Buscar

cadernodatata com br-Compilado Prova 2 Processo Civil III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

October 15, 2018
Compilado Prova 2 – Processo Civil III
cadernodatata.com.br/compilado-prova-2-processo-civil-iii/
Agravo em Recurso Especial e Extraordinário
Tem como objetivo combater a decisão da primeira admissibilidade que
inadmite o Recurso Especial ou o Recurso Extraordinário, ou seja,
destravar os recursos,
Tem como objeto admissibilidade do Resp ou do RE, ou seja, o
mérito do agravo em Resp ou RE é a admissibilidade do Resp ou RE
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em
regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos.
Duplo juízo de admissibilidade dos Resp e dos RE
1/33
https://cadernodatata.com.br/compilado-prova-2-processo-civil-iii/
Primeiro juízo negado : o recurso fica retido, ou seja, não sobe para o STJ ou
STF
1. Inadmissão por qualquer motivo que não seja precedentes: caberá
Agravo em Resp ou em RE
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de
custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão
geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de
sobrestamento e do juízo de retratação.
 § 3 O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta
no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 4 Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo
será remetido ao tribunal superior competente.
Relator do STJ ou STF recebe o agravo e faz o julgamento. Na
mesma decisão ele resolverá o agravo, a segunda admissibilidade e, se
for o caso, o mérito do Resp ou RE
§ 5 O agravo poderá ser julgado, conforme o caso,
conjuntamente com o recurso especial ou
extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral,
observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do
tribunal respectivo.
Dependendo da sistemática do tribunal, o relator poderá enviar o
agravo para julgamento colegiado
2. Se for inadmitido por precedente: caberá agravo interno 
Leva o processo para o órgãos especial do próprio Tribunal local (a
quo)
Mais pessoas julgando para analisar se aquele precedente se aplica ou
não ao caso
O resultado do agravo interno será um acórdão decidindo se o
Resp ou RE é ou não admissível
Esse acórdão será atacável por Resp ou RE
Então, esse Resp ou RE irá tratar sobre a admissibilidade do
outro Resp ou RE, que foi negada no agravo interno. Dessa
forma, forma-se um ciclo, na medida em que esse segundo Resp
ou RE, que ataca o acórdão que negou a admissibilidade do
primeiro Resp ou RE, também será submetido ao juízo de
admissibilidade do Tribunal a quo, que poderá ser atacado por
agravo interno e assim por diante.
Primeiro juízo admitido : não cabe recurso, pois não há sucumbência
Se for admitido em parte: sobe tudo
2/33
Prazo: 15 dias
Não tem preparo
Cabe retratação do presidente ou vice
Se o agravo tratar de tema que será julgado em Resp ou RE, ficará sobrestado até
o julgamento
Impugnação específica da decisão
O agravo em Resp ou RE deve tratar dos requisitos de admissibilidade do
Resp ou RE combatendo especificamente a decisão do presidente ou vice
Embargos de divergência
“Os embargos de divergência, já previstos no Código anterior (CPC/1973. art.546), têm
a função de uniformizar a jurisprudência interna das Cortes Superiores. Isto
porque o seu cabimento se dá sempre que houver divergência de entendimento entre
turmas ou outros fracionários do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça. O NCPC, por outro lado, não só manteve esses embargos como ampliou as
hipóteses de seu cabimento (Art.1043, Ia IV), numa forma de desestimular os recursos
para o STJ ou STF. Com efeito, a existência de teses jurídicas divergentes num mesmo
tribunal é campo fértil para instigar a interposição de recursos. Assim, quanto maior a
uniformidade na jurisprudência interna das Cortes Superiores, maior é a tendência de
reduzir o número de recursos interpostos”
Objetivo: pacificar a jurisprudência nos Tribunais Superiores
Requisito
Existir acórdão de órgão fracionário
Ou seja, de uma parte do tribunal e não do plenário
STF: 11 Ministros, divididos em duas turmas de 5 mais o presidente
STJ: 33 Ministros, divididos em 2 sessões com 3 turmas cada uma (ao
todo 6 turmas)
“Cabem os embargos de divergência quando no STJ ou STF um órgão
fracionário decide a mesma questão anteriormente enfrentada por
outro órgão do mesmo tribunal, dando-lhe solução diferente. Para
estes embargos, é irrelevante a existência ou não de unanimidade nas
decisões confrontadas”
3/33
Hipóteses: CPC, Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão
fracionário que:
I – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir
do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal,
sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
Os 2 são de mérito
II- (revogado)
III – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do
julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo
um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do
recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
Um tem que ser de mérito e o outro não precisa ser
§ 1 Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos
de recursos e de ações de competência originária.
Mesma turma
§ 3 Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma
for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que
sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade
de seus membros.
Duas decisões divergentes do plenário : a mais atual prevalece, pois
considera-se como mudança de entendimento do tribunal e não como
divergência
Cotejo analítico 
Acórdão embargado X Acórdão paradigma
É preciso fazer a comparação entre os dois acórdãos
§ 4 O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação
de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em
mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a
reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores,
indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que
identificam ou assemelham os casos confrontados.
O regimento interno do tribunal determinará o andamento dos embargos
de divergência
Quem julga os embargos de divergência é o órgão hierarquicamente
superior 
Ex: entre acórdãos de 2 turmas: quem julga é a sessão ; entre acórdão
de 2 sessões: quem julga é o plenário
Precedentes
“Num país tradicionalmente estruturado no regime do civil law, como é o nosso, a
jurisprudência dos tribunais não funciona como fonte primária ou originária do direito.
Na interpretação e aplicação da lei, no entanto, cabe-lhe importantíssimo papel, quer
no preenchimento das lacunas da lei, quer na uniformização da inteligência dos
4/33
enunciados das normas (regras e princípios) que formam o ordenamento jurídico
(direito positivo). Com esse sistema o direito processual prestigia, acima de tudo, a
segurança jurídica, um dos pilares sobre que assenta, constitucionalmente, o Estado
democrático de Direito”
Civil law : base nas leis escritas
“De tradição romana, prioriza o positivismo consubstanciado em um
processo legislativo. A norma jurídica constitui-se em um comando
abstrato e geral procurando abranger, em uma moldura, uma diversidade de
casos futuros. A sua aplicabilidade funda-se em um processo dedutivo,
iniciando-se em um comando geral com vistas a regular uma situação
particular. Nota-se que, neste sistema, as decisões judiciais não tem o
condão de gerar eficácia vinculante para o julgamento de casos posteriores,
desempenhando, deste modo, uma função secundária como fonte de
direito”. (Fonte)
Aplica-se a lei aos casos concretos (raciocínio dedutivo)
Comon law : base em decisões reiteradas
“Sobre forte influência anglo-americana, baseada fundamentalmente em
precedentes jurisprudenciais. As decisões judiciais são fontes imediatas do
direito, gerando efeitos vinculantes. A norma de direito é extraída a partir de
uma decisãoconcreta, sendo aplicada por meio de um processo indutivo, aos
casos idênticos no futuro”. (Fonte)
A partir do caso se forma a norma, ou seja, é preciso a análise de casos
para se extrair a norma (raciocínio indutivo)
O Brasil, apesar de ser estruturado no regime da civil law, importou do
comon law o regime dos precedentes
Teoria dos precedentes
Ampliação da litigiosidade
Para os casos repetitivos, poderia-se utilizar da mesma saída
Para os casos coletivos, a resposta costuma ser a mesma
Convergência entre civil law e comon law
O Brasil busca do regime de comon law a ideia de decisões que servem para
casos posteriores
5/33
https://jus.com.br/artigos/62799/sistemas-de-common-law-e-de-civil-law-conceitos-diferencas-e-aplicacoes
https://jus.com.br/artigos/62799/sistemas-de-common-law-e-de-civil-law-conceitos-diferencas-e-aplicacoes
Stare decisis
“Stare decisis, decorrente do latim “stare decisis et non quieta
movere” (respeitar as coisas decididas e não mexer no que está
estabelecido“, utilizada no direito para se referir à doutrina segundo a qual
as decisões de um órgão judicial criam precedente (jurisprudência) e
vinculam futuras decisões”. (Fonte)
“Fique do lado daquilo que foi decidido“
Manter o precedente é a regra
Obrigatoriedade de respeito aos precedentes anteriores
Reforço à ideia de inércia argumentativa
O precedente já tem o argumentação pronta, deve-se manter essa
mesma argumentação para os casos semelhantes ou idênticos
Para mudar um precedente é preciso um esforço hermenêutico
muito maior , que precisa ser muito bem construído
No Brasil, a regra é que os juízes tenham liberdade para decidir
CPC: Sistema recursal
No Código de Processo Civil é o sistema recursal que forma os precedentes
Possibilidades de uso dos precedentes fora do sistema recursal:
Improcedência liminar do pedido
Tutela de evidência
Efeitos extrajudiciais (barram alguns conflitos de chegarem até o
Poder Judiciário)
Interesse de trazer para o ordenamento jurídico brasileiro uma
padronização decisória, em busca da razoável duração do processo, da
isonomia, segurança jurídica e como forma de evitar que os Tribunais
Superiores virem órgãos revisionais
Evolução histórica
Os precedentes, no brasil, não são uma coisa nova. Tiveram seu início com a
emenda constitucional 45/2004, com a instituição das súmulas vinculantes e
da repercussão geral.
Em 2008, foi criado o procedimento do julgamento dos recursos repetitivos
Em 2015, houve a inserção da teoria dos precedentes no CPC (Art.926)
Deveres
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la
estável, íntegra e coerente.
Uniformização da jurisprudência (evitar diergências)
Estabilidade (Manter as decisões no mesmo sentido e, em caso de
alteração, deve existir uma justificativa e fundamentação, respeitando a
segurança jurídica)
Coerência (ser consistente, manter uma unidade do direito como um todo)
Integridade
6/33
https://pt.wikipedia.org/wiki/Stare_decisis
Publicidade (precedentes são normas, portanto devem ser públicas)
Art.927, § 5 Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-
os por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede
mundial de computadores.
Conceitos
Precedente
Um caso concreto, cuja decisão judicial possui elemento normativo
de fundamentação, que serve como diretriz para julgamento de casos
análogos
Elemento normativo: algo dentro do caso que vai se tornar uma norma; é ele
que importa e não o caso em si
Jurisprudência
Conjunto de decisões harmônicas
Sucessão reiterada de decisões harmônicas
Obs: Não existe “jurisprudências“, no plural, pois a palavra já é um
coletivo
Não tem vinculação, mas apenas persuasão, força argumentativa
Súmula
Pronunciamento dos tribunais sobre determinada matéria, delimitando a
interpretação
Pode ser vinculante ou não
Ratio decidendi (razão de decidir)
São os fundamentos jurídicos sem os quais não se chegaria àquela
decisão, ou seja, é a essência da tese jurídica para decidir o caso concreto
Precedente = fatos + ratio decidendi
Lógica: em um mesmo fato, aplica-se a mesma razão de decidir, chegando-
se a mesma conclusão
O fato muda, mas se mantém a razão de decidir
Obter dicta
Tudo aquilo que não for ratio decidendi
Nem tudo o que consta no acórdão é essencial para o julgamento (ex:
condenação em honorários)
Pontos secundários, dispensáveis para a decisão final
Ex: casos hipotéticos, argumentação sem ligação direta com o caso,
observações gerais
Técnicas de identificação da ratio decidendi
Não existe uma pacificação do que é a ratio decidendi, ela pode se alterar
conforme o intérprete e a sociedade.
A doutrina criou 3 técnicas para identificação da ratio decidendi
7/33
Wambaugh
Localiza-se aquilo que parece ser a ratio decidendi, se for
invertido, excluído ou aleterado, mudará a decisão? Se sim, é
porque faz parte da ratio decidendi
“Para Wambaugh, ratio decidendi é uma regra geral em cuja
ausência o caso seria decidido de outra forma. O jurista
descreve o modo como o teste deve ser feito. Antes de tudo há de
ser cuidadosamente formulada a suposta proposição de
direito. Após deve inserir-se na proposição uma palavra que
inverta o seu significado. Então, é necessário perguntar se,
caso o tribunal houvesse admitido a nova proposição e a tivesse
tomado em conta no seu raciocínio, a decisão teria sido a
mesma. Sendo a resposta afirmativa, o caso não é um
precedente para a proposição; em hipótese negativa, o caso
tem autoridade para a proposição original. Wambaugh
resume o seu teste dizendo que a proposição ou doutrina do caso,
a razão da decisão, a ratio decidendi, deve ser uma regra geral
sem a qual o caso deveria ter sido decidido de outra
maneira. Diante do teste de Wambaugh, invertendo-se o
sentido da proposição tomada em conta pelo tribunal, a
sua decisão não pode ser a mesma para que a
proposição constitua ratio decidendi. A proposição com
sentido invertido – portanto, outra proposição – faria com que o
caso fosse decidido de outra maneira. Se a nova proposição
gera igual decisão, a proposição original, em vez de constituir
ratio decidendi, representa obiter dictum”
Falha: se houver mais de uma ratio decidendi, podem haver
enganos
“O teste de Wambaugh, no sentido de que a inversão da
proposição faria com que o caso fosse decidido de outra
forma, não vale quando o caso se baseia em dois
fundamentos que, isoladamente, podem conduzir à mesma
solução”
8/33
Goodhart
Se vincula nos fatos. Se muda o fato e, necessariamente, se muda
a ratio decidendi, quer dizer que aquela argumentação é a ratio
decidendi daquele fato
O método de Goodhart dá maior ênfase aos fatos do que o teste
de Wambaugh. Propõe que a ratio decidendi seja determinada
mediante a verificação dos fatos tratados como
fundamentais ou materiais pelo juiz. De acordo com
Goodhart, a ratio decidendi, a que se refere constantemente
como “principle of a case”, não é encontrada nas razões ou na
rule of law apresentadas ou estabelecida na opinion. Também
não é necessariamente encontrada mediante a consideração de
todos os fatos averiguáveis do caso e na decisão judicial. Para
Goodhart, a ratio é identificada por meio da análise dos fatos
tratados pelo juiz como materiais ou fundamentais e na
decisão que neles se baseou. Melhor explicando: para
Goodhart é necessário determinar todos os fatos do caso como
vistos pelo juiz e, após, identificar quais destes fatos o juiz
admitiu como materiais ou fundamentais para decidir. Mas, para
a ratio, além dos fatos que o juiz considerou materiais, também é
importante a decisão que neles se fundou.
Eclética
É uma mistura das duas técnicas anteriores. Para saber se algo é
ou não a ratio decidendi deve-se analisar se há relevância nos
fatos, bem como se a alteração da razão de decidir sobre eles
mudaria a decisão final
Efeitos dos precedentes 
Persuasivo
Forma de convencer o magistrado, principalmente quando há cotejo
analítico
Não se aplica quando o precedente tem efeito vinculante
Obstativo de revisão de decisões
Obsta revisão de decisões judiciaisEx: julgamento monocrático e remessa necessária
O recurso será monocraticamente não provido quando contrário a
algum precedente, ou seja, a decisão recorrida não será revista
A remessa necessária não ocorrerá quando existir precedente
Autorizante
Tutela de evidência: com base no precedente é autorizado o julgamento
antecipado
Recurso de decisão contrária a algum precedente : relator está autorizado a
das procedência liminarmente
9/33
Rescindente
Da ação rescisória : desfazer a coisa julgada
Uma das hipóteses de ação recisória é desfazer a coisa julgada por violação a
norma jurídica e o precedente é uma norma jurídica ( que já tem que existir
no momento da decisão)
Vinculante
Vincula, torna obrigatório a todos os outros juízes, de mesmo grau ou grau
inferior
CPC, Art.927
Ainda não está pacificado quais incisos seriam vinculantes
Opinião do professor: a tendência é que os 5 incisos sejam
considerados vinculantes
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: (…)
I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade;
Efeito erga omnes
Também presente na CF
Pacífico: este inciso é vinculante
II – os enunciados de súmula vinculante;
Pacífico: é vinculante
III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou
de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de
recursos extraordinário e especial repetitivos;
Não estão presentes na CF
O Código atribuí à esses três tipos de acórdãos os efeitos
autorizante, rescindente e obstativos, o que não faria sentido
caso eles não fossem vinculantes. Então, a lógica do Código é de
que o sejam
IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em
matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria
infraconstitucional;
Inciso mais problemático
Se todas as súmulas fossem vinculantes, não haveria sentido a
existência de súmulas “normais” e súmulas vinculantes
Esse inciso não tem sido considerado como vinculante,
possuindo apenas efeito persuasivo
V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais
estiverem vinculados.
Vinculante pela ideia de hierarquia
Contraditório substancial 
Como um precedente vai valer para várias casos, é preciso fazer o máximo de
análise possível
10/33
Preservação da isonomia e da segurança jurídica
Ex: amicus curie, audiência pública, participação do MP
Na redação original do §3 do artigo 1.038 do CPC, o juiz teria que analisar todos os
argumentos da tese jurídica discutida. Com a lei 13.256/2016 esse dispositivo foi
alterado, sendo obrigatória a análise dos “argumentos relevantes”
Redação original: CPC, Art.1.038, § 3 O conteúdo do acórdão abrangerá a
análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis ou
contrários.
Redação atual: CPC, Art.1.038 § 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a
análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida.
Técnicas para afastar o precedente
Distinção
Casos em que a situação de fato não se enquadra
Demonstração da diferença entre seu fato e o fato do precedente
“Distinguir é o que permite que um precedente continue sendo
respeitado mas deixe de ser aplicado em certo caso. “Distinguir
entre casos é primordialmente uma questão de demonstrar as
diferenças factuais entre eles – de demonstrar que a ratio de um
precedente não se aplica ao caso em apreço. ” Nesse sentido, distinguir é
argumentar que o caso atual não partilha de uma identidade
relevante com o precedente.Na distinção (distinguishing) se reconhece
plenamente a autoridade (da ratio) de determinado precedente, mas se
argumenta que não se trata de um precedente aplicável. Se trata, por
excelência, de um argumento de isonomia. “Ao contrário do que ocorreu na
superação […], o ato de distinguir dois casos não interfere com a ratio do
caso anterior, que é considerada apenas “irrelevante” para o novo caso, em
razão de alguma diferença factual”.Leia mais do artigo
Distinção restritiva: o caso é diferente, então não se aplica o precedente
(restringe sua aplicação)
Distinção ampliativa: o caso é diferente, mas a parte pede a aplicação do
precedente, demonstrando que as peculiaridades do caso não justificam a
não aplicação do precedente
11/33
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/94/edicao-1/ratio-decidendi
Superação
Evolução em entendimentos anteriormente aceitos
Situações em que o entendimento fixado possa ser superado/ultrapassado
quando as razões de decidir não mais justificarem a decisão
“A superação (overruling) consiste no enfrentamento de um precedente
bem estabelecido sob o argumento de que ele perdeu seu fundamento
normativo. Nessa operação é preciso justificar porque determinado
precedente perdeu a sua normatividade, ou seja, a sua capacidade de gerar
obrigações. Para Summers e Eng, o precedente pode ser superado se for
considerado uma forma claramente equivocada de interpretar uma
determinada norma, ter se tornado incompatível com uma nova legislação,
se há claras evidências de que o Legislativo desaprova o precedente ou se a
autoridade do precedente vem sido minada ao longo do tempo em decisões
judiciais esparsas.” Leia mais do artigo
Superação da razão de decidir
Mudança cultural de ideias que enfraquecem o precedente
O fato é o mesmo, mas não se aplica mais o ratio decidendi do precedente
superado
Só se pode superar um precedente se estiver na mesma hierarquia que o
produziu
Superação expressa e implícita
Expressa : nova decisão que diz expressamente que superou o
precedente
CPC, Art.927, § 4 A modificação de enunciado de súmula, de
jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de
casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação
adequada e específica, considerando os princípios da
segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
Implícita : nova decisão ignora o precedente
No Brasil, não pode haver superação implícita, pois a
observação dos precedentes é obrigatória
Superação difusa e concentrada
Difusa: pode chegar de qualquer caso
Concentrada : feita em abstrato, com procedimento específico
No Brasil, a superação só pode ser concentrada, ou seja, só
é possível superar um precedente pelas mesmas formas em que
ele foi produzido
Técnicas de modulação de efeitos
12/33
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/94/edicao-1/ratio-decidendi
Sinalização
Tribunal ou Juiz mantém o julgamento com a aplicação do precedente, mas
já sinaliza que poderá vir a mudar de ideia nos próximos julgamentos
Com isso, o precedente perde força
Quando ocorrer a superação, se esta tiver efeitos ex tunc, poderão ser
aplicados desde a data da sinalização
Superação antecipada
Em caso que já há sinalização sobre algum precedente, outro juiz não o
aplica, pois já acha que ocorrerá a superação
Na teoria, essa prática não poderia ocorrer no Brasil, uma vez que só pode
haver superação concentrada, mas, na prática, acontece
Ex: recurso extemporâneo sendo aceito durante o período de vacatio legis
do NCPC
Overriding
“O precedente é parcialmente superado mediante a limitação de seu âmbito
de incidência, ou seja, há uma releitura do raio de alcance do
entendimento. O overriding representa, de fato, uma modificação parcial
da jurisprudência, que passa a ter a sua aplicação restrita a determinadas
hipóteses, seja em razão de mudanças supervenientes na norma, seja por
alterações no cenário fático e jurídico que motivaram a formulação do
precedente anterior”.
Ex: uma lei restringe os fatos que poderão ser aplicados no precedente ;
imposição de um novo requisito legal
Formas de produção de precedentes
Em segunda instância
IRDR
IAC
Nos Tribunais superiores
Recursos repetitivos (especial ou extraordinário)
Ações constitucionais
Incidente de resolução de demandas repetitivas 
Os artigos que dizem respeito ao IRDR são usados para as outros procedimentos
de formação de precedentes
13/33
CPC, Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas
repetitivas quando houver, simultaneamente:
I – efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre
a mesma questão unicamentede direito;
Efetiva repetição de processos: quantidade que demonstre a repetição,
o código não determina um número fechado para configuração de
repetição, é uma questão muito discutida.
Apenas questões de direito
Interpretação literal: não cabe questão fática
Professor Antônio Passo Cabral : defende que o IRDR deveria ser
aplicado também para questões fáticas, pois a repetitividade não
abrange somente questões de direito, ela pode recair também
sobre questões fáticas
II – risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Alguns autores defendem que se existir a repetição, automaticamente
já existe o risco à isonomia ou segurança jurídica. Mas, se todas as
ações são julgadas da maneira adequada, mesmo havendo repetição,
não haveria risco à isonomia ou segurança jurídica, sendo
desnecessária a criação de um precedente
Aqui, trata-se da possibilidade concreta da existência de
divergência
É necessária a comprovação prévia de divergência entre decisões sobre
as mesmas questões?
O código não define, então fica a cargo da doutrina e da
jurisprudência definirem
Início da discussão sobre o cabimento ou não de IRDR
preventivo
Aquele que é instaurado antes da existência da demandas
repetitivas
Problemas:
Princípio do dispositivo : o juiz está adstrito ao
pedido das partes. Então, se as ações ainda não foram
propostas e, consequentemente, ainda não há
controvérsias, o IRDR preventivo ofenderia esse
princípio
Desrespeita o requisito do inciso I , pois ainda não há
repetição
Legitimados
14/33
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de
tribunal:
I – pelo juiz ou relator, por ofício;
Se o juiz de primeira instância pode pedir o IRDR, é possível que ele
ocorra sem que exista processo no Tribunal?
Alguns doutrinadores defendem que o IRDR só pode ser
instaurado, se o caso já tiver chegado em algum Tribunal. Pois,
se nenhum caso teve sentença ainda, a causa ainda não estaria
amadurecida para o IRDR
Outros defendem não precisa de processo nos Tribunais,
bastariam as questões em primeira instância
Professor: acha perigoso instaurar IRDR sobre questões que
ainda não foram decididas em primeira instância. Seria preciso
existir o amadurecimento da causa e do contraditório
II – pelas partes, por petição;
III – pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.
Julgamento é feito pelo Órgão de uniformização do Tribunal
Art. 978. O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo
regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de
jurisprudência do tribunal.
Parágrafo único. O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de
fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o
processo de competência originária de onde se originou o incidente.
Como, nos casos de IRDR, o interesse ultrapassa o das partes e se torna
público, ocorre algumas restrições aos direitos das partes naquele caso concreto
Restrição ao princípio do dispositivo
Ex: Art.976, § 1 A desistência ou o abandono do processo não impede o
exame de mérito do incidente. (desistência ineficaz)
Art.976, § 2 Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá
obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de
desistência ou de abandono.
Como há interesse público, o IRDR não tem custas, exceto se houver má-
fé em sua instauração (Art.976, §5)
Seleção das causas que serão utilizadas como parâmetro
No art.1036, quando o código trata dos recursos repetitivos, existem algumas
sinalizações de como escolher essa causa, que é utilizado por analogia nos
casos de IRDR
Pode existir mais de uma causa selecionada para o IRDR
15/33
§ 1 O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal
regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da
controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao
Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do
trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem
no Estado ou na região, conforme o caso.
§ 5 O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais
recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito
independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal
de origem.
O relator do IRDR
§ 6 Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham
abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser
decidida.
O Tribunal pode substituir o caso afetado?
Se outro caso for trazer uma qualidade melhor no julgamento, o Tribunal
poderá sim substituir
Depois do pedido de instauração, ocorre o primeiro julgamento, que é o de
admissibilidade do IRDR, em que serão analisados o preenchimento de todos
os requisitos
CPC, Art. 981. Após a distribuição, o órgão colegiado competente para
julgar o incidente procederá ao seu juízo de admissibilidade, considerando a
presença dos pressupostos do art. 976.
Se o IRDR for inadmitido, não cabe recurso 
§ 3 A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas
por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não
impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente
novamente suscitado.
O IRDR não será instaurado se já houver algum Tribunal Superior
tratando sobre o tema
Tudo do IRDR tem que ser público
Art. 979. A instauração e o julgamento do incidente serão sucedidos
da mais ampla e específica divulgação e publicidade, por meio de
registro eletrônico no Conselho Nacional de Justiça.
16/33
Uma vez admitido, o IRDR terá prosseguimento no órgão especial do
Tribunal
Art. 982. Admitido o incidente, o relator:
I – suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos,
que tramitam no Estado ou na região, conforme o caso;
II – poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita
processo no qual se discute o objeto do incidente, que as prestarão no
prazo de 15 (quinze) dias;
III – intimará o Ministério Público para, querendo, manifestar-se
no prazo de 15 (quinze) dias.
Relator irá delimitar o objeto do IRDR, ou seja, o tema a ser
discutido
Se em um dos processos suspensos, a parte quiser demonstrar a
distinção, deverá fazê-lo por meio de agravo de instrumento ou agravo
interno, a depender da instância em que o processo se encontra
Suspensão
Art. 980. O incidente será julgado no prazo de 1 (um) ano e terá
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam
réu preso e os pedidos de habeas corpus.
Parágrafo único. Superado o prazo previsto no caput, cessa a
suspensão dos processos prevista no art. 982, salvo decisão
fundamentada do relator em sentido contrário.
A suspensão não impede tutela provisória
§ 2 Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá
ser dirigido ao juízo onde tramita o processo suspenso.
A suspensão acaba com o trânsito em julgado da decisão do IRDR
17/33
Ampliação nacional
Em regra, as decisões de um Tribunal valem para seu âmbito de
competência. Mas, pode existir o interesse de que os efeitos de um
IRDR sejam nacionalizados . Para isso, será preciso recorrer da
decisão do IRDR, nas hipóteses de Resp ou RE
§ 3 Visando à garantia da segurança jurídica, qualquer legitimado
mencionado no art. 977, incisos II e III, poderá requerer, ao tribunal
competente para conhecer do recurso extraordinário ou
especial, a suspensão de todos os processos individuais ou coletivos
em curso no território nacional que versem sobre a questão objeto
do incidente já instaurado.
§ 4 Independentemente dos limites da competência territorial, a parte
no processo em curso no qual se discuta a mesma questão objeto do
incidente é legitimada para requerer a providência prevista no §
3 deste artigo.
É preciso a realização de audiências públicas
Julgamento
A tese valerá para toda a extensão do tribunal respectivo
Poderá haver a ampliação nacional (recorrendo para o STF ou STJ)
Se a parte venceu, poderia recorrer para o STF ou STJ?
Divergência : Existem os que defendem que não, poisnão haveria
sucumbência. Porém, alguns autores defendem que sim, pois haveria
interesse, mas seria necessária a demonstração desse interesse
18/33
Aplicação
Depois do julgamento, é emitido um comunicado para que o IRDR seja
aplicado nos outros processos 
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I – a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre
idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do
respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais
do respectivo Estado ou região;
II – aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que
venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na
forma do art. 986.
§ 1 Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
§ 2 Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de
serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do
julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência
reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte
dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. (Serviço Público : órgãos
responsáveis devem ser intimados para cumprir a ordem)
Revisão
A superação e a distinção são formas de revisão do precedente
Para revisar um IRDR, será preciso outro IRDR
Art. 986. A revisão da tese jurídica firmada no incidente far-se-á pelo
mesmo tribunal, de ofício ou mediante requerimento dos legitimados
mencionados no art. 977, inciso III.
Em caso de uma decisão colegiada em desacordo com um IRDR
Caberá Resp ou RE
§ 1 O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão
geral de questão constitucional eventualmente discutida.
Incidente de Assunção de Competência
“Os tribunais raramente decidem com a participação de todos os seus membros. Em
regra, os seus julgamentos são pronunciados por órgãos fracionários, cuja
composição numérica varia de acordo com a natureza da causa e conforme as regras do
respectivo regimento interno. O incidente previsto no art.947 do NCPC tem como
objetivo incitar o órgão colegiado maior a assumir o julgamento, em determinadas
circunstâncias, de causa que normalmente seria de competência de órgão fracionário
menor do mesmo tribunal. Presta-se o expediente à prevenção contra o risco de
19/33
divergência entre os órgãos internos do tribunal em torno de questões de repercussão
social que ultrapassam o interesse individual das partes e, por isso, exigem um
tratamento jurisdicional uniforme”
CPC, Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento
de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência
originária envolver relevante questão de direito, com grande
repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
Cabimento
Repercussão social
O IRDR pode tratar de uma questão entre as partes, não precisa,
necessariamente, ter repercussão social
Questão de direito
Sem repetição
IRDR é com repetição
Não se presume o interesse público, ele precisa ser demonstrado pela repercussão
social
Tem caráter preventivo
“Cumpre, de certa forma, o mesmo objetivo do incidente de resolução de
demandas repetitivas, com um destaque, todavia, visto que a assunção
ocorre em caráter preventivo, quando ainda não se instalou a
pluralidade de entendimentos e, decisórios de diferentes processos,
dado este que é requisito do último incidente”
Puxa a competência para o órgão especial, que já resolve a questão antes de
eventuais conflitos
Fora essas diferenças, o IAC segue o procedimento do IRDR
Recursos Repetitivos 
“Diante da constatação de uma mesma questão de direito figurando numa
série numerosa de recursos, há a possibilidade de selecionar-se um ou alguns
deles para seu julgamento servir de padrão paradigma. Dessa maneira, julgado
o caso padrão, a tese nele assentada prevalecerá para todos os demais de idêntico
objeto”
Quais recursos podem ser repetitivos e aonde eles serão julgados?
Os únicos recursos que podem ser afetados pela sistemática dos recursos
repetitivos são o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário, que
serão julgados no STJ e STF, respectivamente
Enquanto o IRDR e o IAC são feitos nos Tribunais de segunda instância, os
recursos repetitivos são feitos no STJ e STF
20/33
“O NCPC, na esteira do Código anterior, contempla procedimento para os recursos
especial e extraordinário repetitivos (arts.1.036 a 1.041), destinados a produzir
eficácia pacificadora de múltiplos litígios, mediante estabelecimento de
tese aplicável a todos os recursos em que se debata a mesma questão e
direito”
Provocação
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários
ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá
afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção,
observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e
no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1 O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal
regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos
representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação,
determinando a suspensão do trâmite de todos os processos
pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região,
conforme o caso.
Apesar de a lei dizer apenas presidente ou vice, o relator ou a parte
podem pedir a instauração da sistemática dos recursos repetitivos
Seleção de pelo menos 2 recursos
Escolha dos recursos representativos
“Uma vez que a decisão proferida nos recursos repetitivos irá afetar todos os
processos que versem sobre idêntica questão, a escolha dos apelos
representativos não pode ser feita de modo aleatório ou sem qualquer
critério. Assim é que, o §6 do art.1.036 determina que somente podem ser
escolhidos os recursos admissíveis que contenham abrangente
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Como essa sistemática se aplica somente aos Resp e RE, só caberá análise de
questões de direito
21/33
Quando um recurso for afetado pela sistemática dos recursos repetitivos, o
relator será responsável por tomar algumas providências (CPC, Arts. 1.037 e
1.038)
Suspender todos os outros processos que tramitem sobre o mesmo
tema
Intimar o MP
Identificar com precisão a questão a ser submetida a julgamento
Poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de
justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso
representativo da controvérsia.
Solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com
interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante
dispuser o regimento interno
Fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o
procedimento
Requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da
controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para
manifestar-se
Quando um processo é suspenso devido à um recurso repetitivo, as partes terão
que ser intimadas e poderão fazer a distinção
Art.1.037, § 8 As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de
seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando
informado da decisão a que se refere o inciso II do caput.
§ 9 Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e
aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte
poderá requerer o prosseguimento do seu processo.
Art.1.037, §10 : a quem deve dirigir o requerimento
Procedimento : §12
Julgamento : Retratação
Depois da decisão do recurso repetitivo, todos os acórdãos contrários terão
que ser retratados
Ações de competência originária
Reclamação
“Fora do sistema recursal, mas com possibilidade de produzir efeitos análogos aos do
recurso, a Constituição instituiu, no âmbito da competência originária do STF e STJ, a
figura da reclamação, cujo procedimento veio a ser disciplinado pela Lei nº 8.038, de
28/05/1990. Trata-se de remédio processualque, na dicção dos arts. 102,I, “l” e 105, I,
“f”, da Lei Maior, se presta a aparelhar a parte com um mecanismo processual
22/33
adequado para denunciar àquelas Cortes Superiores atos ou decisões ofensivos à
sua competência ou à autoridade de suas decisões (…) O novo CPC, na esteira
do entendimento do STJ e STF, ampliou, agora por lei processual federal, a
possibilidade de interposição da reclamação para qualquer tribunal, atribuindo o seu
julgamento ao órgãos jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja
autoridade se pretenda garantir”
Só existe no Brasil
Se presta a verificar ou alterar uma decisão de um juiz, que desobedece
decisões superiores
Objetivo
Garantir a competência e a autoridade dos Tribunais
Ex: Juiz de primeira instância que faz juízo de admissibilidade de uma
apelação
É uma ação de competência originária e não um recurso, então tem início
por meio de uma petição inicial, que é proposta perante o Tribunal
desrespeitado
Fundamentos
CF, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:I – processar e julgar,
originariamente:l) a reclamação para a preservação de sua competência e
garantia da autoridade de suas decisões;
CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:I – processar e julgar,
originariamente:f) a reclamação para a preservação de sua competência e
garantia da autoridade de suas decisões;
CPC, Arts. 988 a 993
Legitimados
Parte interessada e Ministério Público
O legitimado passivo é quem praticou o ato impugnado por meio da
reclamação (juiz, tribunal, autoridade administrativa)
23/33
Hipóteses
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério
Público para:
I – preservar a competência do tribunal ;
II – garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de
decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade; IV – garantir a observância de acórdão
proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de incidente de assunção de competência;
Para que seja possível propor a reclamação, sempre será necessário que se
tenham esgotado todas as instâncias ordinárias, ou seja, que não
caiba mais recursos
A decisão não pode ter transitado em julgado, pois, nesse caso, caberá
ação rescisória e não reclamação
Petição inicial
A petição inicial é direcionada ao Tribunal desrespeitado e o relator
será o mesmo que produziu a decisão que foi desrespeitada
Art.988, § 1 A reclamação pode ser proposta perante qualquer
tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja
competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda
garantir.
Não cabe produção de prova na reclamação, elas já devem ser
previamente juntadas na petição inicial
Art.988, § 2 A reclamação deverá ser instruída com prova documental
e dirigida ao presidente do tribunal.
Pode ser requerido efeito suspensivo no processo que deu origem à decisão que
desrespeitou a autoridade ou competência do Tribunal
Art. 989. Ao despachar a reclamação, o relator: II – se necessário, ordenará
a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano irreparável;
Participação do Ministério Público
Art. 991. Na reclamação que não houver formulado, o Ministério Público
terá vista do processo por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para
informações e para o oferecimento da contestação pelo beneficiário do ato
impugnado.
Julgamento
Art. 992. Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão
exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à
solução da controvérsia.
Art. 993. O presidente do tribunal determinará o imediato cumprimento
da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente.
24/33
STF: A reclamação não tem custas e nem honorários, pois quem deu causa à
ação foi o juiz
É um embate entre o próprio Poder Judiciário
Ação Rescisória 
“O que caracteriza o recurso é ser, na lição de Pontes de Miranda, ‘uma impugnativa
dentro da mesma relação jurídico-processual da resolução judicial que se impugna. Só
cabem recursos, outrossim, enquanto não verificado o trânsito em julgado da sentença.
Operada a coisa julgada, a sentença torna-se imutável e indiscutível para as
partes do processo (CPC, Art.502). Mas a sentença, tal como ocorre com qualquer outro
ato jurídico, pode conter um vício ou uma nulidade. Seria iniquidade privar o
interessado de um remédio para sanar o prejuízo sofrido. É por isso que a ordem
jurídica não deixa esse mal sem terapêutica. E, quando a sentença é nula, por uma das
razões qualificadas em lei, concede-se ao interessado ação para pleitear a declaração de
nulidade”
Coisa julgada: efeito de imutabilidade de uma decisão
Material: abarca o mérito, impedindo sua rediscussão
Formal: impede o ajuizamento de outra ação nos mesmos moldes
Mas, uma decisão transitada em julgado pode, ainda assim, conter algum
vício, por vezes muito grave. Para isso, existe a ação rescisória, que tem como
foco retirar o efeito de imutabilidade
Não é um recurso, é uma nova ação, de competência originária, proposta
direto nos Tribunais
Cabimento
1. Decisão de mérito (CPC, Art.966,caput) : tenta combater a coisa julgada
material
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida
quando: (…)
Exemplos:
Decisão homologatória de acordo
Liquidação de sentença
Decisão que extingue a execução
Julgamento antecipado do mérito
Decisão de ação rescisória de outra ação rescisória
Decisão sobre questão prejudicial incidental
No NCPC as questões prejudiciais incidentais formam coisa
julgada material, então para desconstituí-las seria preciso uma
ação rescisória
25/33
2. Decisão que não é de mérito, mas impede a propositura de uma nova
demanda
Art.966, § 2 Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a
decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I – nova propositura da demanda
CPC, Art.486, § 1 No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos
dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação
depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução
do mérito.
Ex: erro do juiz quanto a decisão de ilegitimidade passiva, dizendo que a
parte é ilegítima. Se a parte, na verdade, for legítima, o autor não
conseguiria ajuizar uma nova ação contra a mesma pessoa, devido à coisa
julgada formal. Então, teria que entrar com uma ação rescisória antes
3. Decisão que não é de mérito, mas impede a admissibilidade de recurso
CPC, Art.966, § 2 Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será
rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito,
impeça: II – admissibilidade do recurso correspondente.
Requisito
Trânsito em julgado
Hipóteses
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou
corrupção do juiz;
Prevaricação: juiz deliberadamente protela o processo
Concussão: juiz utiliza da decisão para favorecer alguém ilegalmente
Corrupção: juiz recebe alguma vantagem para julgar em um sentido
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente
incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte
vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar
a lei;
26/33
IV – ofender a coisa julgada;
Uma decisão que transitou em julgado ofende outra que já tinha transitado
em julgado antes
Decisão estrangeira
Ex: Duas ações idênticas tramitam no Brasil e nos EUA. A dos EUA
transita em julgado em 2002 e a do Brasil em 2004. A decisão dos
EUA, é homologada em 2005. Qual das duas decisões prevalecerá? A
decisão dos EUA só terá efeitos no Brasil após sua homologação,
porém esta retroage à data do transito em julgado. Então, como
o transito em julgado da decisão dos EUA ocorreu antes da decisão do
Brasil, ela prevalecerá. Portanto, caberia ação rescisória contra a
decisão do Brasil,pois é uma decisão transitada em julgado que ofende
a coisa julgada (formada pela decisão homologada dos EUA)
V – violar manifestamente norma jurídica;
Norma jurídica: lei (latu sensu), Constituição, precedentes
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste
artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão
proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado
a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o
padrão decisório que lhe deu fundamento. (ação rescisória não faz
superação, mas só distinção)
§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5 º deste artigo,
caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente,
tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou
de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. 
 (é preciso trazer a distinção na petição inicial)
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo
criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
Ação principal fundada em prova falsa
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja
existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de
lhe assegurar pronunciamento favorável;
Prova nova que, sozinha, é capaz de alterar todo o julgamento
Ex: antes da existência do exame de DNA, se provava a paternidade com
fotos, testemunhas, depoimentos etc. Depois, apenas com o DNA seria
possível alterar o julgamento de uma ação de reconhecimento de
paternidade
27/33
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Quando um fato existiu e o juiz considerou que não existiu ou não existiu e o
juiz considerou que existiu, desde que seja incontroverso
§ 1 Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente
ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo
indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto
controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
Então, para que uma ação rescisória seja possível é preciso que exista um dos 3
tipos de decisão (cabimento), que tenha transitado em julgado (requisito) e
contenha um dos vícios do art. 966 (hipóteses)
É preciso verificar qual foi a decisão transitada em julgado que possui o vício
que se pretende combater
Legitimidade ativa (CPC, Art.967)
Parte e sucessores, terceiro interessado, Ministério Público (nas
hipóteses previstas pelo artigo) e litisconsorte necessário
Hipóteses de legitimidade do MP
III – o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a
intervenção;
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão
das partes, a fim de fraudar a lei;
c) em outros casos em que se imponha sua atuação;
Legitimidade passiva
Aquele que se beneficiou da decisão
Ex: uma parte entra contra a outra; em caso de colusão, MP entra contra as
duas partes
Competência
Originária : Tribunais
Os tribunais julgam as ações rescisórias de suas decisões
Para decisões de primeira instância: quem julga é o tribunal a que o órgão
esteja vinculado
28/33
Prazo decadencial : 2 anos do transito em julgado
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do
trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
Depois deste prazo: coisa soberanamente julgada
Conta-se em dias corridos
Não corre contra incapaz
Prova nova
§ 2 Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do
prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o
prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado
da última decisão proferida no processo.
2 anos a partir da descoberta da prova noca, não podendo ultrapassar o
prazo máximo de 5 anos do trânsito em julgado
É preciso estar dentro dos dois prazos
Simulação ou colusão
§ 3 Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo
começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério
Público, que não interveio no processo, a partir do momento em
que têm ciência da simulação ou da colusão.
Requisitos da petição inicial
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos
essenciais do art. 319, devendo o autor:
I – cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do
processo;
II – depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da
causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade
de votos, declarada inadmissível ou improcedente.
§ 1 Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao
Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e
fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria
Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da
justiça.
§ 2 O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será
superior a 1.000 (mil) salários-mínimos.
Se perder por unanimidade, o dinheiro fica para o réu
Valor da causa: não necessariamente é o mesmo valor da causa anterior
Relator: preferencialmente alguém que não atuou na decisão que tenha o vício
29/33
Procedimento: comum
Exceto audiência de conciliação e mediação
Precisa da participação do MP
Produção de provas : por meio de carta precatória, rogatória ou de ordem
É feita por um juiz de primeira instância
Julgamento : possui duas fases
1. Juízo rescindendo
Analisa se vai rescindir ou não o julgamento anterior
2. Juízo recisório
Faz um novo julgamento com as adequações necessárias
Profere uma decisão nova, se a anterior tiver sido rescindida
É possível modular os efeitos
Coisa julgada inconstitucional
Corrente majoritária: mesmo após o prazo decadencial de 2 anos, ainda
caberia ação de nulidade de decisão judicial (“querella nulitatis”) em
casos de coisa julgada inconstitucional
Querella nullitatis: “Expressão latina que significa nulidade do litígio. Indica
a ação criada e utilizada na idade média, para impugnar a sentença,
independentemente de recurso, apontada como a origem das ações
autônomas de impugnação.A querela nullitatis é uma ação que tem por
escopo anular uma sentença que se encontre maculada de alguma
nulidade, podendo ser interposta a qualquer momento, sendo ineficaz
contra a mesma os institutos da prescrição e decadência, mesmo após o
trânsito em julgado da decisão final” (Fonte)
Casos de vícios transrescisórios, ou seja, aqueles que vão além da ação
rescisória
Discussão : o único vício constitucional que não está presente nas hipóteses
do artigo 966 do CPC é a nulidade de citação. Então, dentro do prazo de 2
anos para se propor ação rescisória, só seria possível entrar com “querella
nullitatis” nos casos em que o vício seja a nulidade da citação, pois os outros
vícios, mesmo que constitucionais, já estariam abarcados pelo artigo 966.
Homologação de decisão estrangeira
“Dispõe o art.961 do NCPC que ‘a decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil
após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas
rogatórias’. Ressalvou, contudo, a hipótese de existir disposição em sentido contrário
em lei ou tratado”
Para que uma decisão estrangeira tenha validade no Brasil, precisa ser
homologada
30/33
https://iversonkfadv.jusbrasil.com.br/artigos/458253428/sabe-o-que-e-a-querela-nullitatis
Só serão analisados os requisitos formais da decisão
Juízo de delibação (feito pelo STJ)
“Verifica-se, por meio desse crivo por que passa o julgado, se está ele regular
quanto à forma, à autenticidade, à competência do órgãos prolator, bem
como se penetra na substância da sentença para apurar se, frente ao direito
nacional, não houve ofensa à ordem pública e aos bons costumes”
“Não há revisão de mérito do julgado. Pelo homologação, o Estado não
indaga da justiça ou injustiça da sentença estrangeira; verifica apenas se
preenche determinadas condições, frente às quais a nacionaliza e lhe confere
no seu território”
A competência é do STJ, mas é a Justiça Federal que executa a decisão
Exequatur : ordem para executar
Requisitos (CPC, Arts. 963 e 964)
É possívela homologação parcial
Pode homologar tutela provisória? Sim
Art.961, § 3 A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de
urgência e realizar atos de execução provisória no processo de
homologação de decisão estrangeira.
Divórcio consensual não precisa de ser homologado para produzir efeitos
no Brasil
Art.961, § 5 A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no
Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de
Justiça.
Conflito de competência 
“A cada causa corresponde a competência de um juiz ou tribunal. Vários órgãos
judiciários, no entanto, podem ser convocados a atuar sucessivamente, em graus
hierárquicos diversos num mesmo processo, em razão do recurso interposto pela parte
ou mesmo ex officio, nos casos de duplo grau de jurisdição necessário. Mas é
inadmissível que, simultaneamente, mais de um órgãos judiciário seja igualmente
competente para processar e julgar a mesma causa”
Pode ser positivo ou negativo
Será positivo quando diversos juízes se dão por competentes para um
mesmo processo e negativo quando todos se recursam a funcionar o feito
31/33
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro
a competência;
III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou
separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o
conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes,
pelo Ministério Público ou pelo juiz.
Art. 954. Após a distribuição, o relator determinará a oitiva dos juízes em
conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado.
O relator poderá julgar monocraticamente o conflito se existir
precedente
Se não existir, irá ouvir o MP e mandará o conflito para julgamento do colegiado
Durante o julgamento, o tribunal nomeia um dos juízes para decisões urgentes
Incidente de arguição de inconstitucionalidade 
“No direito brasileiro, o controle de constitucionalidade das leis é feito de duas
maneiras distintas pelo Poder Judiciário: pelo controle incidental e pelo controle
direto. Dá-se o primeiro quando qualquer órgão judicial, ao decidir alguma causa
de sua competência, tenha que apreciar, como preliminar, a questão da
constitucionalidade da norma legal invocada pela parte. A segunda espécie de
controle é da competência apenas do STF e dos Tribunais dos Estados e refere-se à
apreciação da lei em tese. Aqui, o vício da inconstitucionalidade é diretamente
declarado, como objeto de ação especifica; por isso, fala-se em ação declaratória
de inconstitucionalidade”
Casos que alegação de inconstitucionalidade de forma difusa
Alega-se que algo é inconstitucional em processos concretos
Se fosse em controle concentrado de constitucionalidade, essa alegação teria
que ser feita por meio de uma ADI ou ADC
Art. 948. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de
ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e
as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o
conhecimento do processo.
32/33
Art. 949. Se a arguição for:
I – rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II – acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu
órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao
plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já
houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal
Federal sobre a questão.
A pessoa jurídica responsável pela produção do ato que se declara
inconstitucional, poderá se manifestar
Art. 950, § 1 As pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição
do ato questionado poderão manifestar-se no incidente de
inconstitucionalidade se assim o requererem, observados os prazos e as
condições previstos no regimento interno do tribunal.
Quem for legitimado para o controle abstrato de constitucionalidade, poderá se
manifestar
Art.950, § 2 A parte legitimada à propositura das ações previstas no art. 103
da Constituição Federal poderá manifestar-se, por escrito, sobre a questão
constitucional objeto de apreciação, no prazo previsto pelo regimento
interno, sendo-lhe assegurado o direito de apresentar memoriais ou de
requerer a juntada de documentos.
33/33
	Compilado Prova 2 – Processo Civil III
	Agravo em Recurso Especial e Extraordinário
	Embargos de divergência
	Precedentes
	Incidente de resolução de demandas repetitivas
	Incidente de Assunção de Competência
	Recursos Repetitivos
	Ações de competência originária
	Reclamação
	Ação Rescisória
	Homologação de decisão estrangeira
	Conflito de competência
	Incidente de arguição de inconstitucionalidade

Continue navegando