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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO Bioquímica 1 Revisão Literária Acadêmicos: Karine de O. Lima Emanoelle Rôa Oliveira Victoria L. M. Martins Rayani Guilherme da Silva Leticia Melo Fernandes Campo Grande – MS Junho de 2020 1. Carboidratos Os carboidratos considerados biomoléculas, conhecidas como hidratos de carbonos, glicídios ou açúcares, formados por átomos de carbonos, hidrogênio e oxigênio. São abundantes na natureza. Visto como a principal fonte de energia das células. Tendo como formula geral (CH2O) n. Lembrando que alguns carboidratos possuem outros elementos em sua composição. (SANTOS, 2020). Tendo como principal função a energética. Mas a vendo também como a estrutura dos ácidos nucléicos e funções estruturais, como a celulose componente da parede da célula vegetal e a quitina faz parte do exoesqueleto presente nos artrópodes. Os carboidratos são a nossa principal fonte de energia. São também responsáveis por atividades corriqueiras como andar, correr e trabalhar. Seu consumo é vital para a nossa existência. Desempenha diversas funções em nosso organismo, entre elas a nutrição das células do sistema nervoso central. (REDAÇÃO, 2009). Os alimentos ricos em carboidratos, como pão, cereais, arroz e todas as massas, é uma importante forma de energia para o organismo, pois durante a sua digestão é gerada glicose, que é a principal fonte de energia para as células do corpo. (ZANIN, 2019). 2. Teste Qualitativos para Monossacarideos, dissacarídeos e Polissacarideos, testes de Molish, Seliwanoff, Bial e Lugol. Primeiramente monossacarídeos são simples unidades de carboidratos, que geralmente contem de três a sete átomos de carbono. Os dissacarídeos é um tipo de sacarose que é constituído pelo açúcar de seis carbonos. Os polissacarídeos são açúcares de contém mais de 20 unidades, alguns com cadeias lineares (NELSON; COX, 2014). O teste de molish é para carboidratos em geral desenvolvido pelo botânico austríaco Hans Molish, o teste é a desidratação dos carboidratos pelo ácido sulfúrico concentrado, formando fufural no caso das pentoses (BARREIROS & BARREIROS, 2018). Por serem moléculas muito ricas em agrupamentos hidroxila (-OH), os monossacarídeos podem ser facilmente desidratados por ação de ácidos fortes concentrados, o ácido rompe as ligações glicosídicas presente nas moléculas de polissacarídeos, quebrando e fornecendo seus monossacarídeos. A reação não é visualizada, por conta do furfural e do hidroximetilfurfural, porque são substancias incolores (SOUZA; NEVES, 2018). Baseado no teste de Molish, o objetivo do teste de Seliwanoff é identificar aldoses de cetoses devido a diferença na velocidade e intensidade da reação. (BARREIROS & BARREIROS, 2018). Tem como a aplicação tudo de ensaio com o nome do teste identificado para água, colocar as amostras. Logo colocar 1ml de Seliwanoff, nos tubos e aquecer em banho fervente por 3 minutos. O resultado logo dará positivo e apresentara cor vermelha (NELSON, COX, 2002). O teste de Bial é usado para identificar pentoses que são claramente os monossacarídeos, que é composto por carbonos. É composta por orcinol, ácido clorídrico, cloreto de ferro. Essa distinção é baseada na cor que se desenvolve na presença de orcinol e de cloreto de ferro. Ele desidrata as pentoses para formar fufural, que depois reage com o orcinol e o íon de ferro presente no reagente de teste para produzir tom verde azulado. O teste positivo é indicado pela formação de um produto azulado. Observando as hexoses geralmente reage para formar produtos verdes, vermelhos ou marrons (COELHO, 2019). O teste do Lugol tem como objetivo a conservação do amido do malte dos açúcares menores através da ativação das enzimas produzidas durante a malteação. Quando o iodo é misturado com amilose e amilopectina resulta uma complexão que é observada com uma mudança de coloração de azul e vermelho. O teste precisa de placa de toque, pipeta conta-gotas e iodo. Pingar algumas gotas de iodo e mostro em buracos da placa de toque, assim comparar as tais coloração, caso fique uma coloração parecida ou igual a do iodo significa que a mistura está completa, irá dizer que não tem mais amido no mostrou (DINSLAKEN, 2020). 3. Açucares redutores e não-redutores. Os açúcares são classificados como carboidratos, possuindo subclassificações de acordos com suas características químicas. Os carboidratos são classificados de duas formas: os carboidratos simples que são os monossacarídeos; os carboidratos complexos, que são compostos por dois ou mais monossacarídeos ligados entre si. Dentre os carboidratos classificados como monossacarídeos, encontram-se principalmente a glicose, a frutose e a galactose. A sacarose, a maltose e a lactose são exemplos de dissacarídeos e o amido é um exemplo de polissacarídeo (BRUICE, 2014). Os açúcares redutores sofrem oxidação, causam redução e perde elétrons, diferente dos agentes oxidantes que sofre redução, causa oxidação e ganha elétrons. Os monossacarídeos, glicose e frutose são conhecidos como açúcares redutores por possuírem grupo carbonílico e cetônico livres na sua estrutura, que se oxidam quando estão na presença de agentes oxidantes em soluções alcalinas. Os dissacarídeos que não possui essa característica sem sofrerem hidrólise da ligação glicosídica são chamados de açúcares não redutores, pois não tem aldeídos ou cetonas livres, os quais são capazes de reduzir o bromo. Açúcares redutores são capazes de reduzir íons férricos ou cúprico. Esta propriedade é útil na análise quantitativa e qualitativa “Reagentes de Fehling e Benedict” dos açúcares. A galactose também é redutora com 1 grupamento aldeídico e a frutose com 1 grupamento cetônico no C2. São também açucares redutores a maltose e a lactose. Porém, a sacarose não tem caráter de açúcar redutor porque os grupamentos aldeídicos do C1 da glicose e cetônico do C2 da frutose estão bloqueados pela ligação g licosídica ∝-1,2 (ligação nos 2 carbonos a numéricos). Precisa ser hidrolisada antes. As propriedades do açúcar na forma redutora são diferentes das do açúcar na forma não redutora o que fará com que a utilização destes açúcares nos alimentos seja feita em função dessas propriedades. 4. Teste qualitativo para açucares redutores e não-redutores, teste de Fehling, Benedict, Tolles. Dornemann (2016, p. 3), afirma que, o que caracteriza açúcares redutores (AR) é a presença de grupos carbonílicos e cetonas livres, estes são capazes de se oxidar na presença de agentes oxidantes, em soluções alcalinas. Estes açucares são, monossacarídeos, como a glicose e a frutose, e alguns dissacarídeos, como a maltose (formada por glicose) e a lactose (formada por galactose e glicose). Segundo Demiate (et al., 2002) citado por Dornemann (2016, p.3) as funções cetônicas e aldeídicas livres possibilitam a redução de íons catiônicos, como cobre e ferro. Dornemann (2016, p. 3) descreve ainda, que os açucares não-redutores (ANR) diferente dos redutores, sofrem hidrolise em sua ligação glicosídica para oxidar. A sacarose é um exemplo de açúcar não redutor, a mesma é formada pela ligação entre o grupo funcional aldeídico de uma molécula de glicose e o grupo funcional cetônico de uma molécula de frutose (DEMIATE et al., 2002). Foi desenvolvido pelo químico alemão Hermann von Fehling, com a finalidade de diferenciar aldeídos de cetonas. Tornou-se um reagente geral para açúcares redutores. O seu reagente é composto por duas soluções, a CuSO4 .5H2O e a sal de Rochelle (tartarato duplo de sódio e potássio KNaC4H4O6 .4H2O) em meio básico. O sulfato de cobre reage com a base dando hidróxido, e o hidróxido é estabilizado formando um complexo azul escuro com o tártaro. Logo o Cu é reduzido a Cu e o aldeído oxidado a carboxilato, resultandoum precipitado amarelo e vermelho de Cu2O. Teste de Fehling, foi desenvolvido pelo químico americano Stanley Rossiter Benedict, é utilizado para detectar a presença de açucares redutores. No teste Benedict, o tartarato é substituído pelo citrato, o que resulta em um complexo mais estável. O teste de Benedict é mais sensível que o teste de fehling, podendo detectar a presença de carboidratos em menores concentrações, apresenta uma graduação de cores do azul (negativo), passando pelo verde, amarelo, laranja e vermelho para as mais concentradas. O reagente de Tollens foi desenvolvido pelo químico alemão Bernhard Christian Gottfried Tollens. É um teste utilizado em laboratórios de química orgânica para diferenciar aldeídos de cetona, mas suas condições básicas promovem a isomerização de cetoses em aldoses, o que impede a diferenciação entre elas. É um teste também utilizado para a identificação de açucares redutores. O nitrato de prata reage inicialmente com o hidróxido de amônio precipitando hidróxido de prata. A adição de excesso de hidróxido de amônio dissolve o precipitado pela formação do íon complexo diamin prata. Em presença de aldeído a prata no complexo é reduzida a prata metálica e o aldeído oxidado a carboxilato. A prata metálica sob condições de repouso e pH adequado, se posiciona nas paredes do tubo de ensaio, formando um espelho prata. Conclusão Os carboidratos são biomoléculas e muitas vezes também são chamados de açúcares e sacarídeos, são muito importantes para o dia-a-dia, pois neles existem substâncias que auxiliam no metabolismo e em nossa saúde, substâncias denominadas como Dissacarídeo, Monossacarídeo e Polissacarídeo. Observou - se também os testes qualitativos a cada substância, utilizando devidas técnicas, onde cada uma contém um resultado diferente. Tivemos a oportunidade de observar também os açúcares redutores e não redutores, com os grupos e agentes oxidante. Na saúde é possível observar que há disfunções do organismo humano que são influenciadas pela quantidade/concentração de açúcares no sangue. Os açúcares se fazem presentes na maioria dos alimentos. Assim após a análise dos resultados, a conclusão foi que a finalidade da aula prática foi alcançada, pois com ela foi possível a diferenciação é melhor entendimento dos elementos que foram citados acima. Referências BARREIROS, A.L. BARREIROS, M. L. 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