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PAGE 
SUMÁRIO
31
INTRODUÇÃO
42
DESENVOLVIMENTO
53.TRABALHANDO DE FORMA EFETIVA COM A LEITURA DE TEXTOS LITERARIOS.
3.1 . CONCEITOS E ESTRAGEGIAS PARA DESENVOLVER UM PROJETO DE LETRAMENTO.....................................6
 3.2 SABERES ARTICULADOS PARA DESENVOLVER A PRATICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL................................................7
3.3 EFEITOS ESTILISTICOS NA PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LEITURA.................................................................................................................8
3.4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA LEITORA E ESCRITORA.....................................................................9 
114 PROPOSTA DIDÁTICA
5 CONSIDERÇÕES FINAIS.......................................................................................13 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................13
1 INTRODUÇÃO
Nota-se que a amplitude do mundo da leitura é tão fabulosa quanto a nossa capacidade de pensar. Ler não é apenas interpretar símbolos gráficos, mas interpretar o mundo em que vivemos. A leitura é um dos elementos integrantes da civilização, sendo um elo na integração do ser humano e a sociedade.
É função essencial da escola, ensinar a ler, ampliar o domínio dos níveis de
leitura e orientar a escolha dos materiais adequados. A escola pode e deve trabalhar, com textos que surjam do cruzamento de linguagens variadas e, evidentemente, com os textos da literatura que criam a possibilidade do indivíduo explorar dimensões não usuais do imaginário coletivo e pessoal.
Acerca do ensino de língua portuguesa, atualmente, linguistas vêm refletindo nos três eixos que o compõem: a leitura, a produção textual e a análise linguística.
Assim sendo, a prática de leitura deveria assumir, nas aulas de língua portuguesa, particular relevância, pois é a partir desse eixo que o aluno deve tornar-se apto a aprender os sentidos explícitos e implícitos no texto, os quais são apresentados não só através de elementos linguísticos (os tempos verbais, os itens lexicais que funcionam como operadores argumentativos ou de discurso, os diversos tipos de referência anafórica, dentre outros), mas também de elementos extralinguísticos advindos da vivência do aluno-leitor, os quais lhe permitem não apenas interpretar o texto, mas recriá-lo a partir de sua visão de mundo (Koch, 2008). O ensino de leitura deve capacitar o discente para reconstruir e reinventar os textos lidos, tornando-o um leitor proficiente, que consegue ir além da leitura pautada apenas na decodificação.
Esta atividade insere-se nesse contexto e através dela procura-se conhecer a análise que o professor que atua no ensino médio faz sobre a leitura e a escrita dos alunos, bem como do seu papel na formação de alunos aptos para ler e escrever – considerando-se as concepções de linguagem que nessa análise se fazem presentes. O estudo também observa como a leitura e a escrita dos discentes são desenvolvidas através de um projeto de letramento partindo da realidade dos alunos.
Análise, interpretações e as reflexões sobre os dados obtidos nas interlocuções estabelecidas nesta atividade é com base em vários dos conceitos desenvolvidos por Bakhtin nos estudos referentes à linguagem. Aos dados da teoria bakhtiniana somam-se as contribuições de vários autores que abordam a leitura e a escrita e estes processos em relação ao conceito de letramento. 
O projeto de letramento foi formulado de acordo como foi sugerido pela professora Patrícia na Situação Geradora de Problema, um projeto em cada uma das salas de apoio, partindo da realidade dos alunos, criando uma motivação para que participem das aulas. No projeto há oficina de teatro com obras da literatura, leitura de poemas em grupos, produção textual, entre outros. 
 O olhar sobre a proposta de trabalho, evidencia a compreensão que o desenvolvimento da leitura e da escrita dos alunos cabe a todos os docentes independente da matéria que ele leciona, daí a importância da participação de todo professor para essa formação. 
2 DESENVOLVIMENTO
A sociedade de uma forma geral atribui grande valor à leitura e à escrita na formação do homem, em razão delas atuarem como fatores que contribuem para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos e pela possibilidade que ambas lhes oferecem de crescimento pessoal e de plena participação na sociedade letrada. Ler e escrever com eficiência e com eficácia fazem parte dos requisitos básicos necessários para a nossa compreensão da realidade e atuação nos diversos contextos sociais, pois são instrumentos que ampliam a nossa visão e o nosso entendimento sobre o mundo em que vivemos. As atividades de leitura e escrita, portanto, são fundamentais nas demandas e exigências das práticas sociais. Nesse sentido, a sociedade delega à escola um importante papel na formação de leitores e produtores de textos competentes e autônomos. Pois cabe a ela, por meio do ensino sistemático, propiciar aos alunos as condições e as oportunidades para empregarem a leitura e a escrita para aquisição e construção de novos conhecimentos; como meios para a compreensão dos diversos textos que integram o universo discursivo; como ferramentas para expressarem o posicionamento crítico em relação a eles e também aos problemas de suas comunidades, bem como as suas propostas de ação para solucioná-los. 
A realidade tem nos mostrado que muitos alunos passam pela escola sem, contudo, se apropriarem plenamente da leitura e da escrita, fato que tem preocupado a sociedade e vem merecendo especial atenção por parte de todos os agentes que estão diretamente engajados nos debates sobre a formação de leitores no Brasil. As discussões sobre o problema no âmbito escolar e as orientações para superá-lo apontam para a necessidade do envolvimento de todos os professores com a aprendizagem e avaliação da leitura e escrita dos alunos. Isso porque tais atividades estão presentes em todas as disciplinas curriculares e são fundamentais para o cumprimento dos objetivos de aprendizagem propostos por essas diferentes áreas do conhecimento; ou seja, a leitura e a escrita são necessárias para compreensão, a assimilação, a análise e a discussão dos conteúdos ensinados e para o desenvolvimento das habilidades e competências esperadas dos alunos em todas elas. 
3.TRABALHANDO DE FORMA EFETIVA COM A LEITURA DE TEXTOS LITERARIOS.
Sabe-se, que muitos professores encontram dificuldades em trabalhar textos literários em sala de aula, de oferecer aos alunos a leitura de livros, para ajudar na formação de um leitor literário capaz de fazer suas próprias escolhas. Há quase nenhum interesse por parte dos alunos quando se fala em ler um texto literário, a maneira como as palavras são empregadas, o vocabulário diferente dos dias atuais, a maneira como a escola exige e avalia o educando, tudo isso acaba afastando os alunos, ao invés de aproximá-los da leitura. É preciso repensar a escolarização da leitura literária.
Segundo Soares, o processo de escolarização é inevitável, pois é da essência da escola a instituição dos saberes escolares. Mas é preciso descobrir uma escolarização adequada da literatura, sem desvirtuá-la, distorcê-la, tornando-a sedutora e desafiante. Há de se concordar com Soares (2011, p. 21) quando coloca que:
Portanto, não há como evitar que a literatura, qualquer literatura, não só a literatura infantil e juvenil, ao se tornar “saber escolar”, se escolarize, e não se pode atribuir, em tese, conotação pejorativa a essa escolarização, inevitável e necessária; não se pode criticá-la, ou negá-la, porque isso significaria negar a própria escola.
A escolarização da literatura da forma como vendo sendo realizada, acaba adquirindo um sentido negativo. A questão não é a de negar esta escolarização, mas sim a sua inadequada, errônea e imprópria escolarização. A autora lembra ainda, que essa escolarização inadequada pode ocorrer com qualquer outro conhecimento, quando transformado em saberes escolares. É preciso redescobrir uma maneira realmente eficazde ensinar literatura, como se deve trabalhar o texto literário, como orientar e usar formas de incentivo à leitura de livros, para promovermos a escolarização adequada aos nosso alunos.
A partir do momento em que nós educadores estivermos prontos para uma transformação de nossas práticas de sala de aula que dizem respeito à leitura literária, quando nos sensibilizarmos e acreditarmos que a leitura é o caminho que nos leva a mundos infinitos, dentro e fora de cada um de nós, aí sim, estaremos propiciando uma escolarização acertada da literatura.
3.1. CONCEITOS E ESTRAGEGIAS PARA DESENVOLVER UM PROJETO DE LETRAMENTO.
O projeto de letramento é uma prática social em que a escrita é utilizada para atingir algum outro fim, que vai além da mera aprendizagem da escrita, transformando objetivos circulares como "escrever para aprender a escrever" e "ler para aprender a ler" em ler e escrever para compreender e aprender aquilo que for relevante para o desenvolvimento e a realização do projeto.
O letramento tem como objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. Assumir como objetivo o letramento no contexto do ciclo escolar implica adotar na alfabetização um ponto de vista social da escrita, em contraste com um ponto de vista tradicional que considera a aprendizagem de leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais. Essa escolha implica, ainda, que a pergunta estruturadora/estruturante do planejamento das aulas seja: “quais os textos significativos para o aluno e para sua comunidade”, em vez de: “qual a sequência mais adequada de apresentação dos conteúdos (geralmente, as letras para formarem sílabas, as sílabas para formarem palavras e das palavras para formarem frases)”.
Definir o que seja um texto significativo para a comunidade implica, por sua vez, partir da bagagem cultural variada dos alunos, que, antes de entrarem na escola, já são participantes de atividades corriqueiras de grupos sociais que, central ou perifericamente, com diferentes modos de participação (mais ou menos autônomos, mais ou menos diversificados, mais ou menos, prestigiados), já pertencem a uma cultura letrada. Uma atividade que envolve o uso da língua escrita (um evento de letramento) não se diferencia de outras atividades da vida social: é uma atividade coletiva e cooperativa, porque circunda vários participantes, com diferentes saberes, que são mobilizados segundo interesses, intenções e objetivos individuais e metas comuns.
3.2 SABERES ARTICULADOS PARA DESENVOLVER A PRATICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL.
A leitura e a escrita são pontes indiscutíveis para que haja uma inclusão do indivíduo dentro da sociedade. Tendo a escola à responsabilidade de coordenar esses saberes, salienta-se que não é papel apenas do professor de língua portuguesa utilizar-se do texto para que haja uma aquisição significativa da linguagem. Outras disciplinas devem utilizar textos concretizados através dos gêneros disponíveis na sociedade e tipos formando conjunto com fim comum: a inserção do aluno no mundo letrado. Reconhecendo sua importância na sala de aula sugerimos que a utilização do texto aconteça com mais frequência e que este uso possa vincular-se acertadamente dentro de uma proposta interdisciplinar articulada entre as áreas de conhecimento.
Todo docente, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar, pois, através do trabalho orientado para leitura, o aluno deveria conseguir apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado. No entanto, o que se observa é que construir habilidades e competências que envolvam a leitura e a produção textual é papel atribuído apenas e tão somente aos professores de língua, limitando o espaço do texto na escola.
Não é nada fácil escrever, para que haja um estimulo no aluno é preciso que veja um sentido nisso. O objetivo é fazer com que um leitor ausente no momento da produção compreenda o que se quis comunicar - e esse desafio requer diferentes aprendizagens.
Inicialmente é necessário conhecer os diversos gêneros. Mas é preciso atenção: isso não significa que os recursos discursivos, textuais e linguísticos dos contos de fadas e da reportagem, por exemplo, sejam conteúdos a apresentar aos alunos sem que eles os tenham identificado pela leitura. Há um risco de cair na tentação de transmitir verbalmente as diferentes estruturas textuais. O professor precisa permitir que o discente adquira comportamentos do leitor e do escritor pela participação em 
situações práticas e não por meras verbalizações.
Ensinar a produzir textos prevê abordar três aspectos principais: a construção das condições didáticas, a revisão e a criação de um percurso de autoria.
3.3. EFEITOS ESTILISTICOS NA PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LEITURA
A estilística é um recurso da linguística relacionado com o estilo da linguagem utilizada, tanto oral quanto escrita. É o estudo da variação da língua para atribuir às palavras e frases sentidos emotivos e estéticos. A estilística trabalha com o contexto no qual as palavras se inserem para identificar os diversos sentidos. A escolha de um sinônimo em vez de outro, palavras que trazem significados que não são originalmente definidos para ela, a estilística é feita para explicar todas essas questões da linguagem. O foco de estudo não são apenas as palavras, mas a forma como elas são organizadas, não do mesmo jeito que a sintaxe as estuda, mas como são pronunciadas e em que posição geográfica elas se encontram, como se organizam em relação ao texto e o tipo de escrita usada. Todos esses fatores podem criar um diferente resultado de entendimento, segundo os estudos estilísticos. Em resumo, a estilística é uma forma de se expressar usando a língua e ultrapassando apenas o significado literal das palavras.
Se por um lado a Gramática preocupa-se com a norma culta da língua, a Estilística vem complementar os estudos da linguagem, na medida em que enfoca a função expressiva dos discursos através de recursos estilísticos.
A Estilística estuda a linguagem e a sua capacidade de tornar as mensagens mais ou menos emotivas e bonitas. Por esse motivo, é uma área muito importante nos meios literários.
Podemos utilizar como exemplo três definições para o conceito de estilo:
a) conjunto de traços característicos da personalidade de um escritor (estilo como idiossincrasia);
b) tudo aquilo que contribui para tornar reconhecível o que alguém escreve (estilo como técnica de exposição);
c) realização plena de uma significação universal em uma expressão pessoal e particular (estilo como realização literária).
Uma das maiores dificuldades encontradas na delimitação do campo de estudo da Estilística é a diversidade de definições relacionadas ao termo estilo. À estilística interessa as formas de exteriorização do pensamento, ou seja, de que maneiras perante o material linguístico disponível o usuário é capaz de criar, recriar, operando de maneira consciente para a constituição do enunciado em função de seus destinatários. 
O conceito de estilo está presente na literatura, arquitetura, na música, na mídia etc. Podemos relacionar diversos atributos ao conceito de estilo: formal, informal, moderno, clássico, objetivo, redundante etc., falamos até em estilo de vida ou viver com estilo.
A obra literária é considerada a fonte primordial de matéria prima para a análise estilística, mas não é somente por tal aspecto que ela merece relevância nas atividades que envolvem a língua. A língua só pode ser compreendida em uso e a literatura, através da análise estilística permite aos alunos compreender de que maneira esses usos são construídos e quais sentidos vão alcançar na constituição do texto, seja ele literário ou não. 
As aulas de língua portuguesa e literatura devem ser espaços de interação, de interlocução, onde se podemanter contato com a diversidade de discursos (verbais e não verbais) porque na realidade não lemos apenas livros, mas lemos tudo que nos cerca, lemos o mundo ao nosso redor.
3.4. DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA LEITORA E ESCRITORA
O professor é o principal mediador entre o texto e seus alunos/leitores, fazendo-se necessário que o mesmo resgate sua história de leitura. É importante que ele recupere quais foram os adultos que lhe forneceram, na infância, os modelos de leitura; de quais livros, texto e os autores que gostou (e não gostou); quem lhe contava histórias; onde costumava ouvi-las; quando descobriu que podia ler sozinho; de quais autores passou a gostar menos ou mais à medida que foi amadurecendo; que hábitos de leitura mantém nos dias de hoje etc.
 Conhecendo e reconhecendo sua trajetória como leitor, o professor terá maior flexibilidade para compreender as escolhas, as resistências e as dificuldades do aluno que ainda não pode ser considerado leitor maduro. 
Por meio do resgate de sua história de leitura, o professor poderá compartilhá-la com os alunos e, assim, ajudá-los a construir a deles. Pode perguntar se gostam de ouvir histórias, de quais autores já ouviram falar, quais os hábitos de leitura da família, as histórias preferidas etc. Se as crianças já forem alfabetizadas, pode questionar quem são os autores preferidos, os livros mais marcantes, em que momento do dia (ou da noite) costumam ler, se gostam de ler em voz alta para os outros, se lêem revistas, jornais etc. Nesse momento, o professor pode esclarecer que está sendo construída a história de leitura de cada um. 
É comum a leitura nos espaços públicos – parques, ônibus, metrô, nas bancas de jornal etc. O professor poderá mostrar que a leitura permite uma grande variedade de suportes (jornais, revistas, folhetos, livros escolares, bulas de remédio, prescrições médicas, avisos, textos literários, de autoajuda etc.) e que, portanto, a leitura é uma prática social. 
Observar o que e como os outros lêem à nossa volta é uma excelente oportunidade para se formar a noção de comunidades de leitores. Na escola, não são apenas professores e alunos que lêem; funcionários, bibliotecários, orientadores, coordenadores também devem ser reconhecidos como leitores, cada qual com sua história de leitura. Por isso, toda a comunidade escolar deve se envolver com as atividades de leitura, promovendo feira de livros, idas à biblioteca, comentários sobre determinados textos de livros ou de jornais.
Ao envolver os mais variados profissionais da escola em atividades de leitura, o aluno passa a vivenciá-las como sendo uma prática coletiva, em que todos trocam experiências, livros, modos de trabalhar os textos na aula e fora dela. Quanto mais rica for essa troca, mais chances o aluno terá de se tornar leitor. A prática da leitura começa na escola, mas não se esgota nela.
Pensar em como tornar educandos leitores e criadores de textos, preparados para as exigências de uma sociedade letrada, considerando nesse processo de ensino a participação e o comprometimento de educadores de todas as disciplinas curriculares, implica a necessidade de promover e estimular reflexões que envolvam todo o corpo docente e outros profissionais que atuam no espaço escolar na busca desse objetivo. 
4. PROPOSTA DIDÁTICA
Para o projeto de letramento sugerido abaixo, foi escolhida a professora Patrícia que deseja desenvolver um projeto partindo da realidade dos alunos, para que haja uma motivação maior na participação das aulas.
	 PROJETO DE LETRAMENTO 1
	Escola
	Escola Municipal Eduardo Baiano.
	Docente
	Patrícia
	Sala de apoio escolhida
	Terceiro ano do ensino médio
	Conteúdos
	Poemas Literários; leitura e interpretação do poema, tipos de poemas.
	Objetivos
	Compreender a função social dos poemas, por meio da identificação de suas características estruturais e sonoras, condições de elaboração e recepção
	Procedimentos metodológicos
	 Primeiro momento - leitura em dupla do poema de Carlos Drummond sobre o rio doce.
Segundo momento – Uma breve explicação sobre a empresa Vale do Rio Doce, 
Terceiro momento- Cada dupla explicará o que entendeu, qual a sua visão diante do poema.
Quarto momento- Cada dupla fará um texto sobre a tragédia que aconteceu no Vale do Rio doce e sua ligação com o poema do Carlos Drummond.
	Recursos didáticos
	Recorte de jornal com o poema de Carlos Drummond de Andrade, Data show com fotos da tragédia de Brumadinho.
	Avaliação
	Criação de texto com o ponto de vista do aluno.
	Referências
	https://Oglobo.globo.com
	 PROJETO DE LETRAMENTO 2
	Escola
	Escola Municipal Eduardo Baiano.
	Docente
	Patrícia
	Sala de apoio escolhida
	Primeiro e segundo ano do ensino médio
	Conteúdos
	Gêneros textuais- Novela
Características da novela
	Objetivos
	Distinguir as formas de expressão que consiste a palavra em sentido figurado.
Interpretar e produzir textos do gênero novela.
	Procedimentos metodológicos
	 Primeiro momento – No data show uma breve apresentação de uma cena da novela Escrava Isaura de Gilberto Braga.
Segundo momento – Uma breve explicação sobre a novela e a escravidão. 
Terceiro momento- Dividir a turma em equipes e informar que cada uma delas deverá ensaiar a cena e reproduzi-la na próxima aula.
Quarto momento- Cada dupla fará um texto sobre o gênero novela.
	Recursos didáticos
	Data show.
	Avaliação
	Criação de texto sobre novela. Encenação de uma cena da novela.
	Referências
	https:mportugues.com.br
5 CONSIDERÇÕES FINAIS
O maior desafio da escola é colocar o aluno em contato com o texto literário como forma de construção/negociação de sentidos para que sejam superadas as práticas de ensino de literatura que se restringem à memorização de características dos estilos de época 
À escola cabe, entre outras coisas, tornar seus alunos leitores eficientes e não apenas meros codificadores da língua, conforme a proposta defendida ao longo deste trabalho, tendo em vista o caráter dialógico existente entre autor-texto-leitor para que sejam superados os tabus que afirmam que a literatura é muito difícil e reservada a poucos iniciados e para que a leitura do texto literário e as atividades de produção textual se convertam em práticas socialmente situadas deixando de ser apenas práticas que tem como objetivo o cumprimento de tarefas escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAKHTIN, Mikhail M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino médio. Orientações educacionais complementares aos parâmetros curriculares nacionais- linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2002.
BORDINI, Maria da Glória. Guia de leituras para alunos de 1º e 2º graus. Centro de Pesquisas Literárias. Porto Alegre: PUCRS/Cortez, 1989.
COUTINHO, Afrânio. O ensino da literatura. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1975.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
LICENCIATURA EM LINGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS 6º SEMESTRE
VERÔNICA DE ARAUJO MOURA
PRODUÇAO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
A Articulação de Teorias do Texto no Ensino de Leitura
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Trabalho avaliativo do Curso de Letras apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Letramento e Alfabetização; Gestão Educacional, Literaturas de Lingua Portuguesa II; Prática e Produção de Textos; Seminário Interdisciplinar I
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