Buscar

RESENHA - FERRAMENTAS PARA ENGENHARIA DA QUALIDADE - A Engenharia e os Avanços no Controle de Produção e Qualidade - MELK - VF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESENHA IBF 
 
Nome: Melkzedekue de Moraes Alcântara Calabrese Moreira; Cód.: 399270; 
Curso: Pós-Graduação em Engenharia da Qualidade com Ênfase em Gestão; 
Disciplina: Ferramentas para Engenharia da Qualidade; 
 
A ENGENHARIA E OS AVANÇOS NO CONTROLE DE QUALIDADE 
 
 
1. DESCRIÇÃO DO TRABALHO: 
O presente trabalho trata-se da elaboração de uma resenha da disciplina de “Ferramentas para 
Engenharia da Qualidade” em especificamente sobre o tema “ A Engenharia e os Avanços no Controle de 
Produção e Qualidade”. Para realização dessa tarefa, será utilizado as vídeo aulas do curso, e também outros 
elementos da disciplina como, artigos, materiais complementares e apostilas. 
 
2. INTRODUÇÃO 
Nas vídeo aulas são introduzidos os conceitos e fundamentos de Ferramentas da Qualidade, bem como 
suas aplicações. Dentre os tipos de ferramentas, cita-se a importância da ferramenta Brainstorm (BST) na 
resolução de problemas e busca de soluções inovadoras e eficientes, uso do diagrama de causa x efeito ou 
diagrama de Ishikawa, ciclo PDCA e método 5S. A aplicação dessas ferramentas, assim como outras, por 
exemplo a “A Trilogia de Juran” baseada em planejamento, controle e melhoria; FMEA (Análise de modos de 
falhas e efeitos); técnica de grupo nominal; diagramas de dispersão; diagramas de fluxo de processos; gráficos 
de Pareto e controle estatístico de processo (CEP) trouxeram uma revolução para as organizações em todo 
mundo, tornando-as mais eficientes e competitivas no mercado globalizado. Sendo responsável por avanços 
significativos no que se diz respeito a qualidade dos processos, produtos e serviços das organizações. 
 
3. ANÁLISE DO CONTEÚDO DA DISCIPLINA 
Desde o início do século passado, com a mudança da concepção das linhas de produção, desenvolvidas 
por Frederick Taylor (1856-1915) com a fragmentação dos processos de produção em diversas etapas, onde 
cada indivíduo executasse uma única tarefa ou parte do todo. Com objetivo de economia de tempo visando a 
produção em massa, e consequentemente melhora no padrão e repetibilidade dos processos. Pode-se dizer que 
foi considerado o “pontapé” inicial para o que se tornou o novo modo de se produzir nas organizações. 
As dificuldades enfrentadas pelas organizações pós segunda guerra mundial, intensificaram a 
necessidade de mudança nos processos de produção, pois um expressivo número de empresas tinham suas 
produções voltadas para produção bélica, com intuito de fornecer produtos e serviços para guerra. Com o fim 
dessa, muitas organizações se viram com necessidade de desenvolver novos produtos e serviços para se 
manterem no mercado. Sendo necessário o redesenho dos métodos e processos para o renascimento da indústria 
daquele período, pois tanto as indústrias norte-americanas, europeias e principalmente as indústrias japonesas 
encontravam-se em grave recessão. 
Dessa forma, surgiu as primeiras ideias sobre o modelo de controle de qualidade introduzidas por 
Armand Feigenbaum (1920-2014), bem como outros nomes que surgiram, que juntamente com Feigenbaum são 
considerados os percussores da qualidade e intitulados de “gurus da qualidade” como Frederick Taylor, William 
Deming, Joseph Juran, Shigeo Shingo, Genichi Taguchi, Kaoru Ishikawa, entre outros que contribuíram para 
 
implementação dos conceitos de gestão da qualidade e ferramentas da qualidade, gerenciamento de processos e 
processos de melhoria contínua e seus benefícios. 
Com a necessidade de criação de novos produtos e serviços, ou ainda busca de soluções inovadoras para 
problemas que surgem nas organizações, tem-se a ferramenta “Brainstorn” (BST) como opção, concebida por 
Alex F. Osborn em 1939, essa pode ser utilizada para geração de ideias por um grupo de pessoas, seja para 
solução de um problema existente ou para criação de um novo produto ou serviço. Para a aplicação dessa 
ferramenta são necessárias algumas regras tais como: a equipe deve ser de preferência multidisciplinar; as ideias 
apresentadas pelos membros não devem ser criticadas pelos demais; as ideias devem ser apresentadas tal qual 
surgem na cabeça; gerar o maior número possível de ideias pelos participantes; selecionar as ideias mais 
relevantes propostas pela equipe; e por fim apresentar os resultados para os membros da equipe. 
Após a seleção das melhores ideias para aplicação, seja para resolver um problema, ou criação de um 
produto ou serviço. Uma outra ferramenta que pode ser utilizada para uma etapa posterior de planejamento e 
tomada de ação, tem-se como opção a ferramenta 5W2H, composta de 7 etapas (What = O que será feito?; Why 
= Por que será feito?; Where = Onde será feito?; When = Quando será feito?; Who = Por quem será feito?; 
How = Como será feito?; How much = Quanto custará?). Esse tipo de ferramenta torna-se dinâmica para etapas 
de planejamento de tomadas de decisões, podendo ser usadas por exemplo em situações como: Planejamento da 
qualidade; planejamento de fusões e/ou aquisições de organizações; planejamento de áreas de recursos 
humanos; planejamento de etapas de desenvolvimentos de produto, planejamento dos riscos, entre outros. 
Já para atividades voltadas para realização de correções, tanto para processos industriais ou serviços, 
uma ferramenta que mostra-se eficiente, criada por Edward Deming (1900-1993) é o ciclo PDCA, composto de 
5 etapas (Plan = Planejar, Do = Fazer/Realizar, Check = Controlar, Act = Agir) usada largamente na maioria 
das empresas. Pois pode ser aplicada desde o planejamento das ações, controle, garantia e melhoria dos 
processos relacionados a qualidade dos processos, produtos e serviços dentro de uma organização. A aplicação 
dessa ferramenta permite por exemplo identificar se as necessidades dos clientes estão sendo atendidas ou não, 
através da satisfação desse cliente. Pois quando esse cliente não está satisfeito, é um sinal que se precisa agir de 
maneira que as necessidades desse sejam atendidas. Ainda dentro da primeira etapa dessa ferramenta (Plan = 
Planejar), pode-se usar a ferramenta 5W2H de maneira integrada. 
Uma maneira de uma organização estar sempre atenta e comprometida com a qualidade de seus 
processos, produtos e serviços, é basear-se no conceito proposto por Joseph Juran (1904-2008), chamada de 
trilogia da qualidade ou também “A Trilogia de Juran”, que se divide em três etapas: planejamento, controle e 
melhoria. Pois a qualidade de qualquer processo, produto e serviço deve ser planejada, controlada e por fim 
melhorada constantemente. Uma vez que as necessidades dos clientes que estão em constante mutação. A 
aplicação dessa trilogia, permite a padronização, controle e melhoria de processos, produtos e serviços. 
Em 1960, Kaoru Ishikawa (1915-1989), foi responsável pela criação dos diagramas de causa x efeito 
também conhecidos como diagramas “espinha de peixe”. Com o uso dessa ferramenta, uma vez conhecido um 
problema ou seu efeito, permite-se elencar suas possíveis causas, bem como o motivo dessas causas. No contexto 
industrial as causas podem ser organizadas em seis categorias (6 M’s): Método; máquina; medida; meio 
ambiente; material e mão de obra. Ishikawa propunha também que em uma organização todos deveriam estar 
envolvidos com os processos da qualidade, essa concepção serviu de base para o que se tornou o Método da 
Qualidade Total (QT). Apesar do diagrama não propor uma ordem de prioridade dos problemas, essa ferramenta 
é utilizada na maioria das organizações nos dias atuais. 
Outra ferramenta bastante utilizada nas organizações, principalmente indústrias como por exemplo 
eletrodomésticos, eletroeletrônicos; aviação, automobilística, máquinas, entre outras é FMEA (Análise de 
modos de falhas e efeitos). Desenvolvida em 1963 pela NASA (National Aeronautics and Space Administration), 
durante as etapas de planejamento e desenvolvimento da missão Apollo. Com a finalidade de identificar de 
forma sistemática, falhas potenciais que pudessem surgirem sistemas, processos ou serviços; identificar seus 
efeitos e desdobramentos, e suas causas, para então definir ações corretivas para eliminar o risco de ocorrências 
associados a essas falhas. Essa ferramenta, torna-se eficiente tanto na etapa de concepção de um projeto de 
produto ou serviço, bem como na investigação de falhas já acorridas, para tomar uma ação corretiva. 
 
Para que as ferramentas da qualidade funcionem de maneira plena e efetiva em toda e qualquer 
organização, é indispensável o comprometimento de todos os colaboradores da organização em prol das 
políticas de qualidade, tal qual propunha Ishikawa. Nesse caso é fundamental que a ferramenta 5S, esteja inserida 
no “DNA” da organização, essa ferramenta surgiu no Japão pós segunda guerra mundial no qual consiste: Seiri 
(Que representa organização, utilização e descarte); Seiton (Que representa arrumação e ordenação); Seisou 
(Que representa limpeza e higiene); Seiketsu (Que representa padronização); Shitsuke (Que significa disciplina). 
Pois o comprometimento dos colaboradores com essa ferramenta, torna-se facilitada a manutenção e constante 
melhoria da qualidade de processos, produtos e serviços reduzindo o esforço para implantação de melhorias e 
consequentemente reduzindo os custos de qualidade. 
Já na década de 80, outra ferramenta que surgiu foi o método 6 Sigma, proposta pelo engenheiro da 
Motorola Bill Smith (1929-1993), pois constatou que em 1 milhão de possibilidades existe 3,4 possibilidades de 
erro apenas. Esse método consiste na identificação e correção de defeitos e alinhamento dos processos para 
atender os requisitos de desempenho da qualidade exigidos pelo cliente. A aplicação desse método pode auxiliar 
na melhoria dos produtos; diminuição do ciclo de produção; otimização dos estoques; diminuição dos custos de 
produção; melhoria da qualidade; diminuição de retrabalhos; satisfação dos clientes e consequentemente 
maximização dos lucros da organização. 
A implantação do método 6 Sigma, baseia-se na metodologia DMAIC (Define = Definir, Measure = 
Medir, Analyse = Analizar, Improve = Aperfeiçoar/melhorar, Control = Controlar). Uma equipe de 6 Sigma 
deve ser composta por 4 níveis hierárquicos, são eles: 1º composto pelo presidente e vice-presidente que são 
responsáveis pela elaboração do plano e definição do caminho a ser seguido; 2º composto pelos master black-
belts que são os líderes técnicos da alta gerência, o 3º composto pelos black-belts responsáveis pela aplicação 
dos métodos e ferramentas; e por fim o 4º composto pelos green-belts que assumem a implementação da 
metodologia de acordo com o pré-estabelecido. A aplicação desse método rendeu o prêmio Malcolm Baldrige 
a Motorola, e essa metodologia passou a ser reconhecida e utilizada por diversas organizações em todo o mundo. 
Entretanto, para que se tenha um gerenciamento eficiente e efetivo, bem como garantia de implantação 
e permanência de um sistema de gestão da qualidade, é indispensável um alinhamento entre as políticas de 
qualidade e planejamento estratégico da organização (PE). Dessa forma ferramentas como Brainstorm (BST); 
diagramas de causa x efeito (Diagrama de Ishikawa); lista de verificações e planos de ação; diagramas de 
afinidades (ou método KJ (Kawakito Jiro) análogo ao BST); FMEA (Análise de modos de falhas e efeitos); 
técnica de grupo nominal; diagramas de dispersão; diagramas de fluxo de processos; gráficos de Pareto e 
controle estatístico de processo (CEP), devem ser usadas de maneira constante em toda organização que preze 
pela qualidade de seus processos, produtos e serviços e que vise sua manutenção e permanência no mercado. 
 
4. CONCLUSÃO 
Os avanços promovidos pela introdução de ferramentas de qualidade e gestão da qualidade, foram de 
suma importância não somente para o ganho de escala de produção mundial, mas também na produção de bens 
e serviços com qualidade, padrão e repetibilidade, atendendo as exigências de mercado. Dessa forma, a aplicação 
de ferramentas da qualidade pode se considerar um marco na Industrialização Mundial, pois proporcionou 
significativo avanço nos processos, produtos e serviços. Uma vez que, no mercado globalizado onde tem-se uma 
alta competitividade entre as organizações para ganharem fatia de mercado, bem como atender consumidores 
cada vez mais exigentes com a qualidade, torna-se indispensável produzir produtos com qualidade e 
confiabilidade para sobreviver frente aos concorrentes. Dessa maneira, o uso de técnicas e ferramentas de 
qualidade torna-se fundamental e peça chave para manutenção de toda e qualquer organização. 
Dessa forma, conclui-se que a Engenharia aplicada no desenvolvimento de técnicas e ferramentas da 
qualidade proporcionaram significativo avanço para o modo de produção global, bem como no controle da 
qualidade de processos, produtos e serviços. Pois os benefícios do uso dessas ferramentas, além de garantir a 
manutenção de toda e qualquer organização, pode também oferecer melhora de requisitos de desempenho tais 
como: aumento na produtividade e competitividade; melhora na eficiência de seus produtos; processos e 
serviços. Esses resultados podem ser traduzidos em satisfação e fidelização de seus clientes, e consequentemente 
em maior lucratividade das organizações, beneficiando assim sócios, acionistas e colaboradores.

Continue navegando