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O psicólogo escolar desenvolve atividades direcionadas com alunos, professores e funcionários, atuando em parceria com a coordenação da escola, familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar. Antunes (2008 apud CASTRO, 2020) aponta como diferença entre os conceitos presentes nos termos da expressão psicologia escolar e psicologia educacional os seguintes aspectos gerais a se considerar: Também chamada de psicologia da educação ou psicologia na educação são as subáreas de conhecimento da psicologia cuja finalidade, é produzir saberes sobre o fenômeno psicológico no processo educativo (ANTUNES, 2008 apud CASTRO, 2020). É o termo mais difundido e mais comum, define-se pelo âmbito profissional ou seja, um campo de ação determinado da psicologia, tendo por objeto a escola e as relações que nela se estabelecem (ANTUNES, 2008 apud CASTRO, 2020). A atuação da psicologia escolar por sua vez, se fundamenta nos saberes produzidos pela psicologia educacional, por subáreas da psicologia e por outras áreas de conhecimento como a pedagogia. São intrinsecamente relacionadas mas não são idênticas, não podem reduzir-se uma à outra, elas têm sua autonomia relativa (ANTUNES, 2008 apud CASTRO, 2020, p.13). Embora os termos possuam uma relação, e a psicologia educacional/escolar (PEE) contribua para uma perspectiva mais abrangente e promissora da área, o termo psicologia escolar é o mais difundido. Alguns pesquisadores, preferem utilizar o termo "psicólogo educacional" para qualquer especialista que atue no âmbito educacional, por entender que o trabalho do psicólogo escolar não ocorre sem o olhar de pesquisador, que observa, analisa e compreende os processos educativos (CASTRO, 2020, p.13). O psicólogo escolar, tem como referência conhecimentos científicos sobre desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um constante aperfeiçoamento do processo ensino e de aprendizagem da escola (CASSINS, 2007). O psicólogo escolar, não trabalha sozinho em sua sala, ele precisa estar em “sintonia” com toda a escola, isto é, ele trabalha na equipe multidisciplinar, e não apenas com os alu- nos. Não é possível um trabalho com a escola, sem a equipe (CASSINS, 2007). O psicólogo escolar, trabalha desenvolvendo atividades direcionadas com alunos, professores e funcionários; atuando em parceria com a coordenação da escola, familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar, como: pediatras, fonoaudiólogos etc... (CASSINS, 2007). A partir de uma visão sistêmica, (que enxerga o aluno não somente como um indivíduo isolado, considerando também seu contexto e as relações estabelecidas), age em duas frentes: a preventiva e a que requer ajustes ou mudanças (CASSINS, 2007). Embora haja variações sobre as definições e as reais atribuições entre Psicologia Escolar e Educacional, atribui-se à primeira o status de aplicada (visando a atuação prática) e à segunda, o de acadêmica (visando a pesquisa) (CASSINS, 2007). Hoje, a psicologia escolar, não é baseada em questões apenas individuais dos alunos, os processos de: Avaliação, diagnóstico, acompanhamento e orientação psicológica são aplicados dentro de um contexto institucional que integra a teia de relações do estudante, levando em conta o desenvolvimento global do aluno e da comunidade educativa (CASSINS, 2007). Assim, ao psicólogo escolar/educacional cabe integrar e fazer parte desse processo (CASSINS, 2007). Seu objetivo principal, é buscar instrumentos para apoiar o progresso acadêmico adequado do aluno respeitando diferenças individuais, garantir a promoção da saúde da comunidade escolar a partir de trabalhos preventivos que visem um processo de transformação pessoal e social (CASSINS, 2007). nos conhecimentos do desenvolvimento humano, nos estilos de aprendizagem, aptidões e interesses individuais e a conscientização de papéis sociais (CASSINS, 2007). O trabalho é coletivo na sua maioria e caso haja necessidade de atendimento individual será encaminhado. De acordo com Cassins (2007), alguns propósitos são os seguintes: (incluídos os próprios psicólogos) para tomada de posições políticas em relação aos problemas sociais; uma atuação profissional sustentada por teorias psicológicas, cuja visão contemple o homem em suas múltiplas determinações e relações histórico-sociais; no desenvolvimento de uma concepção de educação, na compreensão e amplitude de seu papel, utilizando os conhecimentos da Psicologia; uma concepção de Psicologia voltada a um compromisso social; trabalhar essa concepção, não como um processo individual ou o fim da “linha” para o aluno ou aluna; Propor e desenvolver projetos para auxiliar na administração de possíveis deficiências escolares; diferenciados de desenvolvimento da aprendizagem (aprender a aprender) de cada aluno e de cada professor; Assessorando a escola na humanização do sujeito, através do encontro da cognição com a motricidade, os afetos e as emoções na educação entre outros.... Dentre as muitas possibilidades de atuação, Del Prette (2012 apud CASTRO, 2020) aponta as seguintes: na elaboração, implementação e avaliação do projeto pedagógico e na elaboração de instrumentos e procedimentos para avaliação dos alunos em conformidade com o projeto pedagógico; de ensino para as atividades regulares de sala de aula, prioritariamente nas áreas de leitura, escrita, matemática e ciências, inclusive articulados às propostas de atendimento e integração dos estudantes com necessidades educativas especiais; como o desenvolvimento emocional e relações interpessoais, orientação vocacional e preparação para o trabalho, orientação sexual, prevenção de uso de substâncias psicoativas, desenvolvimento emocional, criatividade etc... entre os segmentos da escola, no sentido de maior participação de todas as tomadas de decisão e na avaliação e monitoramento das ações e resultados; das interações de sala de aula, com criação de novas configurações e oportunidades educativas e melhor aproveitamento das relações professor- aluno, entre alunos e dos alunos com outros agentes educativos. Como já foi mencionado, o psicólogo não trabalha sozinho, sua análise e intervenção envolve todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino-aprendizagem, ou seja, envolve todo o corpo docente, o corpo discente e demais elementos do sistema (CASTRO, 2020). Dessa forma, em conjunto com a equipe, colabora na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, projetos pedagógicos, políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais (CASTRO, 2020). Conhecimentos psicológicos na escola sobre o processo ensino-aprendizagem, intervenções psicopedagógicas referentes ao desenvolvimento humano, às relações interpessoais etc.. As relações entre os diversos segmentos do sistema de ensino e sua repercussão no processo de ensino para auxiliar na elaboração de procedimentos educacionais. Serviços diretos e indiretos aos agentes educacionais, como profissional autônomo, orientando programas de apoio administrativo e educacional. Estudos e analisar as relações entre homem, ambiente físico, material, social e cultural quanto ao processo ensino aprendizagem e produtividade educacional. Programas para desenvolver habilidades básicas para aquisição de conhecimento e o desenvolvimento humano como um ser integral. Utilizar instrumentos e testes psicológicos adequados para fornecer subsídios para o replanejamento e formulação do plano escolar Dados sobre a realidade da escola em seus múltiplos aspectos, visandodesenvolver o conhecimento cientifico. CASSINS, Ana Maria et al. Manual de psicologia escolar/educacional. Curitiba: Gráfica e Editora Unificado, v. 21, 2007. CASTRO, Luciana da Costa de. Psicologia Escolar e Educacional: coleção manuais da psicologia. Brasil: Editora Sanar, 2020. 256 p.
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