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PRINCIPIOS (TRABALHO)

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ALUNO: RODRIGO CANTÃO
CURSO: DIREITO/MANHÃ
TURMA: CASTANHAL 
INTRODUÇÃO
O estudo da estrutura constitucional de um Estado é de extrema importância, especialmente no atual momento em que as ordens constitucionais e, mesmo as normas internacionais têm dado tanta ênfase aos direitos e garantias individuais do cidadão, e que o respeito pela integridade da pessoa humana em todas as ordens democráticas passou a ser não só um axioma, mas um objetivo a ser concretizado
Neste trabalho irei obter aos princípios gerais constitucionais processuais, ou seja, os princípios constitucionais são aqueles que podemos localizar na Constituição enquanto que os princípios processuais infraconstitucionais podem ser localizados nas normas infraconstitucionais.
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS
DIREITO CONSTITUCIONAL
	A Constituição é a lei fundamental de organização do estado, ao estruturar e delimitar os seus poderes políticos. Dispõe sobre os principais aspectos da sua estrutura. Trata das formas de Estado e de governo, do modo de aquisição, exercício e perda do poder político e dos principais postulados da ordem econômica e social. Estabelece os limites da autuação do Estado, ao assegurar respeito aos direitos individuais. O Estado, assim como seus agentes não possuem poderes ilimitados. Devem exercê-Ios na medida em que Ihes foram conferidos pelas normas jurídicas, respondendo por eventuais abusos a direitos individuais.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS GERAIS
Princípio da Legalidade: Refere-se à ideia de que os órgãos, as pessoas e autoridades devem se submeter aos preceitos legais. Existem dois tipos de legalidade:
A legalidade genérica (art. 5º, II), na qual a pessoa pode fazer tudo que a lei não proíbe. A legalidade administrativa (art. 37, caput), que é exatamente o inverso, ou seja, o administrador só pode atuar se houver previsão legal.
Princípio da Igualdade: No texto da Constituição, encontramos a Igualdade formal, que prevê a igualdade a todos, bem como encontramos a Igualdade Material, no qual consiste em conceder tratamento diferenciado a pessoas que se encontram em situações diferentes.
Princípio do Devido Processo Legal (due processo of law): Este princípio é analisado sob dois prismas: o devido processo legal, que busca assegurar a regularidade do procedimento, e deste derivam a demanda, contraditório, ampla defesa e igualdade entre as partes; e o devido processo legal material, que tem por função assegurar o exame de atos legislativos, administrativos e judiciais, tendo como corolário o princípio da proporcionalidade, representada pelo tripé necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito.
Princípio do Acesso ao Judiciário: Esse princípio estabelece que nenhuma lesão pode ser subtraída da apreciação do Poder Judiciário. Como Humberto Teodoro Júnior observa, “todo litigante que ingressa em juízo, observando os pressupostos processuais e as condições da ação, tem direito à prestação jurisdicional”.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Direitos Fundamentais são os considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma existência digna, livre e igual. Não basta ao Estado reconhecê-Ios formalmente; deve buscar concretizá-Ios no dia-a-dia dos cidadãos e de seus agentes.São normas constitucionais estruturantes do Estado brasileiro, constituindo seus atributos basilares.
Princípio democrático – Está ligado à ideia de soberania popular, em que o poder político pertence ao povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente.
Princípio Republicano – Diz respeito à forma de governo escolhida pelo Estado brasileiro, caracterizado pela temporariedade do mandato, eletividade e responsabilidade do chefe de estado e governo.
Princípio federativo – Refere-se à forma de Estado adotada pelo Brasil, caracterizada por uma ordem soberana e diversas ordens políticas autônomas.
Além dos princípios estampados nos artigos 1º ao 4º da Constituição Federal, podemos observar outros princípios destinados a melhor aplicabilidade dos direitos constitucionais.
Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Nos princípios constitucionais condensa-se bens e valores considerados fundamentos de validade de todo sistema jurídico.
Sabe-se que os princípios, ao lado das regras, são normas jurídicas. Os princípios, porém, exercem dentro do sistema normativo um papel diferente dos das regras. As regras, por descreverem fatos hipotéticos, possuem a nítida função de regular, direta ou indiretamente, as relações jurídicas que se enquadrem nas molduras típicas por elas descritas. Os princípios consagrados constitucionalmente, servem, a um só tempo, como objeto de interpretação constitucional e como diretriz para a atividade interpretativa, como guias a nortear a opção de interpretação.
Serve o princípio como limite como limite de atuação do jurista. No mesmo passo em que funciona como vetor de interpretação, o princípio tem como função limitar a vontade subjetiva do aplicador do direito.
Os princípios constitucionais estão contidos nos artigos 1º ao 4º da Constituição Federal:
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
- CARACTERISTICAS:
Os direitos fundamentais apresentam as seguintes características:
a) Historicidade - Para autores que não aceitam uma concepção jusnaturalista, de direitos inerentes à condição humana, decorrente de uma ordem superior, os direitos fundamentais são produtos da evolução histórica. Surgem das contradições existentes no seio de uma determinada sociedade.
b) Inalienabilidade - Esses direitos são intransferíveis e inegociáveis.
c) Imprescritibilidade - Não deixam de ser exigíveis em razão da falta de uso.
d) Irrenunciabilidade - Nenhum ser humano pode abrir mão de possuir direitos fundamentais. Pode até não usá-Ios adequadamente, mas não pode renunciar à possibilidade de exercê-Ios.
e) Universalidade - Todos os seres humanos têm direitos fundamentais que devem ser devidamente respeitados. Não há como se pretender excluir uma parcela da população do absoluto respeito à condição de ser humano.
f) Limitabilidade - Os direitos fundamentais não são absolutos. Podem ser limitados, sempre que houver uma hipótese de colisão de direitos fundamentais.
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
a) Direito à Vida
O direito à vida é o principal direito individual, o bem jurídico de maior relevância tutelado pela ordem constitucional, pois o exercício dos demais direitos depende de sua existência. Seria absolutamente inútil tutelar a liberdade, a igualdade e o patrimônio de uma pessoa sem que fosse assegurada a sua vida. Consiste no direito à existência do ser humano. Como ensina José Afonso da Silva, o direito à vida deve ser compreendido de forma extremamente abrangente, incluindo o direito de nascer, de permanecer vivo, de defender a própria vida, enfim de não ter o processo vital interrompido senão pela morte espontânea e inevitável.
Do direito à vida decorre uma série de direitos, como o direito à integridade física e moral, a proibição da pena de morte e da venda de órgãos, a punição como crime do homicídio, da eutanásia, do aborto e da tortura.
b) Direito às Liberdades
Liberdade é a faculdade que uma pessoa possui de fazer ou não fazer alguma coisa. Envolve sempre um direito de escolher entre duas ou mais alternativas, de acordo com sua própria vontade. O direito de liberdade não é absoluto, pois a ninguém é dada a faculdade de fazer tudo o que bem entender. Essa concepção de liberdade levaria à sujeição dos mais fracos pelos mais fortes. Para que uma pessoa seja livre é indispensável que os demais respeitem a sua liberdade. Em termos jurídicos, é o direito de fazer ou não fazer alguma coisa, senão em virtude da lei. Um indivíduo é livre para fazer tudo o que a lei não proíbe. Considerando o princípio da legalidade (art. 5°, II), apenas as leis podemlimitar a liberdade individual. São as principais liberdades asseguradas pelo Texto Constitucional:
a) Liberdade de pensamento (CF, art. 5°, IV)
b) Direito de resposta (CF, art. 5°, V)
c) Liberdade de consciência (CF, art.5°, VI)
d) Liberdade de manifestação de pensamento (CF, art. 5°, IV)
e) Liberdade de opinião é uma decorrência da liberdade de manifestação de pensamento.
f) Direito de informação (CF, art. 5°, incisos XIV, XXXIII e LXXII).
g) Liberdade de crença e de culto (CF, art. 5°, VI in fine).
h) Liberdade de locomoção (CF, art. 5°, incisos XV e LXVIII)
i) Liberdade de reunião (CF, art. 5°, XVI)
j) Liberdade de associação (CF, art. 5°, XVII a XXI)
I) Liberdade de ação profissional (CF, art. 5°, XIII)
c) Direito de Igualdade
	Igualdade consiste em tratar igualmente os iguais, com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os desiguais. Tratar igualmente os desiguais seria aumentar a desigualdade existente. Nem todo tratamento desigual é inconstitucional, somente o tratamento desigual que aumenta a desigualdade naturalmente já existente. Não teria sentido conceder benefícios de forma igual para os que necessitam e para os que não necessitam da assistência do Poder Público.
No capítulo dos direitos individuais, a igualdade é salientada, no caput do art. 5°, como um dos direitos individuais básicos, e vem reiterada, em seguida, no inciso I, com a consagração da igualdade entre homens e mulheres em direitos e obrigações. No capítulo dos direitos sociais, a Constituição veda a diferença de salários, de exercício de funções ou de critérios de admissão por motivos de sexo, idade, cor, estado civil ou deficiência física (art. 7°, XXX e XXXI).
d) Direito à Segurança
Segurança é a tranqüilidade do exercício dos direitos fundamentais. Não basta ao Estado criar e reconhecer direitos ao indivíduo; tem o dever de zelar por eles, assegurando a todos o exercício, com a devida tranqüilidade, do direito a vida, integridade física, liberdade, propriedade etc. São os seguintes os direitos fundamentais relacionados à segurança:
1) Princípio da legalidade (CF,art. 5°, 11 para o particular e art. 37, caput para a Adm. Pública);
2) Segurança das relações jurídicas (CF,art. 5°, XXXVI);
3) Direito à privacidade (CF,art. 5°, X);
4) Inviolabilidade do domicílio (CF,art. 5°), XI);
5) Inviolabilidade das comunicações pessoais (CF,art. 5°, XII).
e) Segurança em Matéria Jurídica
Não é por mero acaso ou capricho do poder constituinte que os princípios fundamentais do direito penal e do direito processual estão todos previstos no art. 5° da Constituição Federal. Quando se regulamenta a atividade jurisdicional do Estado, principalmente, na área punitiva, devem-se preservar direitos fundamentais do ser humano, como a vida, a liberdade e a propriedade. Diversas garantias jurisdicionais, processuais e de direito material são asseguradas pelo Texto Constitucional com essa finalidade. Restrições a direitos fundamentais só são admitidas coma observância de todas as garantias constitucionais.
3.2 Das Garantias
a) Garantias Jurisdicionais
1) Princípio da inafastabilidade ou do controle do Poder Judiciário. (CF, art. 5°,XXXV);
2) Proibição dos tribunais de exceção (CF art. 5°, XXXVII);
3) Julgamento pelo Tribunal do Júri em crimes dolosos contra a vida (CF, art. 5°, XXXVIII);
4) Princípio do juiz natural ou do juiz competente (CF,art. 5°, LIII), os mesmos princípios relativos ao juiz natural prevalecem em relação ao Promotor de Justiça.
b) Garantias Materiais
1) Princípios da anterioridade e da reservada lei penal (CF, art. 5°, XXXIX);
2) Princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa (CF, art. 5°, XL);
3) Princípio da personalização da pena (CF, art. 5°, XLV);
4) Proibição de determinadas penas (GF, art. 5°, XLVII), a Constituição proíbe a adoção das seguintes modalidades de penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis;
5) Princípio da individualização da pena (CF, art. 5°, XLVI); 
6) Princípios relativos à execução da pena privativa de liberdade (CF, art. 5°, incisos, XLVIII, XLIX, e L);
7) Restrições à extradição de nacionais e estrangeiros (CF, art. 5°, incisos, LI e LII);
8) Proibição da prisão civil por dívida, salvo no caso de devedor de pensão alimentícia ou de depositário infiel (CF, art. 5°, LXVII).
c) Garantias Processuais
1) Princípio do devido processo legal (CF, art. 5°, LIV);
2) Princípios do contraditório e da ampla defesa (CF, art. 5°, LV);
3) Proibição de prova ilícita (CF, art. 5°, LVI);
4) Princípio da presunção de inocência (GF, art. 5°, LVII);
5) Proibição da identificação criminal da pessoa já civilmente identificada (inciso LVIII).
4. ALGUNS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
	 Vários princípios foram citados, dentre eles, discutiremos nesse trabalho quatro deles. O Artigo 5º, é sem dúvida o artigo que trás em seu escopo os princípios fundamentais.
“Art. 5o. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes...”
Dentre os vários incisos desse artigo, destacam-se: 
4.1. Princípio da Igualdade ou Isonomia
“I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;”
	O principio da isonomia é, no regime democrático, fundamental e deve ser garantido a todos. Mas, sabe-se na realidade esse principio é diversas vezes violado; as pessoas não recebem o mesmo tratamento. A realidade social resulta da junção de forças políticas, econômicas, culturais, morais, religiosas, étnicas, que moldam estruturas onde a igualdade nem sempre é elemento integrante. Daí a relevante participação do Direito de forma a garantir à organização social um instrumento de verificação prática daquela igualdade tão almejada.
O principio da igualdade foi adotado pela Constituição Federal de 1988, prevendo a igualdade, ou seja, todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei. Dessa forma, o que se veda são as diferenciações arbitrárias, as discriminações absurdas, pois, o tratamento desigual dos casos desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência tradicional do próprio conceito de Justiça, pois o que realmente protege são certas finalidades, somente se tendo por lesado o princípio constitucional quando o elemento discriminador não se encontra a serviço de uma finalidade acolhida de direito, sem que se esqueça, porém, que as chamadas liberdades materiais têm por objetivo a igualdade de condições sociais, meta a ser alcançada, não só por meio de leis, mas também pela aplicação de políticas ou programas de ação estatal.
O princípio da igualdade impede que se crie tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas que encontram-se em situações idênticas e aplica a lei e atos normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de diferenciações em razão de sexo, religião, convicções filosóficas ou políticas, raça e classe social. A desigualdade na lei se produz quando a norma distingue de forma não razoável ou arbitrária um tratamento específico a pessoas diversas. 
4.2. Princípio da Legalidade
“II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
Esse princípio visa combater o poder arbitrário do Estado, já que determina que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. Assim, na democracia política, os direitos e os deveres do cidadão não constituem mero capricho ou mera concessão dos governantes, mas são previstos em lei ou em ato equiparado à lei. 
O poder da autoridade e a liberdade do cidadão são regulados por normas constitucionais e por normas legais. Para que a ordem jurídica tenha estabilidade, exige-se o respeito às regras constitucionais e às regras legais. Não basta que a lei provenha do Poder Legislativo. Não basta que a lei seja produzida conforme o processo legislativo previsto na Constituição (federalou estadual) ou na Lei Orgânica do Município, conforme o assunto versado. É necessário ainda que a lei seja a expressão da vontade popular, manifestada através de mandatários legitimamente eleitos. Eis o traço distintivo da legalidade democrática.
Importante salientarmos as razões pelas quais, em defesa do princípio da legalidade, o Parlamento historicamente detém o monopólio da atividade legislativa, de maneira a assegurar o primado da lei como fonte máxima do direito:
- trata-se da sede institucional dos debates políticos;
- configura-se em uma caixa de ressonância para efeito de informação e mobilização da opinião pública;
- é órgão que, em tese, devido a sua composição heterogênea e a seu processo de funcionamento, torna a lei não uma mera expressão dos sentimentos dominantes em determinado setor social, mas a vontade resultante da síntese de posições.
O princípio da legalidade é de abrangência mais ampla do que o princípio da reserva legal. Por ele fica certo que qualquer comando jurídico impondo comportamentos forçados há de provir de uma das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo legislativo constitucional. Por outro lado, encontramos o princípio da reserva legal, que opera de maneira mais restrita e diversa. Não é genérico e abstrato, mas concreto, incide tão somente sobre os campos materiais especificados pela Constituição. Se todos os comportamentos humanos estão sujeitos ao princípio da legalidade, somente alguns estão submetidos ao de reserva de lei. Este é, portanto, de menor abrangência mais de maior densidade e conteúdo.
Para definir em poucas palavras pode-se dizer que o princípio da reserva legal consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias deva ser feita exaustivamente por lei formal, restando prejudicada a atuação subsidiária do Poder Executivo e os atos normativos equiparados à lei. Além disso, esse princípio contém em si dois princípios: o princípio da legalidade absoluta dos delitos e das penas e o princípio da anterioridade da lei penal.
4.3 Princípio do Juiz Natural
“XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;”
“LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;”
A imparcialidade na decisão é assegurada no princípio do Juiz Natural, e ainda garante a segurança do povo contra o arbitrário estatal. Está ligado a igualdade das partes. Está imediatamente relacionado com a imparcialidade do órgão julgador.
Cita Sérgio Gilberto Porto: “É exatamente na igualdade jurisdicional que encontramos a mais pura essência do juízo natural, ou seja, se é certo que ninguém pode ser subtraído de seu Juiz constitucional, também é certo que ninguém poderá obter qualquer privilégio ou escolher o juízo que lhe aprouver, sob pena de tal atitude padecer de vício de inconstitucionalidade por violação exatamente do juízo natural”.
O juiz natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal. Assim, afirma Celso de Mello que somente os juízes, tribunais e órgãos jurisdicionais previstos na Constituição se identificam ao juiz natural, princípio que se entende ao poder de julgar também previsto em outros órgãos, como o Senado nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo.
O referido princípio deve ser interpretado em sua plenitude, de forma a proibir-se, não só a criação de tribunais ou juízos de exceção, mas também de respeito absoluto as regras objetivas de determinação de competência, para que não seja afetada a independência e imparcialidade do órgão julgador.
4.4 Princípio da Presunção de Inocência
“LVlI - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;”
Princípio da presunção de inocência garante respeito à dignidade humana. Veda qualquer antecipação de juízo condenatório ou mesmo de culpabilidade.
O princípio da presunção de inocência� HYPERLINK "http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1380" \l "_ftn2" \o "" � não revoga as prisões cautelares. As prisões são constitucionalmente permitidas, conforme o artigo 5° LXI da Constituição Federal�� HYPERLINK "http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1380" \l "_ftn3" \o "" �.�
5. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
a) Conceito
Remédios de Direito Constitucional são os meio colocados à disposição dos indivíduos pela Constituição para a proteção de seus direitos fundamentais. Esses meios são utilizados quando um simples enunciado de direitos fundamentais não é suficiente para assegurar o respeito a eles. Esses remédios, quando visam provocar a atividade jurisdicional do Estado, são denominados "ações constitucionais", porque são previstos na própria Constituição. Manoel Gonçalves Ferreira Filho observa que garantias de direitos fundamentais são limitações, vedações impostas pelo poder constituinte aos Poderes Públicos como meios de "reclamar o restabelecimento de direitos fundamentais violados: remédios para os males da prepotência".
São os seguintes os remédios constitucionais:
a) Habeas Corpus (art. 5°, LXVIII); 
b) Habeas Data (art. 5°, LXXII);
c) Mandado de Segurança Individual (art. 5°, LXIX);
d) Mandado de Segurança Coletivo (art. 5°, LXX);
e) Direito de Petição (art. 5°, XXXIV, a);
f) Direito à Certidão (art. 5°, XXXIV, b);
g) Mandado de Injunção (art. 5°, LXXI);
h) Ação Popular (art. 5°, LXXIII);
i) Ação Civil Pública (art. 129, III).
HABEAS CORPUS
	O habeas corpus é a ação constitucional para a tutela da liberdade de locomoção, utilizada sempre que alguém estiver sofrendo, ou na iminência de sofrer constrangimento ilegal no seu direito de ir e vir.
HABEAS DATA
	Ação constitucional para a tutela do direito de informação e de intimidade do indivíduo, assegurando o conhecimento de informações relativas à sua pessoa constantes em bancos de dados de entidades governamentais ou aberta ao público, bem como o direito de retificação desses dados.
MANDADO DE SEGURANÇA
	Ação constitucional para a tutela de direitos individuais líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
	Ação constitucional para a tutela de direitos coletivos líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.
DIREITO DE PETIÇÃO
	Trata-se do direito de peticionar, de formular pedidos para a Administração Pública em defesa de direitos próprios ou alheios, bem como de formular reclamações contra atos ilegais e abusivos cometidos por agentes do Estado. Pode ser exercido por qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira tendo o órgão público o dever de prestar os esclarecimentos solicitados.
DIREITO À CERTIDÃO
	Certidão é o documento expedido pela Administração Pública, comprovando a existência de um fato e gozando de fé pública até prova em contrário. Direito à certidão é o de obter do Estado este documento para a defesa de direitos ou esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
MANDADO DE INJUNÇÃO
Ação constitucional para a tutela de direitos previstos na Constituição, inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania que não possam ser exercidos em razão da falta de norma regulamentadora.
AÇÃO POPULAR
	Ação constitucional posta à disposição de qualquer cidadão para a tutela do patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural, mediante a anulação do ato lesivo.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Ação constitucional para a tutela do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 19° São Paulo: Atlas, 2006. 948 p.
- EVANGELISTA, Sérgio RicardoMartos. Princípio da Legalidade. Disponível em: <http://www.tj.ro.gov.br/emeron/sapem/2001/setembro/2109/ARTIGOS/
A08.htm>. Acesso em: 19 jun. 2008.
- HAUSSMANN, Ângela. Notas Elementares de Direito Penal. Defensora pública no Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.jurisnet.adv.br/htm/notas_dpenal/not_dpenal_legal.htm>. Acesso em: 20 jun. 2008.
- LONGO, Luís Antônio. Sobre o princípio do juiz natural. Disponível em: <http://www.tex.pro.br/wwwroot/curso/processoeconstituicao/sobreoprincipiodojuiznatural.htm>. Acesso em: 20 jun. 2008.
- Artigo 5º da Constituição Federal. Disponível em: <http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm>. Acesso em: 20 jun. 2008.
Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Nos princípios constitucionais condensa-se bens e valores considerados fundamentos de validade de todo sistema jurídico.
Sabe-se que os princípios, ao lado das regras, são normas jurídicas. Os princípios, porém, exercem dentro do sistema normativo um papel diferente dos das regras. As regras, por descreverem fatos hipotéticos, possuem a nítida função de regular, direta ou indiretamente, as relações jurídicas que se enquadrem nas molduras típicas por elas descritas. Os princípios consagrados constitucionalmente, servem, a um só tempo, como objeto de interpretação constitucional e como diretriz para a atividade interpretativa, como guias a nortear a opção de interpretação.
Serve o princípio como limite como limite de atuação do jurista. No mesmo passo em que funciona como vetor de interpretação, o princípio tem como função limitar a vontade subjetiva do aplicador do direito.
Os princípios constitucionais estão contidos nos artigos 1º ao 4º da Constituição Federal:
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

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