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DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL AULA 2: 
MEIO AMBIENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
(SLIDE 1)
1. REFERÊNCIAS AO MEIO AMBIENTE
• Constituição: 
• Lei suprema;
 • Principal regra jurídica de um país; 
• Fonte e fundamento das demais leis.
• 1.1 AÇÃO POPULAR: 
• Art. 5º LXXIII – “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”;
•1.2 BENS DA UNIÃO: 
• Art. 20, 
• II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
• III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
• IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
• X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
• XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
• 1.3 COMPETÊNCIAS COMUNS AOS ENTES FEDERADOS (administrativa, gestão): 
• Art. 23: 
• VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
• VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
• 1.3 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E DISTRITO FEDERAL: 
• Art. 24: 
• VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
•VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
•VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
1.3 Competência Legislativa Concorrente (art. 24):
 • União estabelecer norma gerais;
 • Se não existe lei federal sobre determinado tema os Estados e o Distrito Federal poderão suplementar a União e legislar sobre normas gerais.
 • Lenza (2006, p. 195) diz que Municípios podem legislar sobre temas gerais quando não existir lei federal (competência legislativa suplementar municipal). 
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL: 
• ART. 30, VIII: 
• VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL – PLANO DIRETOR: 
• ART. 182
. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 
•§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. •§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL - DESAPROPRIAÇÃO: 
• ART. 182 
• § 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
• § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
• I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
• II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
• III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL – PARCELAMENTO DO SOLO: 
• ART. 182 
• Parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento.
• Loteamento é, a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. (Lei Federal n° 6.766, de 19.12.79 artigo 2º) •Já o desmembramento é “a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes”. (Lei Federal n° 6.766, de 19.12.79 artigo 2º)
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL – IPTU PROGRESSIVO: 
ART. 182 
• Tal instrumento incidirá sobre a propriedade urbana, já submetida ao regime de parcelamento, edificação ou utilização compulsório, mas que mesmo assim não cumpra com as condições e prazos estabelecidos para estas urbanizações.
•A progressividade está relacionada à demora no cumprimento da obrigação de urbanizar. Isto é, a majoração do imposto será proporcional ao tempo gasto para dar função social à propriedade imóvel.
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL – SERVIÇOS PÚBLICOS: 
•ART. 30, V: 
• Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
• O município e o lixo → Plano Diretor de Itabuna;
1.4 COMPETÊNCIA MUNICIPAL – SERVIÇOS PÚBLICOS: 
A coleta seletiva de lixo ainda é pouco explorada no Brasil. Assim é importante conferir os dados do IBGE (2000) que destaca através da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico que apenas 437 municípios brasileiros realizam programas de coleta seletiva. 
População Atendida por Programas de Coleta Seletiva no Brasil Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística , IBGE, 2000.
1. ARTIGO 225 DA CONSTITUIÇÃO 
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
• § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
• I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
• II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
•III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
•IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
· V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
· 
· • VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
• VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
•§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
•§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
• § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
•§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
(SLIDE 2)
ENQUADRATURA DOS PRINCÍPIOS 
•Visão clássica: conteúdo apenas axiológico; 
•Visão atual: força normativa;
 •Força normativa: pós modernidade.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
•Determina a adoção de políticas públicas de defesa dos recursos ambientais como uma forma de cautela em relação à degradação ambiental. 
•Presença no caput do art. 225, quando fala sobre o dever do Poder Público e da coletividade de proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações;
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
• A Lei nº 6.938/81 consagra o princípio da prevenção ao dispor nos incisos III, IV e V do art. 4º que a Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivos: • A) o estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
• B) o desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais e a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente; 
• C) divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.
• Lei 6.938/81 em seu art. 2º elenca entre os princípios da Política Nacional do Meio Ambiente:
 • a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
• o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais, a proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
• os incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
• o acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
• a proteção de áreas ameaçadas de degradação; • a educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade. 
PRECAUÇÃO 
•Vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alterações não causarão reações adversas, já que nem sempre a ciência pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos. 
•O “princípio de precaução”, por sua vez, é apontado, pelos que defendem seu status de novo princípio jurídico-ambiental, como um desenvolvimento e, sobretudo, um reforço do princípio da prevenção.
POLUIDOR PAGADOR 
• Forçar a iniciativa privada a internalizar os custos ambientais gerados pela produção e pelo consumo na forma de degradação e de escassez dos recursos ambientais. 
• Não significa “pagar para poluir” ou “poluir mediante pagamento”. Significa que ocorrendo danos ao meio ambiente em razão da atividade desenvolvida, o poluidor será responsável pela sua reparação. 
PROTETOR RECEBEDOR 
• Protetor-Recebedor/Não-Poluidor-Recebedor; 
• Espécie de incentivo eficaz na realidade concreta de sociedades que precisam resolver as carências de infra-estrutura de saneamento.
 • ISENÇÃO DE IPTU e ITR;
• ICMS ecológico; 
• Lei 12.305/2010 
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE 
• § 3º do art. 225 da CF/88: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
• A primeira parte do inciso VII do art. 4º da Lei nº 6.938/81 determina que a PMNA visará à imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
• O art. 20 da Resolução nº 237/97 do CONAMA exige que para os entes federativos poderem exercer a competência licenciamento é necessário que tenham implementado os Conselhos de Meio Ambiente com caráter deliberativo e a obrigatória participação da sociedade civil. 
• O art. 2º da Resolução nº 9/87 do CONAMA e o art. 3º da Resolução nº 237/97 do CONAMA: audiência pública nos processos administrativos de licenciamento ambiental em que for necessário o estudo e o relatório de impacto ambiental, caso alguma entidade civil, o Ministério Público ou pelo menos cinquenta cidadãos o requeira. 
• O Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257/2001: incisos II e XIII do art. 2º política urbana tem deve usar gestão democrática e participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.
PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO
• Os incisos VII e XI do art. 9º da Lei nº 6.938/81: sistema nacional de informações sobre o meio ambiente e a garantia de prestação de informações relativas ao meio ambiente como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, dispondo inclusive que o Poder Público é obrigado a produzir as informações quando elas forem inexistentes.
• A segunda parte do inciso V do art. 4º determina que a PNMA visará “à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico”.
PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
• A educação ambiental e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente está prevista expressamente como uma obrigação do estado em relação a todos os níveis de ensino pelo inciso VI do § 1º do art. 225 da Constituição Federal.
• O inciso X do art. 2º da Lei nº 6.938/81 dispõe que um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente é a promoção de educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
• A Lei nº 9.795/99 estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental, definindo como educação ambiental no art. 1º “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
PRINCÍPIO LIMITE 
• Voltado para a Administração Pública: deve de fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. 
• Para assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado incumbe ao Poder Público “controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”. (art. 225, §, V). 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
• CF/88 “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 
• Estudo prévio de IMPACTO AMBIENTAL: obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente; 
• Espaços territoriais protegidos: A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional; 
• Responsabilidade civil, penal e administrativa por dano ao meio ambiente; 
• Sistema nacional de Unidades de Conservação: Lei 9.985/2000.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: construção/imóveis
● materiais de construção de baixo impacto ambiental● gestão de resíduos deve abranger desde a etapa de construção 
● uso de energia renovável tem como objetivo reduzir custos 
● reutilização de água é uma solução mais econômica 
● ventilação adequada 
● energia solar 
● blocos ecológicos 
● lâmpadas econômicas 
● coleta seletiva 
● compostagem de lixo orgânico
QUESTÕES
(CESPE - 2018) A respeito de princípios fundamentais do direito ambiental, julgue o item subsequente.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida, por isso consiste em bem de uso especial do povo.
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
(SLIDE 3)
DESASTRES AMBIENTAIS 
● Petróleo: Década de 80 -> Alasca (100 mil aves morreram e 2 mil quilômetros de praias ficaram contaminadas), Golfo do México.
 ● Poluição do ar industrialização: Londres - Inglaterra, provocou a morte de cerca de 1.600 pessoas, em 1952; 
● Brasil: Barragem Mariana: 19 pessoas; Brumadinho: 228; 
● Brasil. Vale da Morte (Cubatão). Entre outubro de 1981 e abril de 1982 cerca de 1.800 crianças nasceram, 37 já nasceram mortas outras com problemas neurológicos e respiratórios. 
CONFERÊNCIAS 
● Movimento Ambientalista -> dec. 60. 
● 1962, Primavera Silenciosa Rachel Carson. 
● Estocolmo. ONU. 1972 -> Criação do PNUMA. Ecodesenvolvimento: justiça social, prudência ecológica, eficiência econômica. 
● 1973. Precedentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais. 
● 1983. ONU. Criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 
● 1983. Relatório ONU “Nosso futuro comum”. 
AGENDA 21
● Desenvolvimento c/c sustentabilidade 
● Pobreza, crescimento econômico, industrialização. 
● 179 países, instituições e sociedade civil. 
● Estratégias: geração de emprego e renda, diminuição das desigualdades, mudança nos padrões de consumo, cidades sustentáveis.
 ● Assitir: a história das coisas https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
CONSELHO DE GOVERNO
Tem como função assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes do meio ambiente e os recursos ambientais. É composto por Ministros de estado e Secretários-Gerais.
CONAMA: consultivo e deliberativo
1) Resolução: criar as normas gerais do meio ambiente.
2) Recomendação: orientação órgãos ambientais estaduais e municipais sobre a implementação de políticas e programas ambientais. Normalmente é usado quando se dirige ao Poder Executivo Federal (Presidente da República) sugerindo algo (recomendar).
3) Proposição: Quando as Comissões de Meio Ambiente do Congresso Nacional se dirigem ao Conselho de Governo.
4) Moção: É para assuntos diversificados (com caráter aberto).
CONAMA: consultivo e deliberativo
Composto por 108 Conselheiros. Há 05 grupos:
● Representantes do Governo Federal; 
● Representantes dos Governos Estaduais; 
● Representantes dos Governos Municipais; 
● Representantes da Sociedade Civil; 
● Representantes do Setor Empresarial.
ÓRGÃO CENTRAL: MMA
● Planejar, coordenar, supervisionar e controlar como órgão federal a política nacional e as diretrizes governamentais para o meio ambiente.
● Órgãos auxiliares: IBAMA, ICMBIO, ANA (Agência Nacional das Águas – agência reguladora)
ÓRGÃO CENTRAL: MMA
2018: Nasce ANM (Agência Nacional de Mineração) lei 13.575, de 26 de dezembro de 2017.
2018: morre DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), vinculado ao MMA. 
 
ÓRGÃOS EXECUTORES: IBAMA
É uma autarquia federal. Cuida dos recursos renováveis (quem cuida dos recursos não renováveis é o Ministério de Minas e Energia).
Possui competência para:
• Exercer poder de polícia (aplicação de multas).
• Para realizar licenciamento de obras e atividades de impacto nacional (é aquele que ultrapassa as fronteiras do Brasil) ou regional (é aquele que abrange dois ou mais Estados-membros).
ÓRGÃOS EXECUTORES: ICMBio
Foi incluído como órgão executor do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) pela L. 9985/00.
Possui a finalidade de realizar a gestão das unidades de conservação criadas no âmbito federal.
É uma autarquia federal.
ÓRGÃOS SECCIONAIS: 
órgãos estaduais De caráter executivo, essa instância é composta por órgãos (Sec. estaduais) e entidades estaduais. responsáveis pelos programas ambientais ou pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais CEPRAM CONERH SEMA INEMA
ÓRGÃOS LOCAIS 
● Órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades em suas respectivas jurisdições. São, quando elas existem, as Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
● Pode um órgão local ambiental efetuar licenciamento ambiental, desde que possua Conselho de Meio Ambiente com caráter deliberativo e plano diretor (este último, com cidades com mais de 20 mil habitantes).
● Exemplo: Shopping Center pode ser licenciado por Município. 
Nos termos da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – Lei n. 6.938/81, assinale a competência que não é atribuída ao CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
a) Estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. 
b) Fixar os limites de Área de Preservação Permanente, em zonas rurais e urbanas, bem como disciplinar o seu regime de proteção. 
c) Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais.
 d) Estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes. 
e) Determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimento oficial de crédito.
Sobre a estrutura do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), é correto afirmar que caberá:
a) ao órgão superior, formado pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), propor e estudar diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente. 
b) ao órgão executor, formado pelo Conselho do Governo, a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional para o meio ambiente e recursos ambientais.
c) aos órgãos seccionais, compostos basicamente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, executar e fazer executar como órgão federal, as políticas e diretrizes fixadas para o meio ambiente. 
d) ao órgão executor, composto pelos órgãos municipais, controlar e verificar a correta execução das políticas ambientais. 
e) ao órgão central, formado pelo Ministério do Meio Ambiente da Presidência da República, planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política nacional e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
ESPAÇOS TERRITORIAS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS
(SLIDE 4)
JURISPRUDÊNCIA: APPs RESERVA LEGAL
1.BASE CF/88
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)
LC 140 de 2011: art. 7º, 8º, 9º
União art. 7°
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
ESTADOS: 8º, X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
MUNICÍPIOS: X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
*COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA COMUM
LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000.
DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas:
I - Unidades de Proteção Integral;II - Unidades de Uso Sustentável.
§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei.
§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
Art. 9o A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas.
§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico.
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
§ 4o Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de:
I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados;
II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica;
III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas;
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hectares.
Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico.
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento.
§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
§ 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal.
Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
§ 3o A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento.
Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e àquelas previstas em regulamento.
§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento)

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