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Resumo Impacto da guerra às drogas em mulheres na América Latina. Um objetivo do texto é desmistificar a ideia de que o direito penal com seu viés punitivo seja o mecanismo ideal no combate às drogas. E como a atual política de drogas instalada na América Latina, se originou nos Estados Unidos e se estendeu a outros países, foi criada como mecanismo de controle social e dominação de grupos minoritários como as mulheres na América Latina de grande maioria negras e pobres. Segundo o autor a atual conjuntura da política de drogas tem o intuito não de perseguir a substância entorpecente, mas sim, a classe marginalizada que faz uso das substâncias, mostra como grupos sociais dominantes responsáveis pelo “rotulacionismo”, ou seja, o poder de definir o que é crime ou não, é composto por, majoritariamente, por homens brancos de classe alta, que usam essas ferramentas de modo a manter seu status social e privilégios econômicos se sobressaindo aos demais. É demonstrado como o sistema punitivo latino-americano tem transformado as mulheres em Bodes expiatórios na problemática das drogas. E como em muitas situações ocorrem tratamentos desproporcionais a mulheres no sistema penitenciário em relação aos mesmos delitos cometidos pelos homens, mesmo a legislação sendo a mesma para ambos. Na história de Bárbara que foi presa aos 4 meses de gravidez , por ser usuário de crack vemos como a legislação a tratou de forma rigorosa a condenando a ter seu filho dentro da cadeia, dessa forma o 2 encarceramento feminino vem crescendo na América Latina, em sua grande maioria por crimes relacionados a drogas ilícitas , mesmo dentro do gênero feminino há uma distinção, pois a realidade carcerária de mulheres presas e marginalizadas é composta basicamente pelo perfil de mulheres solteiras, mãe jovens, de minorias étnicas, e que não obtiveram acesso à educação. Existe alguns fatores comuns entre mulheres envolvidas com drogas sendo eles exclusão social , falta de oportunidades , violência relacionada ao gênero, abandono conjugal, negligência do estado, e feminização da pobreza. A política de drogas na América Latina vem se mostrando uma questão feminista pois quanto mais essas mulheres estão fazendo parte desses grupos vulneráveis, mas estão expostos ao sistema criminal e ao patriarcalismo do sistema, sistema esse que criminalizam as mulheres de uma maneira desproporcional. A política de abstinência às drogas tem se mostrado ineficaz, pois os resultados de violência em muitos países tem aumentado, por isso soluções paralelas vêm sendo desenvolvidas como forma a lidar com os desafios da repressão às drogas, visto o modelo bélico antigo não vem mostrando eficácia. Utilizando o tráfico de drogas como forma de obter capital mulheres vem se envolvendo no tráfico de drogas ilícitas de diversas maneiras, A feminização da pobreza talvez explique porque o envolvimento de mulheres no tráfico que drogas ilícitas vem crescendo com o decorrer dos anos. Com a adoção do discurso punitivo na América Latina, o encarceramento feminino vem crescendo e nos mostrando nos dias atuais que a guerra às drogas vem se mostrando também uma guerra as mulheres, em sua grande maioria negras , de minorias éticas e baixa classe social, que são as mais afetadas com essas ações punitivas no contexto geral. 3 Diante do exposto fica claro o que as mulheres assim como os homens são muito afetadas pelas decisões políticas, mas que em grande parte essas decisões são tomadas somente por homens gerando assim um sentimento patriarcalista, assim gerando uma insatisfação feminina diante de tal situação devem as mulheres buscar um empoderamento feminino, deixando claro o seu poder de se manifestar e usando isso como a principal ferramenta para mudar essa situação pois é imprescindível que as mulheres sejam ouvidas dentro de suas comunidades e que participem dá tomada de decisões e na criação de políticas públicas voltadas às mulheres, focando principalmente naquelas espostas a situação de pobreza e descaso como citado no texto, tirando assim o foco de idéias apenas patriarcais.
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