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Resumo - Sistema Locomotor Morfologia do sistema locomotor: - Membros locomotores: Torácicos (anteriores); Pélvicos (posteriores); - Coluna: Cervical; Toracolombar. - Características Apoio sobre um único dedo Centro de gravidade do cavalo; MAS: MPS (70%: 30%). Sobrecarga em regiões específicas na dependência da utilização Semiologia do sistema locomotor Identificação Histórico/Anamnese; Exame físico; Inspeção; Palpação; Teste de flexões e extensões; Bloqueios anestésicos; Exames complementares. Identificação/Anamnese Informações e Dados do animal; Idade (diferenciar idade pode-se pensar em doenças como DOD, Osteoartroses) Raça; Manejo geral; Manejo alimentar. Uso do animal; Qual a queixa principal? Quando começou? Qual membro? Antes/durante/depois do treino? Informações subjetivas x objetivas. Inspeção Posição Atitude Aprumos Constituição física Sinais de dor (claudicação) Distúrbio estrutural ou funcional, visível normalmente durante a locomoção Avaliar o animal parado: Em diferentes ângulos; Alterações visíveis; - Aumento de volume; - Atrofia/Assimetria Avaliação do animal em movimento Em linha reta: - Membros anteriores: preferencialmente vistos de frente; - Membros posteriores: preferencialmente vistos de trás; - Vista lateral; Movimentos de cabeça; - Abaixamento de garupa; - GRADUAR A CLAUDICAÇÃO 0-5 / 0-10 Palpação Cranial > Caudal - Musculatura; - Coluna; Distal > Proximal - Membros; - Mobilidade das articulações; - Tendões e ligamentos; - Ossos; - Presença de efusões sinoviais; - Consistência. Pinçamento de casco – Palpação indireta Teste de flexão Teste de extensão Bloqueios Anestésicos - Bloqueios Perineurais; - Bloqueios Intra-articulares; - Bloqueios específicos: exemplos: Bolsa do Navicular - Origem do ligamento suspensor. CUIDADO!! Antissespsia, Local limpo. Exame radiográfico Princípios básicos: - Qualidade do exame; - Leitura radiográfica; - Diagnóstico e/ou prognóstico. Projeções radiográficas de acordo com a região desejada; Clínica x alterações na imagem. Exame ultrassonográfico Exame dinâmico; Zonas/ Sessões, Clínica x alterações ultrassonográficas. Outros exames Ressonância magnética; Tomografia computadorizada; Coleta de líquido sinovial; Animal em posição quadrupedal; Técnica asséptica; Análise macroscópica; Análise laboratorial: - Proteína: até 2 g/dL; - Hemácias: ausente; - Leucócitos: até 1000 células/mm3. Afecções do sistema locomotor Afecções do casco: HEMATOMA SUBSOLEAR E ABSCESSO SUBSOLEAR CAUSA: Ferraduras mal colocadas Traumas – pisos, pedras, objetos penetrantes (pregos) LOCALIZAÇÃO: Traumas – mais comum entre talões e ranilha. BROCAS – PODODERMATITE SEPTICA – MAIS COMUM NA SOLA CAUSA Broca – infecção bacteriana, caracterizada por acúmulo de material enegrecido, mal cheiroso, necrótico. Diferentes organismos – mais isolado Fusobacterium necrophorum Relação: falta de higiene e piso úmido SINTOMAS: Claudicação - relutância em apoiar o membro (apoio em pinça), encurtamento do passo. DIAGNÓSTICO: Aumento na temperatura do casco, resposta ao pinçamento do casco (dor), regiões enegrecidas na sola. TRATAMENTO: Correção da ferradura (etiologia?) Descompressão do casco (casqueamento) Pedilúvios antissépticos (hipoclorito de sódio/ Permanganato de potássio) Analgésicos/Anti-inflamatórios não esteroidais Fenilbutazona (2,2 mg/Kg a 4,4 mg/Kg) Flunixina Meglumina (1,1 mg/Kg), BID por 5 a 7 dias Antibioticoterapia (abscessos) Soro antitetânico (vacina?) Complicações: Osteíte podal SÍNDROME DO NAVICULAR - PODOTROCLEOSE -DOENÇA DO NAVICULAR A síndrome do navicular é uma doença degenerativa, progressiva e de origem controversa É multifatorial Fatores predisponentes: má conformação dos cascos, trabalho excessivo ou inadequado, idade Comum em animais com mais de 6-8 anos Membros anteriores Estruturas relacionadas: Osso sesamóide distal; Ligamento colateral do osso navicular; Ligamento ímpar; Bursa do navicular; Tendão flexor digital profundo. SINTOMAS: claudicação progressiva mas intermitente, evidente a rejeição ao andamento (cavalo pisa em ovos). DIAGNÓSTICO: movimentos circulares pioram o quadro, pinça de casco positiva, bloqueio anestésico positivo. Exame Complementar: radiologia - (incidências dorso palmar/plantar e skyline) Ressonância magnética TRATAMENTO: Ferrageamento corretivo (pinça rolada) Ferraduras ortopédicas Analgésicos/Anti-inflamatórios Sistêmico/ local Agentes vasomuduladores – Isoxsuprine (0,6mg/kg, oral BID e SID - manutenção) Tildren® - ácido tiludrônico (Europa) Neurectomia química ou cirúrgica (paliativo) LAMINITE Pododermatite asséptica difusa Aguamento Lesão inflamatória nas lâminas dérmicas Histórico; - Alterações sistêmicas, - Membros anteriores, - Membro contralateral, Inspeção/Palpação; - Atitude patognomônica, - Cascos quentes, - Pulso. - Pinçamento de casco positivo Laminite ---> Considerado um processo desencadeado por liberação excessiva de enzimas degradantes (metaloproteinases). Falha na união do tecido conjuntivo da derme ou cório laminar e a camada basal da lâmina Epidérmica. Várias afecções primárias predisponentes Classificação: Fase pré-clínica (pré-laminite): Antes do início da claudicação; Preservação da união dérmica / epidérmica; Aumento de temperatura dos cascos e pulso digital; Fase clínica: Ocorrência de lesão (ou separação) dérmica / epidérmica; Claudicação evidente; Aumento de temperatura dos cascos e pulso digital; Pinçamento de cascos positivo. PREVENÇÃO: Tratamento das doenças primárias; Crioterapia contínua de 48 a 72 horas; Resfriamento das extremidades para reduzir fluxo sanguíneo local; Redução de até 85% da perfusão local; Menor exposição dos tecidos a citocinas; Menor ativação de metaloproteinases. TRATAMENTO: Tratar a causa primária! Anti-inflamatórios - Fenilbutazona (4,4 mg/Kg BID ou SID); - Cetoprofeno (2,2 mg/Kg BID ou SID). Botas protetoras ou ferraduras corretivas Cama sempre alta Bandagens para melhor sustentação dos membros Biotina – p crescimento dos cascos Afecções dos tendões: - TENDINITE E DESMITE ◦ Inflamação: ◦ tendões - tendinite ◦ ligamentos – desmite ◦ Afecção mais comum nos cavalos atletas ◦ Qualquer atividade atlética – leva a processo inflamatório – Suportável (?) ◦ Tendões: ◦ Posturais – tendão flexor digital profundo ◦ Elásticos – tendão flexor digital superficial e ligamento suspensório Maior frequência de lesões: ◦ Tendão flexor digital superficial ◦ ligamento suspensório ◦ Tendão flexor digital profundo ◦ Patogenia – esforço repetitivo ou trauma intenso: hemorragia e edema, inflamação, acúmulo transudato e desarranjo das fibras tendíneas ou ligamentares. Substituição das fibras colágenas tipo I por tipo III (fibrose) Classificadas dependendo da fase como: ◦ Aguda – ruptura da matriz tendínea e hemorragia – inflamação ◦ Subaguda – angiogênese e invasão de fibroblastos – cicatrização ◦ Crônica - remodelação SINTOMAS: aumento de volume e claudicação de diferentes graus, dependo do local e tamanho da lesão DIAGNÓSTICO: palpação e inspeção local evidenciam: dor, aumento de temperatura e de volume local EXAMES COMPLEMENTARES ◦ Ultrassonografia: para diagnóstico preciso do grau da lesão ◦ Ressonância magnética (?) TRATAMENTO: depende do grau da lesão ◦ Repouso ◦ Crioterapia ◦ Menos de 30 minutos – processos agudos ◦ Mais de 30 minutos – processos crônicos ◦ Analgésicos e anti-inflamatórios ◦ Fenilbutazona ◦ Cetropofeno ◦ Flunixina Meglunima ◦ Pomadas locais com bandagem compressiva ◦ Infiltrações locais (Hyaluronato de sódio) ◦ Fisioterapia ◦Laser ◦ Ultra-som ◦ Ferraduras corretivas – aumentando a área de sustentação dos cascos ◦ Terapia com células tronco ou PRP ◦ Fase aguda: controle da inflamação - Fisioterapia (frio) - Esteróides de curta duração ◦ Fase subaguda: estimulo da organização - Exercício monitorado - Anti-inflamatórios ◦ Fase crônica: melhorar função - Exercício - Ondas de choque extracorpóreo Afecções dos músculos - MIOPATIAS (MIOSITE DOS CAVALOS ATLETAS) ◦ Comum em cavalos atletas mal treinados ou em sobre esforço ◦ Miosite agudas sem depleção das reservas de glicogênio ◦ Miosites tardias após depleção das reservas de energia SINTOMAS: “face ansiosa”, mialgia, fasciculação muscular, tremores, claudicação de diferentes graus (principalmente nos posteriores), relutância para se movimentar, mioglobinúria. DIAGNÓSTICO: histórico somado + sintomas. EXAME COMPLEMENTAR: ◦ dosagem de enzimas musculares ◦ Aspartato aminotransferase (AST) – presente em vários tecidos. Pico de alteração em 24h, durando até 7 dias. ◦ Criatinoquinase (CK) – específica de tecidos musculares. Pico de elevação em 3 a 4h e, durando poucas horas. TRATAMENTO: depende do grau da lesão ◦ Manutenção da temperatura corpórea ◦ Repouso prolongado ◦ Analgésicos e anti-inflamatórios - Fenilbutazona - Flunixina Meglumina - Cetoprofeno ◦ Fluidoterapia com soluções poliônicas ◦ Repositores de Cálcio e eletrólitos ◦ Xilazina (alfa 2 agonista) - relaxante muscular (0,2mg/kg) ◦ Acepromazina (fenotiazínico) – vasodilatação periférica e relaxamento (0,02-0,05, IV ou IM – QID/TID). - Apenas em animais já hidratados
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