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Vigilância Alimentar e Nutricional: contribuição para a organização do cuidado nos serviços de atenção básica à saúde Bianca Menezes, Daniel Machado, Jéssica Tavares, Letícia Beltrão. 1 A van no brasil : A Van é parte da Vigilância em Saúde e foi instituída no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990, em seu artigo sexto. Integra o conjunto de dimensões da Vigilância da Situação de Saúde, tendo como principal objetivo: Fornecer subsídios para o planejamento, o monitoramento e o gerenciamento da atenção á saúde e de programas relacionados com a melhoria dos padrões de consumo alimentar e do estado nutricional da população. 3 Abrange vários tipos de Vigilâncias tais como: - Vigilância Sanitária - Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis - Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis - Vigilância Ambiental em Saúde - Vigilância da Saúde do Trabalhador 4 O histórico da van teve inicio na década de 1970 e se insere no contexto da Política Nacional de Alimentação e Nutrição como uma das diretrizes que tem como propósito: Melhoria das condições de alimentação. Nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis. A vigilância alimentar e nutricional prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados á alimentação e nutrição. 5 Como diretriz da PNAN, a VAN é essencial para a organização da atenção nutricional no SUS,e se insere da seguinte forma: 1- Organização da atenção Nutricional 2- Promoção da Alimentação Adequada e Saudável 3- Vigilância Alimentar e Nutricional 4- Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição 5- Participação e Controle Social 6- Qualificação da Força de Trabalho 7- Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição 8- Controle e Regulação dos Alimentos 6 A VAN deve ser uma ação contínua e integrada para possibilitar o conhecimento das tendências das condições de alimentação e nutrição da população e de seus fatores determinantes. A VAN deverá ser considerada a partir de um enfoque que incorpore as informações da rotina da vigilância nos serviços de saúde, associadas a outras fontes de informação, e este enfoque amplia a visão de que a VAN se resume a um sistema de informação. Isoladamente um sistema de informação não garante a organização da atenção nutricional e o efetivo acompanhamento da saúde de toda a população. Realizar a VAN significa a utilização efetiva dos dados individuais e coletivos na organização e avaliação da oferta do cuidado na Rede de Atenção á Saúde. 7 A VAN poderá apoiar o trabalho das equipes de Atenção Básica, conhecendo os problemas e necessidades em saúde da população do seu território e os fatores que podem contribuir com a promoção da saúde. Os profissionais de Saúde podem exercer a VAN utilizando como referência o Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado analisando os resultados obtidos na coleta de dados e produção de informações para se obter o diagnóstico da situação de saúde individual e coletiva. A VAN no Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado 8 Como fazer a Vigilância Alimentar e Nutricional? Coleta de dados e produção de informações Analise e decisão Ação avaliação Ciclo de gestão e Produção do cuidado 9 Coleta de dados e produção de informação: Avaliação Antropométrica : Coleta de dados 10 Consumo alimentar : 11 Análise e decisão Essa etapa analisa a coleta de dados durante a primeira fase, afim de identificar o estado nutricional e o padrão de consumo alimentar. A classificação do estado nutricional, de acordo com os índices utilizado, pode ser feito de duas formas: Individual Modo coletivo Ao identificar EN inadequado, ambos individual ou coletivo, deve investigar os fatores associados a condições. Hábitos alimentares, pratica de atividade física, presença ou ausência de doenças o agravos à saúde, condições de acesso aos alimentos... 12 Ação : O esperado é que as informação e ação contribuem efetivamente para controle dos problemas de saúde identificados, e para prevenção e promoção da saúde e nutrição da população. Ações podem ser direcionadas a indivíduos, família ou comunidade. Um dos objetivos da avaliação é compreender e analisar o que ocorreu e o que foi obtido nas etapas anteriores ciclo. Avaliação: 13 Articulação da van com as agendas atuais de saúde e nutrição A van e os sistemas de informação em saúde passo a passo da implementação da van 14 O exercício da vigilância alimentar nutricional auxilia na execução e elaboração de programas de promoção em saúde. Programas que são auxiliados pela VAN: Bolsa família Programa saúde na escola Academia da saúde Amamenta e alimenta brasil Linha de cuidados as pessoas com sobrepeso e obesidade Vigilância alimentar e nutricional para a população em situação de rua). Programa saúde na escola O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. Nele, as políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral dos estudantes da rede pública de ensino. O programa foi instituído pelo DECRETO Nº 6.286, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2007. 15 O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. Nele, as políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral dos estudantes da rede pública de ensino. O programa foi instituído pelo DECRETO Nº 6.286, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2007. Programa saúde na escola 16 Objetivos do PSE: Promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de agravos à saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de educação; Articular as ações do Sistema Único de Saúde - SUS às ações das redes de educação básica pública, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis; Contribuir para a constituição de condições para a formação integral de educandos; Contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na promoção da cidadania e nos direitos humanos; Fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar; Promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; Fortalecer a participação comunitária nas políticas de educação básica e saúde, nos três níveis de governo. 17 O planejamento das ações do PSE deverá considerar: O contexto escolar e social; O diagnóstico local em saúde do escolar; e A capacidade operativa em saúde do escolar. Para eficácia do programa deve haver uma conexão entre educação, saúde, assistência social e a comunidade territorial. A equipe de atenção básica a saúde deve ter contato com os profissionais da educação para avaliarem as condições de saúde e prevenção de doenças e agravos. 18 É uma estratégia de promoção da saúde e produção do cuidado para os municípios brasileiros que foi lançado em 2011, tendo como objetivo promover práticas corporais e atividade física, alimentação saudável, educação em saúde, entre outros, além de contribuir para a produção do cuidado e de modos de vida saudáveis e sustentáveis da população. Para tanto, o Programa promove a implantação de polos do Academia da Saúde, que são espaços públicos dotados de infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados. Suas ações são desenvolvidas de acordo com a Atenção Básica, sendo articulado com outros programas de saúde. Monitoramento de Gestão do Programa Academia da Saúde: O monitoramento do Academia da Saúde objetiva retratar a situação geral de implantação e implementação do Programa em todo o Brasil. A plataforma escolhidapara esse processo de monitoramento foi o FormSus – o serviço de criação de formulário do SUS, que permite a elaboração e disponibilização de questionários que podem ser acessados e respondidos online por trabalhadores e gestores de qualquer lugar do país com acesso à internet. Academia da Saúde: 19 O monitoramento do Programa é constituído por três instrumentos: Formulário Gestão Estadual: Deve ser respondido por todas as SES Formulário Gestão Municipal: Deve ser respondido por todos os municípios habilitados com o programa Formulário Polos em Funcionamento: Deve ser respondido por todos os municípios que possuem polos em funcionamento, sendo um formulário para cada polo em funcionamento. Seguindo o contexto desse Programa, a VAN será responsável principalmente por conhecer a realidade e necessidades da população, orientar sobre as ações realizadas e participar do aprimoramento do Programa. 20 É um programa direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. O programa busca garantir a essas famílias o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. Eixos estruturantes: transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza Ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde, educação e serviço social Objetivos: Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; Combater a pobreza e outras formas de privação das famílias; Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social. Bolsa Família 21 Pré-natal pelas gestantes, companhamento das puérperas pelas nutrizes e do estado nutricional infantil e das ações de imunização. Nesse Programa a VAN proporciona o acompanhamento dos condicionantes da saúde, por meio da atenção à saúde da mulher e da criança, da promoção e prevenção das doenças, garantindo o pleno desenvolvimento, devendo esse ser realizado duas vezes por ano. Esse acompanhamento necessita ser registrado no Sistema de Gestão do PBF na Saúde. Linhas de cuidados com pessoas com sobrepeso e obesidade Diante ao aumento de casos de brasileiros com novos casos de doenças crônicas não transmissíveis, assim, sendo criada em 2013, dando mais cuidados específicos aos pacientes. A van faz uma pesquisa territorial para identificar os pacientes do grupo de risco (publico alvo) podendo realizar as ações e estratégias cabíveis, levando em consideração o diagnostico nutricional. 22 Objetivo e dar condições higiênicas sanitárias a paciente de situação de rua, disponibilidade e potabilidade de agua, ajudar pessoas em risco nutricional, dar regularidade ao acesso a alimentação. Vigilância alimentar e nutricional para população em situação de rua 23 A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil", lançada em 2012, tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantes do Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que se uniram para formar essa nova estratégia, que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica. Alimenta e amamenta brasil 24 Para a efetivação da estratégia os estados e municípios deverão se organizar para formar os profissionais da atenção básica por meio de duas ações: formação de tutores e oficinas de trabalho na Unidade Básica de Saúde (UBS): Oficina de formação de tutores - Visa qualificar profissionais de referência que serão responsáveis em disseminar a estratégia e realizar oficinas de trabalho nas suas respectivas UBS. Esses profissionais são os pilares da estratégia e devem apoiar o planejamento, o acompanhamento e/ou fortalecimento das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável nas UBS, de forma contínua. O Ministério da Saúde, a partir de março de 2013, irá formar 1000 tutores em todos os estados brasileiros para capilarizar a estratégia nos municípios. 25 Oficina de trabalho na UBS : Visa discutir a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável com os profissionais da UBS e planejar ações de incentivo à alimentação saudável na infância, de acordo com a realidade local. Essa oficina é o ponto de partida para o desenvolvimento de ações com o objetivo de promover, proteger e apoiar a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Essas oficinas acontecem a partir de um cronograma firmado entre as UBS e a secretaria de saúde, que em um primeiro momento deve ser de cinco horas, de acordo com a metodologia proposta. Em um segundo momento, uma oficina mais curta deve ser realizada para discutir temas específicos segundo a realidade de cada UBS. Como exemplo dessas discussões estão o manejo do aleitamento materno, prática da alimentação complementar, desenvolvimento infantil, Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), entre outros. 26 Programa de monitoria do acesso e da qualidade – PMAQ 2. Programa de qualidade das UBS e Programa academia da saúde 3. Incentivo financeiro para compra de equipamentos antropométricos 4. Produção e divulgação de materiais e documentos técnicos Programas e estratégias do SUS podem aparecer os gestores e garantir a VAN nas UBS 27 28 29 A não identificação da importância das ações por alguns gestores Dificuldade de registro no prontuário, na caderneta de saúde ou SIS. A não utilização de dados nutricionistas e das características do consumo alimentar do território. O que é preciso fazer para a realização dos próprios desafios. Desafios para a implantação da vigilância alimentar e nutricional REFERÊNCIAS
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