, o conhecimento é importante paratermos uma vida compatível como ser humano. Adquirimos o conhecimento durante a nossa vida, em todas as nossas atividades, mas essa aquisição é feita, principalmente, na Escola. A Escola nos fornece os meios para conhecermos o mundo que nos rodeia, através dos diversos conteúdos das disciplinas que estudamos. Estudar, pois, significa conhecermos o nosso "universo", tudo que nos cerca e usarmos esse conhecimento para nosso bem estar e felicidade. O estudo nos torna mais humanos, pois passamos a conhecer todas as reações da natureza, do homem e do ambiente em geral. Nos leva a compreensão do próprio homem, do próximo. Estudamos para que possamos ser cada vez mais livres, conscientes e responsáveis como pessoa humana que somos. Bibliografia - Luckesi, C. C., et aI. Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 6a edição, Cortez Editora, 1991, 232 Conceito de Professor Segundo o Dicionário do Aurélio: "(1) Professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre; professor universitário; professor de ginástica. Professar (1) reconhecer publicamente; confessar: Os homens deveriam professar os princípios que norteiam suas ações. (2) Preencher as funções inerentes a (um cargo ou profissão); abraçar (cargo ou profissão): professar a advocacia (3) Ensinar na qualidade de professor ou lente; lecionar, professorar: "Como ele professava pedagogia na secção didática do meu curso, esperava encontrar ali a realização das idéias que ele nos expunha na sua cátedra" (Fidelino de Figueiredo, Um Colecionador de Angústias, p.84 Por que sou Professor? A razão da escolha profissional é fundamental no seu desempenho. É preciso ter claramente fixados os objetivos profissionais e porquê exerço tal profissão. A profissão que exercemos é um meio para a nossa promoção como pessoa humana. Não trabalhamos só para ganhar o salário no final do mês, mas para a nossa realização pessoal. Se executamos as nossas funções com dedicação, carinho, interesse, estudo, persistência, fundamentação (sabemos o porquê exercemos aquela função), etc., o ganho por exercemos aquela função virá inevitavelmente. Somos professores para que possamos dar as condições às crianças e jovens de se tornarem seres humanos, cada vez mais livres, conscientes e responsáveis. Os conteúdos programáticos que ensinamos, servem para tornar nossos alunos mais humanos, mais capazes de decidirem livremente sobre sua vida, tirarmos deles a condição de escravização. O conhecimento liberta a pessoa humana, pois dá a ela a capacidade de ler, entender, discutir, conhecer, amar, etc., mais dignamente. Ela deixa de ser manuseada pelos mais "letrados" ou "sabichões". Ela passa a ter uma análise mais crítica da sociedade. Ela desenvolve o seu raciocínio, sua capacidade de criação. A nossa função de professor é de grande responsabilidade, pois temos que desenvolver no aluno valores humanos indispensáveis para a sua boa formação, tais como: disciplina, respeito, capacidade de trabalho, iniciativa, honestidade, cidadania, ética, moral, conhecimento das diferenças individuais, educação para o convívio social, amor, gratidão, humildade, trabalho em grupo ou equipe, etc. Conhecimento do Conteúdo Programático. O professor tem de conhecer o que leciona, principalmente e profundamente os conhecimentos científicos básicos da matéria que ministra.Procurar bibliografias atualizadas. Ler, estudar. O conhecimento hoje fica ultrapassado em poucos anos. Vários autores dizem que um profissional formado há dois anos e não freqüentou nenhum curso é considerado analfabeto na sua área de conhecimento. O professor tem que saber além do que ensina em sala de aula. Preparação das aulas Temos que preparar todas as aulas que damos. Não podemos ficar só no livro texto indicado, mas sim procurar várias fontes de um dado conhecimento. O professor não pode chegar na frente dos alunos e dizer: onde paramos? O professor tem que saber em cada sala de aula o conteúdo que está sendo ministrado, e em que ponto parou. Ele é quem conhece as classes que dá aula. O professor é um profissional, isto é que professa a sua profissão. O Professor e a Educação Comportamental – Conduta, Comportamento do Professor. Há um ditado que diz "As palavras comovem e os exemplos arrastam". Conduta em sala de aula. A apresentação do professor(a) é fundamental. O que é a apresentação do professor? É estar sempre vestido decentemente e condizente com a função que exerce, que é a de dar exemplo para os alunos. Não é estar ricamente vestido, mas decentemente vestido. O uso do avental, acho fundamental. O professor não pode, por exemplo sentar em cima da mesa. Mesa não foi feita para sentar. O professor não pode mascar chicletes durante a aula. Temos que formar nos alunos o domínio da vontade. Temos hora para tudo na vida: para comer, para estudar, para mascar chicletes, para dormir, etc. Na vida real não fazemos tudo que queremos, a toda hora. Isto chama-se disciplina. A disciplina na escola existe para que formemos no aluno a capacidade de domínio da vontade. Quem não domina as pequenas ações (vontades) não será capaz de dominar no futuro os seus impulsos animalescos e sexuais. Facilmente entra no caminho das drogas. O professor não pode jogar lixo no chão da escola ou da classe. E não é só o professor, toda a comunidade da escola (diretor, supervisor, orientadores secretárias(os), funcionários, serventes, proprietários da cantina da escola, etc.) toda escola tem que ter conduta formativa. Caso contrário, não estamos formando, mas deformando o aluno. Tratar os alunos com respeito e dentro das normas estabelecidas na escola e na disciplina que leciona. A fixação de normas de conduta dos alunos, devem ser fixadas no primeiro dia de aula. Essas normas, têm de ser coerentes com a faixa etária e possíveis de serem cumpridas. Não se fazem normas que não poderão ser cumpridas (por serem rígidas demais). A escola deve ter normas gerais de conduta do aluno e do professor que devem ser seguidas por todos. Essas normas devem ser estudadas pela comunidade da escola para que possam ser cumpridas. É preferível poucas normas, mas que sejam cumpridas. Normas que são fixadas sem o devido estudo e depois tiradas, levam a crer que não tinham objetivos formativos bem delineados e discutidos pela comunidade da escola. Não se fazem normas que não poderão ser cumpridas (por serem rígidas demais). A escola deve ter normas gerais de conduta do aluno e do professor que devem ser seguidas por todos. Essas normas devem ser estudadas pela comunidade da escola para que possam ser cumpridas. É preferível poucas normas, mas que sejam cumpridas. Normas que são fixadas sem o devido estudo e depois tiradas, levam a crer que não tinham objetivos formativos bem delineados e discutidos pela comunidade da escola. Conduta fora da sala de aula. O Professor não pode ter uma conduta na escola e outra fora dela. A sua conduta pessoal na escola e no shopping tem que ser a mesma. Educada, formativa. Não pode fora da escola jogar papel no chão, escarrar na rua, maltratar as pessoas, etc. O nosso comportamento é ditado pela aprendizagem. A aprendizagem prevê mudança de comportamento. Se mudamos nosso comportamento é porque temos a certeza absoluta da importância de tal atitude para a nossa vida, para a comunidade e para nossa família. Conclusão O professor tem que saber o porquê da escolha da profissão. Ser professor requer: dedicação, atenção constante aos pontos formativos de nossa conduta, domínio da vontade para dar o exemplo, maturidade emocional, fundamentação pedagógica das atitudes que toma, respeito aos pontos discordantes, não esquecer das diferenças individuais, fazer do trabalho escolar uma unidade de ação e não uma uniformidade, etc. Evidentemente, não é fácil administrar uma comunidade escolar composta de professores, coordenadores, supervisores, pais, funcionários, alunos, cada um com um ponto de vista a respeito do processo pedagógico.Por este motivo, existem nas escolas as semanas de planejamentos. Discute-se, trocam-se idéias, ponderam-se atitudes, etc. Todo planejamento deve ser flexível para que possa ser redirecionado, revisto, etc. A nossa responsabilidade na formação do aluno é muito grande. Trabalhamos com crianças, adolescentes, adultos, isto requer uma compreensão clara da pessoa humana e as suas relações e interações com as outras pessoas. Por estes motivos, estudamos 3 ou 4 anos para exercemos a nossa profissão. Além de estudarmos o conteúdo programático de nossa área de conhecimento, estudamos as disciplinas de sociologia, psicologia, didática, etc. que nos fornecem o ferramental necessário para nossa conduta pedagógica. A postura do professor está relacionada com o seu envolvimento no processo educativo dentro e fora da escola. A escola quer formar cidadãos conscientes que sejam agentes de transformação social. É nossa função procurar os meios pedagógicos para que possamos atingir esse objetivo. Sorocaba, abril 2004. Prof. Dr. Marcos de Afonso Marins SEMINÁRIO 1. POR QUE ESTUDAR? 2. CONCEITO DE PROFESSOR POR QUE SOU PROFESSOR? 3. CONHECIMENTO DO PROFESSOR PREPARAÇÃO DE AULA CONDUTA EM SALA DE AULA 4. CONDUTA FORA DA SALA DE AULA CONCLUSÃO ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul., 1988 A finalidade do ensino é formar integralmente as pessoas para que sejam capazes de compreender a sociedade e intervir nela com o objetivo de melhorá-la. A finalidade da escola é promover a formação integral dos alunos, segundo Zabala, que critica as ênfases atribuídas ao aspecto cognitivo. Para ele, é na instituição escolar, através das relações construídas a partir das experiências vividas, que se estabelecem os vínculos e as condições que definem as concepções pessoais sobre si e os demais. A partir dessa posição ideológica acerca da finalidade da educação escolarizada, é conclamada a necessidade de uma reflexão profunda e permanente da condição de cidadania dos alunos, e da sociedade em que vivem. Esses conteúdos assumem o papel de envolver todas as dimensões da pessoa, caracteriando as seguintes tipologias de aprendizagem: factual e conceitual (o que se deve aprender?); procedimental (o que se deve fazer?); e atitudinal (como se deve ser?). Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as particularidades dos processos de aprendizagem de cada aluno (diversidade). Zabala explicita que a ordenação articulada das atividades seria o elemento diferenciador das metodologias, e que o primeiro aspecto característico de um método seria o tipo de ordem em que se propõem as atividades. Ressalta que o parcelamento da prática educativa tem certo grau de artificialidade, explicável pela dificuldade em encontrar um sistema interpretativo adequado, que deveria permitir o estudo conjunto de todas as variáveis incidentes nos processos educativos. A sequência considera a importância das intenções educacionais na definição dos conteúdos de aprendizagem e o papel das atividades que são propostas. Ajudem o aluno a adquirir habilidades relacionadas com o aprender a aprender, sendo cada vez mais autônomo em suas aprendizagens? O autor expõe o valor das relações que se estabelecem entre os professores, os alunos e os conteúdos no processo ensino e aprendizagem. Comenta que essas se sobrepõem as sequencias didáticas, visto que o professor e os alunos possuem certo grau de participação nesse processo, diferente do ensino tradicional, caracterizado pela transmissão/recepção e reprodução de conhecimentos. Examina, dentro da concepção construtivista, a natureza dos diferentes conteúdos, o papel dos professores e dos alunos, bem como a relação entre eles no processo, colocando que o professor necessita diversificar as estratégias, propor desafios, comparar, dirigir e estar atento a diversidade dos alunos, o que significa estabelecer uma interação direta com eles. O professor possui uma série de funções nessas relações interativas: o planejamento e a plasticidade na aplicação desse plano, o que permite uma adaptação as necessidades dos alunos; levar em conta as contribuições dos alunos no início e durante as atividades; auxiliá-los a encontrar sentido no que fazem, comunicando objetivos, levando-os a enxergar os processos e o que se espera deles; estabelecer metas alcançáveis; oferecer ajuda adequada no processo de construçào do aluno; promover o estabelecimento de relações com o novo conteúdo apresentado, e exigir dos alunos análise, síntese e avaliaçào do trabalho; estabelecer um ambiente e relações que facilitem a auto-estima e o auto-conceito; promover canais de comunicação entre professor/aluno, aluno/aluno; potencializar a autonomia, possibilitando a metacogniçào; avaliar o aluno conforme sua capacidade e esforço. Porém, Zabala considera que devido as variáveis que envolvem o processo educativo é preciso considerar que a forma de ensinar não pode se limitar a um único modelo. É preciso introduzir, em cada momento, as ações que se adaptem ás novas necessidades formativas que surgem constantemente, fugindo dos estereótipos ou dos apriorismos. O objetivo não pode ser buscar a forma magistral, mas melhor a prática. (1998, p. 51) Enfim, o que nos explica Schõn, e que a formação do profissional reflexivo exige um pensar crítico sobre a prática, e durante o processo, exercita o desenvolvimento da capacidade de reestruturar estratégias de ação , colocando em prova uma nova compreensão do problema. Apesar da racionalidade técnica que ainda domina o espaço acadêmico, a capacidade criativa do ser humano, ainda é um grande instrumento para a sua evolução. Refletir sobre o processo ensino/aprendizagem implica apreender o que está sendo proposto de maneira significativa. ROTEIRO PARA PLANO DE AULA Princípios: Continuidade. Gradualidade. Logicidade. • CAPA (Mesma orientação do TCC) • SUMÁRIO (Mesma orientação do TCC) • INTRODUÇÃO (Mesma orientação do TCC) • DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição, nome do professor, duração, faixa etária, nº participantes, local, data,etc. • TEMA (assunto principal da aula escolhido a partir da Unidade de conteúdo) • OBJETIVOS ESPECÍFICOS (para essa aula relacionados aos objetivos da Unidade de Conteúdos) “Os alunos deverão...”(não esquecer de iniciar com verbo) psicomotor… cognitivo… Didática e Metodologia Profa. Dra. Marilda G T Carvalho Enquanto os Objetivos Gerais são aqueles mais amplos e complexos, que poderão ser alcançados, por exemplo, ao final da disciplina, os Objetivos Específicos referem-se a aspectos mais simples, mais concretos, alcançáveis em menor tempo como por exemplo, aqueles que surgem ao final de uma aula ou de uma unidade de trabalho e em geral explicitam desempenhos observáveis. Princípios que influem na formulação dos objetivos específicos: Clareza: Devemos comunicar com objetividade e precisão a mudança de comportamento que o aluno deverá evidenciar ao término de um período. Especificidade: Especificar o ponto limite desses objetivos; até que o ponto os comportamentos podem e devem ser atingidos pelos alunos. Fatores que influenciam na formulação dos objetivos específicos: Nível de maturidade dos alunos: Detectar as capacidades e necessidades bio-psico-fisiológicas do aluno para determinar o que ele pode aprender e que seja compatível com sua faixa etária. Nível de aprendizagem atual dos alunos: Nível de aprendizagem que o aluno apresenta naquele momento. Motivação. Tempo disponível/conteúdo: O número de objetivos deve ser compatível com o tempo que o aluno dispõe para evidenciar os comportamentos previstos nos referidos objetivos. Recursos disponíveis: Meios concretos de que o professor dispõe. • CONTEÚDOS (listar apenas os tópicos) conceituais procedimentais atitudinais • CRONOGRAMA E CONTEÚDOS (duração de cada parte da aula e descrição detalhada das atividades, da organizaçãodos alunos e do material) Parte inicial Parte principal Parte final • MÉTODO(s) E ESTILO(s) (apenas citar em cada parte da aula) • RECURSOS MATERIAIS (apenas os que serão disponibilizados pela Instituição, os do professor são pessoais e não devem ser citados) • CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO PARA ESSA AULA (padrão mínimo esperado dentro dos objetivos da aula) “Será considerado satisfatório o desempenho do aluno que…” • CONCLUSÃO • BIBLIOGRAFIA (No mínimo três citações) OBS: NÃO ESCREVER!!! “Esse Plano está sujeito a modificações” Conceitual (conhecer) - fatos, conceitos e princípios; Procedimental (fazer) – habilidades, destrezas, técnicas, procedimentos, etc.; Atitudinal (ser / conviver) – normas, valores e atitudes. Os conteúdos referentes a fatos, conceitos e princípios frequentemente são formulados mediante os seguintes verbos: IDENTIFICAR, RECONHECER, CLASSIFICAR, DESCREVER, COMPARAR, CONHECER, EXPLICAR, RELACIONAR, SITUAR (no espaço ou no tempo), LEMBRAR, ANALISAR, INFERIR, GENERALIZAR, COMENTAR, INTERPRETAR, TIRAR CONCLUSÕES, ESBOÇAR, INDICAR, ENUMERAR, ASSINALAR, RESUMIR, DISTINGÜIR, APLICAR, etc. Os conteúdos referentes a procedimentos frequentemente são formulados mediante os seguintes verbos: MANEJAR, CONFECCIONAR, UTILIZAR, CONSTRUIR, APLICAR, COLETAR, REPRESENTAR, OBSERVAR, EXPERIMENTAR, TESTAR, ELABORAR, SIMULAR, DEMONSTRAR, RECONSTRUIR, PLANEJAR, EXECUTAR, COMPOR, etc. Os conteúdos referentes a valores, normas e atitudes frequentemente são formulados mediante os seguintes verbos: COMPORTAR-SE (de acordo com), RESPEITAR, TOLERAR, APRECIAR, PONDERAR (positiva ou negativamente), ACEITAR, PRATICAR, SER CONSCIENTE DE, REAGIR A, CONFORMAR-SE COM, AGIR, CONHECER, PERCEBER, ESTAR SENSIBILIZADO, SENTIR, PRESTAR ATENÇÃO À, INTERESSAR POR, OBEDECER, PERMITIR, PREOCUPAR-SE COM, DELEITAR-SE COM, RECREAR-SE, PREFERIR, INCLINAR-SE A, TER AUTONOMIA, PESQUISAR, ESTUDAR, etc. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Abordagem teórica/metodológica JOGOS E BRINCADEIRAS - jogos e brinca- deiras populares - brincadeiras e cantigas de roda - jogos de tabuleiro - jogos dramáticos - jogos cooperativos -amarelinha,elástico, mãe da rua, queimada. - escravos de jó, lenço atrás, ciranda cirandi- nha, atirei o pau no gato. -dama, xadrez, resta um. -improvisação,imitação, mímica. - nó humano, volençol, basequatro, passando o bambolê, etc. -conceito do jogo -diferença jogo X esporte -dinâmicas de grupo -organização de eventos - utilização do jogo e da brincadeira como lazer - relevância e diferenças culturais - atualizações e/ou Adaptações das regras PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Abordagem teórica/metodológica ESPORTES - individuais - coletivos -Radicais - atletismo, natação, tênis de mesa, de campo, badminton - futebol, voleibol, handebol,basquetebol, rugby, beisebol, futsal, futevôlei. - skate, rappel, surf, bungee jumping, rafting. - processo histórico - princípios técnicos e táticos - principais regras e/ou adaptadas - jogos pré-desportivos e/ou adaptados - prática de jogo e/ou adaptado - relação saúde X prática esportiva - esporte e mídia - organização de campeonatos PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Abordagem teórica/metodológica GINÁSTICA - ginástica artística - ginástica rítmica - ginástica de academia - ginástica circense - ginástica geral - solo, salto sobre o cavalo,barra fixa, etc. - corda, arco, bola, maças,fita. -alongamento,ginástica aeróbica, localizada, altenativa, step. - malabares, tecido, acrobacias, trapézio, trampolim. - movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos,paradas, estrelas, rodantes, ponte). - funções da ginástica (física,psicológica e social) - princípios orientadores - fundamentos da ginástica - noções de técnicas e exercícios - Ginástica x qualidade de vida - correções posturais - noções de composição e conhecimento corporal -festivais de ginástica PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Abordagem teórica/metodológica LUTAS - lutas de aproximação - lutas que mantêm à distância - lutas c/ instrumento mediador - capoeira - judô, jiu-jitsu, sumô - karatê, boxe, muay thai, taekwondo. - esgrima, kendô. -angola, regional. - histórico, filosofia e características das #s artes marciais - estilos de jogo/luta/dança, ritmo, ginga, confecção de instrumentos, roda etc. - artes marciais, noções técnicas,táticas/estratégias - principais regras e/ou adaptadas PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Conteúdo estruturante Conteúdo básico Conteúdo específico Abordagem teórica/metodológica ATIVIDADE RÍTMICA - danças folclóricas - danças de salão - danças de rua - danças criativas -danças circulares - quadrilha, pau de fitas, frevo, samba de roda, ciranda, carimbo,etc. -valsa, merengue, forró, samba, salsa, tango, etc. -break,funk,house,etc. - improvisação, atividades de expressão corporal. - contemporâneas, folclóricas, sagradas. - processo histórico - diferentes estilos, ritmos, manifestações sócio- culturais - principais passos/movimentos - criações coreográficas - dramatizações, danças temáticas - expressão e consciência corporal -festivais de dança Profs. Norma, Rosana, Gilberto e Ari. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DO SISTEMA DE ENSINO A ADOTAR O programa de ensino tem que obedecer à duração de um semestre ou um ano letivo, devendo ser parte integrante do total processo educacional de uma escola. A organização de um planejamento de Ed. Física tem de basear-se nas instalações que possui cada escola, deve atender todas as turmas nos diferentes anos de escolaridade e as atividades programadas precisam atender as necessidades mínimas previstas para a prática da Ed. Física. Deve estar baseado nos interesses, necessidades, objetivos e capacidades dos alunos e, desta forma, contribuir para a realização dos ideais da comunidade. Comumente, em algumas escolas, os professores elaboram o programa de Ed. Física sem uma finalidade, de acordo com suas preferências, ficando as crianças e os adolescentes limitados a um punhado de jogos, sem planejamento e sem objetivos, como simples recreação. Um programa bem planejado permite que os alunos trabalhem em constante cooperação, estimula nos mesmos qualidades de liderança, o desenvolvimento de várias habilidades, da saúde, e de uma série de atividades diversificadas, sem cair na monotonia.Deve propiciar ao aprendiz uma vida rica em experiências para o desenvolvimento harmonioso de toda sua personalidade, abrangendo aspectos cognitivos, físicos, motores e sócio-afetivos, repudiando qualquer espécie de violência, levando o aluno a adotar atitudes de respeito mútuo no convívio social e nas práticas corporais. Havendo progressão pedagógica, biologicamente adequada a cada faixa etária do desenvolvimento dos alunos, dificilmente se sentirão desencorajados frente aos obstáculos, e as etapas de dificuldade serão vencidas através de um trabalho alegre e atrativo. A prática pedagógica hoje recomenda e acentua a necessária participação do aluno na prática educativa que lhe é proposta. Portanto, a atitude do professor, seu dinamismo, a escolha das atividades, do conteúdo e da técnica de ensino influenciam grandemente no rendimento escolar e no desenvolvimento integral dos alunos. DIRETRIZES PEDAGÓGICAS Os conselhos que se seguem baseiam-se em pontos importantes da prática pedagógica, sobretudo no papel e no comportamento geral do professor que, como verdadeiro educador, observa os alunos e é também observado por eles. I – PREPARAÇÃO DA AULA O professor deve introduzir em suas aulas atividades variadas para cada ano escolar ou faixa etária de acordo com o material e instalações disponíveis.Quatro são os itens que devem ser observados na preparação de uma aula de Ed. Física : 1. adoção de uma idéia diretriz – Elaborar um plano de aula de trabalho onde se encontram as atividades previstas, sempre de acordo com o número de alunos e do material disponível. 2. previsão de dificuldades eventuais – Para que haja um bom desenvolvimento da aula, prever inclusive dificuldades que possam ocorrer, tais como falta de material adequado, mudanças bruscas de temperatura, chuvas, falta de alunos, etc. 3. preparo do local e material – O local de aula tem de ser previamente preparado. Em nenhuma ocasião o professor deve afastar-se da aula para se ocupar com o material, que terá que ser preparado antes da chegada dos alunos ou com a colaboração deles. 4. escolha das atividades – A escolha das atividades deve ser feita em função dos objetivos previstos. Sua aplicação será de acordo com o grau de desenvolvimento da criança. Escolha os exercícios naturais e de efeito geral, pois fazem funcionar todo o organismo. II – COMPORTAMENTO DO PROFESSOR O professor diante de seus alunos deve: 1. dar explicações claras e precisas para melhor execução dos exercícios e falar pouco; 2. ter espírito de iniciativa, preparado sempre para qualquer eventualidade ou falha; 3. assinalar os lugares dos alunos numa formação inicial (colunas, fileiras, grupos), antes de iniciar as atividades; 4. facilitar a aprendizagem, determinando que os alunos permaneçam sentados no solo, nos intervalos dos exercícios – posição esta mais adequada, pois nela o aluno mantém-se em relaxamento, e portanto mais disposto para seguir as determinações do professor; 5. demonstrar os exercícios: uma boa demonstração é mais eficiente que longas explicações; 6. fazer as correções de maneira geral, procurando estimular os movimentos; 7. durante a execução de um exercício mal feito, não hesitar em parar, corrigindo-o ou substituindo-o; 8. a entonação da voz de comando variará de acordo com o ritmo de cada exercício; comandar a viva voz, evitando a utilização do apito; 9. ser imparcial em seus julgamentos; 10. ser paciente, sereno e jovial; 11. fazer com que os alunos reajam em função do rítmo dado pelo professor; 12. adaptar os exercícios de acordo com as possibilidades do grupo. . CONCLUSÃO O professor, para realizar um trabalho regular, produtivo, preferentemente através de aulas consecutivas a fim de obter continuidade na aprendizagem, deve: • escolher exercícios que correspondam às necessidades e aos interesses dos alunos, dentro de uma progressão previamente estabelecida; • saber quando variar de “processo pedagógico” e ter capacidade de criação, sempre que isso se torne necessário, em função das reações do grupo; • observar os fatores importantes do processo de ensino estudados em função do objetivo a atender; • recorrer a improvisação com auxílio de material alternativo ( elásticos, saquinhos de areia, cordas, etc.) e adaptar-se às instalações; • procurar os efeitos nas diferentes formas de trabalho, adquirindo o domínio da turma (principalmente na primeira parte da aula – motivação) através de uma autoridade natural, adaptada às diversas reações do grupo. Profs. Norma, Rosana, Gilberto e Ari. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS CONSELHOS PEDAGÓGICOS 1. Verificar as diferentes possibilidades de utilização do local de aula disponível. 2. Selecionar os exercícios com antecedência, valorizando-os com motivação que crie atmosfera alegre e saudável durante a aula. 3. Demonstrar sempre os exercícios a serem executados. 4. Grupar os alunos de acordo com o mesmo peso e altura, na aplicação dos exercícios dois a dois, três a três, etc. 5. Evitar as explicações nas diversas formas de atividade: uma demonstração bem executada é mais útil que longas explicações. 6. Escolher e seguir um tema, desenvolvendo-o gradativamente em forma de progressão pedagógica. 7. Utilizar sempre os materiais disponíveis, trabalhando com muitos alunos ao mesmo tempo. Ser prudente e previdente. 8. Observar de maneira bem organizada a colocação e retirada dos materiais. 9. Não esquecer que o jogo, além de realizar a integração social do aluno, oferece-lhe a possibilidade de melhor formação do caráter. 10. Aconselhar os requisitos básicos de higiene e segurança: Escovar os dentes após as refeições; Lavar as mãos antes das refeições; Tomar banho com sabonete, usar desodorante; Usar roupas e calçados limpos e adequados para prática de atividade física; Cortar as unhas, tirar relógios, brincos, prender os cabelos,etc. Profs. Norma Rosana, Gilberto e Ari. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS I Eixos e conteúdos -Jogos populares -Jogos cooperativos -Jogos pré-desportivos JOGOS ESPORTES -Individuais -Coletivos -Radicais Princípios técnicos e táticos Principais regras e/ou adaptadas Processo histórico Noções de arbitragem Prática de jogo GINÁSTICA -Práticas Contemporâneas (ginática geral, aeróbica, localizada, corretiva, alternativa (alongamento, relaxamento) e outras.) Princípios orientadores Técnicas e execícios LUTAS -Modalidades (Judô, Karatê, Capoeira, Taekwondo, Boxe ou outras) Princípios técnicos e táticos Principais regras e/ou adaptadas Processo histórico ATIVIDADE RÍTIMICA -Danças folclóricas e regonais (manifestações e representações da cultura rítmica nacional e de outros países Principais passos/movimentos Coreografias Diferentes estilos como expressão Sócio-cultural Processo histórico O PERFIL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE AS NOVAS DEMANDAS DO MERCADO LOCAIS DE ATUAÇÃO O Profissional de Educação Física atua em diferentes locais, tais como: • Escolas • Academias • Hotéis • Praias • Clubes • Empresas • Hospitais • Parques • Domicílios CAMPOS DE ATUAÇÃO • Educação • Pesquisa • Treinamento • Recreação • Turismo • Esportes Coletivos, Individuais e Radicais ATUAÇÃO PROFISIONAL A profissão é multidisciplinar e trabalha o ser humano nos aspectos: • Social • Psicológico • Filosófico • Biológico • Sócioeconomico PROFISIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA • Agente da área de saúde • Desenvolve atividade física com crianças, jovens e adultos • Ensina técnicas desportivas • Realiza treinamentos e avaliações especializadas com atletas de diferentes esportes • Intrui acerca dos princípios e regras inerentes a cada modalidade • Elabora informe técnico e científico na área de atividades físicas e do desporto RESOLUÇÃO CONFEF Nº 46/2002: INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA O Profissional de Educação Física pode trabalhar com: • Regência/doc6encia em Educação Física na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio • Treinamento Desportivo • Preparação Física • Avaliaçào Física • Recreação em Atividade Física • Orientação de Atividades Físicas • Gestão em Educação Física e Desporto REGÊNCIA/DOCÊNCIA De 1ª a 8ª série / 1º ao 9º ano • Planeja cursos, aulas e atividades escolares • Avalia processo de ensino-aprendizagem e seus resultados • Registra práticas escolares de caráter pedagógico • Desenvolve atividades de estudo • Participa das atividades educacionais e comunitárias da escola • Utiliza recursos comunicativos para desenvolvimento das atividades REGÊNCIA/DOCÊNCIA • Ministra aulas teóricas e práticas no Ensino Médio, em escolas da rede pública e privada • Acompanha a produção da área educacinal e cultural • Planeja o curso, a disciplina e o projeto pedagógico • Avalia processo ensino-aprendizagem • Prepara aulas e participa das atividades institucionais • Utiliza recursos comunicativos para desenvolvimento das atividades TREINAMENTO DESPORTIVO • Supevisonar e orientar modalidades desportivas, na área profissional e amadora PREPARAÇÃO FÍSICA • Apimorar o funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento e o desempenho físico dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e atísticas AVALIAÇÀO FÍSICA • Diagnosticar e identificar necessidades, realizar a avaliação funcional e motora para orientar e promover o rendimento físico, técnicoe artístico dos beneficiários RECREAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA • Promover e estabelecer as perpectivas de lazer ativo e bem-estar psicosocial e as relações sócio-culturais da população ORIENTAÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA • Promover o bem-estar ativo, lazer, prevenção de doenças, restabelecimento das capacidades fisiocorporais e manutenção das boas condições de vida e da saúde da sociedade GESTÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO • Organizar, administrar e/ou gerenciar instituições, entidades, orgãos e pessoas jurídicas, cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou desportivas REGULAMENTO DA PROFISSÃO Aspectos legais: • Registro Profissional = habilitação para o exercício profissional, reconhecimento da competência para exercício profissional • Requisito: diploma de curso superior de graduação de Educação Física, provisionado até 1998 • Falta de registro = contravenção penal Implicações • Responsabilidade perante a sociedade • Maior credibilidade Ética e Profissionalismo Ética: • Valores morais • Princípios ideais de conduta Ética Profissional: • Princípios de conduta no exercício da profissão Ética para quem? Aluno/cliente/pais • Competência • Expectativas Sociedade • Qualidade na pretação de serviços • Imagem Colegas de Profissão • Respeito Profissão • Valorização Código de Ética e Deveres • Contribui para um estilo de vida ativo – promoção da saúde • Serviço profissional competente e seguro • Orientar se possível, por escrito, seu cliente quanto as atividades recomendadas, mantendo o cliente informado sobre condições adversas • Renunciar a função – falta de confiança • Competência exclusiva na prestação de serviços a seu cargo • Avaliar sua competência técnica • Manter-se atualizado técnicamente • Guardar sigilo sobre informações técnicas • Responsabilizar-se pelas falhas • Cumprir preceitos éticos e legais da profissão • Trajar-se adequadamente • Respeitar o ambiente de trabalho A prática da Ética • Priorizar o aluno/cliente e não o resultado • Tratar com adequação cada aluno/cliente • Respeitar outros profissionais e seus alunos • Valorizar o “Espírito Espotivo” • Dignificar a profissão com sua conduta no dia-a-dia • Lembrar-se de que o local de lazer da população é o nosso ambiente de trabalho “Todo Profissional de Educação Física é um Agente de Orientação e Fiscalização. Por isso, pode e deve denunciar irregularidades” Das definições de Prática Pedagógica Desde o ano de 2002, com a reestruturação das licenciaturas decretada pelo governo federal, a terminologia “prática pedagógica”causou uma grande e salutar polêmica entre os educadores da formação de professores. Viram-se obrigados a dominar tal conceito para delimitar as atividades que seriam validadas nos novos currículos de formação docentes. Definir prática pedagógica tornou-se quase um tormento, pois poucos haviam se dedicado a tal zelo, uma vez que para muitos, prática não se teoriza, prática se pratica. Colocava-se a descoberto a filosofia da educação que fundamenta a prática de cada um. Ficava claro que a divergência nas definições era cunho filosófico. Os comportamentalistas (MOREIRA, 2004) entendem a prática pedagógica como a atividade exclusivamente observável e que gere uma atividade concreta, cujos resultados possam ser registrados, comprovados. Os cognitivistas entendem a prática pedagógica como a atividade que desenvolva o raciocínio do educando e que o leve a resolver problemas. Os humanistas validam todo o processo de ensino-aprendizagem, priorizando as relações humanas. Qual fundamentação deveria ser prioridade para a prática pedagógica? Arriscaria dizer que todas são importantes se combinadas. Novak (1984) organiza os níveis de aprendizagem em cognitivo, afetivo e psicomotor. A filosofia cognitivista vai constribuir para o desenvolvimento da cognição do estudante, ativando seus modelos mentais para então apresentar novos significados. A filosofia humanista tem o objetivo de despertar os sentimentos de liberdade e interação social, considerando a integração da moral e afetividade. A filosofia comportamentalista dará ênfase as aprendizagens psicomotoras, pois depende de uma atitude do aluno para conferir se ocorreu a aprendizagem estimulada. Esta atitude é observada no seu comportamento. Juntas contribuem para a formação do sujeito integrado. Em verdade o que não se consegue definir com clareza é sobre a natureza dessa atividade. Esta prática diz respeito à atividade do professor ou à atividade do aluno e sobre a qualidade desta atividade? Considerando-se que a atividade crítica e criativa do aluno é fundamental para a ocorrência de aprendizagem significativa, a prática pedagógica precisa incluir a atividade deste agente, sem a qual não poderá ser endendida como prática pedagógica. A atividade que exclui a participação ativa do estudante é um equívoco pedagógico. Por exemplo, se vamos utilizar a assistência de um filme em sala de aula, como prática pedagógica, esta atividade precisa trazer objetivos bem claros e pertinentes à proposta de ensino-aprendizagem do professor. Estes objetivos precisam ser levados ao conhecimento dos estudantes. O professor deve apontar os recortes que percebeu no filme compatíveis com as ideias que quer trabalhar. O filme precisa ser bem explorado e as relações encontradas apontadas com clareza e sistematização. E finalmente o professor precisa analisar as conexões que os alunos encontraram e incluí-las na continuidade de seu planejamento. Do contrário serão apenas entretenimento e preenchimento de tempo de aula e não se constitui em prática pedagógica, pois esta deve ser intencional. As filosofias reunidas, para a produção de uma prática, promovem a junção pedagógica que deverá dar conta do desenvolvimento dos níveis de aprendizagem de forma integrada. Esta reunião não pode se realizar apenas com junção dos pensamentos filosóficos, mas através das escolhas adequadas as questões problematizadas na prática cotidiana refletida. A simples junção não passará de discurso, como quem diz, sou partidário dessa e/ou daquela forma de pensar, dessa e/ou daquela filosofia, tendência, teoria, enfim, sem que para tanto suas ações sejam correspondentes e coerentes. A prática refletida precisa ser feita com os envolvidos durante e ao final do processo, administrando conflitos e organizando ideias coletivas, tomando decisões, arbitrando e conduzindo o grupo a ação comunicativa. Assim como se diz que o ato pedagógico é carregado de intencionalidade, é preciso ressaltar que todos os envolvidos precisam assumir esta intencionalidade. Revista Didática Sistêmica Volume: 1 Trimestre: Outubro-Dezembro de 2005
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