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Psicologia Escolar

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Psicologia Escolar 
1.​ ​Diferença de Psicologia escolar e Psicologia da Educação: 
A psicologia escolar baseia-se em identificar dentro do sistema da escola, as crianças com 
um nível mais elevado de aprendizagem para a idade, bem como aquelas que apresentam 
certos padrões de comportamento, como déficit de atenção, hiperatividade, dislexia ou 
impedimentos de fala. É também dada atenção àquelas crianças que têm deficiências 
mentais ou físicas. A psicologia educacional auxilia com o diagnóstico e fornece 
ferramentas para tratamento, ajudando ou lidando com esses comportamentos e desafios. 
Psicologia escolar: 
A psicologia escolar envolve-se em ajudar indivíduos, uma vez que estes tenham sido 
identificados, assistindo-lhes e auxiliando-lhes com ferramentas como aconselhamentos, 
fonoaudiólogos e tratamento exclusivo através de assistentes de ensino nas salas de aula. 
Eles também preparam a escola com exercícios e treinamentos tanto para o professor como 
para o aluno. Psicólogos escolares são educados e treinados em educação infantil, ações 
dos pais e desenvolvimento adolescente e infantil. Eles podem fazer avaliações 
psicológicas e oferecer orientação e aconselhamento tanto para a criança como para a 
família. 
Psicologia educacional: 
A psicologia educacional estuda como crianças aprendem, recordam, pensam e como elas 
desenvolvem-se mentalmente, durante o processo de aprendizado. Elas são observadas 
em vários ambientes, como quando trabalham individualmente e como interagem em grupo. 
A psicologia educacional também estuda os humanos nos campos de aprendizado e 
desenvolvimento e pode, portanto, criar materiais educativos apropriados para cada idade e 
programas baseados em observação; pode também empenhar-se em programas de 
desenvolvimento para crianças e determinar pré-requisitos para indivíduos que pretendem 
ser professores. 
Combinando psicologia escolar e educacional: 
A psicologia educacional estuda problemas ao lidar com crianças, pais e professores de 
diferentes culturas, e cria material educativo baseado em pesquisas que permite que esses 
grupos assimilem e se encaixem melhor no sistema escolar. Ensinar o inglês como segunda 
língua é um método utilizado pelo sistema educacional para integração e assimilação. As 
psicologias escolar e educacional trabalham juntas e complementam-se no benefício tanto 
dos professores como dos alunos. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A ​Psicologia Educacional​ pode ser considerada como uma subárea da psicologia, o que 
pressupõe esta última como área de conhecimento. Entende-se área de conhecimento 
como corpus sistemático e organizado de saberes produzidos de acordo com 
procedimentos definidos, referentes a determinados fenômenos ou conjunto de fenômenos 
constituintes da realidade, fundamentado em concepções ontológicas, epistemológicas, 
metodológicas e éticas determinadas. Faz-se necessário, porém, considerar a diversidade 
de concepções, abordagens e sistemas teóricos que compõem o conhecimento, 
particularmente no âmbito das ciências humanas, das quais a psicologia faz parte. Assim, a 
psicologia da educação pode ser entendida como subárea de conhecimento, que tem como 
vocação a produção de saberes relativos ao fenômeno psicológico constituinte do processo 
educativo. A ​Psicologia Escolar​, diferentemente, define-se pelo âmbito profissional e 
refere-se a um campo de ação determinado, isto é, o processo de escolarização, tendo por 
objeto a escola e as relações que aí se estabelecem; fundamenta sua atuação nos 
conhecimentos produzidos pela psicologia da educação, por outras subáreas da psicologia 
e por outras áreas de conhecimento. Deve-se, pois, sublinhar que psicologia educacional e 
psicologia escolar são intrinsecamente relacionadas, mas não são idênticas, nem podem 
reduzir-se uma à outra, guardando cada qual sua autonomia relativa. A primeira é uma área 
de conhecimento (ou subárea) e, grosso modo tem por finalidade produzir saberes sobre o 
fenômeno psicológico no processo educativo. A outra constitui-se como campo de atuação 
profissional, realizando intervenções no espaço escolar ou a ele relacionado, tendo como 
foco o fenômeno psicológico, fundamentada em saberes produzidos, não só, mas 
principalmente, pela subárea da psicologia, a psicologia da educação. 
2.​ ​O surgimento da Psicologia Escolar: 
A Psicologia Escolar é uma área que se desenvolveu juntamente com a Psicologia 
Geral. O conhecimento produzido no campo de aprendizagem, de percepção e da 
memória auxiliaram as reflexões do processo ensino-aprendizagem, possibilitando o 
surgimento da Psicologia Escolar no final do século XIX. 
Não é possível delimitar um local e uma data de surgimento, um vez que, em diversos 
países, foram sendo realizadas iniciativas de aplicação do conhecimento da Psicologia 
no universo escolar, com o intuito de promover o bem-estar humano. 
1° momento: 
A Psicologia Escolar, em primeiro momento, trabalhou com crianças, sobretudo as que 
apresentavam dificuldades de aprendizagem. 
Podemos afirmar, inclusive, que a Educação Especial para os alunos portadores de 
necessidades especiais funcionou como um incentivo para o desenvolvimento dessa 
especialidade da Psicologia. 
2° momento: 
Ao longo do seu desenvolvimento, a Psicologia Escolar passou a trabalhar também com 
os pais, os professores e, mais recentemente, com a comunidade. 
Essas diferentes iniciativas do trabalho do psicólogo no campo escolar tiveram início na 
Europa e nos Estados Unidos da América. 
Stanley Hall 
Stanley Hall foi, nos Estados Unidos, um dos primeiros estudiosos que articulou 
Psicologia e Educação. Ele foi professor de escola pública e possuía grande interesse 
em temas relacionados com a infância. 
Hall desenvolveu diversos trabalhos em Psicologia relacionados com desenvolvimento 
de crianças e adolescentes e com educação. Ao longo de sua carreira, publicou 
diversos livros e artigos sobre esses temas. 
 
 
 
Lightner R. Witmer 
Outro percursor da Psicologia Escolar nos Estados Unidos foi Lightner R. Witmer, que 
trabalhou sobretudo com crianças com dificuldades de aprendizagem e criou uma clínica 
psicológica para encaminhamento dessas crianças. 
Alfred Binet 
Do final do século XIX, na França, podemos destacar o nome de Alfred Binet, que 
publicou um livro de Psicologia Escolar intitulado Ideias modernas sobre crianças. 
O livro continha sua pesquisa, realizada em Paris, sobre memorização de frases e 
palavras por alunos de escola primária. 
Wallon 
Na França, podemos destacar a importância de Wallon, com seus estudos acerca do 
desenvolvimento de crianças. 
René Zazzo 
Além de Wallon, enfatizamos a contribuição de René Zazzo para o desenvolvimento da 
Psicologia Escolar. 
Realizou um projeto nas escolas francesas, em que alunos eram acompanhados, desde 
o início da escolarização, por psicólogos a fim de auxiliá-los nesse processo. 
Início da Psicologia Escolar no Brasil 
A Psicologia Escolar começou a ser introduzida no Brasil juntamente com o início do 
curso de graduação em Psicologia no ano de 1962 (lei 4.119). Antes do curso de 
graduação, a relação entre psicologia e a escola ocorria através dos conteúdos da 
Psicologia que eram úteis à escola e ao processo de ensino-aprendizagem. 
Esses conteúdos eram ministrados no curso de formação de professores, o chamado 
Curso Normal. Ali, o conhecimento da Psicologia educacional e do desenvolvimento 
infantil encontravam espaço. 
A Psicologia Escolar iniciou sua atuação sobretudo junto aos professores, através da 
sua formação para trabalhar com crianças e, paulatinamente, foi surgindo o atendimento 
aos escolares que apresentavam dificuldades no sistema escolar, sobretudo referentes 
à aprendizagem. 
A história da Psicologia Escolar no Brasil tem sido marcada por diferentes momentos. 
Inicialmente, o foco do trabalho era no ajustamento e na adaptação do aluno,em que o 
psicólogo diagnosticava os alunos com dificuldades de aprendizagem. 
Em momento posterior, a ênfase foi dada ao processo de Orientação Vocacional, em 
que o psicólogo, através de testes, procurava compreender as aptidões e interesses dos 
alunos para que eles pudessem encontrar uma profissão à qual se ajustassem. 
Posteriormente, a Psicologia passou a estar inserida na escola para lidar com as 
questões da aprendizagem, e não somente com as dificuldades de aprendizagem. 
A perspectiva da Psicologia, até o momento, não considerava os aspectos institucionais 
envolvidos na dificuldade do aluno. Apenas ele e o seu meio social eram responsáveis 
pelo fracasso escolar. 
A Psicologia Escolar mudou o foco do trabalho para uma atuação cujo objetivo passou a 
ser auxiliar a escola na promoção do desenvolvimento integral do aluno e das relações 
que ocorrem na escola. Assim, o psicólogo passou a atuar de maneira mais institucional 
e preventiva. 
3.​ ​Quem é o psicólogo escolar e qual é o papel do psicólogo escolar? 
O psicólogo escolar é o profissional que atua junto à educação, auxiliando os alunos em seu 
processo de aprendizagem e os educadores em sua função de ensinar. O profissional 
aplica o conhecimento psicológico no campo da saúde mental, aprendizagem e 
comportamento, para ajudar crianças e jovens a alcançar um melhor desempenho 
acadêmico, social e emocional. 
O psicólogo escolar trabalha em parceria com a família, com os professores, 
coordenadores, diretores e outros profissionais da educação com o objetivo de construir um 
ambiente de aprendizagem seguro, saudável e acolhedor e que fortaleça as conexões entre 
casa, escola e comunidade. 
O papel do psicólogo escolar é oferecer suporte direto aos estudantes, educadores e 
familiares. Ele também pode atuar na construção de estratégias mais efetivas de 
ensino-aprendizagem, e na construção de um ambiente acadêmico mais emocional e 
socialmente saudável. Sua atuação tem como objetivo: 
Melhorar os resultados acadêmicos 
- Promover motivação e engajamento nos estudantes; 
- Auxiliar o professor em sua atividade de ensino; 
- Administrar avaliações psicológicas e psicopedagógicas; 
- Realizar intervenções individualizadas ou em sala de aula; 
- Acompanhar o progresso dos alunos. 
Promover saúde mental e comportamentos positivos: 
- Prover o desenvolvimento de habilidades sociais; 
- Atender as necessidades emocionais dos alunos e educadores; 
- Prover orientações individuais ou de grupo; 
- Oferecer suporte a resoluções de conflitos; 
- Reforçar habilidades positivas de superação e resiliência; 
- Auxiliar a construção de relações saudáveis entre os diversos membros do espaço 
escolar. 
Auxiliar integralmente o desenvolvimento dos escolares 
- Avaliar necessidades específicas de aprendizagem; 
- Planejar programas de educação individualizados para estudantes com deficiência; 
- Atuar em compromisso com a diversidade cultural e social dos alunos; 
- Modificar ou adaptar currículo e atividades quando necessário; 
- Apoiar programas de Educação Especial. 
Ajudar na construção de um clima escolar positivo e seguro 
- Construir estratégias de prevenção ao bullying e outras formas de violência; 
- Prover programas de aprendizagem socioemocional; 
- Implementar e promover práticas de disciplina e justiça restaurativa; 
- Identificar e auxiliar escolares em situação de risco ou vulnerabilidade social; 
- Prover serviços de prevenção e intervenção em situações de crise. 
Fortalecer relação escola-família 
 - Ajudar os familiares a compreender e acompanhar os processos de aprendizagem dos 
educandos; 
- Conectar a família aos serviços de saúde e assistência social na comunidade; 
- Favorecer o engajamento e a relação saudável entre família e profissionais da escola; 
- Contribuir para que os profissionais da escola estejam compromissados com a diversidade 
cultural e realidade social da família, 
- Auxiliar os alunos na transição entre escola e outros serviços ou espaços na comunidade. 
4.​ ​O que é a ABRAPEE? 
A ABRAPEE foi fundada em 1990 por um grupo de psicólogos interessados em congregar 
os estudiosos e profissionais da área, visando o reconhecimento legal da necessidade do 
psicólogo escolar nas instituições de ensino, bem como estimular e divulgar pesquisas nas 
áreas de psicologia escolar e educacional. 
A Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional é uma sociedade civil, sem 
fins lucrativos, que tem por finalidade incentivar o crescimento da ciência e da profissão de 
psicólogo escolar e educacional, como um meio de promover o bem-estar e o 
desenvolvimento humano, enfocando para isto o processo educacional no seu sentido mais 
amplo. 
Nossos Objetivos 
a) Incentivar a melhoria da qualificação e serviços dos psicólogos escolares e educacionais, 
assegurando padrões éticos e profissionais; 
b) Estimular a realização de estudos científicos nas áreas da psicologia escolar e 
educacional; 
c) Promover condições para o reconhecimento legal da necessidade do psicólogo nas 
instituições ligadas ao ensino; 
d) Divulgar atividades práticas e de pesquisa dos psicólogos escolares e educacionais; 
e) Congregar psicólogos e entidades afins nas áreas da psicologia escolar e educacional 
promovendo encontros, congressos estaduais, nacionais e internacionais e outros similares; 
f) Incentivar o intercâmbio entre psicólogos escolares e educacionais; 
g) Atualizar os psicólogos escolares e educacionais promovendo seminários, encontros, 
conferências e palestras; 
h) Fomentar a criação de um banco de dados sobre estudos referentes às áreas de atuação 
do psicólogo escolar; 
i) Organizar um registro nacional sobre os psicólogos escolares e educacionais brasileiros; 
j) Publicar informativos, revistas e/ou periódicos sobre tópicos de interesse dos psicólogos 
escolares e educacionais; 
k) Estimular e apoiar a criação de grupos de estudo sempre que houver psicólogos 
escolares que possam se agrupar com este fim; 
l) Recuperar e preservar a história da psicologia escolar e educacional no país; 
m) Colaborar com entidades nacionais e latino-americano, grupos e entidades que tenham 
objetivos afins com os da ABRAPEE; 
n) Divulgar e cooperar com as ações da Associação Internacional de Psicologia Escolar – 
ISPA.

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