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Prisões III
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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PRISÕES III
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA: 
ARTIGOS 282 A 350
CPP, Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exer-
cício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações 
que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo 
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento 
do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.
O art. 307, do Código de Processo Penal (CPP), se refere ao ato praticado na presença 
da autoridade policial ou judiciária ou contra essas autoridades, mas quando estiverem no 
exercício de suas funções.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo 
apresentado à do lugar mais próximo.
Nesse sentido, se no lugar em que a pessoa for presa em flagrante não houver uma dele-
gacia, essa pessoa deverá ser conduzida para a autoridade policial mais próxima.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão 
em flagrante.
Existem situações em que a prisão em flagrante não pode ser efetivada. Um exemplo é 
quando o acusado pratica um crime que seja da esfera do Juizado Especial Criminal. Nesse 
caso, o acusado irá assinar um termo de comparecimento e não será finalizado o auto de 
prisão em flagrante. No entanto, se o acusado se livrar solto, lavra-se o termo de prisão em 
flagrante e, em seguida, a pessoa é colocada em liberdade.
Apesar de já existirem deliberações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do STF 
acerca da necessidade de se realizar a audiência de custódia, com as alterações promovidas 
pela Lei n. 13.964/2019 (Pacote Anticrime), isso ganha forma e robustez, uma vez que o art. 
310, do CPP, passa a prever a audiência de custódia expressamente:
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Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença 
do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministé-
rio Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei n. 
13.964, de 2019)
Obs.: a audiência de custódia será realizada perante o juiz e terá a finalidade direta de ana-
lisar a prisão dessa pessoa que foi presa em flagrante. Ou seja, o objetivo dessa au-
diência é analisar a validade da prisão. Assim, mesmo que ainda não exista inquérito 
ou um processo contra o acusado, o legislador traz a obrigatoriedade da presença de 
um membro do MP e de um Defensor Público nessa audiência de custódia, isso para 
que se estabeleça o contraditório exclusivamente acerca da prisão. Esse não é o 
momento, portanto, para se questionar a inocência ou a culpabilidade do réu.
 
I – relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011)
II – converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do 
art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diver-
sas da prisão; ou (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011)
Preferencialmente, o Juiz solta a pessoa presa em flagrante, mas aplica uma medida cau-
telar. Não se trata, portanto, de uma liberdade provisória total, pois o sujeito está submetido 
a uma medida cautelar diversa da prisão (vide arts. 317 a 319, do CPP), que pode ser: prisão 
domiciliar, monitoramento eletrônico, proibição de frequentar determinados locais, proibição 
de contato com a vítima, apreensão de passaporte, dentre outras. Elas restringem direitos da 
pessoa, mas ela não ficará no cárcere.
Já se o Juiz entender que essas medidas cautelares não são suficientes diante do caso 
concreto, poderá converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. 
A prisão em flagrante não se sustenta no tempo, ou seja, ela é voltada para fazer cessar a 
prática ou continuidade de um crime, logo, não é possível que uma pessoa possa ser indefini-
damente presa em flagrante. É por isso que o Juiz, na audiência de custódia, deve tomar uma 
das medidas do art. 310, do CPP, que também inclui:
Art. 310. (...) III – conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011).
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer 
das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena 
de revogação.
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O art. 23 do Código Penal dispõe sobre as situações de excludente de ilicitude. Assim, se 
uma pessoa praticou um fato em alguma das excludentes de ilicitude (ex.: legítima defesa), o 
Juiz poderá conceder a liberdade.
Art. 310. (...) § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização crimi-
nosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade 
provisória, com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custó-
dia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela 
omissão.
ATENÇÃO
O § 4º, do art. 310, do CPP, está suspenso pelo STF em razão de uma decisão liminar. 
Art. 310. (...) § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no 
caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará 
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da 
possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
DIRETO DO CONCURSO
1. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP/PROCURADOR/2019) Nos 
exatos termos do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem
a. cometeu a infração penal nas últimas 24h.
b. é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.
c. é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o crime.
d. é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
autor da infração.
e. é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração.
f. COMENTÁRIO
a) O CPP não dispõe prazo em horas para a prisão em flagrante.
b) Não existe essa previsão no art. 302 do CPP.
c) O art. 302 do CPP não dispõe sobre essa conduta com fundada suspeita.
d) Faltou a expressão “logo depois do crime” para que isso fosse considerado o flagrante 
presumido.
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2. (SELECON/2019/PREFEITURA DE CUIABÁ – MT/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – DI-
REITO) P. é surpreendido pela atuação de agentes policiais que preparam um flagrante 
em seu desfavor. No caso, resta caracterizado o denominado crime:
a. presumido.
b. putativo.
c. impossível.
d. impertinente.
e. COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento sumulado do STF, a situação caracteriza crime impossível. 
3. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA – CE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2019) Sobre a prisão 
em flagrante é correto afirmar que
a. toda pessoa do povo tem o dever legal de prender quem esteja em flagrante delito.
b. em caso de crime hediondoa comunicação da prisão em flagrante à família do preso 
pode ser proibida pelo Delegado de Polícia.
c. pode ser relaxada se estiver em conformidade com as formalidades legais e o fato cons-
tituir crime.
d. a ausência de testemunhas do crime impede a elaboração do auto de prisão em flagrante.
e. é considerado em flagrante delito não só aquele que está cometendo a infração penal 
como aquele que acaba de cometê-la
COMENTÁRIO
a) Pessoa do povo tem a faculdade de prender em flagrante. O dever legal é das autoridades 
policiais e seus agentes.
b) A incomunicabilidade do preso é vedada pela Constituição Federal de 1988.
c) A prisão só é relaxada se for ilegal.
d) A ausência de testemunhas do crime não impede a prisão em flagrante, pois terá 
testemunhas da apresentação.
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GABARITO
1. e
2. c
3. e
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Geilza Diniz. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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