Buscar

CONTRARRAZOES AO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS 
 
 
Apelação Cível Autos nº.: 5197453.69.2019.8.09.0051 
Recorrente: Banco Pan S/A (sucessor da Brazilian Mortgages Companhia Imobiliária) 
Recorridos: Antônia Terezinha Pereira da Silva e Jessica Silva Camilo 
 
 
 
 
 
ANTÔNIA TEREZINHA PEREIRA DA SILVA E JESSICA SILVA CAMILO, já 
devidamente qualificadas nos autos, vêm, respeitosamente, através de suas advogadas, diante 
da intimação recebida (mov.119), apresentar, no prazo legal, CONTRARRAZÕES AO 
RECURSO ESPECIAL, interposto (mov.116), suplicando, desde já, para que o mesmo não 
seja recebido, e, na remotíssima hipótese de se lhe dar seguimento, que sejam as presentes 
encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça, para os devidos fins. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Goiânia, 18 de Maio de 2020. 
 
 Ana Carla Ferreira Cardoso Olga de Jesus Gonçalves de Souza Brito 
52.936 16.240 
OAB/GO OAB/GO 
 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL 
 
 
Egrégio Superior Tribunal de Justiça, 
Colenda Turma Cível, 
 Nobre Ministro(a) Relator(a) 
 
 
DA TEMPESTIVIDADE 
 
Preliminarmente, necessário é consignar que as presentes contrarrazões são tempestivas, 
pois o ato ordinatório, intimando os recorridos para contrarrazoar o Recurso Especial, foi 
publicado no dia 08/05/2020 (sexta-feira), razão pela qual o prazo de 15 (quinze), previsto no 
caput do artigo 1.030, CPC, dias findar-se-á tão somente em 29/05/2020 (sexta-feira). 
 
SÍNTESE DAS RAZÕES RECURSAIS 
O recorrente inicia suas razões tecendo breve apanhado da pretensão declinada na peça 
de ingresso. Em seguida, faz expressa referência a sentença que julgou procedentes os pedidos, 
bem como, ao acórdão que negou provimento ao Recurso de Apelação e majorou os honorários 
advocatícios. Enfatizou que a r. decisão afronta o artigo 31-A, parágrafo 12, da Lei nº. 
4.591/64, e artigo 85, do Código de Processo Civil. 
Prosseguiu sua narrativa verberando sobre a “desnecessidade de prequestionamento 
explícito da matéria aventada no recurso” e a “inaplicabilidade da Súmula 7, do STJ”. No 
mérito recursal, insurgiu-se dizendo que o v. acórdão “contrariou lei federal e deu interpretação 
divergente a atribuída por outro Tribunal de Justiça”. 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
Sustenta ser parte ilegítima para figurar no polo passiva, ao argumento de que não teve 
qualquer relação contratual junto aos autores/recorridos e que o titular da garantia hipotecária 
não é responsável pelas obrigações do construtor/incorporador, oportunidade em que alega 
ofensa ao 31-A, parágrafo 12, da Lei nº. 4.591/64. Em complemento, aduz ainda que o 
instrumento contratual que originou a hipoteca, celebrado junto à construtora (MARES), 
antecede em vários anos ao instrumento particular de compra e venda, motivo pelo qual a 
“hipoteca é plenamente legitima, válida e eficaz”. 
Noutro lado, aponta suposta ofensa ao artigo 85, parágrafo 8º, do CPC, bem assim, 
dissídio jurisprudencial. Insurge-se aos honorários advocatícios, decorrentes do ônus 
sucumbencial, inicialmente fixados em 10% do valor atualizada da causa e, posteriormente, 
majorados para 12%. Sustenta que a r. sentença possui natureza declaratória e não houve 
condenação ao pagamento de valores. Em complemento, aduziu que o proveito econômico da 
demanda é inestimável, razão pela qual os honorários deveriam ter sido fixados 
equitativamente, de acordo com o disposto no parágrafo 2º. Diz ainda, ao invocar do princípio 
da causalidade, que não ofereceu resistência à pretensão dos autores e que não pode ser 
responsabilizada por atos praticados por terceiros. 
É o breve compêndio das razões do Recurso Especial manejado pelo banco recorrente. 
Entretanto, o inconformismo carece de respaldo no ordenamento jurídico vigente, sendo 
medida imperiosa a manutenção dos atos judiciais combatidos. 
 
DA INADMISSOBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL – 
INOBSERVÂNCIA DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO – AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO 
 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
O Recurso Especial é modalidade de recurso que se presta única e exclusivamente para 
impugnação da matéria de direito, sendo certo que sua fundamentação se encontra vinculada, 
ou seja, somente tem cabimento nas hipóteses consagradas na Constituição Federal, in casu, 
no inciso III, do artigo 105. 
Dessa forma, o Recurso Especial somente pode ser manejado contra causas decididas 
em única ou última instância, por outro Tribunal, onde a decisão combatida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local, contestado em face de lei federal; 
c) der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
No entanto, no caso em pauta, a recorrente, relegando a melhor técnica recursal, deixou 
de demonstrar o efetivo cabimento do recurso interposto, na medida em que não se atentou, 
minuciosamente, à exposição dos dispositivos legais em supostamente violados, situação essa 
que afronta à imposição contida inciso II, do artigo 1.029, do Novo Código de Processo Civil. 
Releva ressaltar que a mera indicação dos artigos supostamente violados, no caso, em 
tese, o artigo 31-A, parágrafo 12, da Lei nº. 4.591/64, e artigo 85, do Código de Processo Civil, 
não se presta para satisfazer o requisito formal da inequívoca demonstração do cabimento 
recursal. 
Sublinhe-se, no mais, que supracitados preceitos legais NÃO foram objeto de análise 
no voto (mov.96; arq.1) emitido pelo D. Desembargador Relator, bem como, no acórdão 
proferido pelos integrantes da 3ª Câmara Cível, que, à unanimidade (mov.96; arq.1), 
desproveram o Recurso de Apelação. Em outras palavras, NÃO houve o enfrentamento da 
matéria no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Corte de Origem. 
Nesta situação, caberia a recorrente, a oposição de Embargos de Declaração para 
suscitar a análise de questão que julga-se pertinente para eventual integração do julgado, na 
forma do artigo 1.022, do Código de Processo Civil. Todavia, a requerida manteve-se inerte 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
no quinquídio legal e NÃO fez uso dos aclaratórios, e, posteriormente, interpôs o presente 
inconformismo recursal. 
Observado este cenário, é evidente que os dispositivos legais em questão não foram 
submetidos à apreciação do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, situação este que, 
consequentemente, acarreta da FALTA DE PREQUESTIONAMENTO, que atrai a 
incidência do óbice contido na Súmula 211, do STJ, e Súmulas 282 e 356, do STF, 
respectivamente, in verbis: 
“ Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição 
de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo ” . (grifou - 
se) 
“É inadmissível o recurso extraordinário , quando não ventilada , na 
decisão recorrida , a questão federal suscitada ” . 
“ O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos 
declaratórios,não pode ser objeto de recurso extraordinário , por faltar o 
requisito do prequestionamento ” 
 
Sobre o tema, é oportuna a transcrição de recentes julgados do Tribunal de Cidadania, 
cuja aplicação ao caso vertente é imperiosa, dadas as circunstâncias, in verbis: 
 
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO 
ESPECIAL. APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES RELEVANTES 
DA LIDE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE AFRONTA 
AO ART. 535 DO CPC/1973. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. 
SÚMULA N. 282/STF E 211/STJ. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE 
CONTAS. CARÁTER PERSONALÍSSIMO. DECISÃO MANTIDA. 1. 
Inexiste afronta ao art. 535 do CPC/1973 quando a Corte local pronuncia-se, 
de forma suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos. 2. A simples 
indicação dos dispositivos legais tidos por violados, sem que o tema tenha sido 
enfrentado pelo acórdão recorrido, obsta o conhecimento do recurso especial, 
por falta de prequestionamento (Súmulas n. 282/STF e 211/STJ). 3. "O STJ não 
reconhece o prequestionamento pela simples interposição de embargos de 
declaração. Persistindo a omissão, é necessária a interposição de recurso especial 
por afronta ao art. [...] (AgInt no REsp 1087461/SP, Rel. Ministro ANTONIO 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 30/05/2019, DJe 
10/06/2019) (grifou-se) 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLAÇÃO AO ART. 
1.022 DO CPC/2015. NÃO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. FALTA DE TÉCNICA PRÓPRIA 
INDISPENSÁVEL À INTERPOSIÇÃO DO RECURSO ESPECIAL. INSS. 
ILEGITIMIDADE DE RESTRIÇÕES AO ATENDIMENTO DE 
ADVOGADOS. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO STJ E STF. 
PRECEDENTES. 1. O recorrente não interpôs Embargos de Declaração na 
origem e, dessa forma, não proporcionou ao Tribunal a quo a oportunidade de 
aplicar o art. 1.022 do CPC/2015 e examinar as omissões narradas no Recurso 
Especial. Assim, a irresignação não merece prosperar, uma vez que o Tribunal 
de origem não emitiu juízo de valor sobre o dispositivo legais cuja ofensa se 
aduz. 2. Não se conhece de Recurso. 3. Ademais, nos termos da jurisprudência 
do Tribunal, "a parte recorrente não interpôs, na origem, Embargos de 
Declaração, de modo que inviável a alegação de violação ao art. 535 do CPC/73, 
o que caracteriza ausência de técnica própria indispensável à apreciação do 
Recurso Especial" (AgInt no AREsp 1.100.789/SP, Relatora Ministra Assusete 
Magalhães, Segunda Turma, DJe 15/12/2017). [...] (REsp 1786555/RJ, Rel. 
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA. julgado em 
16/05/2019, DJe 30/05/2019) (grifou-se) 
 
 
Assim sendo, é indene de dúvidas a exatidão da decisão agravada, no ponto 
em que reconhece a falta de prequestionamento dos preceitos legais invocados e, 
consequentemente, o óbice da Súmula 282, do STF. 
 
Igualmente, foi correta a decisão em relação a ausência de comprovação do dissídio 
jurisprudencial. Isso porque a parte final do parágrafo 1º, do artigo 1.029, do Código de 
Processo Civil, prevê a necessidade de demonstração dos pontos em que se identifiquem 
ou se assemelhem os julgados confrontados. 
 
Da mesma forma reza o parágrafo 2º, do artigo 255, do Regimento Interno 
do Superior Tribunal de Justiça – RISTJ, onde se tem que “em qualquer caso, o recorrente 
deverá transcrever os trechos dos acórdãos que configurem o dissídio, mencionando as 
circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.” 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
 
 
Assim, a legislação aplicável à espécie exige, além de singela transcrição dos julgados 
colegiados tidos como discordantes, a incisiva demonstração da similitude fática entre o 
arresto impugnado e o paradigma, bem assim, a presença de soluções jurídicas divergentes. 
 
Contudo, nas razões recursais declinadas pela agravada não se observa a correta 
demonstração do alegado dissídio jurisprudencial, haja vista que NÃO foi promovido o 
minudente cotejo analítico entre o acórdão recorrido e o paradigma, o qual, aliás, não foi 
sequer transcrito. Assim, é certo que a recorrente não cumpriu as determinações contidas nos 
preceitos legais inicialmente mencionados. 
 
Como exemplo disso, os recorridos destacam, para melhor contextualização, a 
imagem abaixo inserida, extraída da página 17 da petição do Recurso Especial, veja: 
 
 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se observar, com demasiada facilidade, que o acórdão recorrido e o 
paradigma, não possuem qual similitude, eis que 1º (recorrido) representa hipótese de 
fixação de honorários em percentual sobre o valor da causa (art. 85, §2º), ao passo que 
no 2º (paradigma) foram fixados por apreciação equitativa (art.85, §8º). 
Sobre o assunto a remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça caminha 
no sentido de que 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL E 
PROCESSUAL CIVIL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. NÃO CARACTERIZADA. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 282/STF. FUNDAMENTAÇÃO 
DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF. VIOLAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. 
REEXAME DE PROVAS. SÚMULA Nº 7/STJ. DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL. NÃO DEMONSTRADO. [...] 5. A divergência 
jurisprudencial com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional, nos 
termos do art. 541, parágrafo único, do CPC e do art. 255, § 1º, do RISTJ, exige 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
comprovação e demonstração, esta, em qualquer caso, com a transcrição dos 
trechos dos arestos que configurem o dissídio, mencionando-se as circunstâncias 
que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados, não sendo bastante a 
simples transcrição de ementas sem o necessário cotejo analítico a evidenciar a 
similitude fática entre os casos apontados e a divergência de interpretações. 6. 
Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1463533/SP, Rel. Ministro 
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 03/12/2015, DJe 11/12/2015) (grifou-se). 
 
Mister assinalar ainda que a presente hipótese comporta aplicação analógica da Súmula 
284, do STF, pela qual “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua 
fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.” 
 
CONTRARRAZÕES AO MÉRITO RECURSAL 
Mesmo com a plena certeza de que será negado seguimento ao Recurso Especial, diante 
dos flagrantes vícios formais suscitados, os recorridos, por cautela, passam a direcionar, em 
poucas palavras, suas considerações acerca no mérito recursal. 
 
DA ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 31-A, DA LEI Nº. 4.591/64 – 
IMPOSSIBILIDADE 
 
Nos termos já suscitados nas linhas pretéritas, a recorrente alega ser parte ilegítima para 
figurar no polo passiva, ao argumento de que não teve qualquer relação contratual junto aos 
autores/recorridos e que o titular da garantia hipotecária não é responsável pelas obrigações 
do construtor/incorporador, oportunidade em que alega ofensa ao 31-A, parágrafo 12, da Lei 
nº. 4.591/64. 
Prossegue seu rosário de absurdos verberando que o instrumento contratual que originou 
a hipoteca, celebrado junto à construtora (MARES), antecede em vários anos ao instrumento 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia-Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
particular de compra e venda, motivo pelo qual a “hipoteca é plenamente legitima, válida e 
eficaz”. 
Contudo, referidas teses não merece prosperar e representam, na verdade, 
despropositada tentativa de alongar a prestação jurisdicional acertadamente aplicada. 
Antes de mais nada, é imperioso reiterar que o artigo 31-A, parágrafo 12, da Lei nº. 
4.591/64, não foi objeto PREQUESTIONAMENTO na Corte de origem, motivo pelo qual 
sua invocação, como dispositivo em tese violada, esbarra na literalidade da Súmula 211, do 
STJ, e das Súmulas 282 e 356, do STF. 
A alegação preliminar de ilegitimidade passiva encontra óbice na teoria da asserção, 
adotada na sistemática processual brasileira, segundo a qual as condições da ação devem ser 
aferidas a partir dos fatos e fundamentos jurídicos declinados na inicial, ainda sem qualquer 
cotejo probatório. 
Neste âmbito, imperioso consignar que : 
“[...] tem prevalecido na jurisprudência do STJ o entendimento de 
que a aferição das condições da ação deve ocorrer in status 
assertionis, ou seja, à luz das afirmações do demandante (Teoria da 
Asserção). [...].” (REsp 1395875/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 07/03/2014). 
 
Ademais, não seria razoável admitir-se da infundada tese de ilegitimidade passiva, uma 
vez que a recorrente era a única beneficiária da hipoteca sobre a qual os autores, ora recorridos, 
almejam o cancelamento com fulcro na Súmula 308, do STJ. Inclusive assim já decidiu do 
STJ, no julgamento do REsp. nº. 625.091/RJ, ao determinar que “deve o banco financiador, 
que detém a hipoteca, figurar no pólo passivo da lide, na condição de litisconsorte necessário, 
sob pena de tornar-se inexeqüível o julgado, que determinou a liberação do gravame”. 
Noutro lado, mister destacar que, ao revés do alegado pela recorrente, a hipoteca gravada 
sobre o imóvel não goza de eficácia perante os recorridos, a rigor do texto da Súmula 308, do 
Superior Tribunal de Justiça, in verbis: 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
 
“ A hipoteca firmada entre a construtora e o age nte financeiro, 
ANTERIOR ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, 
NÃO TEM EFICÁCIA perante os adquirentes do imóvel.” 
 
Dito isto, mister destacar que a eficácia é o efeito jurídico pretendido pelo negócio, 
referindo-se aos seus elementos naturais como criação, modificação ou extinção de direitos e 
deveres. Desta forma, a conclusão que se extrai do verbete sumular é que a hipoteca firmada 
entre a instituição financeira e a construtora NÃO alcança o consumidor adquirente da unidade 
imobiliária. 
Destarte, tendo em vista a INEFICÁCIA DA HIPOTECA PERANTE OS 
APELADOS, são irrelevantes as considerações trazidas pela apelante. 
Com tais premissas em mente, é clarividente que o Recurso Especial, também neste 
ponto, deve ser NEGADO SEGUIMENTO, na forma do artigo 1.030, inciso I, alínea “b”, do 
Código de Processo Civil, vez que busca confrontam acórdão proferido em escorreita 
conformidade à Súmula 308, do STJ. 
 
DA ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 85, PARÁGRAFO 8º, DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL 
 
Conforme já dito, a recorrente incursiona em despropositada alegação de contrariedade 
ao artigo 85, parágrafo 8º, do CPC, bem assim, dissídio jurisprudencial. 
Verberou que os honorários advocatícios, inicialmente fixados em 10% do valor 
atualizada da causa e, em seguida, elevados para 12%, são indevidos. Para tanto, afirma que a 
sentença proferida é de natureza declaratória e não houve condenação ao pagamento de 
valores, outrossim, que o proveito econômico da demanda é inestimável, razão pela qual os 
honorários deveriam ter sido fixados equitativamente, de acordo com o disposto no parágrafo 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
2º. 
Ademais, absurdamente, não ofereceu resistência à pretensão da autoras e que não pode 
ser responsabilizada por atos praticados por terceiros. 
No entanto, mais uma vez razão na assiste a recorrente. 
Preliminarmente, necessário rememorar que o artigo 85, parágrafo 8º, do Código de 
Rito, não foi objeto PREQUESTIONAMENTO na Corte de origem, motivo pelo qual sua 
invocação, como dispositivo em tese violada, esbarra na literalidade da Súmula 211, do STJ, 
e das Súmulas 282 e 356, do STF. 
Igualmente, a recorrente NÃO demonstrou, de forma inequívoca, prevista na legislação, 
o alegado dissídio jurisprudencial, haja vista que NÃO promoveu o minudente cotejo analítico 
entre o acórdão recorrido e o paradigma. Consequentemente, NÃO cumpriu as determinações 
contidas no parágrafo 1º, do artigo 1.029, do Código de Processo Civil, e no parágrafo 2º, do 
artigo 255, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça – RISTJ. 
Ademais, cabe salientar, sem embargo do exposto, que, pelo princípio da causalidade, 
aquele que deu causa à propositura da demanda deve responder pelas despesas decorrentes, 
dentre tais, os honorários advocatícios. 
Na hipótese dos autos, é inquestionável que a hipoteca cuja baixa se pretende, foi outorgada 
em favor da recorrente, circunstância esta que, além de legitimar sua inclusão no polo passivo, 
também lhe acarreta o ônus de sucumbência. 
Além disso, é importante dizer que a recorrente, ao revés do alegado, ofertou indubitável 
RESISTÊNCIA A PRETENSÃO DAS AUTORAS, configurada na extensa contestação 
ofertada, com 29 (vinte e nove ) laudas, onde, dentre outras matérias, sustenta a legalidade de 
legitimidade da hipoteca e questiona o pagamento realizado pela unidade imobiliária. Logo, é 
indene de dúvidas que se trata de PRETENSÃO RESISTIDA, apta a ensejar a condenação 
ao ônus de sucumbência. 
Portanto, com a procedência dos pedidos, é medida imperiosa da condenação dos 
vencidos aos ônus de sucumbência, dentre tais, os honorários advocatícios no percentual de 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
10% a 20%, sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, parágrafo 2º, do CPC. 
Dito isto, vale complementar que o valor dado à causa compreende a exata quantia do 
imóvel adquirido pelos recorridos (art.292, inciso II, CPC) e, consequentemente, o valor 
econômico almejado. O intuito da presente demanda é justamente baixar a hipoteca existente 
e escriturar o bem em questão, a fim de que os recorridos possuam, enfim, usufruir e gozar do 
bem em questão, de todas as formas. 
Assim sendo, a afirmação lançada nas razões recursais, no sentido de que “não houve 
condenação em deste recorrente em valores, visto, tratar-se de sentença de cunho 
declaratório”, não tem qualquer respaldo e não temo condão de alicerçar de tese de ofensa ao 
artigo 85, parágrafo 8º, do CPC 
Em linhas finais, vale pontuar que a verba sucumbencial não fora deliberada 
aleatoriamente pelo Juiz singular. Sua incidência resulta da Lei, sendo arbitrada, inclusive, no 
menor percentual previsto (10%, art. 85, §2º). 
 
 
DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 
Forte nas razões apresentadas, requer-se que NÃO SEJA 
CONHECIMENTO/ADMITIDO O RECURSO ESPECIAL, diante dos seguintes 
motivos: 
a) em virtude de não ter sido especificadas as hipóteses de cabimento, prevista no inciso 
III, do artigo 105, da CF/88, contrariando o disposto no inciso II, do artigo 1.029, do 
NCPC; 
b) pelo óbice da Súmula 211, STJ, e Súmulas 282 e 356, STF, diante da inexistência de 
prequestionamento dos dispositivos legais tidos, teoricamente, com violados; 
c) não comprovação da divergênciajurisprudencial alegada, em razão da inobservância do 
cotejo analítico entre o julgado recorrido e o paradigma, nos termos do parágrafo 1º, do 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com 
 
artigo 1.029, do Novo Código de Processo Civil, e parágrafo 2º, do artigo 255, do 
Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça – RISTJ; e aplicação da Súmula 284, 
do STF; 
d) Recurso Especial interposto contra acórdão em conformidade com o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, manifestada na Súmula 308, na forma do artigo 1.030, 
inciso I, alínea “b”, do Código de Processo Civil; 
 
Entretanto, na remotíssima hipótese de ser admitido o Recurso Especial, REQUER-SE 
QUE SEJA NEGADO SEGUIMENTO, nos termos dos fundamentos já apresentados no 
evolver da marchar processual, ora destacados nas presentes contrarrazões. 
 
Como consequência, requer-se a majoração dos honorários advocatícios, atualmente 
já fixados em 12% (doze por cento) do valor atualizada da causa, para o patamar máximo 
de 20% (vinte por cento) do valor atualizado da causa, com fundamento no artigo 85, 
parágrafos 1º, 2º, 11º, do Código de Processo Civil. 
 
 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
 
 
Goiânia, 18 de Maio de 2020. 
 
 Ana Carla Ferreira Cardoso Olga de Jesus Gonçalves de Souza Brito 
52.936 16.240 
OAB/GO OAB/GO 
 
Rua RB-20, Quadra 56, Lote 02, Residencial Recanto do Bosque – Goiânia -Go 
Telefone: (62) 3999-1757 (62) 9 8155-1826/ 9 9221-2288 
E-mail: ferreiraanacarla@live.com

Outros materiais