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MEDICINA na IDADE MÉDIA Durante muito tempo predominou, na Antiguidade, a visão mágico-religiosa, segundo a qual doença era resultado de castigo dos deuses, de maldições ou de feitiçaria. Considerava-se que a sacralidade do corpo de Cristo estendia-se aos demais corpos, vivos ou não. Em consequência a medicina continuava baseando-se nos trabalhos de Galeno, que não associava doenças a órgãos ou sistemas e na qual erros de anatomia não eram raros. Para Galeno, a vida psíquica, a animal e a vegetativa têm funções diversas e operam em níveis diversos. Mas todo corpo é apenas um instrumento da alma. E cada organismo se constitui segundo um plano lógico estabelecido por um ser supremo do universo. Sua doutrina teve o apoio dos padres e da Igreja e foi considerada infalível até o século XVI quando começou a ser contestada. Os médicos, poucos, não inspiravam muita confiança. Escolas de medicina só surgiram no final da Idade Média; até então o aprendizado era empírico e excluía importantes conhecimentos, como o da anatomia. Dissecar cadáveres era uma prática severamente restrita, sobretudo por motivos religiosos. No final da Idade Média as coisas começaram a mudar. Mas a medicina ainda não era uma área autônoma. Era ensinada da mesma forma que filosofia ou direito, com muitas referências aos mestres e seus textos e pouca observação ou experimentação. A anatomia continuava ausente do currículo e só apareceria na Renascença. (130d.C -200 d.C) Autora: Estefani Vitória L. Braz
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